Recensão Crítica do artigo - \" Journalism and social media in the African context\" de :Chris Paterson

July 1, 2017 | Autor: Manú Pereira | Categoria: Journalism, Research Methodology, Digital Media, Jornalismo, Master Degree, Investigação
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Descrição do Produto

Comunicação e Multimédia - 2014/2015
Dr. Sílvio Santos



Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra


Recensão Crítica - Rádio e Comunicação





Título: Journalism and social media in the African context
Publicação: Ecquid Novi: African Journalism Studies
Autor(es): Chris Paterson
Editora: Routledge











Discentes: Emanuel Jorge Sebastião Pereira - 2011157749
João Pedro Sampaio Duarte - 2011158748
Marcelino Jorge Martins Costa - 2011143041
Ricardo António Mendes Granada - 2011154768

Mestrado em Comunicação e Jornalismo – 2º Semestre

Introdução
O texto de Chris Paterson funciona como uma espécie de prefácio para a coletânea de artigos de uma edição especial da revista Ecquid Novi: African Journalism Studies. Com início em 1980, a publicação, que está a cargo da editora Routledge – Taylor & Francis Group, perdura até hoje, mas em 2015 encurtou o nome para apenas African Journalism Studies. Publicada três vezes por ano, contém artigos que procuram aprofundar o campo dos estudos jornalísticos e da comunicação de massas no contexto específico do continente africano. Outro dos seus objetivos passa por servir de base teórica para o estudo do jornalismo em África. Embora o foco da publicação seja o continente africano, a sua distribuição e interesse académico é profundamente global.
Nesta edição em particular, Chris Paterson deixa o mote para uma reflexão bastante atual: as implicações das redes sociais no jornalismo africano.
Numa análise aprofundada ao longo da obra, percebemos que, hoje em dia, os conceitos de 'jornalismo africano' e 'redes sociais' se tocam, pois no contexto daquele continente estas redes começam a ganhar cada vez mais importância (acompanhando as tendências mundiais), mesmo tendo em conta todos os condicionalismos inerentes à grande maioria dos países africanos, como, aliás, nos alerta Paterson: "Importa referir que, no entanto, como alguns autores apontam nesta edição, mesmo onde os jornalistas africanos estão ansiosos por utilizar as redes sociais no seu trabalho, o caso que se dá normalmente é a maioria dos adultos no seu país não terem acesso a estes meios tecnológicos." (Paterson, C. 2013:1)

Esta análise surge devido à falta de uma investigação sobre o jornalismo no contexto africano, segundo o autor, e uma falta de preocupação e de atenção para com os meios que a imprensa africana (ou estando em solo africano) dispõe para trabalhar. Clay Shirky aponta a Primavera Árabe como a exceção a esta realidade, pois os acontecimentos que se desenrolaram a partir do final de 2010, e com maior intensidade até ao verão de 2011, resultaram numa afluência bastante anormal ao norte de África, um pouco por parte de toda a imprensa mundial. Mas não foi só esta a mudança. As manifestações de desagrado por parte da população para com os regimes ditatoriais que as governavam, tomaram conta da agenda mediática. A atenção que os locais receberam deve-se, em grande parte, à ação dos cidadãos, que graças ao acesso às novas tecnologias tiveram conhecimento de outras realidades e começaram a questionar a sua, de uma forma ativa. Desta forma, a população africana, aproveitando os novos meios de que dispunham para lutar por um regime de governação diferente, começaram a questionar as doutrinas do mundo em que viviam. "Com os passos hesitantes dados no caminho para a democracia, perderam força no mundo árabe os antigos pressupostos de passividade do público e de inviolabilidade dos estados autocráticos e estáveis." (Relatório Especial do CEEA. 2011:3)

Importa, antes de mais, realçar que, para os efeitos desta publicação, o termo 'social media' não se refere aos clássicos meios de comunicação social, mas sim ao que chamamos de redes sociais - Facebook, Twitter, etc. O autor é explícito na transmissão desta ideia: "(...) o jornalismo participativo, no qual o estritamente definido 'social media' (blogging, tweeting e o like) desempenha um papel essencial, é algo que está a prosperar em toda a África, e com isso estão a emergir novas formas de investigação(...)" (Paterson, C. 2013:1)
Estes novos meios de comunicação ganham, a cada dia que passa, uma importância acentuada na transmissão de informação através dos países africanos. No entanto, a falta de acesso a este tipo de tecnologia, por parte da grande maioria dos cidadãos do continente, não permite que os jornalistas locais explorem a toda linha as potencialidades das redes sociais, tal como referem alguns autores nesta edição da revista Ecquid Novi: African Journalism Studies.

A situação em África
A reflexão feita por Chris Paterson pode ser vista como uma díade. Por um lado, aborda a forma como o jornalismo em África está a ser feito pelos profissionais da área, apresentando uma visão geral no que concerne aos principais problemas que os mesmos enfrentam. Por outro, ainda no âmbito do jornalismo no continente, foca o impacto que as novas tecnologias de informação e comunicação, através do "jornalismo-cidadão", têm no desenvolvimento das próprias sociedades africanas. Ou seja, o que autor britânico explícita não se restringe apenas ao uso dado aos blogs, Twitter e Facebook, por exemplo, mas também ao conjunto de repercussões no campo social, económico e político nos países africanos, que podem ser motivadas pelos media.
Em primeira instância, é necessário ter em consideração que o campo de estudo em África é vasto, dado que se trata de um continente que compreende mais de cinquenta países – com a grande maioria dos mesmos a ter carências graves na sua sociedade. Como o próprio autor refere quando aborda a relação entre comunicação e tecnologia, "tem havido uma examinação limitada do contexto africano" (Paterson, C. 2013:1), cuja opinião é corroborada por Chris Atton e Hayes Mabweazara quando afirmam que a pesquisa que é feita em solo africano "falha em termos teóricos e empíricos no que diz respeito à forma como os jornalistas profissionais estão, atualmente, a forjar novas maneiras de exercer as suas profissões, à luz das mudanças tecnológicas" (Paterson, C. 2013:1 apud Atton e Mabweazara 2011:668). No entanto, estudos como o de Chris Paterson são úteis na medida em que explicitam as emergentes formas de fazer um jornalismo inovador: de "mãos dadas" com a tecnologia, de indivíduo para indivíduo e acessível, se dispuserem dos meios para tal, a qualquer um.
Falamos, como referido anteriormente, do jornalista-cidadão. Sucintamente, a noção é utilizada para caraterizar as publicações amadoras/não profissionais, feitas por cidadãos comuns, através dos mais variados suportes para tal (jornais, revistas, rádio, redes sociais, entre outros), sendo que os assuntos podem assumir diversas "facetas", desde notícias de interesse nacional ou simples relatos de cariz comunitário. "São notícias das pessoas, feitas pelas pessoas e para as pessoas" (Banda, F., 2010:26 apud Ross, R.; Cormier, SC. 2010:66) que, no entanto, peca por ser uma função ainda pouco desenvolvida em África – algo à imagem das tecnologias de comunicação e informação e o seu lento progresso no continente.
Para alguns teóricos, o jornalista-cidadão teve o seu grande impulso em África na crise eleitoral do Quénia, em 2007, momento que culminou com alegações de manipulação de votos e consequentes atos de violência, que resultaram na morte de um milhar de quenianos. Para divulgar o que acontecia ao longo dos dois meses de motins, "as pessoas usavam os seus telemóveis para filmarem pequenos vídeos e tirarem fotos, que depois eram partilhados online; os cidadãos eram produtores de notícias" (Banda, F., 2010:43). Logo, exemplos como as eleições do Quénia demonstram que o continente africano não enfrenta desafios apenas no desenvolvimento dos seus meios tecnológicos, tendo, também, que conseguir uma estabilização de uma democracia, ao longo de todos os seus países, que permita esse necessário progresso.
Desta forma, o jornalismo-cidadão, de âmbito "caseiro", surge como uma "forma híbrida" (Patterson, C., 2013:3 apud Moyo 2010:s/p) da sua vertente profissional, feita nas redações. Este formato de fazer jornalismo está em estreita conexão com as mais variadas ferramentas tecnológicas, e culmina na produção de vários estudos referentes ao papel do telemóvel, da rádio, dos blogs, do Twiiter e Facebook, entre outros. Dadas as limitações tecnológicas existentes em África, anteriormente referidas, não é de estranhar que ainda haja um largo número de países onde a penetração da Internet, por exemplo, é extremamente reduzida, sendo que em vários deles nem 1% da sua população tem acesso (dados da Miniwatts Marketing Group e do relatório "Internet Usage Statistics for Africa", realizado em 2009). O elemento preferencial para a propagação de notícias entre jornalistas-cidadãos é o telemóvel, tanto a nível de chamadas como de SMS's. De resto, o próprio escritor refere que este: " (…) no contexto africano, é o facilitador dominante de novas formas do jornalismo participativo em África (…) é talvez mais genuinamente social que tecnologias baseadas na Internet, que ainda têm pouco impacto em África (…) " (Patterson, C., 2013:2). No Zimbabué, os próprios jornalistas profissionais utilizam tanto o poder dos SMS's, como também do e-mail, para "receberem informações de cidadãos, em particular os que residem em regiões inacessíveis aos jornalistas, por razões económicas e de segurança" (Mutsvairo, B. Columbus, S., 2012:127). Outra das grandes vantagens deste meio é a facilidade em reencaminhar informações, de regiões para regiões, de países para países. No entanto, a proliferação do conteúdo das SMS's nem sempre é em prol de uma boa causa, como informar sobre um determinado facto. Em casos como as eleições do Quénia, anteriormente mencionadas, dizem-nos Joshua Goldstein e Juliana Rotich, que a utilidade dos SMS's baseava-se na "propagação da violência" (2012:126), sendo "úteis para a organização de campanhas de grupos de crime organizado, publicitadas de forma explícita e sistemática (Mutsvairo, B. Columbus, S., 2012:126 apud Goldstein, J.; Rotich, J. 2008:4). O futuro das mensagens instantâneas, mais concretamente através de aparelhos de comunicação móveis, em solo africano, é risonho.
"Os telemóveis representam à volta de 90% de todas as linhas telefónicas em África. O mercado de telemóveis no continente está a aumentar consistentemente, entre 50% a 60% a cada ano. No futuro existe muito potencial, com a penetração no mercado a rondar os 20%." (Budde, Paul.2009)
As restantes ferramentas ao dispor dos jornalistas-cidadãos, principalmente no que concerne ao uso dado à Internet e às rádios comunitárias, surgem em segundo plano, dada a fraca rede de network existente em África. Primordialmente, é conferida maior importância aos blogs/websites, Twitter e Facebook, sendo que os primeiros ganham relevância pela criação de uma "blogosfera", que em muito tem contribuído para a impulsão do jornalismo-cidadão. A informação que é disponibilizada em blogs e sites cria "uma tendência nas redações com pouco recursos a dependerem em demasia das notícias que surgem no ciberespaço, que muitas vezes são publicadas, com pouca ou nenhuma verificação da veracidade do que é dito." (Paterson, C, 2013:4), o que remete para implicações éticas e profissionais da própria profissão. Quanto aos websites, podemos apontar o mzalendo.net (Quénia), ushaidi.com (Quénia), o WOUGNET – Women of Uganda Network (Uganda) ou o saharareporters.com (Nigéria) como plataformas que, por um ou outro motivo, foram criadas com o intuito de difundirem informações relativas ao país em questão.
Ainda que o papel do jornalista-cidadão seja vital para o impulso do próprio jornalismo em África, é inquestionável que, no futuro, terá que lidar com certas restrições. Por um lado, haverá sempre a preocupação em conseguir que as infraestruturas que permitem o exercício de qualquer tipo de jornalismo sejam adequadas, que, como escreve o autor do artigo, atualmente são "subdesenvolvidas" (2013:2), tendo como consequência a "lenta e desigual" difusão das tecnologias de informação e comunicação (Mutsvairo, B. Columbus, S., 2012:127 apud Moyo, D. 2009:554-555). Por outro, estará constantemente presente uma vincada relação com os "mainstream journalists", tanto no que diz respeito à troca de informação entre ambos, como também pelo facto de contribuírem para "o aumento do número de plataformas de media existentes. Isto significa que o jornalismo-cidadão contribui para a pluralidade dos media – uma condição necessária à democracia." (Banda, F., 2010:75)
Com o desenvolvimento das próprias sociedades africanas, um dos desafios das várias formas de exercer a profissão jornalística será combater as típicas "histórias sensacionalistas e bizarras que há tanto tempo têm caraterizado e estereotipado a África rural." (Paterson, C., 2013:4), para o qual contribuíram campanhas como o "Kony", em 2012. Logo, as emergentes tecnologias de informação e comunicação e o jornalismo-cidadão, ao mesmo tempo que contribuem gradualmente para as mudanças políticas em alguns dos países menos democratizados em África, também têm que consolidar a sua própria estrutura, como, por exemplo, o financiamento para que a viabilidade desta forma de fazer jornalismo exista. No fim de contas, uma vez que o jornalismo será sempre feito pelo homem, quando se discute o seu papel em África terá que estar sempre presente a noção "da importância das identidades culturais das suas sociedades na vida dos indivíduos e dos grupos." (Nyamnjoh, F., 2005:6)
Conclusão
O modo de comunicar em África está a mudar. Acontecimentos como a Primavera Árabe revelaram o impacto que as novas formas de comunicação digitais podem ter em qualquer espaço do mundo, inclusive em países onde os governos e os regimes políticos são mais fechados e impenetráveis para as Tecnologias da Informação e Comunicação, vulgarmente denominadas por TIC.
Os meios de comunicação social expandem-se a cada dia que passa em solo africano, continente onde o termo 'social media' abrange áreas que extravasam os meios mais "clássicos" – televisão, rádio e imprensa - e passam a incluir novas formas de comunicação que recorrem a vias como a Internet, a banda larga ou as redes de telecomunicações. Podemos atentar no exemplo dado no texto de Chris Paterson, em que um telemóvel em África é quase por si só um 'social media', pois até a troca de mensagens entre os cidadãos e os jornalistas profissionais é considerada uma forma de obter informação, por parte da imprensa africana. Aliás, em países como o Zimbabué, segundo Bivens, "a informação enviada a partir de telemóveis é muitas vezes a única fonte de cobertura jornalística a que os jornalistas profissionais têm acesso."
O uso do telemóvel não é o único meio que se insere no conceito supracitado, também a utilização das redes sociais e outros portais online é algo considerado como uma forma (por vezes a única) para recolher informação para a prática do jornalismo nalguns países africanos, como acontece no Quénia e no Malawi. O autor do artigo aponta este último país como exemplo, quando refere que "os jornais, mesmo em alguns dos países mais pobres de África, têm, há já algum tempo, vindo a construir de uma forma criativa, redes de recolha de informação através dos cidadãos-repórteres a fim de estender o seu alcance de captação de notícias."
Compreendemos que, hoje em dia, o papel do tão falado cidadão-jornalista é essencial na imprensa de vários países do continente africano. Definir o que é um cidadão-jornalista é ainda complicado, e alvo de constante debate. No entanto, Cheila Marques apresenta-nos uma hipótese: "Em linhas gerais, o cidadão jornalista é um indivíduo sem formação académica na área de jornalismo com uma vontade enorme de participação na esfera social." É precisamente este o caso que se dá em África, embora com nuances e obstáculos de um continente em desenvolvimento.
Esta nova prática jornalística, aliada ao desenvolvimento tecnológico que a acompanha, surge com as empresas privadas, pois a grande maioria dos meios públicos (conotados com a influência dos governos ditatoriais) foram sendo erradicados com as revoluções liberais. Assim, as estações privadas pretendem lucrar com as TIC's, longe das suspeitas de influências e pressões governamentais sobre as suas publicações; embora, segundo Paterson, " (...) muitos dos comentários acerca da imprensa africana questionem a possibilidade do jornalismo dar algum contributo à democratização quando ela própria - a imprensa - é controlada pelas forças de mercado." (Paterson, C. 2013:3)
De destacar que, tal como 'social media' pode ter mais do que uma interpretação ao longo deste artigo, também o termo 'mainstream journalism/media' aparece com significados diferentes. O 'mainstream journalism' pode ser compreendido como os meios de comunicação dominantes ou os media principais, mas, também, como um conceito que diz respeito ao jornalismo das tendências.
Já na parte final do artigo, Paterson introduz o termo 'afro-pessimismo', noção que está relacionada com um sentimento de pessimismo sobre a capacidade do continente em superar os constantes desafios relacionados com a pobreza, a saúde, o desenvolvimento ou a governação.
O autor termina com o desejo de incentivar novas pesquisas na área dos estudos africanos, com especial incidência no cruzamento entre as práticas do jornalismo daquele continente e o surgimento, cada vez mais rápido e visível, das comunicações através dos mais recentes meios digitais.

Bibliografia
Banda, Fackson (2010). Citizen Journalism & Democracy in Africa: an exploratory study. África do Sul; Escola de Jornalismo e Estudo dos Media, Universidade de Rhodes

Tudesq, André-Jean; Nédélec, Serge (1998). Jornais e rádios em África nos séculos XIX e XX. França, Universidade de Bourdeux


Artigos & Websites
http://www.academia.edu/2966117/Definition_and_scope_of_Afro-pessimism_Mapping_the_concept_and_its_usefulness_for_analysing_news_media_coverage_of_Africa? [consultado a 27 de baril de 2015]

O Cidadão Jornalista: Realidade ou Ficção?, de Cheila Sofia Tomás Marques (2008). Disponível através do endereço: http://www.bocc.ubi.pt/pag/marques-cheila-cidadao-jornalista-realidade-ou-ficcao.pdf

Emmerging patterns and trends in citizen journalism in Africa: the case of Zimbabwe, de Bruce Mutsvairo e Simon Columbus (2012). Disponível através do endereço: http://cejsh.icm.edu.pl/cejsh/element/bwmeta1.element.desklight-b0de89af-a9c1-4026-aff8-e41c2837998f/c/CEJC_Vol5_Vol5_No1_Mutsvairo.pdf [consultado a 27 de abril de 2015]

Journalism in Africa: Modernity, Africanity, de Francis Nyamnjoh (2005). Disponível através do endereço: http://www.nyamnjoh.com/files/nyamnjoh_journalism-in-africa_rhodes.pdf [consultado a 28 de abril de 2015]

https://www.foreignaffairs.com/articles/2010-12-20/political-power-social-media [consultado a 28 de abril de 2015]

Relatório Especial do CEEA, África e a Primavera Árabe: Uma Nova Era de Expectativas Democráticas (2011). Disponível através do endereço: http://africacenter.org/wp-content/uploads/2012/02/ASR1_POR.pdf [consultado a 29 de abril de 2015]

www.mzalendo.net; www.ushuaidi.com; www.wougnet.org

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http://www.routledge.com/
Tradução nossa. Citação original: " Importantly, though, as some authors point out in this issue, even where journalists in Africa are eager to embrace social media in their work, it is usually the
case that the majority of adults in their country have no access to such media." Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 1.
Relatório Especial do CEEA (Centro de Estudos Estratégicos de África). África e a Primavera Árabe: Uma Nova Era de Expectativas Democráticas. Uma Publicação do Centro de Estudos Estratégicos de África.
Tradução nossa. Citação original: " (...) participatory journalism, in which narrowly defined 'social
media' (blogging, tweeting and the like) play an integral role, is thriving around Africa
and, with it, a significant body of research is emerging(...) " Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 1.
Tradução nossa. Citação original: " (...) there has still been quite limited examination of the African context (...) " Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 1.
Tradução nossa. Citação original: " 'research has largely lacked theoretical and empirical grounding in terms of examining how African mainstream journalists are forging "new" ways to practise their profession in the light of technological changes in their newsrooms'." Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 1.
Tradução nossa. Citação original: " (...) hybrid form (...) " Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 3.

Tradução nossa. Citação original: " (...) in the African context, the dominant facilitator of new
modes of participatory journalism in Africa (...) it is perhaps more genuinely social than Internet-based technologies (...). " Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 2.
Tradução nossa. Citação original: " (...) the tendency in poorly resourced newsrooms to rely heavily on
information which appears to hang invitingly in cyberspace, seeming to urge journalists to employ it as 'news', with little or no verification." Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 4.
Tradução nossa. Citação original: " (...) the kind of sensational and bizarre stories which have
so long characterised the stereotypical Western view of rural Africa (...) " Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 4.
Tradução nossa. Citação original: "information sent from mobile phones makes up some of the only
news coverage mainstream media organisations can acquire."
Tradução nossa. Citação original: "Newspapers in even some of Africa's poorest countries have, for some time, been creatively building networks of citizen reporters to extend their newsgathering reach." Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 3.
Marques, C. (2008). O Cidadão Jornalista: Realidade ou Ficção? Disponível em . [Consultado a 28 de abril de 2015].
Tradução nossa. Citação original: "(...) much comentary on the African press questions the possibility of journalism making any useful contribution to democratisation when it is itself constrained by market forces." Paterson, C. (2013). Journalism and social media in the African context. Ecquid Novi: African Journalism Studies. Página 3.

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