Rede de Oficinas de Inovação do Sistema Agroindustrial, projecto âncora da INOVCLUSTER

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

REDE DE OFICINAS DE INOVAÇÃO DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL PROJECTO ÂNCORA DA INOVCLUSTER

Janeiro de 2014

Ficha Técnica

Este documento foi elaborado no termo da Operação Rede de Oficinas de Inovação para o sector Agroindustrial, MaisCentro/CCDRC, Código universal de operação: CENTRO-01-AC28-FEDER004038; nº 3494.

Foi elaborado sob a coordenação de Henrique Pires dos Santos (CERNAS) em colaboração com Ana Salomé Ferreira (CERNAS), Cristina Catarino (In_Agri), Carlos Cerqueira (IPN), Susana Lourenço (IPN), António Moitinho Rodrigues (ESA – IPCB/CERNAS), António Ferreira (CEC/CCIC) e Alexandre Sousa (LUSOTECNÁLIA)

Os resultados alcançados com esta operação só foram possíveis devido à dedicação da equipa nuclear acima referida, bem como de todos os investigadores que se dispuseram a participar nos trabalhos do in_Agri, a referir, António Moitinho Rodrigues 1,3; António Ramos 1,3 ; Carlos Dias Pereira 1,2; Carlos Reis 3; Carmo Horta 1,3; Catarina Gavinhos 1,3; Celestino Almeida 1,3; Cristina Santos Pintado 1,3; Deolinda Alberto 3; Edgar Vaz 3; Fátima Oliveira 1,2; Fátima Peres 1,3; Fernanda Delgado 1,3; Fernando Casau 1,2; Fernando Delgado1,2; Fernando Páscoa 1; Filomena Gomes 1,2; Goreti Botelho 1,2; Isabel Andrade 1,2; Isabel Dinis 1,2; Ivo Rodrigues 1,2; João Paulo Carneiro 1,3; João Pedro Luz 1,3; Jorge Moreira 1,2; José Coutinho 3; Justina Franco 1,2; Kiril Bahcevandziev 1,2; Luís Pinto de Andrade 1,3; Lurdes Carvalho 1,3; M. Conceição da Costa Marques 1,6; Manuel Martins 1,3; Maria Antónia Conceição 1,2; Ofélia Anjos 1,3; Orlando Simões 1,2; Paula Simões 3; Paulo Águas 1,3; Paulo Gomes 3; Pedro Moreira 1,2; R. Roberto da Costa 1,2; Rui Costa 1,2; Teresa Vasconcelos 1,2. Instituições envolvidas: 1 – CERNAS; 2 – Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra; 3 – Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco; 4 – Instituto Pedro Nunes; 5 – Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro; 6 – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra; 7- LUSOTECNÁLIA.

Início da operação: Julho de 2011 Termo da operação: Dezembro de 2013

Operação Rede de Oficinas de Inovação para o sector Agroindustrial Código universal de operação: CENTRO-01-AC28-FEDER-004038; nº 3494

Janeiro 2014

Índice

1

2

Sumário ................................................................................................................................ 8

1.1

Pontos Quentes ........................................................................................................... 10

1.2

Processo evolutivo ...................................................................................................... 13

1.3

Perspectivas de investimento, e do seu retorno ........................................................ 15

1.4

Focos de acção no sistema .......................................................................................... 16

1.5

Tipologias de inovação detectadas ............................................................................. 18

1.6

Apreciação do desempenho........................................................................................ 22

1.7

Conclusão .................................................................................................................... 29

Resultados da praxis por subsistema (fileiras e sub-fileiras) ...................................... 30

2.1

GT1 – Lacticínios .......................................................................................................... 30

2.1.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 31

2.1.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 33

2.2

GT2 – Vinha e Vinho .................................................................................................... 35

2.2.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 36

2.2.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 37

2.3

GT3 – Azeitona e Azeite .............................................................................................. 38

2.3.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 39

2.3.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 40

2.4

GT4 – Cereais............................................................................................................... 41

2.4.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 45

2.4.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 46

2.5

GT5 – Pescado ............................................................................................................. 48

2.5.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 48

2.5.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 50

2.6

GT6a – Carne latu sensu .............................................................................................. 51

2.6.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 53

2.6.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 56

2.7

GT6b – Carne: Aves e Ovos ......................................................................................... 57

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2.7.1 2.8

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 58

GT7 - Hortícolas, Frutos e Flores ................................................................................. 59

2.8.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 61

2.8.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 64

2.9

GT8a – Produtos Silvestres: Mel ................................................................................ 66

2.9.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 67

2.9.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 69

2.10

GT8b – Produtos Silvestres: Medronho ...................................................................... 72

2.10.1

Descrição e evolução dos Consensos .................................................................. 75

2.10.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 76

2.11

GT8c – Produtos Silvestres: Cogumelos ...................................................................... 79

2.11.1

Descrição dos Consensos .................................................................................... 79

2.11.2

Lista de participantes por sessão ........................................................................ 81

2.12 3

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GTT - Consensos transversais ao sistema agro-industrial ........................................... 82

Operacionalização ............................................................................................................. 85

3.1

Organização ................................................................................................................. 85

3.1.1

Parceria................................................................................................................ 85

3.1.2

Articulação........................................................................................................... 85

3.2

Membros da Comissão Técnico-Científica .................................................................. 86

3.3

Visão ............................................................................................................................ 86

3.4

Missão ......................................................................................................................... 87

3.5

Objectivos operacionais .............................................................................................. 87

3.6

Eixos estratégicos ........................................................................................................ 87

3.6.1 EIXO 1 Indução de mecanismos de interacção entre as entidades do SCTN e as Empresas; Coordenação: Instituto Pedro Nunes ................................................................ 87 3.6.2 EIXO 2 Análise da cadeia de valor das diferentes fileiras que compõem o sector; Coordenação: Instituto Politécnico de Castelo Branco ....................................................... 88 3.6.3 EIXO 3 Promoção e Disseminação; Coordenação: Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro ........................................................... 88 3.6.4 EIXO 4 Controlo e Avaliação; Coordenação: Instituto Politécnico de Coimbra/Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade. ...................... 89

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3.7 Temas dos Ciclos de Sessões de Trabalho (Fileiras e sub-fileiras) e metodologia adoptada ................................................................................................................................. 90 4

Dinamização dos Eixos Estratégicos .............................................................................. 90

5

Instituto Pedro Nunes ....................................................................................................... 91

5.1

Período: Julho 2011 a Dezembro 2012 ....................................................................... 91

5.1.1 Eixo 1 - Indução de mecanismos de interacção entre as entidades do SCTN e as Empresas; ............................................................................................................................ 91 5.1.2

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor ...................................................................... 96

5.1.3

Eixo 3 - Promoção e Disseminação...................................................................... 97

5.1.4

Eixo 4 - Gestão e Avaliação.................................................................................. 98

5.2

Período: Janeiro 2013 a Dezembro 2013 .................................................................... 98

5.2.1 Eixo 1 - Indução de mecanismos de interacção entre as entidades do SCTN e as Empresas 98

6

5.2.2

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor .................................................................... 100

5.2.3

Eixo 3 - Promoção e Disseminação.................................................................... 101

5.2.4

Eixo 4 - Gestão e Avaliação................................................................................ 103

Escola Superior de Coimbra - IPC/ESA......................................................................... 104

6.1

Período: Julho 2011 a Dezembro 2012 ..................................................................... 104

6.1.1 Eixo 1 - Indução de mecanismos de interação entre as entidades do SCTN e as Empresas 104 6.1.2

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor das diferentes fileiras que compõem o sector 105

6.1.3

Eixo 3 - Promoção e Disseminação .................................................................... 109

6.1.4

Eixo 4 - Gestão e Avaliação ............................................................................... 111

6.2

Período: Janeiro 2013 a Dezembro 2013 .................................................................. 113

6.2.1 Eixo 1 - Indução de mecanismos de interação entre as entidades do SCTN e as Empresas 113

7

6.2.2

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor das diferentes fileiras que compõem o sector 115

6.2.3

Eixo 3 - Promoção e Disseminação .................................................................... 118

6.2.4

Eixo 4 - Gestão e Avaliação ............................................................................... 124

Escola Superior Agrária de Castelo Branco - IPCB-ESA ............................................ 127

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7.1

Período: Julho 2011 a Dezembro 2012 ..................................................................... 127

7.1.1 7.2

8

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor .................................................................... 127

Período: Janeiro de 2013 a Dezembro 2013 ............................................................. 130

7.2.1

Eixo 2 - Análise da cadeia de valor .................................................................... 130

7.2.2

Eixo 3 - Promoção e Disseminação .................................................................... 133

Conselho Empresarial do Centro – CEC ....................................................................... 137

8.1

Período: Julho 2011 a Dezembro 2012 ..................................................................... 137

8.1.1

Gestão da parceria ............................................................................................ 137

8.1.2

Eventos .............................................................................................................. 137

8.1.3

Publicidade e Comunicação .............................................................................. 137

8.1.4

Tarefas Financeiras ............................................................................................ 138

8.1.5

Outras ................................................................................................................ 138

8.2

9

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Período: Janeiro de 2013 a Dezembro 2013 ............................................................. 138

8.2.1

Gestão da parceria ............................................................................................ 138

8.2.2

Eventos .............................................................................................................. 138

8.2.3

Publicidade e Comunicação .............................................................................. 138

8.2.4

Fileira dos Cereais – 6 de Março – Montemor-o-Velho .................................... 139

8.2.5

Sub-Fileira do Mel – 20 de Março - Castelo Branco .......................................... 139

8.2.6

Fileira dos Hortícolas, Frutos e Flores – 8 de Maio – Fundão .......................... 139

8.2.7

Fileira dos Lacticínios – 15 de Maio – Oliveira do Hospital ............................... 139

8.2.8

Sub- Fileira da Carne lato sensu – 22 de Maio – Mação ................................... 139

8.2.9

Sub-Fileira das Aves e Ovos – 29 de Maio – Leiria ............................................ 139

8.2.10

Sub-Fileira dos Cogumelos – 31 de Maio – Buçaco ........................................... 139

8.2.11

Fileira do Azeite – 7 de Junho – Guarda ............................................................ 139

8.2.12

Fileira do Vinho – 19 de Junho – Pinhel ............................................................ 139

8.2.13

Sub-Fileira do Medronho – 13 de Julho – Proença-a-Nova............................... 139

8.2.14

Tarefas Financeiras ............................................................................................ 139

8.2.15

Outras ................................................................................................................ 139

Bibliografia e Referências .............................................................................................. 140

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Relatório Final in_Agri; Período: Julho 2011 a Dezembro 2013

1 Sumário O in_AGRI, Rede de Oficinas de Inovação para o sistema agro-industrial, constituiu-se com o objectivo de induzir dinâmicas geradoras de valor no contexto de uma economia do conhecimento, numa escala regional, i.e., a estruturar uma rede no sistema de inovação sectorial, em articulação com outras redes nacionais e internacionais. Neste papel operacional, enquadra-se como projecto âncora do Cluster Agro-industrial do Centro, InovCluster. Para esse fim, foi definida uma metodologia assente em processos participativos (Hurni e Wiesmann, 2004; GTZ 2007; Rist et al 2007; ILO 2009; UNIDO 2011; GMC 2012), de interacção entre empresas e outras organizações de direito privado, instituições do poder regional e local, e investigadores do sistema científico e tecnológico nacional (Bouwen e Taillieu, 2004; Maarleveld e Dangb'egnon, 1999; Parson e Clark, 1995). A estrutura modular da operação assentou em dois ciclos de Sessões de Trabalho (ST) temáticas anuais (fig.1), focadas na identificação dos pares [problema, solução] de cada subsistema, 71 pontos quentes com relevância económica na sustentabilidade da criação de valor (Maarleveld e Dangb'egnon, 1999; Webler e Tuler, 2000), no sistema agroindustrial da Região do Centro (fileiras e respectivas sub-fileiras).

Figura 1: Ciclos operativos bianuais adoptados

Finalizado o 1º ciclo de ST, que decorreu entre Março e Julho de 2012 nos concelhos de Pampilhosa da Serra (produtos silvestres, mel e medronho), Castelo Branco (azeite),

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Viseu (vinho), Guarda (lacticínios), Alcobaça (hortícolas, frutos e flores), Anadia (carne), Peniche (pescado) e Montemor-o-Velho (cereais), concluiu-se que a metodologia adoptada produziu os resultados esperados, uma vez que destas ST emergiram importantes acordos de acção estratégica colectiva. Da interacção entre 73 investigadores e 97 empresas e entidades governamentais resultaram 69 consensos, propostas de trabalho orientadas para a resolução de problemas devidamente identificados e passíveis de solução, obstáculos a demover e potencial a libertar para a criação de mais valor no sistema e na Região. Este ciclo terminou com uma Sessão Plenária (SP), no IPN, em Coimbra, onde estiveram reunidos participantes de todas as ST temáticas, para discutir, quer os problemas dos diferentes sectores, quer as problemáticas comuns, que atravessam todas as fileiras do sistema agro-alimentar.

Figura 2: Representação dos Consensos por círculos de diâmetro proporcional ao nº identificados por fileira e sub-fileira, por nível na cadeia de valor.

Durante o ano de 2013 decorreu o 2º ciclo de ST, que sofreu algumas alterações relativamente ao 1º ciclo. A fileira da Carne foi então mais detalhadamente analisada nas suas sub-fileiras “Carne lato sensu” (bovinos, suínos e pequenos ruminantes) e “Aves e ovos”, uma vez que se constatou que os processos produtivos e as respectivas cadeias de valor exigiam um tratamento específico, tendo-se adoptado a mesma metodologia na fileira dos Produtos Silvestres, agora subdividida em “Mel“, “Medronho” e “Cogumelos”. Tal adaptação verificou-se correcta, uma vez que dela emergiram e se aprofundaram numerosas propostas de acção que de outra forma permaneceriam por detectar, discutir e resolver (Fig. 2). Entre os meses de Março e Julho realizaram-se sessões das fileiras e sub-fileiras: Cereais em Montemor-o-Velho, Mel em Castelo Branco, Hortícolas, Frutas e Flores no Fundão, Lacticínios em Oliveira do Hospital, Carne em Mação, Aves e Ovos em Leiria,

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Cogumelos Silvestres no Buçaco, Azeite na Guarda, Medronho em Proença-a-Nova e Pescado em Ílhavo. Os 2 ciclos de ST permitiram obter um total de 116 consensos (Gráf.1) que, após maturação, deram origem a 71 propostas de trabalho, subscritas por 238 assinaturas de empresas e instituições públicas (cada empresa ou instituição firmou 1 ou mais que 1 consenso) e 74 assinaturas de investigadores (cada investigador firmou 1 ou mais que 1 consenso), num total de 500 participantes envolvidos. Nuns casos alguns dos consensos originais agregaram-se, dando origem a novas linhas de trabalho, noutros, as ideias originais foram desagregadas em mais do que uma proposta de trabalho. Outras vezes ainda, as propostas iniciais foram abandonadas por se considerar que não eram viáveis, ou apenas por não interessarem aos participantes das sessões, uma vez que os subscritores originais não mantiveram a intenção de lhes dar continuidade. O 2º ciclo concluiu-se com uma Sessão Plenária e um Seminário, onde empresários e outros actores expuseram o seu balanço na relação com o in_Agri, e se perspectivaram os horizontes dos mecanismos de financiamento europeus, nacionais e regionais para o sector até 2020, encerrando-se os trabalhos numa conferência de imprensa aberta ao público, onde as entidades parceiras do consórcio e a entidade de tutela puderam fazer o balanço da operação, e perspectivar o seu desenvolvimento futuro. in_Agri: Pessoa e Ideias com Valor nº participantes em sessões de trabalho

500

200

nº empresas e entidades públicas…

97

nº investigadores envolvidos em consensos…

238

2012 e 2013

74 73

nº pré-projectos

71 69

nº consensos

69 0

116

50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Gráfico 1: Número de agentes de inovação e de ideias de valor envolvidas (os consensos)

1.1

Pontos Quentes

No tratamento dos dados recolhidos, foi atribuída uma codificação aos consensos obtidos, segundo o nível da cadeia de valor em que focam a sua incidência. A figura seguinte mostra a correspondência atribuída aos consensos.

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Figura 3: Legenda de correspondência dos consensos nos níveis na cadeia de valor

Assim, a cada código de consenso (alfanumérico e cromático) associa-se uma cor, uma posição na vertical da cadeia de valor e uma área circular proporcional ao número de binómios problema\solução identificados (Fig.3), para onde incide o efeito do projecto consensual considerado. O diâmetro dos círculos é proporcional ao número de consensos, caracterizando esta representação a incidência nas cadeias de valor respectivas e a devida intensidade de actuação no sistema e nos subsistemas considerados. Na figura 4 estão representadas as distribuições de todos os consensos obtidos (116), ao longo de 2012 e 2013, por nível de incidência na cadeia de valor (na coluna de círculos à esquerda) e por fileira na coluna de círculos à direita. Observa-se uma maior concentração de consensos relacionados com os inputs e produção primária, transformação e indústria, e mercado. Há também um elevado número de consensos cujo âmbito tem uma repercussão em todos os elos da cadeia de valor, os consensos verticais ao subsistema específico considerado. Estes foram agrupados com o código 15 (V) – acção vertical na cadeia de valor. Também se identificaram alguns pontos quentes de acção incidente transversal ao todo do sistema agroindustrial (código 16; T); ou que reflectiam estrangulamentos à formação de valor a nível dos inputs primários factores de produção (código 1; A); ou ainda que relacionavam estes inputs primários com a produção primária em particular (código 2; AB); e assim sucessivamente (Fig.3). Na coluna de círculos à direita está representada a distribuição dos consensos por incidência na cadeia de valor de forma agrupada por fileira e sub-fileira (subsistemas).

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Figura 4: Distribuição da totalidade dos consensos obtidos (116) por incidência na cadeia de valor e por fileira

Temos assim que no cômputo global (116 consensos), os pontos mais quentes da cadeia de valor incidem na vertical aos subsistemas, na produção primária e inputs específicos, na indústria e no mercado, sendo os lacticínios e a hortofrutifloricultura as actividades com maior nº de consensos, seguidos da carne, dos cogumelos e dos cereais.

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1.2

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Processo evolutivo

Figura 5: Maturação dos 116 consensos inicialmente gerados e selecção dos 71 consensos actualmente em vigor; Distribuição dos consensos em vigor (71) por incidência na cadeia de valor e por fileira

Na figura anterior representa-se o processo de maturação dos consensos, que segue os 3 primeiros passos de um método em 6 tempos (Fig. 6). Os consensos gerados (I), para que evoluam para propostas de projecto candidatáveis a financiamento (IV) exigem um acompanhamento que passa pela realização de reuniões focais (II&III), com grupos mais restritos de subscritores dos consensos. No decurso deste processo participativo, promove-se o pensamento crítico elaborando o Racional para a Acção (porquê, para quê, que consequências) (II.1), através da

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apresentação dos benefícios e das desvantagens associados ao desenvolvimento do projecto (na economia, na tecnologia, no ambiente, na comunidade e na sustentabilidade) e são constituídas Equipas de Trabalho (II.2), atribuindo papéis aos seus membros e determinando as lideranças (II.3). Os projectos são estruturados (III.1) com objectivos, métricas, orçamento e prazos, e o processo é calendarizado por níveis estratégicos de acção e de prioridades, para apresentação de candidaturas para investimento, preenchendo-se então os formulários de candidatura adequados (III.2). Depois de submetidos (IV.1), os projectos aprovados (IV.2) são operacionalizados (V) para que a obtenção de resultados (VI) permita a sua validação pela comunidade e o mercado.

Figura 6: Síntese do processo adoptado na metodologia do in_Agri

Só a um reduzido número de consensos, 3, foi possível chegar mais longe, avançando o seu processo até à fase V, tendo a maioria dos consensos no entanto ficado na fase I, no final dos 2 ciclos de ST, encontrando-se actualmente 10 consensos em processo na fase II, o Racional para a Acção (porquê, para quê, que consequências) (Gráf. 2). Convém salientar que a fase de elaboração do Racional para a Acção (II), que consiste em precisar a justificação para os diferentes conjuntos de acções que se evidenciarem fundamentais, precisando as determinantes do crescimento do valor daqueles subsistemas neste território, é fundamental para precisar os contornos das operações que envolve, i.e., saber porque é necessária essa transformação e quais a suas consequências, benéficas e nefastas 0

V

3 0 0

III

10

I

58 0

10

20

30

40

50

60

70

Gráfico 2: Distribuição do número de consensos (71), por fases de desenvolvimento (de I a VI)

Com a interrupção de continuidade nas operações, estando os grupos identificados e unidos por um objectivo comum, no que respeita ao pôr em prática uma proposta de trabalho concreta, é uma iniciativa que pode a qualquer momento ser gerada pelos subscritores dos consensos, se estes assim o entenderem, e dar continuidade ao processo, fazendo-os avançar até à sua conclusão.

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Quadro 1: Fases do processo evolutivo dos consensos

Fase I:

subscrição dos consensos resultantes das ideias que apresentaram condições para se tornar realidade e identificar a liderança associada;

Fase II: elaboração do Racional para a Acção (porquê, para quê, que consequências),

através da apresentação dos Benefícios e Danos associados (na economia, na tecnologia, no ambiente, na comunidade e na sustentabilidade) ao desenvolvimento do projecto;

Fase III: constituição das Equipas de trabalho por consenso, atribuindo papéis aos membros

da equipa do projecto, estruturar os consensos (objectivos, métricas, orçamento e prazos) e calendarizar o processo por níveis estratégicos de acção e de prioridades;

Fase IV: apresentação de candidaturas e apreciação para investimento, preenchendo e apresentando o formulário de candidatura;

Fase V: decurso dos projectos, operacionalização; Fase VI: obtenção de resultados; Fase VII: validação do valor gerado, pelo mercado.

1.3

Perspectivas de investimento, e do seu retorno

O processo de reflexão colectiva adoptado pelo in_Agri agregou consensos (p. ex., o GT1P3, o GT1P4 e o GT1P7 fundiram-se no GT1P14), ramificou consensos (p. ex., o GT7P13 persiste e deu origem ao GT7P17), houve ainda casos mais complexos de maturações que envolveram fusões, cisões e transposição de fronteiras entre subsistemas, como o caso do GT1P17, que se filia nos lacticínios mas que vem de uma linhagem da carne, o GT6P13 que, por sua vez, sucede da fusão sinérgica dos consensos GT6P3, GT6P4, GT6P6 e GT6P10. Uns permanecem activos e dinâmicos, outros estão em “dormência”, à espera do estímulo dos incentivos por clarificar e de uma liderança para esclarecer os limiares de investimento e apostar em cenários de ROI plausíveis. investimento previsional e cenários de ROI (milhares de euros) 0

10000

Inv. max ROI max max

2592

ROI min max

2701,712

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20000

30000

40000

50000

9820 44850

9898,07 9898,07

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50000

50000

a) Máximo 40000

40000

30000

30000

20000

20000

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0

0

-10000

-10000

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-20000

(-) acum. max inv. k€ (2)

acum. ROI max

acum. ROI min

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b) Mínimo

(-) acum. min inv. k€ (3)

acum. ROI max

acum.ROI min

Gráfico 3: Limiares de investimento a) e b) e respetivos ROI máximo e mínimo

Assim, foram criados os cenários a) e b), representados nos gráficos acima. Como valor de referência foi considerado um investimento de 50 000€ por projeto. No cenário a) onde investimento é máximo (9,8 milhão €), para os melhores resultados [(44,8 - 9,9) milhão €], os valores de investimento por projeto considerados variam entre 50K€ e 300K€. Já no cenário alternativo, b), o investimento é minimizado (entre 0 e 45K€ por projeto) o que corresponde a um valor acumulado de 2,6 milhão €, garantindo a emergência de um mínimo de resultados não negativos [(9,9 - 2,7) milhão €]. Os valores de retorno de investimento apresentados (ROI) foram calculados tendo por base o fator multiplicador de 1.3, aquele que foi alcançado com o in_Agri (ver gráfico 4), afectado de uma taxa variável calculada caso a caso.

Gráfico 4: Multiplicadores de ROI máximos e mínimos aplicados aos cenários de investimento a) e b) 1.4

Focos de acção no sistema

Actualmente existem 71 consensos identificados e em processo, esses os pontos mais quentes da cadeia de valor (fig. 6), que focam a vontade de intervir dos agentes no aperfeiçoamento do seu sistema. Maioritariamente incidem na vertical das cadeias de valor dos subsistemas, evidenciando a necessidade de investir estruturalmente na resolução de estrangulamentos à formação de valor, consensos críticos, por assim dizer, dado o seu impacto em todos os elos das formação de valor nos subsistemas considerados, seguindo-se uma grande focalização na produção primária e nos inputs específicos, na indústria e no mercado, sendo os cogumelos, a hortofrutifloricultura e o mel os

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subsistemas com maior nº de consensos, seguidos do azeite, dos lacticínios, da carne e dos cereais. O Medronho, as aves e ovos, o vinho e o pescado apresentam menor número de consensos, sendo estes no entanto muito relevantes para os sectores respectivos.

Figura 7: Distribuição dos consensos em vigor (71) por incidência na cadeia de valor e por fileira

A figura 7, acima, apresenta o número de consensos por fileira no fim dos 2 ciclos de ST. Destacam-se os subsistemas produtivos dos Cogumelos, Hortícolas, Frutos e Flores, Azeite e Mel com um maior número de propostas de trabalho. É de salientar o facto da sub-fileira dos Cogumelos ter sido muito participada e estar menos organizada do que outras cadeias de valor, tendo sido levantadas muitas questões e apontadas possíveis soluções para resolver problemas que afectam os atores deste subsistema. Releva o facto de se ter realizado apenas uma ST, durante o 2º ciclo do in_Agri, não permitindo a maturação dos consensos obtidos.

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Figura 8: Distribuição dos consensos em vigor (71), por subsistema (fileira e sub-fileira)

Já na fileira do vinho, o facto de não ter ocorrido a 2ª ST, por impossibilidade de conciliação de agenda dos diferentes agentes representativos da vitivinicultura regional, como inicialmente previsto, não permite comparar da mesma forma os resultados obtidos. Trata-se de um sector muito desenvolvido tecnologicamente, onde as maiores preocupações incidem sobre o marketing e o mercado. É também um sector no qual há muitos produtores que vinificam, engarrafam e vendem, concentrando neles a quase totalidade dos passos da cadeia de valor, revelando algumas carências organizacionais na formação de escala, nomeadamente para afirmação conjunta nos mercados de exportação.

1.5

Tipologias de inovação detectadas

Agrupando os 71 consensos segundo as tipologias de inovação- de produto, organizacional, de marketing, de processo, de sistema, e tecnológica, verifica-se que a maioria dos consensos são propostas de trabalho cujo objectivo principal é criar uma

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tecnologia nova ou melhorar uma já existente, para a resolução de problemas concretos, identificados durante as sessões de trabalho. A esta tipologia, que agrupa 38% dos consensos, (ver Gráfico 5) segue-se a de inovação organizacional, com 25% dos consensos e a de marketing, com 16%. Estas últimas podem ser explicadas pela tentativa de resolver problemáticas relacionadas com a colocação dos produtos no mercado, com os canais de distribuição e de escoamento da produção, ou com a procura de maior apropriação do valor pelos produtores, o que pressupõe alterações na organização dos subsistemas, em particular da produção, para que ganhe escala e com isso aumente o seu poder de valorização negocial. Inovação de Produto; 7; 10% Inovação Tecnológica; 27; 38%

Inovação de Sistema; 3; 4%

Inovação Organizacional ; 18; 25%

Inovação de Processo; 5; 7%

Inovação de Marketing; 11; 16%

Gráfico 5: Distribuição dos consensos (71), em número e percentagem, por tipologias de inovação detectadas

A tabela 1 apresenta um conjunto de gráficos com a distribuição correspondente a cada uma das tipologias identificadas no gráfico 5, respectivamente por nível de incidência na cadeia de valor e por subsistema. Verifica-se que nas tipologias de inovação de produto (Tab.1;1.) e de sistema (Tab.1;5.) há uma menor dispersão de resultados. No primeiro caso os consensos têm uma acção vertical ao subsistema na sua maioria e, quando se analisa a distribuição por fileira, observa-se que aqueles foram maioritariamente obtidos em ST do Mel como exemplificam as propostas de trabalho para “Diversificação dos Produtos da Colmeia” ou para apostar em “Produtos Gourmet”. No segundo caso, os consensos agrupados na tipologia de inovação de sistema relacionam-se todos com os níveis da cadeia de valor a montante, com os inputs primários e com a produção primária. Quando analisada a sua proveniência, distribuemse de forma muito equitativa entre as fileiras dos cereais, lacticínios e cogumelos. A título de exemplo podem referir-se os consensos “Análise da eficiência produtiva leiteira de fêmeas resultantes do cruzamento de bovinos de leite com uma raça de carne” que cruza a carne lato sensu com os Lacticínios, o “Modo de Produção Biológico” dos

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Cereais e a “Produção de cogumelos autóctones Ibéricos. Obtenção de Certificação Kosher/Halall” dos Cogumelos, consistindo de análises de novos sistemas produtivos. A inovação organizacional (Tab.1; 2.) encontra-se muito pulverizada quer por nível de cadeia de valor, quer por subsistema, mas maioritariamente incide verticalmente aos subsistemas, tendo sido identificada a necessidade de intervenção em todas as fileiras, com a excepção da carne incluindo a sub-fileira das aves e ovos, onde não se colocaram questões organizativas. A inovação de marketing (Tab.1; 3.) incide principalmente no mercado, mas também vertical e transversalmente aos subsistemas, tendo alguma expressão a nível da produção primária e da indústria. Quanto aos subsistemas em particular, ela é manifestamente necessária nos cogumelos e na carne. Equitativamente, essa necessidade reflecte-se também nos subsistemas cereais, azeite, pescado e mel. As inovações de processo (Tab.1; 4.) constituem-se por acções de formação em temas inéditos e de relevância, incidindo verticalmente nos subsistemas, e em necessidades de input e produção primária, e na indústria, equitativamente distribuídos pelo azeite, as aves e ovos, o mel, os lacticínios e os cogumelos.

Tabela1: Distribuição dos consensos (71), em número e percentagem, por tipologias de inovação detetadas Tipologia de inovação

por nível na cadeia de valor

por subsistema

1. de produto

Produção Primária; 1; 14%

Hortícolas, Frutos e Flores; 2; 28%

Mel; 3; 43%

Verticais ao subsistema; 3; 43%

Transformação/ Indústria; 2; 29%

Medronho; 2; 29% Mercado; 1; 14%

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2. organizacional

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Transversais ao Sistema; 2; 11%

Input Primário; 1; 6%

Logística e Serviços; 2; 11%

Verticais ao subsistema; 7; 39%

Logistica, Grossistas e Retalho; 1; 6%

3. de marketing

Mercado; 1; 6%

Retalho e Mercado; 1; 6%

Transversais ao Sistema; 2; 18%

Z - Transversal ao Sistema; 2; 11%

Input e Produção Primária; 1; 6% Produção Primária; 2; 11%

Cereais; 2; 11% Pescado; 1; 6%

Mel; 2; 11% Cogumelos; 3; 17% Medronho; 1; 5%

Z - Transversal ao Sistema; 2; 18%

Azeite; 1; 9%

Transformação/ Indústria; 1; 9%

Carne; 2; 18% Pescado; 1; 9%

Verticais ao subsistema; 2; 18%

Cereais; 1; 9%

Mel; 1; 9%

Input Primário; 1; 20%

4. de processo

Hortícolas, Frutos e Flores; 3; 17%

Lacticínios ; 1; 5%

Produção Primária e Transformação; 1; 9%

Azeite; 2; 11%

Vinho; 1; 6%

Mercado; 5; 45%

Cogumelos; 3; 28% Mel; 1; 20%

Aves e Ovos; 1; 20%

Verticais ao subsistema; 2; 40% Input e Produção Primária; 1; 20%

Lacticínios ; 1; 20%

Transformação/ Indústria; 1; 20%

5. de sistema

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Azeite; 1; 20%

Cogumelos; 1; 20%

Input e Produção Primária; 1; 33%

Cereais; 1; 34%

Lacticínios ; 1; 33%

Produção Primária; 2; 67% Cogumelos; 1; 33%

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6. tecnológica

Verticais ao subsistema; 1; 4%

Janeiro 2014

Vinho; 1; 4%

Input Primário; 4; 15%

Logística e Serviços; 1; 4%

Mel; 2; 7%

Medronho; 1; 4%

Transformação/ Indústria; 6; 22%

Aves e Ovos; 2; 7%

Azeite; 4; 15%

Lacticínios ; 3; 11% Carne; 4; 15%

Input e Produção Primária; 8; 30% Produção Primária; 7; 26%

Hortícolas, Frutos e Flores; 5; 19% Cogumelos; 5; 18%

As inovações tecnológicas (Tab.1; 6.) constituem o maior grupo de trabalhos em preparação. Incidem principalmente nos inputs e na produção primária, seguindo-se questões de logística e uma outra vertical ao subsistema carne (rastreabilidade). A maior fatia de novas tecnologias a desenvolver parte da hortofrutifloricultura, seguida pelos cogumelos, pelo azeite, pelos lacticínios, pelas aves e ovos e pelo mel. O vinho e o medronho reclamam a necessidade de uma nova tecnologia, cada um.

1.6

Apreciação do desempenho

O objectivo pragmático do in_Agri era levar equipas transdisciplinares e com atores diversos das diferentes cadeias de valor a submeterem e colocarem em prática projectos de IDI, de modo inicialmente acompanhado mas com evolução para a autoorganização plena.

Gráfico 6: Investimento efectuado (a confirmar com o fecho de contas)

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Muito embora o contexto político, financeiro e económico seja incerto e depressivo, o in_Agri conseguiu captar 360 mil euros em projectos de IDI, para um investimento elegível de 287 mil euros, com um balanço positivo de 73 mil euros, e um factor multiplicador de 1,25 (ROI). Estão a decorrer 3 projectos financiados pela FCT e pelo COMPETE que nasceram deste contexto, 10 grupos com vários pré-projectos em carteira prosseguem em discussões acompanhadas, 58 consensos para a acção aguardam o seu aprofundamento, e muitas outras iniciativas em auto-organização continuam o seu curso. Cerca de 500 indivíduos participaram nos trabalhos, aproximadamente 200 em 2012 e 300 em 2013, onde puderam experimentar o espaço de aprendizagem que se institui com o in_Agri. Ao longo dos dois ciclos de sessões de trabalho foram realizados 2 questionários aos participantes, um de Motivação que foi respondido no início de cada sessão do 2º ciclo de ST e outro, de Avaliação da Sessão, que foi respondido no final das ST dos 2 ciclos, que agruparam um total de 118 respostas. No 1º ano (2012), foi utilizada uma versão simplificada de ficha de avaliação das sessões, que foi aperfeiçoada in continuum no 2º ano (2013) (n=109), quando também se introduziu uma ficha de motivação (n=73), que veio fundamentar várias apreciações de avaliação da metodologia seguida, permitindo a identificação de tendências no universo de respostas recebidas. 0

10

20

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100

Assunto Organização Documentação Oportunidade Contributo Temas Interação

Excelente e Bom

Satisfatório

Fraco e Muito Fraco

Gráfico 7: % de grau de apreciação das sessões por tipologias de caracterização

As variáveis assunto, organização, documentação, oportunidade, contributo, temas e interacção obtiveram sempre mais de 70% de avaliações de excelente e bom, chegando a oportunidade a ultrapassar os 90%. Uma apreciação de fraco ou muito fraco, residual, complementa a alguma apreciação somente satisfatória dos trabalhos (
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