Que crise e esta? Politica, financeira, moral...

June 6, 2017 | Autor: S. Ferreira de Souza | Categoria: Political Sociology, Politics, Ciência Política brasileira
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Não há outro assunto em qualquer encontro, seja ao acaso, de negócios, familiares, futebol: a crise! Alguns a entendem como crise política, outros financeira, outros generalizam colocando tudo nas costas da amoralidade vivida pelo cidadão brasileiro em geral, afinal, este é, de fato, o item que abarca todos os outros e, por certo, vai mais além.
Uma pergunta: o impeachment se propõe a resolver qual problema em nosso país? Econômicos, políticos ou simplesmente livrar-nos das falas sem qualquer sentido da presidente ou das artimanhas de um grupo amoral e criminoso?
Ao pensar nisto concluí que este momento de nossa nação não tem paradigmas históricos nacionais, muito embora os tempos atuais nos façam recordar os momentos que antecederam a vacância de poder de 1964 seguido do golpe militar de 1968, os fenômenos não guardam comparação. Se os esquerdistas de 1964 queriam seguir modelos russos e cubanos, os atuais desistiram de qualquer ideologia para elevarem os "pixulecos" institucionalizados a números inimagináveis. Se Russos e Cubanos entraram para a história como s maiores criminosos da humanidade, o PT entra para história como sendo a maior quadrilha de todo o mundo...
O que está em curso hoje, a meu ver, é uma crise IDEOLÓGICA, que só cederá quando o Brasil decidir, de fato, se quer o Capitalismo original, com todos os seus vícios, mas que se mostrou até então como a melhor opção política até então, ou se seguimos a ditadura comunista até que seus seguidores venham a falir o País e devolvê-lo para que o capitalismo volte a reerguê-lo.
Isso nos abre dois caminhos: liberdade ou escravidão. Não há meio termo, nem meio grávida ou meio culto. Até Robin Hood que roubava para dar aos pobres, devia reter comissões para seu sustento, inaugurando o socialismo da época elevado a enésima potencia no Brasil de hoje.
Por certo que as gerações X, Y e Z me taxariam de bidimensional, para quem só existe o certo/errado, auto definindo-se a si próprios como multidimensionais, ao mesmo tempo que têm dificuldades em saber exatamente o que são: indecisos, libertos, amorais, modernos...? O leitor poderá ajudá-los nesta tarefa, mas a meu ver o que estas gerações entendem como multidimensional é o egoísmo presente na base do bem-estar geral, princípio sobre a qual se ergue a sociedade competitiva, onde a prática de mentir, enganar, roubar, furtar, matar, deixou de ser um desvio ou exceção para tomar lugar comum.
Brota uma pergunta. Não será o egoísmo hodierno uma preocupação exagerada com o EU e todas minhas potencialidades intelectuais, emocionais e sensuais? Não terá nossa sociedade se convertido em um apêndice de seu papel socioeconômico?
Como Cristão, vejo minhas opções divididas entre egoísmo ou amor! Se minha escolha a cada encruzilhada me leva a olhar só para mim, tomarei uma decisão irracional e por isso, egoísta. Se do contrário, estarei praticando o amor cristão, próprio dos humanos que racionalizam os efeitos desta decisão na sociedade da qual fazem parte, buscando melhorá-la ao invés de piorá-la. Ora, isso já nos ensinava os Gregos, mesmo os que viveram na época pré-cristã, como Aristóteles e seus contemporâneos.
Vivemos em um País feudal e obedecemos a centenários capitães hereditários, que se perpetuam no poder a ditar o que seremos como povo e o como seremos governados. Isto se assiste diariamente na TV, pois esta reproduz ( e se torna) a manifestação máxima de séculos de administração "democrática", totalmente aética, fundamentada na imoralidade, descompromissada com seus eleitores e que, uma vez eleitos, não tem qualquer dever para com eles afora arrecadar fundos e distribuir migalhas comprando votos para a eleição seguinte.
Ficar assombrado em ouvir as mesmas mentiras contadas pelos políticos todos os dias? Ouvir a desfaçatez com que a Presidente defende seu mandato, afirmando-se incompetente ao mesmo tempo em que se vê vítima desta sua própria deficiência? Chocar-se com as manobras indecentes do presidente da Câmara usando o regimento em seu próprio benefício? Ver o STF julgando em retribuição às suas indicações? Ter como presidente do Senado o mesmo corrupto que já renunciou uma vez para não perder direitos políticos por prevaricação, eis que seria fatalmente cassado por atos espúrios por ele cometidos e fartamente comprovados? Moralidade, dizia-se no passado, é "papo para boi dormir".
O que se vive hoje é a mesma escravidão lastreada em votos advindos das classes menos favorecidas em troca de eternas promessas, camisetas e raros mantimentos, provavelmente desviados de algum hospital ou escola por um sistema político disforme e sem qualquer controle desde que a moralidade foi abolida da educação formal, mas cujos efeitos são rapidamente identificados pela razão humana que se confronta com a injustiça e tem seu coração afetado pela indignação percebida pela iniquidade cometida a todos os momentos.
Não há caminho político que não seja aquele que garanta a liberdade, maior bem humano após o dom da vida. Mas uma liberdade com limites? Não creio nisto, mas sim em uma liberdade afunilada por conceitos morais fortes, ao invés de leis forjadas na corrupção de seus legisladores. É lícito a um corrupto recuperar poderes cassados? Não! Ah, mas isto é injusto, diriam eles! Tampouco não! Sendo regra do jogo, não há que se falar de injustiça, afinal o corrupto assumiu o risco de ser banido ao se corromper. Ah, mas ele pode se arrepender. Sim, é possível, mas terá que mostrar isso em outra profissão, que não seja a de político. Afinal, quando um advogado é banido de sua Ordem, ele perde sua inscrição, sem perder seu bacharelado. Ainda lhe restará profissões como as de delegado, juízes, investigadores e tantas outras que o caráter de seu Bacharelado em Direito lhe imprimiu em sua vida. Ele morrerá Bacharel, mas não Advogado, eis que este caráter ele perdeu.
Estas regras claras e determinantes só são bem feitas quando presentes fortes princípios morais, garantidos na Constituição, para que políticos possam, em processo célere, serem apeados do poder mesmo que sem perder o cargo, como é o caso do impeachment. Os que deveriam julgá-los deveriam ser juízes concursados, onde também estes, para poderem progredir em suas carreiras, o fizessem por concursos públicos, evitando que critérios subjetivos como o "notório saber jurídico" sem competição probatória, sejam utilizados. Ora, por que os funcionários públicos que assim se tornaram por meio de concurso, não se sujeitam ao mesmo processo para fins de promoção?
Democracia é um regime da liberdade, mas que cresce lastreada em critérios morais fortes provados ao longo da vida. Nenhum político ou servidor publico deveria se eternizar no poder ou na função, ainda que por voto popular, uma vez que estes cargos são SERVIÇOS à comunidade, não PROFISSÕES. Servidores públicos, políticos ou não, que almejem cargos superiores devem se submeter a novos concursos para seu progresso funcional. O princípio desta seleção cultural é não só o afunilamento benigno entre servidores, mas que se garanta que eles sejam os melhores, fundamental para o progresso de uma empresa e o País é a empresa mor onde a população são sócios e acionistas.
Já se pensou que no caso da educação, por exemplo? Sempre se ouve este tema na plataforma dos políticos nas eleições. Mas, mesmo que algum deles almeje de fato seus benefícios para "um choque de gestão" no sistema educacional, ele não poderá! Se a maioria que ali labuta tem estabilidade vitalícia, que mudança poderá haver? No fundo, e aqui sempre se comete excessos, a estabilidade é a garantia da renda fixa, enquanto maracutaias como os pontos fantasmas, acobertam outro trabalho na iniciativa privada (o famigerado bico), como renda extra.
O ponto central deste post se resume a uma decisão: enquanto o país não decidir que tipo de vida quer para sua população, os pobres não deixarão a escravidão a que são submetidos e os ricos sempre estarão descompromissados em ajudá-los, tratando-os como problemas do GOVERNO, jamais da NAÇÃO!





Afinal, que crise é esta? Politica, financeira, moral...?
Sávio Ferreira de Souza



em 1964, uma junta militar formado pelas forças armadas, usando de sua missão constitucional, assumiu legal e interinamente o poder em virtude da vacância da presidência da república abandonada por João Goulart ao que se seguiram várias tentativas de usurpação de poder por políticos como Brizola, por exemplo. Se golpe houve, ele se deu em 1968, pelo Mal. Costa e Silva.
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