Queixas Osteomusculares em Atores Profissionais de Teatro

June 16, 2017 | Autor: Márcio Marçal | Categoria: Ergonomics, Musculoskeletal Biomechanics, Ergonomia
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III FISIOTRAB Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho Curitiba, Paraná – Brasil 29 e 30 de junho de 2006 QUEIXAS OSTEOMUSCULARES EM ATORES PROFISSIONAIS DE TEATRO MARÇAL, M A; BASTOS, N A; CAMARGOS, A; MARTINS, D J B; FLISTER, P CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE (UNI-BH), BELO HORIZONTE, MG

Resumo Objetivo: Este trabalho teve por objetivo detectar a presença de queixas osteomusculares em atores profissionais de teatro, assim como os locais mais acometidos e os fatores que poderão contribuir para o desenvolvimento desses sintomas. Participaram do estudo 19 atores profissionais de teatro,de ambos os sexos, com idade entre 20 e 63 anos. Metodologia: Foi aplicado um questionário sobre dados sócio-demográficos (idade, peso, etc.), questões acerca do trabalho (tempo de exercício da atividade, jornada de trabalho, ambiente de trabalho, etc), questões acerca da saúde (se fuma, bebe, se é sedentário, etc ) e o Questionário Nórdico Padrão de queixas osteomusculares. Resultado e discussão: Todos os entrevistados apresentaram pelo menos alguma queixa osteomuscular nos últimos 12 meses e as três regiões de maior queixa de dor relatadas pelos atores foram costas parte inferior [coluna lombar (68,4%)], costas parte superior[coluna torácica (57,8%)], e pescoço [cervical( 57,8% )]. Observou-se que os atores que relataram ser sedentários apresentaram uma incidência de dores significativamente maior que nos não sedentários. A atividade de interpretação teatral requer do profissional varias horas de ensaio fato este, que propicia o surgimento de queixas de dores nos profissionais que não são fisicamente ativos. Em relação à quantidade de peças teatrais atuadas em uma mesma temporada de apresentação, 26,3% dos entrevistados relataram atuar em apenas uma peça, 42,1% em duas, e 31,5% em 3 espetáculos. Pôde-se perceber que os atores que atuavam em mais peças teatrais em uma mesma época foram os que apresentaram mais queixas osteomusculares nos últimos 12 meses. As posturas e os movimentos exigidos dos atores, bem como à grande sobrecarga psicológica e física imposta a eles durante a interpretação de um personagem foi a principal causa observada para o alto índice de queixa osteomuscular. A manutenção da postura corporal assimétrica e postura estática por um longo período de tempo vem sendo citada na literatura como fatores de risco para o surgimento de fadiga muscular e lesões músculo-esqueléticas. Conclusão: Pôde-se verificar que houve uma elevada ocorrência de sintomas músculo - esquelética em atores de teatro, em especial em coluna lombar, sendo que as queixas foram acentuadas em atores que atuavam em uma maior quantidade de espetáculos em uma mesma temporada e os que relataram ser sedentários. Portanto, torna-se importante a ação do fisioterapeuta do trabalho realizando estudos ergonômicos apropriados sobre esta atividade, bem como na orientação e conscientização de atividades preventivas para estes profissionais.

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