Qualificando Mostras de Dança com Crianças: Processos Colaborativos, Apreciação ao Vivo e de Registros em Vídeos

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Para Citar este Artigo: VIEIRA, Alba Pedreira; PEDREIRA, Luandro Vieira; FIALHO, Aline Dutra; Bastos, Fernanda Di Nardi; SANTOS, Daiane Gomes. Qualificando Mostras de Dança com Crianças: Processos Colaborativos, Apreciação ao Vivo e de Registros em Vídeos. Seminário Internacional Descobrir a Dança /Descobrindo através da Dança e 1º Encontro Nacional da DaCi/Portugal. Anais... Lisboa: SIDD, 2012.

Qualificando Mostras de Dança com Crianças: Processos Colaborativos, Apreciação ao Vivo e de Registros em Vídeos Alba Pedreira Vieira, Universidade Federal de Viçosa Pedreira, Luandro Vieira, Universidade Federal do Ceará Aline Dutra Fialho, Universidade Federal de Viçosa Fernanda Di Nardi Bastos, Universidade Federal de Viçosa Daiane Gomes dos Santos, Universidade Federal de Viçosa

A pesquisa em interface com ensino e extensão, "Educação em Artes”, inclui vários subprojetos em Dança; desde 2008, semestralmente, ocorreram as mostras “Ladrilho, Ladrilhando e Brincando” (sétima em dezembro de 2011). O objetivo do estudo é investigar a influência da Mostra no conhecimento artístico das crianças que vivenciaram o palco como intérprete-criadores e a platéia como apreciadores ao vivo e dos registros em vídeo das apresentações. Todos os envolvidos no evento também assumiram diversos papéis para contribuir com a narrativa construída em processos colaborativos. Os resultados indicam que as experiências acumuladas nas Mostras foram bastante relevantes para ampliar e ressignificar o conhecimento artístico dos participantes. Palavras-chave: colaboração, vídeo, dança, mostras Introdução Atualmente, há uma crescente preocupação em relação à alfabetização em dança’, o que alguns autores (por exemplo, Bucek, 1998) nomeiam de educação estética em dança, outros somaesthetics1 (Arnold, 2005), e ainda há aqueles que chamam esse processo de educação para apreciação da dança. Ann Dils (2007, p. 569) ainda usa o termo ‘alfabetização em dança’, que é aplicado ao trabalho em que os "estudantes são familiarizados com a dança", ou seja, em que eles participam ativamente da construção do próprio conhecimento em Arte/Dança. Como o corpo é a mídia da dança, e o corpo

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Tradução livre da autora: educação estética do soma.

também faz parte do que se conceitua como ‘letramento midiático’ (Gallo, Coelho, 2011/2012), ao ampliarmos o conhecimento corporal dos sujeitos estaremos também trabalhando para que eles aumentem ambos letramentos – em dança e midiático. Buscando transformar a realidade de educandos de escolas públicas e creches filantrópicas em relação ao saber artístico em Dança, em Viçosa, MG, Brasil, desde 2008, é desenvolvida uma pesquisa em interface com o ensino e a extensão, "Educação em Artes” (apoio CAPES – Editais PIBID e PAEX -, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE e PEC/UFV) que inclui vários subprojetos em Dança. Como parte desses trabalhos, todo semestre, ocorreram mostras denominadas “Ladrilho, Ladrilhando e Brincando” cuja sétima edição foi em dezembro de 2011. O objetivo desse artigo é investigar a influência da Mostra no conhecimento artístico e engajamento de alunos que vivenciaram o palco como intérprete-criadores e a platéia como apreciadores. Nas apresentações, como artistas, os educandos mostraram obras variadas que foram frutos de processos colaborativos com seus professores de Dança (pesquisadores desse projeto) nos vários laboratórios criativos desenvolvidos ao longo de cada semestre. Justificamos esse trabalho, pois, nas escolas brasileiras, nota-se que falta, várias vezes, participação ativa de alunos, professores e da escola como um todo na construção coletiva de conhecimentos. Percebemos que pode faltar engajamento por meio de um universo narrativo. Mas, o que vem a ser um universo narrativo? Dentre os vários estudos de cultura da convergência (Jenkins, 2006) e transmídia (e.g., Jenkins, 2006; Lévy, 1993; Gallo, Coelho, 2011/2012), discutese a convergência de conhecimentos em um universo narrativo em que todos os participantes são ativos na construção da hi/estória. Há uma diferença entre ‘interatividade’ – quando a participação na experiência é pré-programada pelos seus propositores, e ‘participação’ – quando a mesma não é pré-programada e acontece de forma natural pelos sujeitos que constroem a experiência juntamente com seus propositores a partir do seu próprio interesse e engajamento (Weitbrecht, s/d). Esse universo narrativo é construído pelo grupo de sujeitos (no caso deste projeto, seus participantes) que trabalham com uma

“inteligência coletiva” a qual é capaz de gerar conhecimentos complexos que não são possíveis de serem produzidos por um único indivíduo. Esses aspectos são fundamentais em um processo colaborativo.

Processo e Produto da Mostra – Alunos como Intérprete-criadores

Nas apresentações, como artistas, as crianças mostraram obras variadas que foram frutos de processos colaborativos com seus professores de Dança nos vários laboratórios criativos desenvolvidos ao longo de cada semestre. As apresentações das crianças na Mostra englobaram elementos criados por eles mesmos durante as aulas, por meio de estímulos das professoras-pesquisadoras.

Durante

a

elaboração

das

‘coreografias’,

decidíamos com as crianças o figurino, a maquiagem e os elementos cênicos. Esses momentos propiciaram reflexão crítica sobre o universo da Dança. Alguns ensaios das apresentações eram feitos no teatro, e se tornaram momentos ricos de aprendizagem para os alunos sobre iluminação, marcação de palco, entradas e saídas de palco, como se comportar nesse espaço, dentre outros. Na figura 1,2 uma das autoras deste artigo marca o palco com fitas adesivas, momentos antes do ensaio, para melhor posicionamento dos alunos no espaço. Na figura 2, ainda como ensaísta, ela observa e corrige os bailarinos, e na figura 3 duas estudantes membros da equipe do projeto assumem o papel de técnicas na cabine de som e luz do teatro. Na figura 4 podemos observar alunos no palco no momento de um ensaio, e na figura 5 eles exercitam dançar em uníssono, mas assumindo diferentes direções. Já a figura 6 registra alunos ensaiando agradecimento aos aplausos do público após apresentação

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Todas as fotos no texto somente foram tiradas após autorização prévia e por escrito de todos os participantes; no caso dos alunos, por serem menores de idade, seus pais ou responsáveis assinaram um termo de consentimento para que seus dados e imagens coletados fossem usados unicamente para fins de trabalho e publicação acadêmicos.

Figura 1: estudante, pesquisadora, diretora de coreografia e professora do projeto assumindo o papel de ensaísta: ela faz a marcação do palco com fitas adesivas para melhor posicionamento dos alunos no espaço durante os ensaios

Figura 2: estudante, pesquisadora, diretora de coreografia e professora do projeto assumindo o papel de ensaísta ao observar e corrigir os bailarinos

Figura 3: estudantes membros da equipe do projeto assumindo o papel de técnicas na cabine de som e luz do teatro

Figura 4: alunos assumem no palco, no momento de um ensaio, o papel de bailarinos

Figura 5: alunos exercitam no palco dançar em uníssono em diferentes direções

Figura 6: alunos ensaiam agradecimento aos aplausos do público após apresentação Sobre o processo, ressaltamos também como os alunos participaram, em algumas ocasiões, como construtores de elementos cênicos. Um exemplo, ocorreu na coreografia “Brincar de chocalhar” (Mostra de dezembro 2010), dançada pelos alunos da creche Rebusca Posses. Confeccionamos com os alunos chocalhos feitos de matérias recicláveis (latas de refrigerante e rolos de papel higiênico) que foram usados pelos próprios alunos durante sua apresentação para marcar o ritmo e produzir sons enquanto dançavam. Assim como o trabalho semelhante desenvolvido por Mundim (2003), acreditamos terem sido ações importantes, pois nossa percepção da resposta dos alunos a essa proposta foi bem próxima à da autora: Com a preocupação de reduzir ao máximo os custos, é criada uma dinâmica de empréstimos entre os participantes e/ou confecção artesanal (com sucatas, retalhos etc), o qual ajuda para uma integração do grupo e estimula o senso de responsabilidade para com o colega. (Mundim, 2003, p. 4)

Após fazer o chocalho, os alunos o decoraram da maneira que preferiram com tinta guache, lápis de cor, purpurina, dentre outros. Foi interessante ver o envolvimento dos educandos na construção do chocalho e perceber sua grande criatividade. Ademais, eles se ajudavam nos exercícios manuais e davam opinião sobre o chocalho um do outro.

Nas figuras a seguir, vários obras dos alunos: na figura 7, os educandos se apresentam no palco com figurino que não diferencia meninos e meninas; na figura 8, meninos e meninas usam figurino idêntico, mas meninas optaram por usar pintura no rosto – observe também o grupo à direita que toca instrumentos musicais diferenciados enquanto o grupo à direita dança.

Figura 7: alunos se apresentam no palco – meninos e meninas usam figurino idêntico

Figura 8: a pintura facial diferencia meninos e meninas; participantes tocam instrumentos e dançam Alunos como público da Mostra

Como público, os alunos assistiram números de dança de seus próprios colegas (de outras turmas da sua escola), de alunos de outras escolas, e de outros artistas convidados com trabalhos de diferentes gêneros (dança contemporânea e do ventre, jazz, flamenco, ballet, forró, dentre outros). À medida que os alunos assistiram vocabulários artísticos distintos,

desenvolveram suas potencialidades de análise, contextualização, senso crítico e estético de obras de arte. Nas figuras a seguir, podemos observar os alunos (que também são bailarinos em outros momentos do espetáculo) assumindo o papel de público ao assistir diferentes vocabulários: na figura 9, os alunos assistem uma apresentação de Dança Contemporânea, na figura 10, os alunos assistem uma apresentação de Sapateado, na figura 11 eles apreciam uma apresentação de Balé Clássico, na figura 12 os participantes fruem uma apresentação de Dança Flamenca, e na figura 13 eles apreciam apresentação de Danças Brasileiras. Já na figura 14, os participantes fruem a apresentação de alunos de outra escola contemplada com o projeto.

Figura 9: alunos assistem uma apresentação de Dança Contemporânea

Figura 10: alunos assistem uma apresentação de Sapateado

Figura 11: alunos assistem uma apresentação de Balé Clássico

Figura 12: participantes apreciam apresentação de Dança Flamenca

Figura 13: participantes apreciam apresentação de Danças Brasileiras

Figura 14: participantes fruem a apresentação de alunos de outra escola contemplada com o projeto Alunos como Apreciadores do Produto em Vídeo

Várias mostras foram filmadas e, posteriormente, esses documentos visuais foram também exibidos e comentados com as crianças (figura 15).

Figura 15: alunos apreciando vídeos da mostra Processo e/ou produto? Alguns desafios com relação aos alunos serem levados para o palco são apresentados por próprios profissionais da dança, uma vez que para isso acontecer muitas pessoas consideram que as aulas de dança passam a se limitar a ensaios, objetivando um produto. Encontra-se muita discussão sobre esse assunto e não será nesse artigo que ela se encerrará. Tratando-se de

dança em escolas, geralmente o produto é muito mais valorizado do que o processo, por isso é preciso haver cuidado, por parte dos professores de dança, para que o produto não se torne mais importante que o processo, mas acreditamos ser importante haver um produto. Ademais, Concordamos com Marques e Brazil (2006) que, “em termos educacionais, seria interessante hoje pensarmos nos processos que se completam nos produtos, nos produtos que revelam os processos” (s/p). Ao longo do desenvolvimento dos projetos, notamos que, para os alunos participantes dos projetos, ficaria vago terem um processo sem um produto. É como se todas as aulas de dança que eles tiveram não tivessem um sentido, pois não chegariam a compartilhar o saber artístico que construíram. A nosso ver, foi muito positivo que os participantes passassem pela mágica experiência de estarem em um palco, e mais uma vez corroboramos com Marques e Brazil (2006) que apresentam questionamentos muito consistentes sobre a temática: “Será que a preocupação também voltada para o produto não seria um caminho para que a Arte nas escolas não fosse tão desprezada? Será que se comprometer com um produto finalizado não educa?” (s/p). Refletindo sobre esses questionamentos em diálogo com as experiências nos projetos por nós desenvolvidos, percebemos que nós, educadores e artistas, precisamos nos preocupar em levar arte/dança de qualidade, em termos de processo e produto para as escolas, a fim de que essa linguagem possa ser mais respeitada e valorizada na sociedade.

Resultados e Discussão

Após análise quanti-qualitativa dos dados coletados por meio de observação

participante,

desenhos

como

respostas

a

perguntas

e

questionários escritos e orais, os resultados indicaram que as experiências acumuladas nas Mostras foram bastante relevantes, pois os alunos puderam vivenciar no próprio corpo e assistir vocabulários diferenciados da Dança, o que os levou a ampliar seu conhecimento em arte e a desenvolver o senso estético. Detalhamentos e outros aspectos dos resultados dos vários projetos desenvolvidos ao longo dos últimos anos podem ser encontrados em vários artigos já publicados, a saber: Vieira et al. (2012, 2011a, 2011b, 2011c, 2008) e

Vieira (2010, 2009). Na figura 16, participantes colocam em prática, durante o espetáculo, os conteúdos foco e forma (Laban, 1990) que aprenderam nas aulas.

Figura 16: participantes colocam em prática os conteúdos foco e forma que aprenderam nas aulas Em síntese, os resultados revelaram: (1) transformações corporais durante as aulas, os alunos estavam muito mais participativos e concentrados nas atividades; (2) queda na porcentagem de educandos que se referiam à dança como se esta se resumisse a algum vocabulário específico (por exemplo, balé ou hip hop); (3) relações da Dança com outras linguagens artísticas tais como “música e teatro”; (4) descrições prazerosas da sensação de dançar. Nem todos os resultados seriam alcançados se as Mostras de Dança não tivessem acontecido. Devemos a esses eventos grande parte da responsabilidade por tantos frutos colhidos. No processo de montagem e durante as apresentações, os participantes tiveram oportunidade de ter um contato maior e prático com vários conteúdos que eram trabalhados dentro de sala de aula principalmente nas aulas teóricas. Seria muito vago para eles pensarem em um camarim sem nunca terem conhecido um. O mesmo se dá com outros elementos que compõem um espetáculo, a cena e obras artísticas, tais como figurino e maquiagem. Nas figuras 17 e 18, momentos de aprendizagem prática, pois participantes observam uma colega sendo penteada antes do espetáculo.

Figura 17: participantes observam uma colega sendo penteada antes do espetáculo

Figura 18: participantes observam colega sendo penteada antes do espetáculo Durante os ensaios gerais os alunos tiveram oportunidade de compreender melhor toda a estrutura e funcionamento de um teatro; assim, era nas Mostras de Dança que vários conhecimentos passavam a ter sentido para eles. A Mostra de Dança era também uma oportunidade para que os participantes sociabilizassem melhor entre si e com as professoraspesquisadoras do projeto. Nas figuras a seguir momentos de confraternização ao final do espetáculo: na figura 19 participantes e membros da equipe do projeto se abraçam comemorando o sucesso e alegria geral pelo sucesso do evento, e nas figuras 20 e 21 participantes e membros da equipe do projeto em momento de sociabilização posam para fotos.

Figura 19: participantes e membros da equipe do projeto se abraçam ao final do espetáculo

Figura 20: participantes e membros da equipe do projeto posam para foto

Figura 21: alunos e membros da equipe do projeto posam para foto

Considerações Finais

Consideramos que conseguimos envolver nesse projeto, se não toda, boa parte da comunidade escolar em um universo narrativo – o da Mostra de Dança. Acreditamos que, assim, o processo ensino-aprendizagem de Arte/Dança se transformou em uma experiência colaborativa próxima a um jogo em que muitos participantes se engajaram no processo por meio da adaptação e criação de identidades alternativas (Jenkins, 2006) – no caso dos alunos como bailarinos, intérprete-criadores, músicos (figura 22), coreógrafos, figurinistas, público, fotógrafos (vide figura 23) e outros.

Figura 22: alunos usam a plataforma da música para contribuir com a narrativa do espetáculo

Figura 23: público (alunos e professores das escolas) assume também o papel de fotógrafo No caso dos professores das escolas e creches, eles atuaram como assistentes de ensaio coreográfico, coreógrafos, público, fotógrafos (figura 24) e outros.

Figura 24: professora de uma escola assume também o papel de fotógrafa enquanto assiste ao espetáculo Todos esses papéis e personagens compuseram uma realidade alternativa dentro do universo narrativo da Mostra. Os professores e estudantes universitários, membros da equipe do projeto, também puderam contar a his/estória a partir de várias perspectivas e maneiras, pois se envolveram, além de pesquisadores, como ensaístas, diretores coreográficos, fotógrafos, técnicos áudio-visuais (figura 25) e de som (figura 26), bailarinos (figura 27), escritores (de artigos científicos) e outros.

Figura 25: estudante, membro da equipe do projeto, assume papel de técnica áudio-visual e filma a Mostra de Dança

Figura 26: estudantes, membros da equipe do projeto, assumem papel de técnica de iluminação, ao se posicionar para auxiliar na colocação de gelatinas nas luzes

Figura 27: estudantes, membros da equipe do projeto, assumem papel de bailarinas na Mostra de Dança Até os pais dos alunos que foram assistir ao espetáculo tornaram-se fotógrafos (figuras 28 e 29), criando assim outra história da Mostra com as imagens feitas, contribuindo, dessa forma, para a narrativa como um todo.

Figura 28: mãe de um aluno assume também o papel de fotógrafa enquanto assiste ao espetáculo

Figura 29: mãe de aluno assume também o papel de fotógrafa enquanto assiste ao espetáculo

Todos, então, tiveram ampliadas suas possibilidades de estarem imersos no conteúdo artístico da Mostra de Dança, universo de conhecimentos e momentos artísticos por meio do jogo que envolveu o exercício da imaginação, criatividade e ludicidade colocando-se como atores participativos. A cada sujeito envolvido nesse processo, procurou-se oportunizar contar a hi/estória a partir de sua perspectiva, resultando em um universo narrativo construído a partir de vários pontos de vista. Várias plataformas também foram utilizadas para possibilitar contar as his/estórias: corpo (dança e artes cênicas), música, sites de divulgação e banco de dados e de redes sociais – http://www.educacaoparaasartes.ufv.br/index.php; site Educação em Artes no Facebook:

http://www.facebook.com/profile.php?id=100002536470092

;

e

http://educacaoparaasartes.blogspot.com, fotos e notícias postadas em sites da

rede e no mural da escola, jornais mensais informativos distribuídos aos alunos professores e pais das escolas e creches, desenhos coletados dos alunos a partir de perguntas dos pesquisadores, respostas dos participantes a questionários orais ou escritos, vídeos, produção e apresentação de artigos e resumos em congressos científicos e a produção e divulgação gratuita de um livro digital (documentário) intitulado Educação para as Artes (Vieira, 2010). Cada grupo imerso no jogo do universo alternativo teve a liberdade de absorver, transformar e (re)transmitir o conhecimento corporal de forma que estivessem vivenciando momentos prazerosos, aprendendo, construindo conhecimento e trabalhando – alunos e professores (De Masi, 2000). Essa forma de trabalho adotada nas escolas e creches concorda com a afirmação de que a mais bela forma de arte são todas as artes combinadas. Para finalizar este artigo, apresentamos a figura 30 que exemplifica o engajamento e satisfação de um aluno participante do projeto: seu sorriso, ao se apresentar no palco, sinaliza a vivência de momentos prazerosos enquanto se dança e se aprende sobre esta linguagem.

Figura 30: o sorriso do participante no palco sinaliza sua vivência de momentos prazerosos enquanto dança e aprende sobre dança

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