REDE DE COLABORAÇÃO NOS INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE NANOTECNOLOGIA: A E-SCIENCE COMO PROTAGONISTA DO FAZER CIENTÍFICO

June 24, 2017 | Autor: Valdinéia Ferreira | Categoria: Information Science
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XII CINFORM Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação 02 a 04 de Setembro de 2015 ● Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BPEB) Salvador – Bahia

Informação e Protagonismo Social REDE DE COLABORAÇÃO NOS INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE NANOTECNOLOGIA: A E-SCIENCE COMO PROTAGONISTA DO FAZER CIENTÍFICO Valdinéia Barreto Ferreira Ana Paula de Oliveira Villalobos Maria Aparecida Moura Resumo: Este trabalho tem como objetivo destacar a rede de colaboração dos pesquisadores dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), na área de Nanotecnologia e sua produção científica e técnica no período de 2008 a 2014. Um resultado parcial da pesquisa de doutorado em andamento que investiga as práticas colaborativas contemporâneas características ao fenômeno da e-Science e sua interferência na produção do conhecimento científico e tecnológico. A metodologia contemplada no estudo está caracterizada quanto ao nível como descritiva e fundamenta-se neste momento na Análise de Redes Sociais (ARS) e Bibliometria. Para construção da rede de colaboração dos pesquisadores foi realizado um mapeamento nos sítios oficiais dos institutos e o levantamento da produção científica e técnica no período de 2008 a 2014 disponível na Plataforma Lattes. Os softwares livres scriptLattes e Gephi foram os mediadores tecnológicos para a coleta e visualização dos dados empíricos. A discussão na literatura que contextualiza e problematiza o cenário contemporâneo das práticas colaborativas, do fenômeno da e-Science e dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia também fundamentam o estudo. Palavras-chave: Rede de colaboração. Prática colaborativa. INCT de Nanotecnologia. EScience. Fazer científico. Abstract: This paper aims to highlight the collaborative network of researchers from the National Institutes of Science and Technology (INCT) in the Nanotechnology area and their scientific and technical production from 2008 to 2014. A partial result of doctorate research in progress that investigates the contemporary collaborative practices characteristics of the eScience phenomenon and its interference in the production of scientific and technological knowledge. The methodology covered in the study is characterized as descriptive as to the level and is based at the moment in Social Network Analysis (SNA) and Bibliometrics. For the construction of the network of collaboration of researchers was conducted a mapping in official sites of the institutes and the survey of scientific and technique production in the period of 2008 to 2014 available in Lattes Platform. The Gephi and scriptLattes free software were the technological mediators for the collection and display of empirical data. This discussion in the literature that contextualizes and questions the contemporary setting of collaborative practices, the phenomenon of e-Science and the National Institutes of Science and Technology also underlie the study. Keywords: Collaboration network. Collaborative practice. Nanotechnology INCT . E-Science. Make scientific.

1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo destacar a rede de colaboração dos pesquisadores dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), na área de Nanotecnologia e sua produção bibliográfica e tecnológica levantada no período de 2008 a 2014. Um resultado parcial da pesquisa de doutorado, em andamento, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia. O objetivo da pesquisa contempla a identificação das práticas colaborativas contemporâneas, características ao fenômeno da eScience, nos INCT da área de Nanotecnologia e sua interferência na produção do conhecimento científico e tecnológico. Entende-se que estas práticas caracterizam um renovado fazer científico. Elas repercutem e influenciam na produção e disseminação do conhecimento, nas transformações de ordem politica, econômica, social e especialmente tecnológica que ocorrem e contribuem para a construção de uma sociedade tão diferenciada. O seu protagonismo apresentase no cenário estudado. Evidencia-se na sociedade científica contemporânea a mudança das formas e atores envolvidos no processo de construção do conhecimento, bem como, na potência do alcance dessa construção. Ao adquirir novos aliados tecnológicos, renova-se a roupagem e abre-se espaço para a substituição da investigação isolada. Segundo Silva (2002) a imagem do cientista como um ser isolado faz parte do passado. A nova conjuntura da produção do conhecimento requer associações, negociações, alinhamentos, estratégias e competências que liguem os elementos envolvidos nesse processo de construção. A prática colaborativa atual identificada no âmbito acadêmico e social caracteriza-se como uma contribuição às novas formas de manutenção, fornecimento e manuseio da informação, dos dados científicos, tecnológicos e de inovação. Segundo Albagli, Appel e Maciel (2013) ela é expressa “em noções tais como: redes de conhecimento, co-inovação, co-criação, produção peer-to-peer, crowdsourcing, inovação aberta, inovação social, open Science, entre outras, cada qual com seu significado específico.” Esta prática é uma característica intrínseca ao fenômeno da e-Science, que representa a potência da ciência eletrônica com o uso intensivo das ferramentas computacionais e sua ampliação em torno de um esforço colaborativo. A Ciência da Informação preocupa-se com a informação científica desde a sua origem como salienta Mueller (2007) e identificar como os outros domínios do conhecimento a trata insere-se entre os seus desafios. Acrescenta Almeida (2008, p. 37) que a definição da área como campo científico leva “em conta suas fronteiras e zonas de interlocução com outras áreas, bem como os suportes teóricos e metodológicos que a caracterizam”. Presa a esta assertiva adentra-se 2

nos domínios da área de Nanotecnologia para entender como é tratada a informação científica, tecnológica e os dados brutos produzidos por seus pesquisadores em um contexto influenciado pelo fenômeno da e-Science e as implicações advindas desse envolvimento. A escolha por esta área do conhecimento foi pautada na importância que ela representa para o cenário mundial como fator de desenvolvimento futuro para a sociedade.

Ela representa uma tecnologia

revolucionaria emergente que está sintonizada com os segmentos tecnológicos, sociais, científicos e inovadores da sociedade contemporânea.

Segundo Oliveira (2011, p. 20) “a

pesquisa em nanotecnologia no Brasil possui desde 2001 iniciativas que incentivam a pesquisa em redes colaborativas envolvendo diversas instituições e pesquisadores”. Os INCT dessa área oferecem um ambiente propicio a investigação por estarem estruturados em redes colaborativas fomentados por verbas públicas e caracterizados pelo alto padrão de pesquisa científica realizada. A metodologia contemplada neste extrato do estudo está caracterizada quanto ao nível como descritiva e fundamenta-se neste momento na Análise de Redes Sociais (ARS) e Bibliometria. Utiliza-se como fonte para identificação dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia, a base de dados do Portal Brasileiro de Ciência &Tecnologia (PORTAL, 2013) acessada nos meses de fevereiro e março de 2014, as informações coletadas nos sítios oficiais dos INCT selecionados na WEB e o livro publicado pelo CNPq sobre os INCT (CNPq, 2013). A produção dos pesquisadores foi obtida com a utilização do software livre scriptLattes V8.10 desenvolvido por Mena-Chalco e Cesar Junior (2009). Os dados dos currículos foram extraídos da Plataforma Lattes e o relatório gerado no dia 10/04/2015. A visualização da rede foi obtida com

a

utilização

do

software

livre

Gephi

disponível

no

endereço

eletrônico

http://gephi.github.io/. Este artigo estrutura-se na apresentação conceitual dos tópicos centrais da pesquisa como as práticas colaborativas, o fenômeno da e-Science e os INCT. São destacados nestas seções, precedentes histórico, dificuldades de definição e infraestrutura. Finaliza apresentando a rede de colaboração dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia construída a partir do levantamento da produção bibliográfica e técnica, assim como as considerações preliminares do estudo. 2 A PRÁTICA COLABORATIVA: PRECEDENTES O caráter colaborativo está presente no meio científico desde que a ciência é ciência. A assertiva de Meadows (1999, p. 107) de que, apesar da existência de pesquisadores solitários, nos primórdios da ciência “houve colaboração desde o princípio” é pertinente para reforçar esta 3

colocação. O autor nos faz lembrar as redes humanas nos círculos acadêmicos: grupos de pessoas que recebiam denominações diversas como colégios invisíveis, círculos sociais entre outros e nos remetem a uma atividade colaborativa nos primórdios da prática científica. Ziman (1979, p. 25) já destacava que: O empreendedorismo científico é corporativo. Não se trata – na frase incomparável de Newton - de subir aos ombros de gigantes para poder enxergar mais longe. Todo cientista vê com seus próprios olhos e com os de seus predecessores e colegas. Nunca se trata de um único indivíduo que passa sozinho por todas as etapas da cadeia lógicoindutiva, e sim de um grupo de indivíduos que partilham entre si o trabalho mas fiscalizam permanente e zelosamente as contribuições de cada um.

As demandas do mundo contemporâneo exigem cada vez mais a interação entre as pessoas de modo colaborativo. Este perfil é atribuído como principal característica da ciência moderna em todas as áreas do conhecimento conforme Sidone, Haddad e Mena-Chalco (2013, p. 3) “visto que cerca de 70% dos artigos produzidos atualmente no mundo estão associados a autores de diferentes instituições e entre esses, cerca de 44% é oriundo de esforços colaborativos entre pesquisadores de diferentes países e 56% de colaborações entre pesquisadores em território nacional”. O termo colaboração é um conceito genérico que deve ser contextualizado para definir a relação desejada entre os participantes. Sua aplicação na ciência torna-se ainda mais complexa e o pleno entendimento do seu significado está longe de ser alcançado. (BRNA, 2008, p.1; VANZ; STUMP, 2010 p. 43). Sua etimologia descende do termo francês collaboration (1844) e do latim collabõrãre (1858), de co-laborar-ção, ação de labor (trabalho com), ou seja, um trabalho conjunto (CUNHA, 2012, p. 160). A prática colaborativa se manifesta em ambientes, modelos e níveis diferentes e a depender do contexto, assume as características que a melhor representa. Ao identificar os modelos de colaboração, Vieira (2009, p. 66) os classifica como: parceria colaborativa; parceria em equipe; e parceria pessoal. A autora destaca ainda que “tais parcerias estão no contexto institucional e podem ser identificadas e distintivas entre nível, fundamentos, estrutura, propriedade e benefícios". Referindo-se ao modelo de colaboração do tipo parceria colaborativa, ela distingue como sua principal característica a busca por recursos externos, que podem ser tanto de ordem financeira como, principalmente, de recursos humanos. Ainda sobre as classificações do termo colaboração salienta-se também sua divisão por tipo como: colaboração em equipe; colaboração em comunidade; colaboração científica e colaboração em rede. Resgatando os conceitos destacados por Albagli, Appel e Maciel (2013) como práticas colaborativas contemporâneas, os detalhamos um pouco mais com o intuito de uma melhor apropriação do significado: a) redes de conhecimento, que segundo Tomaél (2008) é a junção de pessoas e/ou organizações que compartilham informações e constroem conhecimentos por 4

meio de suas interações; b) cocriação que é “justificada como uma estratégia empresarial, confundida

frequentemente

com coworking,

tomada

às

vezes

como

equivalente

de crowdsourcing e em geral, concebida e emulada como um processo participativo conduzido por uma instância centralizada.” (FRANCO, 2012); c) produção peer-to-peer (P2P) que segundo Cunha e Cavalcanti (2008, p. 278) é uma “forma de processo cooperativo em que existe comunicação entre as aplicações”. Para Lemos P2P (2005, p. 6) é um sistema de compartilhamento marcante da cibercultura que “possibilita a troca de arquivos de diversos formatos ao redor do mundo, revelando redes de sociabilidade que colocam em evidência a „cibercultura-remix‟”; d) crowdsourcing que “é um modelo de criação coletiva e em massa, cuja essência é a cooperação entre os participantes. Trata-se de uma forma de utilizar a mídia eletrônica para democratizar o conhecimento; e) open science que se destaca deste conjunto de práticas como norteadora em um cenário distinto e inovador que abre precedentes para a discussão de diversas abordagens relacionadas às mudanças na produção e disseminação do conhecimento. Em sua tradução literal significa ciência aberta e faz referência a uma „filosofia aberta‟ que definiu o movimento observado nos últimos anos em direção ao uso de ferramentas, estratégias e metodologias que denotam um novo modelo de representar um igualmente novo processo de comunicação científica [...]. Compreende entre outras questões software aberto (ou livre); arquivos abertos; acesso aberto. (COSTA, 2006, p. 40). A colaboração em ambientes virtuais constitui uma das características do fenômeno da e-Science que será detalhado na seção abaixo. 3 O FENÔMENO DA E-SCIENCE: ORIGEM DO TERMO E BASE FUNDANTE O termo e-Science ou eScience, predominante no Reino Unido e restante da Europa foi cunhado por John Taylor, no ano de 1999, segundo Jankowski (2007, p. 551) quando ele era diretor geral do Conselho de Pesquisa do Reino Unido. Traduzido para o português como eCiência, este termo adquire um significado que representa a potência da ciência melhorada com o uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação e sua ampliação em torno de um esforço colaborativo. Na pesquisa em curso adota-se o termo e-Science com o desejo de resaltar a partícula “e” que simboliza a grande diferença que o eletrônico, melhorado e ampliado tem causado à ciência nos tempos atuais. Característica esta que faz toda a diferença no locus analisado. A dificuldade formal para definição do termo e-Science, devido a sua precoce vida e falta de consenso na comunidade científica pode ser constatada nos trabalhos de Gold (2007), Schottlaender (2010), Hey e Hey (2006), Jankowski (2007), Jones (2008) entre outros. Quando mencionado pela primeira vez por John Taylor, este termo foi associado ao reconhecimento do 5

papel cada vez mais importante que a Tecnologia da Informação (TI) representava no século XXI para a pesquisa cientifica intensiva em dados, multidisciplinar e colaborativa. Ele o designou como o conjunto de ferramentas e tecnologias necessárias para apoiar essa pesquisa. (TOLLE et al., 2011, p. 235). São também encontrados na literatura científica, para descrever o fenômeno da e-Science, outros termos condizentes com a preferência, origem, linhas de pesquisa e objetivos dos pesquisadores, tais como: “ciência orientada por dados” (data-driven science); “computação fortemente orientada por dados” (data-intensive computing); “mineração de dados” (data mining); “quarto paradigma” (fourth paradigm); “dos dados ao conhecimento” (from data to knowledge); “ciência com uso intensivo de dados” (data-intensive science);

“pesquisa

eletrônica” (e-Research). (JANKWSKI, 2009; CESAR JUNIOR, 2011, p. 7). O termo eResearch, inclusive, no contexto biblioteconômico, segundo Whitmire (2013, tradução nossa) foi definido pela Association of Research Libraries (ARL) em 2013, como: uma forma de rede colaborativa, de larga escala e computacionalmente intensiva de pesquisa e de bolsas de estudo para todas as disciplinas, incluindo todas as ciências físicas e naturais, relacionadas e aplicadas às disciplinas tecnológicas, biomédicas, ciências sociais e as humanidades digitais.

Esta definição assemelha-se com a que foi atribuída pela própria ALA, em 2010, segundo Soehner e colaboradores (2010, p. 3) ao termo e-Science, o que reforça a imprecisão terminológica. Ela também provoca confusão quanto ao entendimento dos conceitos na área e evidência a necessidade de estudos que indiquem como os pesquisadores das diversas áreas de conhecimento acolhem este conceito. Sem descartar, também, a necessidade de um vocabulário que melhor o defina, contribuindo, desse modo, na construção de um referencial terminológico para a área da Ciência da Informação. Contudo, estes termos representam as mudanças em curso na ciência e resgatam outros mais antigos que foram percussores desse contexto atual como: “Big Science“, “Cyberscience” e mais recentemente o “Big Data” e o "Open Data". Esse fenômeno surgiu de uma necessidade urgente em enfrentar o “dilúvio de dados” e popularizou uma nova metodologia de pesquisa, desenvolvida em diferentes lugares, com uma história ainda imprecisa, denominações e grafias distintas, flexíveis e ainda tênues, mas com um objetivo comum, o uso de tecnologias de computação em rede para melhorar a colaboração e os métodos inovadores de investigação. (WHITMIRE, 2013). Conforme Lévy (1999, p. 13) o termo “segundo dilúvio” das informações foi atribuído a Roy Ascott e ilustra perfeitamente o “dilúvio de dados” tão utilizado atualmente. A e-Science é o elo entre uma poderosa tendência da ciência para utilização da tecnologia e o compartilhamento de saberes. A prática colaborativa é uma característica que desempenha um papel fundamental aliando ao espírito contínuo do homem

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pela descoberta, a tecnologia por ele desenvolvida. (E-SCIENCE, 2012). Entretanto, Hey e Hey (2006, p. 517 tradução nossa) enfatizam que: é importante ressaltar que a e-Science não é uma nova disciplina científica, em seu próprio direito: a e-Science é um atalho para o conjunto de ferramentas e tecnologias necessárias para apoiar a ciência, colaborativa em rede. Toda infraestrutura da e-Science se destina a capacitar os cientistas a fazer suas pesquisas de forma mais rápida, melhor e diferente.

4 INFRAESTRUTURA DE SUPORTE PARA E-SCIENCE A infraestrutura da e-Science, segundo Andronico e colaboradores (2011, p. 156, tradução nossa) é denominada atualmente como e-infraestructure, ou seja, “um „método científico‟ que prevê a adoção de plataformas digitais de ponta conhecidas como infraestruturas eletrônicas em todo o processo da ideia à produção do resultado científico”. Segundo os autores, esta infraestrutura eletrônica pode ser conceitualmente representada por três camadas: a) a parte inferior, composta pelos instrumentos científicos e experimentos que fornecem grande quantidade de dados; b) em seguida, a camada de rede, centros de processamento de dados em rede e software middleware como a "cola" dos recursos; c) e finalmente o terceiro e mais alto nível que inclui pesquisadores que realizam suas atividades independentemente da localização geográfica, interagem com os colegas, compartilham e acessam os dados Neste cenário, a infraestrutura de suporte da e-Science tornou-se a base em torno da qual os cientistas e tecnólogos estão trabalhando para alcançar novas descobertas e avanços para melhorar áreas nos diversos campos do conhecimento e desenvolver alternativas para lidar com a enorme quantidade de dados produzidos. Jim Gray enumera sete áreas-chave para ação a serem contempladas pelas agências de fomento, em palestra proferida em 2007, a saber: a) software estimular tanto ao desenvolvimento quanto ao apoio; b) ferramentas - investir em todos os níveis da pirâmide de recursos; c) Sistemas de Gerenciamento de Informações Laboratoriais (SGIL) genéricos - estimular e desenvolver; d) pesquisa - estimular as áreas de gerenciamento, análise e visualização de dados científicos, novos algoritmos e ferramentas; e) bibliotecas digitais - para apoiar outras ciências; f) publicação - estimular e desenvolver novos modelos de publicação e novas ferramentas de autoria de documentos; e g) bibliotecas digitais de dados – estimular o desenvolvimento contemplando a integração de dados científicos com literatura publicada. (TOLLE et al., 2011. p. 235). Contudo, Mantovani e Moura (2009, p. 1) alertam para que “apesar de a infra-estrutura tecnológica ser fundamental na definição e na caracterização da e-Science, alguns autores postulam que a mesma vai muito além da robustez computacional.” Segundo as autoras é necessário também estar atento a natureza das práticas que a potencializam. Resgata-se Ziman (1979, p. 25) quando ele observa que “... a pesquisa científica é uma atividade 7

social [...]. Para bem compreendermos a natureza da Ciência precisamos observar a maneira como os cientistas se comportam uns com os outros, como se organizam e como transmitem as informações entre si”. 5 OS INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (INCT) O modelo do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT&I), apresentado na Figura 1 abaixo, representa a infraestrutura atual de pesquisa no país e foi elaborado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Sua composição engloba agências de fomento, órgãos reguladores e certificadores, unidades de pesquisa de universidades e institutos do governo federal e de governos estaduais, além de centros de pesquisa do setor privado e algumas universidades privadas. Uma infraestrutura para pesquisa que se consolida cada vez mais e busca a manutenção de uma constância em suas frentes de atuação além de áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. Para tanto, contudo, é necessário investimentos cada vez mais robustos em educação, recursos humano qualificado e financiamento de projetos nas diversas áreas do conhecimento. Figura 1 - Órgãos executores do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação

Fonte: SBPC, 2011, p.63

Os institutos do MCT representados pelos INCT, na Figura 1 do SNCT&I acima são objeto de análise no estudo em curso. Os INCT foram considerados como um arranjo inovador pelo ministro da ciência e tecnologia, Sergio Rezende, quando assinou os convênios para efetivação do programa que lhes daria início. Uma parceria inicial entre o MCT via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); o Ministério da Educação (MEC) via Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) e o Ministério da Saúde; e posteriormente, da Petrobrás e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que caracterizava não um programa de uma entidade ou de governo, mas um programa do país. (INSTITUTOS, 2008). Foi considerado por Rezende (2010, p. 398) e Borges (2011, p. 183) como o maior programa da história do CNPq e um exemplo de sucesso. O Portal Brasileiro de Ciência e Tecnologia (2013) os define do seguinte modo: Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia ou INCTs são centros de pesquisa brasileiros que abrangem todo o território nacional, sendo fomentados por verbas públicas e caracterizados pelo alto padrão de pesquisa científica realizada. O objetivo 8

desses centros é contribuir para o desenvolvimento da pesquisa e criar patentes para o país, promovendo uma sinergia entre grupos de pesquisadores de diferentes instituições e áreas do conhecimento.

Uma iniciativa que possui um conjunto de agentes imbuídos do propósito de reunir grupos de pesquisadores vinculados às universidades e instituições científicas de forma multicêntrica, sob a coordenação de uma instituição sede. Quando lançado o edital para o programa em 2008 foram selecionados cento e vinte e dois INCT. Eles congregavam os melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. Atualmente, de acordo com os dados levantados nos sítios dos INCT e notícias veiculadas pelas agências de fomento como a Fapesp, estão com um número de cento e vinte e cinco. Os dez INCT da área de Nanotecnologia foram escolhidos para o estudo como um recorte recomendado pela banca de qualificação para delimitar melhor a amostra do estudo. Por representarem uma tecnologia revolucionaria e emergente que está sintonizada com os segmentos tecnológicos, sociais, científicos e inovadores da sociedade contemporânea, além de oferecer um campo novo para investigação na área da Ciência da Informação. Os dez INCT compreendidos pela área foram contemplados conforme indicado no Quadro 2 abaixo. Quadro 2 - INCT DA ÁREA DE NANOTECNOLOGIA INCT DE NANOTECNOLOGIA N. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

INCT

SIGLA

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Materiais Complexos Funcionais Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de NanoBioEstruturas e Simulação NanoBioMolecular Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de NanoBiofarmacêutica Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanobiotecnologia do Centro-Oeste e Norte Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos Semicondutores Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanotecnologia para Marcadores Integrados Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletrônicos TOTAL

CATÁLISE INOMAT INCTMN NANOBIOSIMES NANOBIOFAR NANOBIOTECNOLOGIA DISSE NANOCARBONO INAMI

PESQUISADOR 59 136 74 52 72 60 39 70 79 151

NAMITEC 792

Fonte: dados de pesquisa das autoras

6 REDE DE COLABORAÇÃO DOS INCT DA ÁREA DE NANOTECNOLOGIA Atualmente, segundo Musso (2013, p. 17), “a noção de „rede‟ é onipresente, e mesmo onipotente, em todas as disciplinas [...] tomando o lugar de noções outrora dominantes, como o sistema ou a estrutura”. Entretanto, a ideia de rede existe desde os primórdios da 9

humanidade. “A formação de redes é uma prática humana muito antiga” como afirma Castell (2003, p. 7), mas que ganhou vida nova em nosso tempo. Ao enquadrar o significado do termo “rede” (network) ao contexto contemporâneo, Marteleto (2001, p. 72) o define como “sistema de nodos e elos; estrutura sem fronteiras; uma comunidade não geográfica; um sistema de apoio ou um sistema físico que se pareça com uma árvore ou uma rede”. A representação do “conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”. Resgatando o contexto histórico, ela acrescenta que o “trabalho pessoal em redes de conexões e tão antigo quanto à história da humanidade” e a percepção das pessoas para o seu potencial como ferramenta organizacional enfatizou-se nas últimas décadas. Ela destaca que “nas redes sociais, há valorização dos elos informais e das relações, em detrimento das estruturas hierárquicas”. O estudo das redes evidencia que “os indivíduos dotados de recursos e capacidades propositivas, organizam suas ações nos próprios espaços políticos em função de socializações e mobilizações suscitadas pelo próprio desenvolvimento das redes”. Como resultado parcial da investigação em curso é apresentado inicialmente, o Gráfico 2 com a produção bibliográfica dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia destacada anualmente e levantada no período de 2008 a 2014. Esta produção contempla: artigos completos publicados em periódicos (12237); livros publicados/organizados e edições (205); capítulos de livros publicados (837); textos de jornais de revistas/notícias (730); trabalhos completos publicados em anais de congressos (5247); resumos expandidos publicados em anais de congressos (1935); resumos publicados em anais de congressos (10742); artigos aceitos para publicação (193); apresentação de trabalhos (5640); demais tipos de publicações bibliográficas (348). Perfazendo um total de 38.114 produções somadas às que não apresentam indicação do ano. Percebe-se a efervescência da produtividade da área no ano de 2010 e seu declínio nos anos seguintes. Uma sinalização pertinente e alvo para uma análise detalhada e uma investigação das causas que proporcionaram a alteração entre os anos analisados. Gráfico 2 – Produção bibliográfica dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia no período de 2008 a 2014.

Fonte: dados de pesquisa das autoras

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A produção técnica é apresentada no Gráfico 3 abaixo e contempla: produtos tecnológicos (248); processos ou técnicas (352); trabalhos técnicos (1324); demais tipos de produção técnica (895). Perfazendo um total de 2819 produções somando-se também as que não indicam o ano. Diferente do Gráfico 2, da produção bibliográfica, é evidente que o ano de 2008 foi o grande pico da produção técnica dos pesquisadores destes institutos marcando o seu início. O que pode ter acontecido para a diminuição desta produção que voltou a ter um novo fôlego em 2011 e caiu novamente em 2014? São apresentados indicadores para uma investigação mais aprofundada que será realizada com o decorrer do estudo. Gráfico 3 – Produção técnica dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia de 2008 a 2014.

Fonte: dados de pesquisa das autoras

Destaca-se na Figura 2, a seguir, a rede de colaboração dos pesquisadores dos INCT da área de Nanotecnologia construída a partir das matrizes geradas com os dados da produção bibliográfica e tecnológica extraída da Plataforma Lattes, no período de 2008 a 2014 e apresentada nos gráficos acima. Figura 2. Rede dos INCT de Nanotecnologia

Fonte: dados de pesquisa das autoras

Dentre os dez INCT o que possui o maior percentual de nós é o NANITEC com 19,12%; seguido do INOMAT com 17,11%; do INAMI com 10,19%; do INCTMN com 9,31, do 11

NANOBIOFAR e NANOCARBONO ambos com 8,81%; do NANOBIOTECNOLOGIA com 7,8%; do CATÀLISE com 7,5%; do NANOBIOSIMES com 6,54% e do DISSE com 4,47%. Percebe-se uma rede compacta apesar de alguns nós dispersos. A análise detalhada dos elementos dessa rede como, grau de centralidade, intermediação e proximidade fornecerão os subsídios para o amplo entendimento e discussão das práticas colaborativas realizadas no âmbito dos institutos e sua ambiência com o fenômeno da e-Science, objetivo da pesquisa em curso. Uma compreensão necessária que auxiliará no entendimento da dinâmica da rede estudada e como os pesquisadores constrói o conhecimento científico, tecnológico e de inovação em sua área de pesquisa.

7 CONSEDERAÇÕES PRELIMINARES Apresentam-se os achados iniciais da pesquisa de doutorado em andamento sobre as práticas colaborativas contemporâneas características ao fenômeno e-Science nos INCT da área de Nanotecnologia e suas implicações para a produção do conhecimento científico e tecnológico. A intenção com o estudo proposto é contribuir para o início da apropriação do fazer científico de uma área do conhecimento emergente e de suma importância para o desenvolvimento futuro da sociedade. Alia-se a este propósito, a preocupação da Ciência da Informação com o tratamento da informação científica em domínios diversos e busca-se auxiliar na inserção da temática do fenômeno da e-Science na agenda de estudos da área. Consciente da extensão e complexidade da temática evidencia-se a pertinência de estudos mais aprofundados. A oferta desmedida de informações e dos dados primário científico agregado ao viés tecnológico altamente desenvolvido estão exigindo esforços conjuntos na busca do estreitamento das relações de colaboração e compartilhamento. Bem como, a superação das diversas barreiras culturais, linguísticas, financeiras e tecnológicas existentes. O que delineia o cenário contemporâneo apresentando um fazer científico renovado e uma maior proximidade entre as várias disciplinas. Ciente das implicações que o fenômeno da e-Science vem ocasionando para a comunidade cientifica deve-se olvidar esforço preparatório para o enfrentamento. O engajamento e qualificação dos pesquisadores é questão recorrente. A convivência com as demandas contemporâneas impulsiona os pesquisadores a sua inserção no contexto. Esperamos que os frutos dessas implementações sejam sempre o desenvolvimento mais e mais da ciência e como consequência uma condição melhor de vida para a sociedade.

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