RASCUNHOS SOBRE A EDUCAÇÃO DO HOMEM “PÓS MODERNO”

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Texto em elaboração: Leonardo Teixeira





Rascunhos sobre a Educação do homem "pós moderno"


Leonardo Teixeira da Silva
(

A pergunta que nos permeia o interior é a seguinte: tanto caminhou a
consciência do ser humano, tantas foram as descobertas, as construções e
qual foi a sociedade que se construiu? Construímos uma sociedade que
cresceu e cresce no nível da consciência, mas que não conseguiu resolver
questões profundamente humana: a guerra, a fome, o desemprego, as relações
humanas, as injustiças etc. Parece que a consciência humana ficou, tão
meramente, no âmbito externo da própria existência humana. O que queremos
afirmar com isso? Em uma frase: O homem avançou numa perspectiva
existencial e estacionou em outra.

Ora, parece que todas essas grandes descobertas humanas, do fogo a
descodificação do código genético, não deram ao homem a condição do
encontro consigo mesmo, ou seja, o avanço da consciência humana não
ofereceu condições do homem crescer nas relações humanas e na sua própria
existência. A existência é a palavra chave, não no sentido de tão somente
estar no mundo, mas de ex-istência, ou seja, ex -ser lançado para fora e
istência- ir construindo a si mesmo. Ao contrário a sociedade ocidental
alargou o seu horizonte de cons-ciência e atrofiou a sua vida na ex-
istência.

Um grande Tibetano, líder espiritual budista, chamado Dalai Lama em um de
seus livros enfoca a direção tomada pela sociedade ocidental no qual os
princípios éticos e valores estão regulamentados pela independência
financeira. Essa independência associada a busca pela felicidade conduz a
ciência a desbravar o mundo a partir do princípio do bem estar e para ela
aí está prefigurada a felicidade completa. Será que isso acontece? Dalai
Lama nos diz:

"Imaginava que, com menos provações de ordem física, como é
o caso para a maioria das pessoas que vivem em países
desenvolvidos industrialmente, a felicidade seria muito mais
fácil de alcançar do que para as que vivem em condições mais
duras. Em vez disso, os extraordinários avanços da ciência e
da tecnologia parecem Ter trazido pouca coisa além de
melhorias numéricas. Em muitos casos o progresso não
significou um maior número de casas opulentas em mais
cidades com mais carros circulando entre elas, decerto
alguns tipos de sofrimentos diminuíram, principalmente com
relação a determinadas doenças. Mas tenho a impressão de que
não houve nenhuma melhoria significativa geral.[1]

O nosso ponto de vista se amplia, dado um monge budista, que viveu grande
parte da sua vida no Tibet, isolado do resto do mundo que sendo expulso de
sua pátria é exilado no ocidente e visualiza de maneira contundente o
caminho da sociedade ocidental. Isso demonstra que o homem moderno
ocidental construiu uma ética na qual o mundo externo em que vive é
perfeito e o seu mundo interno é pré-histórico. Construímos um castelo, mas
temos que dormir em um casebre caindo os pedaços[2].

Assim, as relações que temos hoje parecem se basear num âmbito meramente de
uma utilização tecno-cientifica. Aqui está um grande problema da educação.
Qual é a escola que melhor educa? A escola conteudista. Aquela que prepara
o aluno para o vestibular. A vida fica de fora. O aluno é um robô que
carrega na cabeça um "chip" de computador onde é guardada todas as
informações dadas pelo professor e no dia do vestibular ela "clica" em
iniciar e faz a sua prova. Caso ele não passe no vestibular aparece a
seguinte informação diante de seus olhos: "erro! Não há memória suficiente
para começar a operação. Desligue e reinicie o computador". Isso parece
ser engraçado? Mas não o é. Essa é a mais contundente história da educação
contemporânea. O prof. Gilmar Bonamigo nos explica melhor isso:

As exigências do trabalho levam os homens a desenvolver uma
mentalidade utilitarista, pragmatista, quer no próprio
trabalho, quer no conjunto de suas relações. O Útil se torna
sinônimo de Bem, ou negativamente, o que não é Útil não tem
importância real. E com isto incorpora lógica do Ter-Ser-
Prazer, trilogia que, como idéia reguladora e como fato-
simultaneamente-coordena o processo de comercialização-
instrumentalização das próprias relações ditas humanas. Numa
palavra: O outro homem passa a ser uma meio-para e, cessada
a utilidade, cessa o interesse[3].

Não obstante a tudo isso, como apontamos acima, está a educação. Todo
processo educativo se baseia, ou tem este princípio, numa pedagogia
científica e tecnológica, ou seja, o que é "mister" é ser um bom técnico.
Não que isso seja ruim, ao contrário, mas ela não deve se basear tão
somente nesta perspectiva. Aqui quando nos referimos ao técnico estamos
falando da conjuntura conteudista da educação. Outrossim, parece-nos claro
que a perspectiva educacional hoje deve englobar a interação, integração e
auto organização das relações humanas[4].
Nesse pressuposto a educação tomou a via de compreensão da consciência
humana como uma construção meramente conteudista(técnica). Assim, as
relações, por essa via, têm se apresentado numa característica da
construção de uma intelectualidade baseada na cientificidade e não na
integração: sujeito-sujeito e sujeito-mundo[5].

O escrito Leo Buscaglia[6] enfoca que a caminhada do homem moderno deve
ser alterado no sentido da educação , pois nossa sociedade ocidental
caminha para um desnível existencial. A condição de ser Ser humano exige a
capacidade de lidar consigo mesmo, de construir-se, de transcender-se, mas
as premissas científicas visam somente um ângulo do homem. É justamente
neste ponto que impera o argumento ocidental acerca da educação. Qual é
esse argumento? "Saber é Poder". Esse argumento conota os princípios
fundamentais de uma sociedade fundada sobre o plano do poder. O poder sobre
a natureza, sobre os negócios, sobre si mesmo, sobre os outros, enfim,
dominar. E quem não domina, não é bom. Por isso o aluno deve dominar,
segundo estes princípios, todas as disciplinas oferecidas a ele. Mera
ilusão de ótica! Pois esse princípio falha. Não conseguimos dominar tudo ,
pois dominar significa: reter, absorver, apreender e nem tudo é retido,
absorvido e aprendido. Como isso não acontece criamos as divisões do
conhecimento. Daí surgem os robôs formados em matemática, Química, Física e
outros.

Na contramão desse argumento está o princípio: "Saber é aprender"[7]. Aqui
está prefigurada a diferença, pois aprender significa: colocar-se a
caminho. É dar o salto qualitativo rumo a novos horizonte que o coloque
para além dos seus limites. É o buscar respostas sem compreender fórmulas.

O filósofo Aristóteles[8] já dizia: Παντσ αντρωποι του ειδεναι ϕυσει( Todos
os homens tem por natureza desejo de saber. Neste pressuposto o saber não
é domínio, mas em grego(ειδεναι Eidenai) que significa descobrir, revelar
algo. Dessa forma, saber não é dominar, mas ir ao encontro existencial de
si mesmo. Nesse sentido o educador não é aquele que apresenta as formulas e
a resoluções da mesma, outrossim, é o indicador de vias onde o aprendente
caminha para fazer as suas descobertas[9].

Diante desse fato, se compreendermos o saber como um poder mostramos que a
consciência nada mais é do que o ato de tornar o mundo objeto de
compreensão e de se definir o homem como sujeito face aos objetos do mundo.
Essa via de compreensão, tomada pela educação, conduz, por uma lado, a
avanços no que diz respeito a compreensão do mundo e, por outro, a
estatização ao conhecimento de si e dos outros. Houve então a redução do
conhecimento humano a uma técnica, como foi dito anteriormente, construímos
um castelo pomposo mas não sabemos morar nele. Nesse princípio o prof.
Johnson nos dá uma dica, enfocando o aspecto psicológico, importante a
respeito do homem ocidental:

"Os ocidentais são filhos da pobreza interior, se bem que
por fora aparentemos Ter tudo. É provável que nenhum outro
povo da história tenha sido solitário, tão alienado, tão
confuso quanto a valores, tão neurótico quanto somos. Nós
dominamos o nosso ambiente com a força de uma marreta e com
a precisão eletrônica. Acumulamos riquezas numa escala sem
precedentes, mas poucos, realmente muito poucos, estão em
paz consigo mesmos, seguros nos relacionamentos, contentes
nos amores, à vontade no mundo. A maioria de nós clama por
um significado na vida, por amor, por envolvimento, por
valores pelos quais possamos viver[10]


Assim, a educação tem levado o homem a não ser mais conhecido enquanto
humano, mas de ser conhecido como um robô. Essa é a miséria humana face a
uma sociedade que consome a si própria.

A educação tem conduzido e tem apresentado uma perspectiva delimitada, ou
seja, um saber racional que visa um sistema de produção onde as relações
estão centradas no nível produto-produtor; consumo-consumidor; trabalho-
trabalhador etc. O que quero afirmar com isso? Que as relações estão com
suas premissas numa estrutura computadorizada. Assim, a liberdade perde o
seu significado, pois o referencial é proposto pelos adjetivos: técnico,
trabalhador, corretor, professor etc. O homem se aliena e vende sua
liberdade para a subsistência dos seus adjetivos, como nos diz Rosseau:
"Alienar é dar ou vender. Ora, um homem, que se faz escravo do outro, não
se dá; quando-muito, vende-se pela subsistência"[11]

O homem vende a cada instante o seu corpo[12] - aqui fazemos referência a
pornografia que é tida como uma profissão, onde o corpo é exposto em
revistas, Internet, televisão e filmes a fim de satisfazer o desejo de um
mercado do prazer-. A vida[13] aqui nos referimos aos que são obrigados ao
trabalho escravo, pedreiras, e os oprimidos com baixos salários que não
conseguem viver dignamente, pois são tratados como animais-. Politicamente-
referencia aos que vende o seu voto por qualquer agrado financeiro,
material etc.

Tal foi a cultura empregada por um sistema que se perfaz e se constrói
numa teia de expropriações da verdadeira característica humana. Em uma
síntese, podemos identificar que o caráter da consciência humana foi
reduzido a um mero prazer. Parece-nos que a vida é tão desgastante,
infeliz, dilacerada que é preciso transformar o outro ser humano em um
objeto para satisfazer os desejos escondidos ou recalcados existentes no
homem. Verdadeiramente o homem tornou-se um "objeto de mercado", ou como
queiram: "uma peça de mercado" onde é preciso "SER" para "TER" para
usufruir o "PRAZER". Tal é a desvalorização da existência humana[14].

A riqueza tornou-se um meio do aparecer do homem. O ser do homem está sob a
égide do "TER" para "SER" e "SER" para "PODER". Ela é o que identifica o
homem, em uma frase: o homem vive a cultura da aparência, da vaidade das
vaidades. Ele se identifica pelos bens materiais que possui e não pelo
simples fato de ser humano. Daí deriva-se as carteiras de identificação
humana: o cartão de crédito, a conta bancária, as propriedades e até mesmo
o nível de formação acadêmica.

A Identidade humana foi formatada em adjetivos. A educação se transformou
numa catexia[15] e a escola num supermercado onde o aluno compra memória de
quantos "mega bit's" quiser. É só olharmos para os uniformes escolares e
nos sentirmos incomodados com o brilho de suas letras, dizendo: Técnico em
design, preparamos você para o vestibular, a escola do futuro, as melhores
cabeças estão aqui etc.

A primeira vista esse homem ocidental vive numa angústia, não a angústia da
escolha como nos fala Jean-Paul Sartre[16], mas a angústia de não se
encontrar, de não dar conta da existência, das emoções e do grande avanço
da sua consciência e, não obstante, de perder o sentido relacional da sua
existência.

Mas qual é a proposta para redirecionarmos a educação numa perspectiva de
interação sujeito-sujeito e sujeito-objeto? Bem, esta indagação nos leva a
salientarmos que a sociedade na qual estamos hoje já não é mesma de 30 anos
atrás. Houve uma evolução da sociedade no que diz respeito a ciência e a
tecnologia, mas se faz pertinaz questionarmos o por que da sociedade de
hoje ter evoluído tanto e ainda enfrentar enormes problemas de guerras,
fome, problemas como o meio ambiente etc. Ora quando afirmamos que a
sociedade evoluiu estamos afirmando que a sociedade está em plena expansão.

Neste pressuposto, a consciência tomou um caráter profundamente externo de
apreensão e dominação da natureza e do cosmos, numa possibilidade de
abertura ao que era misterioso, divino e místico. Isso lançou a humanidade
numa perspectiva futurística, em uma frase: o homem vive no presente com a
sua existência no futuro.

Diante desse fato, que é o da expansão da consciência, percebemos que a
informação é o que tem gerenciado as relações de poder. Hoje nos deparamos
com uma gama incomensurável de meios nos quais o homem obtém essas
informações: telefone, fax, televisão, jornais, revistas, Internet etc. É
justamente neste ponto que se faz propícia a nossa questão.

Do ponto de vista do crescente avanço científico-tecnológico construído
pelo homem se vê que ele está proposto de maneira externa, do que se é
possível construir , para facilitar o seu cotidiano, ou seja, ela está
referida ao mundo mais propício à vida humana e não na relação do homem
consigo mesmo, com os outros e com o cosmo. Não estamos querendo colocar
abaixo o avanço científico- tecnológico, mas no que diz respeito ao âmbito
educacional estamos indagando sobre os valores produzidos pela educação.

Assim, a nossa indagação se faz contundente, pois a educação deve propor um
novo elemento que é o da expansão da consciência interna no homem. Isso só
é possível a partir de uma auto-organização da humanidade que indaga pela
essência da existência do homem, como a lapidar frase do oráculo de Delfos:
"Conheça a ti mesmo". Esse conhecer a Ti mesmo não está proposto num
intimismo, mas outrossim, numa interação e integração entre o homem e a sua
existência.[17]

Nesta via, a educação deve conduzir-se à humanidade e não somente à
expansão externa da consciência, em algumas palavra: a educação deve
advogar a expansão da consciência interna do homem. O que referimos como
expansão interna é a possibilidade de abertura à comunicação do humano com
a própria humanidade, ou seja, com a capacidade de aprender a se relacionar
com a existência numa interação com valores éticos, morais , religiosos e
de cuidado com o meio ambiente.

A educação, deve ser a profetiza do caminho que o homem deve percorrer à
auto-organização da identificação de seus processos vitais à existência e
às referências e auto-referências que ele possui, como nos diz Assmann:

"Somos criadores do "nosso mundo, transformadores do mundo real porque,
em primeira instância, transformadores do nosso próprio "mundo interno"
mediante a fantástica evolução intra-organísmica(...) Não há mundo para
nós a não ser mediante a "nossa leitura" do mundo, corporalizada no
sistema auto-organizativo que somos"[18]

Os modelos de verdades, aqueles que estão propostos como único meio de
assimilação da realidade não devem ser dogmatizados pela educação, ao
contrário eles devem ser, através da mesma, purificados a fim de que se
propicie vias para uma construção da realidade sob os auspícios da
interação ética, política, religiosa e econômica social[19]

Essa questão nos mostra um fator importante que o de que o homem, pelo
menos a princípio, está sob a égide de uma ânsia de construir inúmeras
possibilidades de vida, ou seja, de desenvolver-se cientificamente a pleno
vapor. O desenvolver-se rápido num tempo e espaço cada vez mais pequeno
para que dê tempo de experienciar tudo o que desenvolvido. Mas esta ânsia
é tão demasiada que coloca o homem a mercê do desespero. É o desespero que
deixa o homem num esquecimento da sua interioridade. O homem parece não
conhecer-se.

O avanço tecnológico e científico nos mostra, sem sombra de dúvidas, a
capacidade, a energia, o vigor da razão humana[20]. Mas a vida humana não é
só razão, embora a razão é o que direciona, indica vias de possibilidades.
É também emoção. É nesse pressuposto é que se faz necessário uma retomada
da existência. O que queremos afirmar com isso? A existência não é só
compreendida pela via dos avanços da razão, todavia, como afirmamos
anteriormente, a razão dá "sentido" a existência. A existência não é só o
progresso, mas é também, crescimento afetivo, relacional e questionativo do
homem.

Ora, este fator nos leva a questão ética[21], pois perpassa o horizonte da
vida humana, com a pergunta fundamental: como podemos construir um mundo de
valores solidários, fraternos, de paz, de igualdade, de vida e sem
exclusões sociais e raciais? Esta questão só poderá ser resolvido mediante
uma interação que se faz na consciência externa com a consciência interna.

Essa perspectiva não descarta, inviabiliza, não reduz o progresso da
consciência externa do homem, ao contrário, o progresso da consciência
externa é de fundamental importância para o homem, mas ele deve contribuir
para que o homem encontrar-se com a seguinte indagação: qual é o valor da
vida?

Diante dessas elucubrações a educação deve acentuar-se como um indicador
das vias para uma concepção de humanidade que se edifica e identifica-se
com a sua própria existência. Em síntese, a educação deve possibilitar o
encontro do homem com a humanidade na integração homem-existência, homem-
homem e homem-mundo.







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( Bacharel Licenciado em Filosofia- PUC Minas
Pós graduando em docência em Ensino Superior
Foi Prof. Filosofia, História e Sociologia Colégio Metropolitano- Serra-ES
Prof. Teologia : Teologia Fundamental, Antropologia Teológica, Eclesiologia-
IPAV- V.Velha
Prof. Teologia Moral e Ética IPAV-Vila Velha
[1] LAMA, Dalai, sua Santidade, o. Uma Ética para o novo Milênio.
Sextante.6a ed. Rio de janeiro.2000.pg 16
[2] Analogia da crítica de Soren Kierkegaard, filósofo, ao pensamento de
Hegel.
[3] Gilmar Bonamigo é Mestre em Antropologia Filosófica e professor da
UFES.
BONAMIGO, Gilmar. O problema do homem. Revista Sofia. Ano II, Marco de
1996. Pg 12
[4] Para temos uma melhor referência neste aspecto sugerimos a leitura dos
livros do Prof. Daniel Goleman:
GOLEMAN. Daniel. Inteligência Emocional. Objetiva, 13a ed. São Paulo. 1999
[5] O que se quer demonstrar na interação sujeito-mundo é uma integração do
homem com a natureza, ou seja, natureza aqui está entendida com a questão
ambiental. O sujeito(ser humano) tem quão somente apropriado da natureza e
não cuidado da mesma. Vivemos hoje um caos ambiental devido a um
desequilíbrio provocado pelo próprio homem. Sobre este assunto sugerimos:
BOFF, Leonardo: Saber cuidar. Vozes.Petrópolis.1999
[6] BUSCAGLIA, Leo. Vivendo amando e aprendendo. Nova Era. 23a ed. Rio de
Janeiro 1999
[7] Para um estudo mais contundente da questão sugerimos:
RELATÓRIO DA UNESCO: Os quatro Pilares da educação:Um tesouro a descobrir.
1999
[8] ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I
[9] Sobre esse assunto recomendamos:
ASSMANN. Hugo. Reencantar a educação: Rumo à sociedade aprendente. Vozes.
Petrópolis.1998
[10] JOHNSON, Robert A.. WE: A chave da psicologia do amor romântico.
Mercuryo. São Paulo. 1989. P42-43
[11] ROSSEAU, Jean-Jaques. Do contrato social: Coleção os pensadores. Nova
Cultural. São Paulo. 1991, p 26
[12] O filósofo Jean-Yves Leloup no livro entitulado o corpo e seus
símbolos nos coloca um concepção de corpo como comunicação, ou seja, é nele
e por ele que o homem revela-se ao mundo. É essencialmente nele que o homem
transcende. É nele que o homem presentifica suas angústias, tristezas,
dores e alegrias. No corpo, pelo corpo e com o corpo o homem mostra-se ao
mundo e revela as mais côncavas intimidades do seu interior
[13] Aqui faço referência ao prof. Leonardo Boff e sugiro a leitura dos
seus livros entre eles:
BOFF, Leonardo. Ética da Vida. Letraviva. 2a ed. Brasília. 2000
_____________ . Depois de 500 anos que Brasil queremos. Vozes. Petrópolis.
2000
[14] É importante citarmos um texto de Manfredo Araújo e Oliveira
(considerações sobre a filosofia na encíclica Fides et Ractio em
publicação na Revista da Universidade Católica de Pelotas), Doutor em
Filosofia pela universidade Ludwig-Maximilian de Munique e prof. da
universidade do Ceará, cuja incursão está proposta acerca da Encíclica
Papal. Nela, o prof. Manfredo traz a perspectiva de que vivemos nesse
século uma "crise de sentido" pois existem tantos pontos diversos no
caráter científico acerca da vida humana e do universo que a fragmentação
do indivíduo levou-o a um caos existencial.
[15] aqui entendemos catexia não como a emprega por FREUD, ou seja, o
processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é investida na
representação mental, outrossim, é a energia vital do homem disponível no
interior do homem para construir uma sociedade justa e solidária sendo
investida para o alargamento da consciência para o exterior do humano e
estatização da consciência no âmbito interno da humanidade.
[16] Jean-Paul Sartre é filósofo francês e na sua obra: O existencialismo
é um humanismo, aponta sobre a questão da liberdade, dizendo: "o homem
ligado por um compromisso é que se dá conta de que não é apenas aquele que
escolhe ser, mas que é um legislador pronto a escolher".
[17] Leonardo Boff na sua Obra: O destino do Homem e do Mundo, nos mostra
que é preciso restaurar o equilíbrio das tensões humanas numa dinâmica
interior e exterior a existência humana. Para Boff a consciência está cheia
de tensões nos desejos e no querer coisas sensíveis, espirituais e divinas,
no pensar a realidade e de senti-la.
[18] ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: Rumo a sociedade aprendente.
Vozes. Petrópolis, 1998
[19] O papa João Paulo II na carta encíclica Fides et Ration trata desta
questão. Ele reconhece que há diversas formas de verdade, mas que estas
verdades devem contribuir para uma perspectiva de integração da existência
humana e não de uma fragmentação. Na verdade o dogma de uma verdade
envereda a existência numa única possibilidade e deixa o homem a mercê de
um determinismo da existência. Mas o homem não deve ficar preso a
conquistas de verdades parciais, pelo contrário, deve esforçar-se por
encontrar uma verdade superior que lhe explique o sentido da vida
[20] O que chamamos de consciência externa é o modo como o progresso
racional do homem constrói, pela técnica e pelas ciência, descobertas e
meios para facilitar a vida humana.
O que chamamos de consciência interna é a capacidade racional que o
homem possui para avançar no encontro consigo mesmo. É o "conhecer a ti
mesmo", sendo a cada instante ruminado pelo homem na perspectiva da sua
existência.
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