Qualidade X Satisfação de Vida

June 15, 2017 | Autor: Peter Roman | Categoria: Self and Identity, Self-Esteem
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Descrição do Produto

Brasileiras & Brasileiros, Inc.

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Coaching

Vol 19

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Num 7 ||

July 2013

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Peter Roman

www.JornalBB.com

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Page 40 * Peter Roman é jornalista e professor. Conferencista internacional, ministra conferências nas áreas de Business & Coaching. Também é produtor de TV (com mais de 20 anos de experiência), fotógrafo e músico nas horas vagas. [email protected]

Buscar qualidade de vida e buscar satisfação na vida são buscas de significados diferentes

F

azemos nossas escolhas, mesmo que seja abrindo mão de fazê-las. Somos o que escolhemos e o que não escolhemos, o de que abrimos mão. Com mais ou menos inteligência emocional, nossas atitudes e nossos comportamentos, juntamente com as escolhas concretas que fazemos são frutos do nosso livre arbítrio. A partir de um certo nível de renda que passamos a ganhar, a qualidade de vida é um fato. Educação, moradia, alimentação, higiene, transporte… A partir daí, geralmente, queremos sempre mais qualidade de vida e entramos no modo “consumir”. Mas o consumir desenfreado e desmedido traz pouca ou nenhuma qualidade e satisfação, ou felicidade adicional. A satisfação na vida, por sua vez, tem relação com nossa ambição de realizações concretas. Muitas vezes, em busca de satisfação sacrificamos qualidade de vida mas somos movidos pela maior ou menor ambição de realizar. Realizar, tornar real. Transformar o nosso “saber” em “fazer”. Realizar algo que nos preencha como ser humano, como ser de uma família, de uma comunidade, de uma sociedade, de um planeta. Vamos ao nosso dia a dia no trabalho. Vamos para adquirir qualidade vida e podemos ir para obter satisfação na vida. Reclamações genéricas e infelicidade no trabalho estão intimamente relacionadas com falta de conhecimento ou entendimento da nossa escolha. Ouço muitas pessoas reclamando do seu trabalho, pois veem o trabalho como um plano B, alternativo, entretanto, sem terem seu plano A. A escolha de ir ao trabalho, seja plano A, seja plano B, é uma escolha de um adulto, e deveria, portanto, ser uma escolha consciente. E se ir ao trabalho é plano B, a escolha só faz sentido se for

uma etapa preparatória para o plano A. Mas, fazer a escolha certa exige coragem, vontade, talento! Pessoas talentosas são aqueles que tem as competências certas. Muito mais do que isso, são as pessoas que tem a atitude certa. Atitude certa é a atitude de dono do negócio e a de buscar resultados extraordinários para si e para a empresa. Há muita dedicação. Há muita superação. É uma jornada rica. Uma organização de times de alta performance é uma organização em aprendizagem constante. Uma organização que não segue apenas a evolução de mercado e que responde a esse mercado; é também uma organização que em momentos cruciais dirige e inventa o mercado. Promove saltos qualitativos que rompem paradigmas e criam uma nova era. Produtos e serviços superiores são superiores como e se assim julgados pelos clientes e consumidores. Produtos e serviços superiores não são necessariamente aqueles que são frutos de organização certificadas; a certificação que conta é a dos clientes e consumidores que adquirem e se encantam e voltam a adquirir os produtos. É a construção de valor através de pessoas. A lógica humanista e

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competitiva se confundem. Para que pessoas talentosas se unam em times de alta performance e construam uma organização excelente e extraordinária, há que se compartilhar valores. Valores que tragam significado ao trabalho e que a vontade de se atingir e superar metas converse com valores pessoais. A empresa deve ser capaz de trazer um sentido, um significado, um motivo, para que haja o esforço adicional, discricionário, extraordinário, focado em resultados superiores e em uma causa maior. A empresa deve apresentar e representar esse valor para seu time de pessoas (assim como para os demais “stakeholders”). Trabalhar em uma empresa cujo valor que se propõe seja interessante para cada pessoa de seu time, gera engajamento e motivação. A proposta de valor para os empregados, ou EVP (do inglês, Employee Value Proposition), repercute em cada um, individualmente, de acordo com sua razão substantiva, de acordo com sua lógica e com sua intuição. Trata-se de uma EVP com capacidade de ser interpretada por cada um e fazer sentido para cada um. A EVP representa o sustentáculo da cultura, a coerência ética, a contratação honesta. Para uma cultura forte, uma EVP forte. Uma EVP só é honesta e só é sustentável se está em linha com os valores que a empresa prega e pratica externamente. Quando há alinhamento entre imagem institucional, marcas, produtos e cultura. Não há que se utilizar Employee Value Proposition (EVP) como sinônimo de Employer Branding (marca do empregador). Employer Branding é como a empresa decide ir ao mercado se expor para atrair talentos. As empresas que tem uma EVP forte e clara e que inteligentemente recrutam e selecionam pessoas que abraçam a EVP, são as que mantém e desenvolvem os melhores talentos, no melhor clima

e ambiente organizacionais. As pessoas abraçam a EVP, pois escolhem conscientemente a empresa, seja porque lá realizarão seu plano A ou até mesmo o B. Ética Quando o arranjo contextualizado mais a EVP traduzem-se em trabalho com sentido, a qualidade de vida no trabalho é inebriante. A satisfação no trabalho uma possibilidade concreta. A vida é mais que trabalho, mas quando o líder contextualizador impregna o ambiente de sentido, trabalho é vida. A gente se recria no recreio, e se recria para uma vida melhor, mais humana e… mais produtiva! O trabalho e o lazer desenvolvem. Contextualizador é uma palavra que não consta do dicionário padrão. Denomino de contextualizador o ator que cria contextos. O líder contextualizador inter-relaciona fatos, dando sentido a eles, e assim dando sentido ao todo e para aqueles que escolhem participar desse todo. Quando criam um contexto dando sentido a ele, criam uma causa. Esse arranjo contextualizado pelo líder é o arranjo da integridade, pois todos estão inteiros, plenos, com seus próprios valores. Valores e comportamentos norteados pela motivação de fazer a diferença para o bem de todos e do todo. Formase assim um time extraordinário. Forma-se assim uma ética. Ética do desejo de realizar, pertencer e influenciar. O líder contextualizador valoriza a pluralidade de comportamentos, desde que consoantes com a ética do contexto. A multiplicidade de formação e informação dos constituintes do time é crucial para o negócio. Os consumidores são múltiplos e diversos. Para dialogar com essa base de consumidores, o time deve representar em si essa multiplicidade e diversidade. Além

do que, a diversidade, a abundância de vidas vividas, com multiplicidade de experiências, mesmo que com seus desacordos, divergências, contradições e oposições, potencializam a capacidade de criação e inovação, sem as quais não há evolução. O líder contextualizador cria espaços nos quais as pessoas vivem o binômio “aprender e realizar”: elas são desafiadas, tem autonomia e responsabilidades, agem como donas do negócio, e podem realizar. Podem realizar seus sonhos, sempre trazendo resultados para a organização. Nesse contexto, cada pessoa constrói e alinha suas metas para um determinado período focada em adicionar valor para o negócio. Foca também na capacitação e no desenvolvimento de competências para entregar resultados, resultados extraordinários. Resultados pelos quais será remunerada. Talentos alavancam a excelência organizacional, traduzindo-a em resultados operacionais, comerciais e financeiros. Talentos comprometidos, engajados, motivados que escolhem. No ambiente positivo e produtivo do líder contextualizador, as pessoas são chamadas a compartilhar, da mesma forma que compartilham metas corporativas, objetivos pessoais e até mesmo sonhos. Faz parte de um contexto de alinhamento. O líder contextualizador jamais supõe que um sonho de alguém, de qualquer um, não se realizará. Sua missão é outra, sua missão é a de acreditar e encorajar honestamente, atendo-se a ouvir e a ajudar a traçar o plano (e, consequentemente, o esforço necessário) para se chegar até onde se puder chegar. Para o líder contextualizador, visão humanista e visão competitiva caminham juntas. Há uma relação dialética, evolutiva, entre ambiente positivo e ambiente produtivo. Constrói-se um mundo melhor à medida que se desenvolve a capacidade competitiva de querer superar metas. Superam-se metas à medida que se constrói um mundo melhor. Em minhas palestras, seminários e treinamentos sempre que pergunto quem se julga um líder uma meia duzia de gatos pingados levantam a mão, em geral os que ocupam cargos de liderança. O fato é que cada um de nós tem um líder dentro de si, não importa se você lidere seus filhos, sua casa, sua família, sua mesa de trabalho, seu computador ou sua vida! Deixe esse líder se manifestar e melhore a qualidade e o grau de satisfação com sua vida, sua profissão, seus colegas.

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