Reconstituição, conservação e divulgação documental de edificações de interesse cultural já demolidas Casa de Frederico de Assis em Juiz de Fora

July 23, 2017 | Autor: Mauro Campello | Categoria: Conservação, Arquitetura Moderna
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“Reconstituição, conservação e divulgação documental de edificações de interesse cultural já demolidas: Casa de Frederico de Assis em Juiz de Fora” Autores: Profa. Dra. Raquel Braga ([email protected]) e Prof. Msc. Mauro Campello ([email protected]) – Dep. Arquitetura e Urbanismo – UFJF e colaboradores. 1 Juiz de Fora e sua Arquitetura Moderna: conservar ou demolir? Juiz de Fora não teve as marcas coloniais e barrocas das cidades mineiras, mas sim marcas de uma cidade onde o referencial eram as cidades européias da mesma época. Desde sua elevação à categoria de cidade, em 1853, é palco de grande desenvolvimento cultural e artístico, onde os teatros, jornais, colégios e outras manifestações artísticas se destacavam. A arquitetura também expressa o desenvolvimento cultural, pois com o poder econômico dos produtores de café e barões de indústria, a construção de palacetes e de edifícios públicos e privados tem grande impulso. O ecletismo era a linguagem dominante no final do século XIX, porém, nas primeiras décadas do século XX as linguagens Art Nouveau e Art Decó produzem exemplares de destaque, alguns ainda remanescentes. No final da década de 30, um jovem engenheiro, formando pela Escola Politécnica da Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro, Arthur Arcuri, começa a despontar no cenário da arquitetura de Juiz de Fora. Arcuri opta pela linguagem moderna da arquitetura, cujo domínio adquire, segundo seu depoimento2, nas constantes consultas aos livros de arquitetura das bibliotecas da Universidade do Brasil e de sua ligação com alguns arquitetos modernistas, como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, além de seu contato com a arte moderna através das pinturas de Portinari, Di Cavalcanti e Guignard . Ressalta-se, também, que em recente entrevista (2007) concedida por Arcuri, ele declara que submetia seus projetos de arquitetura ao crivo do arquiteto Lúcio Costa, que foi um dos principais responsáveis pela difusão das idéias de Le Corbusier no Brasil. Destacamos duas importantes passagens de sua trajetória profissional, que são citadas por SANTANA e PUGLIESI 3, em seu livro. A primeira diz respeito à observação de Lúcio Costa sobre o livro Modern Architecture in Brazil de Henrique Mindlin4. Ele afirma que há “(...) falta de referência à obra persistente e valiosa de Arcuri, em Juiz de Fora, (...) (p.19). A segunda é a sua participação na Primeira Mostra Contemporânea Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1952, que depois foi levada para Londres, Paris e outras capitais européias. 1

Colaboradores: Beatriz Elena de Assis Moreira, Gabriel Moreira da Cruz, Paulo Stuart Angel Jacob da Silveira, Fabrício Oliveira Zanoli, Filipe Quaresma Poyares de Oliveira, Luiza Almeida Vianna, Bruna Hamacek Vianna, Lorena Noé Dini, André Côrrea Castanheira, Luciana Teperino, Dalton Evandro de Carvalho, Maurício Henriques Velasco e Lucas Souzalima Rodrigues. 2 Nosso contato com o engenheiro Arcuri é intenso e alguns depoimentos não estão formalmente registrados. 3 SANTANA, Rodrigo e PUGLIESE, Stella. Arquitetura Moderna em Juiz de Fora: A Contribuição de Arthur Arcuri. Juiz de Fora: FUNALFA, 2002. 4 A 1ª edição é datada de 1956 em inglês, francês e alemão e a 2ª edição, de 1999 é em português.

Descaracterização da imagem urbana A preocupação com a demolição ou descaracterização dos conjuntos arquitetônicos ou mesmo de edifícios isolados, que marcam e identificam a imagem urbana de Juiz de Fora, motivou-nos a buscar medidas que possam viabilizar sua conservação. Vamos tratar aqui, especificamente, dos edifícios e conjuntos que expressam o ideário da Arquitetura Moderna em Juiz de Fora, tanto pela sua importância como manifestação da cultura brasileira de arquitetura, como pela dificuldade cultural de sua valorização. A linguagem moderna de Arquitetura tornou-se no Brasil e, em Juiz de Fora especialmente, desde meados do séc. XX, o ideário mais praticado nas construções já que suas primeiras manifestações de caráter erudito foram paulatinamente sendo incorporadas ao repertório popular. Este processo pode ser percebido na paisagem urbana de Juiz de Fora (figura x), onde predominam os edifícios construídos a partir do que podemos denominar “popularização” da linguagem moderna de arquitetura. Percebe-se que neste processo de popularização perderam-se vários princípios que poderiam garantir qualidade artística e cultural a este conjunto. Destacamos o caso da Casa de Frederico de Assis, projeto do engenheiro Arthur Arcuri, de 1955, que foi demolida, em Juiz de Fora, durante processo administrativo para sua conservação como bem cultural e que pode nos alertar para o risco de desaparecimento deste notável traço cultural, seu patrimônio de edifícios e conjuntos que manifestam a Arquitetura Moderna Regional. Este caso de demolição está inserido num quadro de sistemáticas demolições de edifícios significativos para a cultura local e, especificamente, para a interpretação regional da Arquitetura Moderna, revelador da ineficácia dos instrumentos legais e da política para sua conservação. O edifício, além de importante representante de manifestação local do ideário da Arquitetura Moderna, foi sede de importante escola, que para muitos cidadãos notáveis da cidade caracterizava-se como “espaço de cidadania”. A solicitação de tombamento, de 18 de fevereiro de 2002, é “desinformada”. Afirma-se ali que o edifício “foi construído na década de 40. Uma das primeiras residências modernistas da cidade e do País”5. O prédio é, na realidade, de 1955, não podendo também ser caracterizado como uma iniciativa pioneira dentro da tendência. Sua principal motivação é afetiva, já que o grupo envolvido com o processo estava ligado à escola ali instalada, sendo que outras manifestações de caráter afetivo e social também são anexadas ao processo. A residência, construída na região central da cidade, formava um conjunto com outros representantes de sua categoria, tendo sido importante elemento de caracterização das várias camadas de construção cultural da arquitetura local. Segundo Wanda Arantes do Vale 6, “Em seus aspectos formais e divisão do espaço, a construção forma um texto das concepções de conforto e beleza defendidas pelas elites do período”.

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Processo 0599/02 – PMJF, que trata da solicitação de tombamento do imóvel localizado à Rua Braz Bernardino, 155 – Juiz de For a, M. G., com base na Lei Municipal 7282 de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Juiz de Fora. Ibidem.

No projeto desta casa, Arcuri emprega elementos que caracterizam, em Juiz de Fora, sob influência do Rio de Janeiro, a Arquitetura Moderna: composição volumétrica composta por paralelepípedos interpenetrados; utilização de materiais em seu estado bruto: pedra, tijolos; assimetrias; painéis de azulejos de artistas locais ligados ao Movimento Moderno nas Artes plásticas; Creio que poderemos falar um pouco do parecer da Barbosa, sem criticá-lo diretamente. No caso aqui exposto constatamos várias dificuldades para a efetivação do tombamento: Primeiro, a cultura local não é sensível ao fato de que a conservação do seu conjunto edificado deve levar em consideração os diversos momentos da formação da cidade e suas expressões artístico-culturais, sendo que para compreender esse processo, deve-se levar em conta a inexistência de um pensamento urbano no âmbito dos órgãos de preservação. Segundo, nossos instrumentos de política urbana municipal não resolvem as questões de preservação do patrimônio edificado, porque são insuficientes, porque sofrem com a descontinuidade administrativa dos municípios, a inexistência de políticas culturais locais e a falta de investimento na formação de técnicos na área. (Acredito que será importante mencionais quais são estes mecanismos). Uma terceira dificuldade indica que os atores envolvidos não conseguem estabelecer um acordo que contemple a conservação deste patrimônio, já que os processos de tombamento são suscetíveis às pressões de grupos da comunidade e ao forte jogo de interesses imobiliários. A quarta dificuldade é que, diante do senso comum de que no Brasil a arquitetura moderna ainda se expressa com vigor, e que é considerada ainda “contemporânea”, os brasileiros, inclusive alguns arquitetos, não identificam nesta o necessário valor histórico que tradicionalmente poderia indicar sua conservação de forma sistêmica. (acho conveniente dar uma ref.). Outra dificuldade é a quase ausência de instrumentos de informação e interação junto à comunidade. Os constantes conflitos entre posições antagônicas, que se manifestam diante da questão da conservação de edifícios, têm resultado em demolições desastrosas no interior do Brasil, já que os atores envolvidos: poder público, proprietários do bem cultural a ser indicado para conservação, bem como a comunidade não podem ser sensibilizados, pela quase ausência de um sistema de informação. Muitas vezes estes grupos desconhecem até mesmos os benefícios e garantias que já foram conquistados, bloqueando o processo de conservação de maneira sistemática e até impedindo o avanço na conquista de medidas mais abrangentes, como a ampliação de recursos financeiros para a reabilitação. Já podemos afirmar que esta conservação não será viabilizada só com a criação de leis e com as decisões de técnicos nos gabinetes dos órgãos de patrimônio histórico. Podemos sim, pelo contrário, apontar casos onde estas medidas aceleram a demolição destes imóveis, quando eles passam a ser objetos de iniciativas de conservação. As medidas mais eficientes estão nas cidades onde a comunidade é despertada para a valorização deste patrimônio. “Já é detectável a tendência de reciclar e restaurar imóveis que, ainda que não tenham seu valor arquitetônico reconhecido pelo Estado, representam

conquistas recentes e estágios significativos do desenvolvimento da arquitetura e da engenharia brasileiras, especialmente no período moderno. Cabe aos arquitetos fazer com que esses edifícios não aguardem mais para serem consagrados e reconhecidos pela sociedade.” (FAGGIN, 2004, p. 58). O depoimento do colega Faggin, provavelmente a respeito do estado das coisas na cidade de São Paulo, nos anima. Mas trata de uma cultura urbana que, mesmo ainda dando os primeiros passos no sentido de conservar imóveis que demonstram a inventividade e engenhosidade da técnica brasileira, já nos traz importantes exemplos desta iniciativa, gerando referências que vão aumentando o interesse dos proprietários que passam a poder enxergar o tombamento e/ou conservação de seus imóveis como benefício e não como punição. Esta desmistificação do “fantasma do tombamento”, em algumas esferas, já ocorreu ali tanto pela adequação da legislação dos órgãos públicos, como também pela constituição de uma cultura arquitetônica e comunitária neste sentido. Instrumentos como incentivos fiscais: redução de impostos, taxas e tributos; concessão de certificados aos imóveis de preservação exemplar; facilidades de financiamentos para aqueles que desejam dar manutenção aos bens tombados; zoneamento; permutas; solo criado, dentre outros, podem ser um incentivo aos proprietários dos imóveis tombados ou em processo de tombamento. Estes instrumentos dão ao proprietário do imóvel em questão, a garantia de que seu bem não terá seu conteúdo econômico esvaziado, já que estes garantem a compensação pelas possíveis perdas patrimoniais decorrente da conservação do imóvel em seu estado original ou, mesmo, dependendo dos casos, conservação com adaptações. Em Juiz de Fora, segundo seu “Plano Diretor” (2000), impõem-se diretrizes para o patrimônio cultural e paisagístico na cidade, como por exemplo, estabelecer critérios de flexibilização de usos para os bens tombados, além de promover a conscientização da população quanto aos valores do patrimônio cultural e/ou paisagístico do município, através de programas educacionais de divulgação nas escolas e pelos meios de comunicação. A divulgação dos valores culturais relativos à conservação da memória e especificamente de momentos de expressão, como o moderno em arquitetura, é de fundamental importância neste processo, sendo que nossos esforços têm sido neste sentido, já que o consideramos como instrumento de maior relevância para efetiva ação de conservação deste patrimônio cultural. Em Minas Gerais, em 1995, criou-se a Lei n.º 13803 – ICMS Patrimônio Cultural, que repassa recursos para os municípios que preservam a sua memória e sua produção cultural. Juiz de Fora, mesmo já se beneficiando deste incentivo, ainda não realizou uma discussão com repercussões na cultura coletiva de preservação. Sendo as residências a maior parte da produção arquitetônica do movimento moderno brasileiro, maior é a responsabilidade do arquiteto que é chamado a intervir nestes imóveis, pois neste caso cabe a ele mostrar ao cliente a importância cultural e “(...) as grandes lições de arquitetura deixadas por arquitetos e engenheiros desse passado recente” (FAGGIN 2004, p.59).

Mas como atuar neste campo, quando residências modernistas, nas áreas centrais, que poderiam ser adaptadas a novos usos (comercial, institucional, etc.), têm proprietários que se apavoram diante de uma possibilidade de desvalorização do imóvel com o tombamento? Como proceder em casos cujo edifício é elemento marcante de momento histórico e social e da paisagem urbana? Como lidar com presença agressiva dos especuladores imobiliários, que agravam tal quadro? E quando nesta comunidade são poucos os casos de identificação, valorização e preservação pela sociedade, independente dos gabinetes dos conselhos de órgãos públicos? Estas perguntas e inúmeras outras que se possam fazer dependem de uma ação mais efetiva dos órgãos públicos e de uma mobilização da sociedade na divulgação das possibilidades de instrumentos de origem fiscal, educacional e de outras naturezas que colaborem na conscientização que leve a todos a entenderem que a preservação não significa museificar o bem imóvel e torná-lo algo sem possibilidade e de negação das suas potencialidades de uso ou mesmo de auferir renda ou lucro com a sua existência. A Residência Frederico de Assis Projetada para uma numeros famíla, composta por 14 filhos, Arcuri, como em outros projetos residenciais mantêm a sua idéia de “ a casa invertida” (VIEIRA, 2006, p. 39), ou seja o setor serviço,como garagem e cozinha, eram trazido para a parte frontal do terreno o que permitia uma maior articulação do objeto arquitetônico com o terreno, posibilitando a criação de jardins. Neste específico projeto a criação de jardins ao nível do solo e nos pavimentos superiores tem como objetivo fazer com o a relação exterior / interior se faça de tal forma que não se tem como afirmar se esta relação se dá neste sentido ou em sentido contrário. A proposta inicial da residência (fig. 01), data de 15/04/1954, sofreu modificações durante a sua construção (fig. 02), sendo apresentada em 01/06/1957, provavelmente modificada durante a execução da obra (VIEIRA, 2006).

Fig. 01 – Primeira versão – 15/04/1954 – Fonte – SANTANA e PUGLIESE.

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Fig. 02 – Segunda versão – 01/06/1957 – Fonte – VIEIRA

Podemos considerar que esta obra de Arcuri explicita a sua idéia arquitetônica onde o apuro na comppisição volumétrica dos planos é reforçada pelo uso das cores e dos materiais em seu estado puro (fig, 03 – 04 – 05).

Fig. 03

Fig. 04

Fig. 05

Se fossemos somente considerar a residência como um objeto arquitetônico com os atributos que lhe conferiam uma síntese da obra de Arcuri, se assim podemos disser, e que se tornou arquitetura pelo uso da familia que ali residiu, já seria um motivo de grande relevância para a sua preservação. Porém outros eventos de grande destaque nos direciona a considerar que o seu tombamento deveria ter acontecido, pois em 1973 ela passa ser utilizada por uma instituição de ensino, o Colégio Magister, de grande importancia para a cultura da cidade de Juiz de Fora. Foco de grande resistência a época da ditadura militar 7, foi palco de palestras do então senador Fernado Henrique Cardoso e de participar na criação de importantes partidos politicos da cidade, como o Partido Comunista Brasileiro, o Partido dos Trabalhadores, berço, também, da criação do Centro cultural PróMúsica, entre tantas outras instituições de cultura (VIEIRA, 2006). Estes exemplos fizeram com que a Residência Frederico de Assis tivesse participação ativa na consntrução da cultura contemporânea da cidade de Juiz de Fora, o que por si só já era mais do que motivo para a sua preservação, pois a memória cultural, política, social e porque não afetiva era parte da construção cultural da cidade, a qual se deu entre as suas paredes. O parecer desastroso encomendado que serviu, também, de fundamento para o não tombamenteo do imóvel, não levou em consideração estes aspectos e nem o aspecto mais importante, que julgamos principal. A síntese da obra de Arcuri ali se manisfestava. A perda deste traço cultural em muito prejudica a construçlão da cultura de uma sociedade. O Grupo REARQ na tentiva de construção de uma consciência cultural tem trabalho no sentido de resgatar, mesmo que virtualmente, alguns exemplares que já foram demolidos ou descaracterizados e que representam parte da construção cultural da sociedade juizforana. Neste sentido tem realizado importante pesquisa de documentos iconográficos e documental, assim como fotográficos e outros que se possam ter como expressão da construção cultural da sociedade, especialmente no que toca a obra arquitetônica, explicitamente a arquitetura moderna de Juiz de Fora. 7

O artista plástico Arlindo Daibert tem a sua exposição proibida de ser exibida na Universidade Federal de Juiz de Fora e assim é deslocada para o colégio Magister. Tal exposição se encontra hoje no Museu Nacional do México (VIERIA, 2006).

Em convênio com o Núcleo de Documentação e Pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – NPD/FAU/UFRJ – e com o Museu Dinâmico de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Juiz de Fora – MDCT/UFJF – está eleborando um Banco de Dados Virtual de Arquitetura e Urbanismo Modernos da Região da Zona da Mata Mineira, especificamente das cidade de Juiz de Fora e Cataguases. Banco de Dados Virtual de Arquitetura e Urbasnimo Modernos da Zona da Mata – Juiz de Fora e Cataguases. A criação do Banco de Dados Virtual de Arquitetura e Urbasnimo Modernos da Zona da Mata – Juiz de Fora e Cataguases, tem como objetivo a preservação dos dados dos diversos documentos, tanto de arquitetura como escritos e iconográficos em toda a sua ampla expressão, para que estes não se percam e assim possam ser estudados por todos os que se interessam pela história da região. Inicialmente o REARQ tem se focado na produção arquietônica de Juiz de Fora, mas especificamente na obra de Arthur Arcuri. O banco de dados se iniciou pelo levantamento documental e iconográfico da Residência de Frederico de Assis, pelo motivos já relacionados anteriormente. Também já se iniciou a coleta de dados do projeto do CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, projeto de Arcuri, como também de outros edifícios de arquitetos e engenheiros representativos da cultura arquitetônica da cidade. Estes são o Edifício do Banco do Brasil, de autoria de Oscar Niemeyer, o Edifício do Clube Juiz de Fora, de autoria do arquiteto Franciso Bolonha, o Edifício da TV Industrial, de autoria do engenheiro Armando Favato, entre outros. A base inicial para a construção do banco de dados se deu através do levantamento e catalogação dos diversos dados em vários arquivos da cidade de Juiz de Fora, como a DiCom (Divisão de Comunicações de Juiz de Fora),o Arquivo Histórico da Universidade Federal de Juiz de Fora, o Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora, o Arquivo Histórico da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, a Bilbioteca Municipal Murilo Mendes, a DIPAC (Divisão de Patrimônio Artísitco e Cultural de Juiz de Fora), o Arquivo Histórico da Universidade Federal de Juiz de Fora e o Museu de Arte Murilo Mendes entre outros. O REARQ elaborou uma ficha catalográfica com base da ficha do DOCOCMOMO Minas Gerais. Os itens da ficha foram transferido para o banco de dados. O levantamento destes dados, que nem sempre são completos, alimientam as fichas e por isto algumas se encontram ainda incompletas e ao surgimento de novas informações, estas são imediatamente introduzidas no item correspondente. Outra atividade que estamos desenvolvendo é a possibilidade de recebermos em doação alguns dos documentos que estamos catalogando, principalmente os referentes a obra de Arcuri, com quem estamos em negociação, em conjunto com o MDCT/UFJF. Outra atividade que consideramos de grande importância é a elaboração de maquetes virtuais e físicas de alguns exemplares arquitetônicos que já fazem parte do nosso banco de dados. Iniciamos pela construção virtual da Residência de Frederico de Assis, a qual está sem finalização (fig. 06 – 07 – 08). O mais importante deste trabalho é que os alunos envolvidos não conheceram e nem vivenciaram a residência o que por si só é uma grande experiência por eles.

Fig. 06

Fig. 07

Fig. 08

Bibliografia ARCURI, Arthur. Entrevista realizada em junho de 2000. ARCURI, Arthur. Entrevista realizada em junho de 2007. DIÁRIO REGIONAL. Arthur Arcuri conta sua história de vida. Juiz de Fora: 17 de dezembro de 2000 DIPAC/PJF – Divisão de Patrimônio Cultural da Prefeitura de Juiz de Fora (Org.). Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002. FAGGIN, Carlos. Arquitetura moderna e preservação. In: Revista Projeto Design nº 294. São Paulo, Arco Editorial Ltda., agosto de 2004.

SANTANA, Rodrigo; PUGLIESI, Stella. Arquitetura moderna em Juiz de Fora: A contribuição de Arthur Arcuri. Juiz de Fora, Funalfa, 2002. VIEIRA, Bernardo da Silva. A Comunhão das Artes e da Natureza: As Residências de Arthur Arcuri. Dissertação de Mestrado, defendida em abril de 2006, no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – PROARQ/FAU/UFRJ. AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número, ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título (Anais ou Proceedings ouResumos…). Local de publicação: Editora, data de publicação. Total de páginas ou volumes. Páginas inicial e final do trabalho.

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