Redes Sociais e Bibliometria: uma Análise Longitudinal da temática de Logística do período de 1997 a 2011

June 19, 2017 | Autor: T. Bach | Categoria: Bibliometrics
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Redes Sociais e Bibliometria: uma Análise Longitudinal da temática de Logística do período de 1997 a 2011 Autoria: Leomar dos Santos, Silvana Anita Walter, Tatiana Marceda Bach, Lizandro Nunes Fernandes, Udo Schroeder

Resumo: Esta pesquisa objetivo analisar a produção científica sobre logística do EnANPAD de 1997 a 2011. Realizou-se um estudo bibliométrico e sociométrico com 183 artigos. Verificouse que o número de artigos publicados na área é relativamente constante a partir de 2003, a estrutura das redes caracteriza-se como small worlds, a temática mais estudada foi desenvolvimento da logística e as obra mais citadas são estrangeiras. Conclui-se que a área encontra-se em processo de desenvolvimento e expansão, observando-se espaço para ampliação no número de artigos, de densidade nas redes de cooperação e de temas pouco explorados.

1

1 INTRODUÇÃO A partir de diversas mudanças na teoria e na prática de gestão de empresas, a logística deixou de ser considerada uma área ou um setor operacional das organizações, passando a ser reconhecida como estratégica (WOOD JUNIOR; ZUFFO, 1998). Esta mudança está relacionada às condições ambientais e culturas nas quais as empresas se encontram, ou seja, diante da concorrência acirrada e do crescimento econômico mais lento, as empresas passaram a investir na obtenção de eficácia em outros setores, como o caso da logística (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Isso porque a logística apresenta impacto direto nos custos e na satisfação dos clientes, podendo contribuir ou prejudicar a sobrevivência de uma organização. Como aponta Ferraes Neto (2002), uma redução nos custos logísticos pode se reverter em um aumento na margem de lucro, pois, conforme Christopher (2001), muitas vezes, os custos com logística são maiores que a margem de lucro do produto. A logística também é importante na relação com o cliente, pois os produtos ou serviços perdem seu valor quando não chegam ao cliente no momento e nos lugares adequados para o seu consumo (BALLOU, 2001). Desta forma, verifica-se a importância de analisar de forma sistemática a produção acadêmica na área de logística, visando contribuir para o desenvolvimento de teorias que auxiliem as organizações em seu gerenciamento logístico. Apesar de sua relevância, ainda são incipientes as pesquisas que buscam realizar este tipo de revisão da produção científica nesta área do conhecimento por meio das metodologias de bibliometria e sociometria. As revisões sistemáticas possibilitam reunir, avaliar e produzir uma síntese de aspectos de outros estudos primários (PERISSÉ; GOMES; NOGUEIRA, 2001), o que pode ser um recurso valioso de informações para a tomada de decisões sobre novas pesquisas e rumos para a área (MOLONEY; MAGGS, 1999). Diante do apresentado, procura-se, assim, responder a seguinte pergunta de pesquisa: Como a produção brasileira na área de logística vem se estruturando no tocante ao relacionamento entre atores sociais (autores e instituições) e temáticas desenvolvidas? Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a produção científica na área de gestão de operações e logística do Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração no período de 1997 a 2011. Este artigo encontra-se organizado em quatro seções além desta introdução: na segunda, apresenta-se a fundamentação teórica a respeito da área de logística e das metodologias de bibliometria e sociometria empregadas neste estudo; na terceira, descrevemse os procedimentos metodológicos empregados na condução da pesquisa; na quarta, descrevem-se os principais resultados obtidos; e, na quinta, tecem-se as considerações finais, limitações e sugestões para futuros estudos na área. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 LOGÍSTICA A logística pode ser definida como o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da estocagem de matéria-prima, equipamentos e produtos ao longo da cadeia de suprimentos (CHRISTOPHER, 2001). Como apontam Bowersox e Closs (2001), o objetivo central da logística é oferecer, aos clientes, um determinado nível de serviço pelo custo total mais baixo possível. Para melhor desenvolver estas atividades, as empresas podem adotar um planejamento e um gerenciamento logístico. O primeiro abrange “serviços aos clientes, localização das instalações, decisões sobre estoques e decisões sobre transportes” (BALLOU, 2001, p. 53), o que pode ter influencia sobre o fluxo de caixa, o retorno do investimento realizado e a lucratividade. O gerenciamento logístico, por sua vez, refere-se à satisfação das necessidades 2

dos clientes por meio da coordenação do fluxo de informações e de materiais na cadeia de suprimento (CHRISTOPHER, 2001). Neste sentido, a logística expande-se ao longo da cadeia se suprimentos. Mentzer et al. (2001) destacam que as empresas ao aliarem outros membros da cadeia expandem as possibilidades de obterem melhores resultados. Assim, quando três ou mais organizações de uma cadeia adotam uma orientação para a rede total de suprimentos, pode-se instituir uma gestão integrada da cadeia de suprimentos ou supply chain management (SCM). Esta pode ser definida como a coordenação estratégica e sistemática das áreas do negócio – como marketing, logística, finanças e outros – das empresas integrantes de uma cadeia de suprimentos, buscando a melhoria dos resultados das empresas e da cadeia em longo prazo (MENTZER et al., 2001). A adoção de SCM pelas organizações de uma cadeia, de acordo com Chen e Paulraj (2004), pauta-se na coordenação e colaboração entre essas empresas e caracteriza-se pela existência de ligações fortes entre os elos da cadeia, ausência de estrutura de poder entre as empresas e baixa integração vertical. Para esses autores, a SCM pode proporcionar otimização do tempo ao eliminar etapas dentro da cadeia de suprimentos. 2.2 BIBLIOMETRIA E SOCIOMETRIA Este estudo adota a bibliometria e a sociometria como metodologias para análise dos dados. A bibliometria, como apontam Guedes e Borschiver (2005), consiste em um grupo de princípios empíricos e leis que procuram descrever, quantificar e prognosticar as publicações acadêmicas de uma área de conhecimento. Estudos bibliométricos também podem utilizar técnicas matemáticas e estatísticas para apresentar características das publicações analisadas (ARAÚJO, 2006). Faro e Silva (2008) indicam que a bibliometria possibilita a verificação de tendências nos estudos, lacunas a serem preenchidas e o papel desempenhado por autores e instituições em uma área do conhecimento. A sociometria ou análise de redes sociais de relacionamento, por sua vez, verifica atores sociais em interação para elaborar uma representação destas relações em um esquema gráfico (GALASKIEWICZ; WASSERMAN, 1994). Wasserman e Faust (1994) indicam que os atores sociais (pessoas ou organizações) correspondem, na representação gráfica, a um conjunto de nós ligados entre si por meio de relações sociais (ou laços). No caso da análise de publicações de uma área de conhecimento, os nós podem ser os autores e instituições que publicaram na área unidos por meio das relações de coautoria (WALTER; SILVA, 2008). Além dos conceitos de nós e laços, tem-se ainda, na bibliometria, outros como díade, tríade, laço forte e fraco, lacuna estrutural e centralidade. A díade refere-se ao laço entre dois nós e a tríade entre três (WASSERMAN; FAUST, 1994). Laços forte são os laços estabelecidos de forma direta, como os laços de coautoria; e os laços fracos referem-se a nós que não possuem laços diretos entre si, mas se relacionam por meio de um terceiro nó (GRANOVETTER, 1973). Assim, a partir da existência de laços fracos, nota-se a ocorrência de lacunas estruturais, ou seja, contatos não-conectados em uma rede (BURT, 1992). Por fim, a centralidade está relacionada à posição do nó na rede, de forma que quanto mais importante mais central ele se apresentará (WASSERMAN; FAUST, 1994). 3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO Para atender ao objetivo da pesquisa, realizou-se uma pesquisa bibliométrica e sociométrica. Os artigos, objetos da presente análise, foram obtidos por meio de um recorte longitudinal de um período de 15 anos (1997-2011). Para composição da amostra, consideraram-se as publicações sobre o tema Gestão de Operações e Logística (GOL) do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) desse período. Selecionou-se este evento por ser classificado como nível “E1” 3

pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e por sua importância e representatividade no cenário nacional. Iniciou-se a coleta de dados nos anais do EnANPAD do ano de 1997, porque, a partir dessa data, os artigos passaram a ser disponibilizados em meio eletrônico. Ressalta-se que a área de Gestão de Operações e Logística (GOL) foi criada no EnANPAD a partir de 2001, contudo, nos anos anteriores, estava relacionada à área de Produção Industrial e Serviços (PIS) – no ano de 1997 - e Operações, Logística e Serviços (OLS) - nos anos de 1998 a 2001. Foram localizados – por meio de buscas com as palavras-chave: cadeia de abastecimento, canal de distribuição, operações e logística, logística reversa, logística, terceirização logística, gestão da cadeia de suprimentos, gestão do fluxo de materiais, relacionamentos interorganizacionais e compras – 183 artigos, os quais faziam parte de um universo de 463 publicados nos anais do EnANPAD na área de operações e logística. Observou-se, para análise dos dados, o ano de publicação do artigo, os autores dos artigos e as instituições às quais os autores se encontravam vinculados na ocasião da publicação. Quanto à identificação do vínculo institucional dos autores, ressalta-se que a obtenção de tal informação deu-se por meio dos dados constantes nos resumos dos próprios artigos analisados. Quando não informados, consultou-se curriculum da Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para garantir a diferenciação nos nomes dos autores entre os que apresentavam a mesma forma de citação nominal, procedeu-se à conferência individual por meio de uma consulta ao curriculum da Plataforma Lattes, e, em se tratando de autores diferentes, optou-se por manter o sobrenome e citar o primeiro nome por extenso. Realizou-se a análise dos dados no tocante ao/a: número de artigos publicados por ano; redes de cooperação entre autores e entre instituições; obras mais citadas; autores que mais publicaram; estatística aplicada a redes sociais; e temas empregados nos estudos. Para identificação dos temas, averiguou-se como ou com qual objetivo os estudos utilizaram a Gestão de Operações e Logística e empregou-se a técnica de análise de conteúdo – com auxílio de uma planilha eletrônica – que, de acordo com Bardin (2002, p. 38), consiste em “um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens”. 4 ANÁLISES E RESULTADOS Apresenta-se nesta sessão a análise dos resultados obtidos. A Tabela 1 exibe o total de artigos publicados na área de Gestão de Operações e Logística (GOL) por ano de 1997 a 2011, bem como, os artigos encontrados sobre logística nesta área. 1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Total

Produção Industrial e de Serviços (PIS) Operações Logística e Serviços (OLS) Gestão de Operações e Logística (GOL) Total logística Total geral (GOL)

1998

Áreas EnANPAD

1997

Tabela 1 – Total de artigos publicados por ano

3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

3

-

1

5

13

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

19

-

-

-

-

5

7

14

12

22

15

18

14

16

21

17

161

3 26

1 17

5 20

13 21

5 14

7 22

14 27

12 38

22 39

15 31

18 44

14 50

16 40

21 37

17 37

183 463

Observa-se, por meio da Tabela 1, que as publicações relacionadas à área de GOL eram escassas no período de 1997 a 1999, mas tiveram no geral um aumento principalmente 4

nos anos de 2005 e 2010. Os artigos sobre logística mantiveram-se relativamente constante a partir de 2003. Na Figura 1, visualizam-se as redes sociais de cooperação entre autores no período de 1997 a 2001. Para melhor visualização, optou-se por apresentar autores com mais de 1 laço. Figura 1 – Redes sociais de autores no período de 1997-2001 NOGUEIRA, E. E. da S. UEHARA, L.

BORELLA, M. R. de C.

TEIXEIRA, M. L. M.

ZILBER, M. A. MOORI, R. G.

KIMURA, H.

POPADIUK, S.

PADULA, A. D. FERREIRA, G. C.

SANYUAN, A. MARCONDES, Reynaldo C.

MARTINS, L. M.

AVILA, R. T. VIEIRA, L. M.

ROBLES, L. T.

MARCONDES, Ricardo C. RIBEIRO, A. WANKE, P. F.

BLOIS, H. D.

MARTINS, R. S.

SILVA, C. R. L. TEIXEIRA, S. R. SANTOS, C. V.

FISCHMANN, A. A. PEREIRA FILHO, G.

KRIPKA, R. M. L. FLEURY, P. F.

SUSIN, G. S.

SILVA, A. L. da

SCAVARDA, L. F. HAMACHER, S.

ZUFFO, P. K. WOOD JR., T.

LEITE, P. R.

BRITO, E. P. Z.

SAMPAIO, M.

Di SERIO, L. C.

BARBIERI, J. C. COSTA, A. L.

ARAVECHIA, C. H. M.

PIRES, S. R. I.

ROCHA, A. L. P. MORAES, M. N.

Visualiza-se, por meio da Figura 1, a presença de 13 redes que envolvem 42 pesquisadores. Destas, há duas mais densas que envolvem 9 e 5 autores cada. Observa-se a presença de tríades envolvendo a rede de R. S. Martins, S. R. Teixeira e C. V. Santos, e a rede que compõe H. D. Blois, R. M. L. Kripka, e G . Susin. S. Já as díades são evidenciadas em 6 redes. A díade é definida como uma ligação ou um relacionamento entre dois atores e consiste em uma propriedade de um par de atores, não pertencendo isoladamente a cada ator. A tríade, por sua vez, é um conjunto de três atores e dos laços possíveis entre eles (WASSERMAN; FAUST, 1994). Fica evidenciada também a presença de atores dispostos individualmente, revelando estudos publicados de forma isolada. De forma a complementar as informações da Figura 1, a Tabela 2 apresenta os autores mais prolíficos e com maior número de laços no período de 1997 a 2001. Além dos autores apresentados na Figura 1 e na Tabela 2 foram encontrados outros 20 que formaram 1 laço. Tabela 2 – Autores mais prolíficos e com maior número de laços do período de 1997-2001 Autores Laços Artigos % Autores Laços Artigos MOORI, R. G. 8 4 10,3 HAMACHER, S. 2 2 FLEURY, P. F. 5 5 6,4 AVILA, R. T. 2 1 PADULA, A. D. 4 3 5,1 SUSIN, G. S. 2 1 SANYUAN, A. 3 1 3,8 BLOIS, H. D. 2 1 TEIXEIRA, M. L. M. 3 1 3,8 TEIXEIRA, S. R. 2 1 KIMURA, H. 3 1 3,8 WANKE, P. F. 2 2 KRIPKA, R. M. L. 2 1 2,6 VIEIRA, L. M. 2 1 MARTINS, R. S. 2 1 2,6 FISCHMANN, A. A. 2 2 MARTINS, L. M. 2 1 2,6 SANTOS, C. V. 2 1 MARCONDES, Reynaldo C. 2 1 2,6 SILVA, C. R. L. 2 2 MARCONDES, Ricardo C. 2 1 2,6 POPADIUK, S. 2 1

% 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6

5

Observa-se, por meio da Tabela 2, que o autor com o maior número de laços é R. G. Moori, que publicou com 8 diferentes autores (Figura 1). Este autor, classificou-se, no que tange ao número de artigos publicados, em segundo lugar, com 4 publicações. Tendo em vista o número de laços, P. F. Fleury atingiu a segunda colocação com 5 laços associados a 3 diferentes pesquisadores. Já C. R. L. Silva foi o que mais publicou artigos no período. Podem ser considerados autores centrais em suas redes os pesquisadores R. G. Moori, P. F. Fleury e A. D. Padula, tendo em vista que estabelecem ligações entre diferentes grupos de pesquisadores, os quais não estariam conectados com a ausência destes autores centrais, ou sejam, eles estabelecem laços fracos entre diferentes autores. Estes laços são contatos indiretos formados por meio de pontes a partir da interação entre os pesquisadores, as quais apresentam diferentes fontes de informação, proporcionando a esta rede abertura à inovação e propícia a entrada de novos conhecimentos (GRANOVETTER, 1973). Por meio da Figura 1 e da Tabela 2, observa-se, de forma geral, que existe uma abertura para entrada de novos pesquisadores e interação entre os demais atores presentes nas redes, uma vez que esse período se caracterizou pelas primeiras publicações no EnANPAD sobre logística. A Figura 2 apresenta as redes sociais dos autores no período de 2002 a 2006. Figura 2 – Redes sociais de autores no período de 2002-2006 LEITE, P. R.

MOORI, R. G. ALMEIDA FILHO, M. A. de

CARUSO, C. R. W.

SOUZA, M. F. S. POPADIUK, S.

MACAU, F. R.

CAPELO JÚNIOR, E.

LUPPE, M. R.

OLIVEIRA, M. P. V. de

CAMPO, D. F. SOUZA, T. de SILVA, A. B. da CASOTTI, L. M. OIGMAN, A. COSENZA, C. A. N.

LIMA, E. L. N.

PIZZOLATO, N. D. DIDONET, S. R. ROCHA, R. A. OLIVEIRA, L. C. P. OLIVEIRA, T. M. V. de ALVES, F. H. D. HACKER, S. S.

RESENDE, P. T. V. de

BALBINO, E. L. M.

MOREIRA, M. A. S.

SAMPAIO, M.

AKABANE, G. K.

NOGUEIRA NETO, M. de S.

LADEIRA, M. B.

ZANQUETTO FILHO, H. Di SERIO, L. C.

FIGUEIREDO, K. F. FARIAS, O. O. de

BIAZZI, J. L. de

ALIGHIERI, J. S.

FEARNE, A.

CSILLAG, J. M. PEREIRA, S. C. F.

BORELLA, M. R. de C.

ESTRADA, R. J. S.

SILVA, R. B. da MENEZES, R. do A. LINHARES, A.

ALMEIDA, K. de

CARNEIRO, T. C. J.

SAMPAIO, R. de A.

CANEN, A. G. MACEDO, M. A. da S.

CARDOSO, P. A.

CORRÊA, C. C.

SOUZA, J. P. de

ARAÚJO, B. B. MENDONÇA, G. D.

ARAUJO, C. A. S.

GIACOBO, F.

PERUCHI, M. PADULA, A. D.

ARRUDA, R. T.

CERETTA, P. S.

BRAGA, A. R.

ARKADER, R.

GOLDSMID, I. K.

GONCALVES, M. A.

ALBUQUERQUE, S. B.

ROCHA, A. S.

3

AYMARD, P.

REGO, J. R. do

MACHADO, A. G. C.

VIANA, R. Q.

HIJJAR, M. F.

2

BRITO, E. P. Z. BRITO, L. A. L.

OLIVEIRA, M. V. de S. S. CAMPOS FILHO, J. R. R.

CARDOSO, S. C. de P.

WANKE, P. F.

FLEURY, P. F.

MARCONDES, Reynaldo C.

1

FUCHS, A. G. P.

POVOA, A. C.

TONTINI, G. SILVEIRA, A. PEREIRA, R.

MAÇADA, A. C. G. RIOS, L. R. BECKER, J. L.

A partir da Figura 2, observa-se a presença de 23 redes que envolvem 87 diferentes pesquisadores, sendo 3 redes maiores (1, 2 e 3) compostas por 19 autores e 20 redes menores, o que apresenta um campo heterogêneo em relação à estrutura das redes. Observa-se a presença de redes caracterizadas como de laços fortes entre os autores M. V. de S. S. Oliveira, J. R. R. Campos Filho, A. G. C. Machado e S. B. Albuquerque. Laço forte é a conexão direta dos atores em uma rede (GRANOVETTER, 1973). Quando o contato é feito por pessoas que já se conhecem, como no caso dos laços de cooperação fortes, as informações a serem compartilhadas tendem a ser as mesmas, com baixa tendência para mudança (BURT, 1992). Para complementar as informações da Figura 2, a Tabela 3 apresenta os autores mais prolíficos e com maior número de laços no período de 2002 a 2006.

6

Tabela 3 – Autores mais prolíficos e com maior número de laços do período de 2002-2006 Autores Laços Artigos % Autores Laços Artigos HIJJAR, M. F. 8 4 3 CAPELO JÚNIOR, E. 3 1 MARCONDES, Reynaldo C. 7 3 2,6 CARUSO, C. R. W. 3 1 MOORI, R. G. 7 3 2,6 GONCALVES, M. A. 3 1 ZANQUETTO FILHO, H. 5 3 1,9 PIZZOLATO, N. D. 3 2 FLEURY, P. F. 5 3 1,9 LEITE, P. R. 3 2 BRITO, E. P. Z. 5 3 1,9 POVOA, A. C. 3 1 ARKADER, R. 5 2 1,9 GOLDSMID, I. K. 3 1 PEREIRA, S. C. F. 4 3 1,5 LADEIRA, M. B. 3 2 WANKE, P. F. 4 4 1,5 CARDOSO, S. C. de P. 3 1 SAMPAIO, M. 4 2 1,5 MACHADO, A. G. C. 3 1 ALBUQUERQUE, S. B. 3 1 1,1 CAMPOS FILHO, J. R. 3 1 BIAZZI, J. L. de 3 1 1,1 REGO, J. R. do 3 1 LUPPE, M. R. 3 1 1,1 POPADIUK, S. 3 1 ROCHA, A. S. 3 1 1,1 VIANA, R. Q. 3 1 MACAU, F. R. 3 1 1,1

% 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1

O autor com o maior número de laços, conforme Tabela 3, é M. F. Hijjar, que fez 8 laços com 5 diferentes pesquisadores (Figura 2) e, por meio de um laço fraco, ligou-se a A. G. P. Fuchs. Aquele autor (Hijjar), assim como P. F. Wanke foram os que mais publicaram artigos no período. O autor R. G. Moori, o qual havia sido o autor com o maior número de laços no período de 1997 a 2001 (Figura 1), classificou-se em segundo lugar no período de 2002 a 2006 (Figura 2). Se comparada a Figura 1 e a Figura 2 percebe-se que houve um aumento no número de autores no campo, bem como nas publicações (Tabela 2 e Tabela 3), o que tornou a rede mais densa em relação ao período anterior. Esse aumento pode ser oriundo da criação desta nova área a partir de 2001. Além dos autores apresentados na Tabela 3, têm-se 55 autores que fizeram 2 laços, 46 com 1 laço e 8 autores que publicaram isoladamente. A Figura 3 apresenta as redes sociais entre os autores no período de 2007-2011. Figura 3 – Redes sociais de autores no período de 2007-2011

SENA, R. V.

SOUZA, S. S. de

BRITO, L. A. L. MARTINS, G. S. MIGUEL, P. L. de S.

OLIVEIRA, L. H. de

BIDO, D. de S.

SOUZA, F. M. de

Di SERIO, L. C.

YU, A. S. O.

CASTANHEIRA, F.

1

MOURA, G. L.

FAÇANHA, S. L. de O.

3

BRITO, T. A. PARDINHO, E. O.

GASPARETTO, V. FARIA, A. C. de

5

6

FERRERAS, V. MAZZALI, L.

9

10

TOBIAS, M. S. G.

7

MALAFAIA, G. C. CONTO, M. de

SOUZA, M. S. de BAHIA, P. Q.

GONÇALVES-DIAS, S. L. F. LABEGALINI, L. POLIDÓRIO, G. R. S. SOUZA, M. P. de

DORION, E.

11

SEVERO, E. A.

SILVA, A.

TOLENTINO, R. de S. da S. ESTRELA, G. Q. VILLELA JÚNIOR, J. I.

SOUZA FILHO, T. A. de KURRLE, M. A.

GIBBON, A. R. ALVES, A. P. F. BORBA, J. V. S.

8

COSTA, José C.

GONÇALVES FILHO, C.

PRIMO, M. A. M.

MELO, E. S. D. de

CORRÊA, L. da C.

LEITE, R. S.

JAMIL, G. L.

PÁDUA, S. I. D. de

MOSER, D. D. N.

GÓMEZ, C. R. P.

AMARO, R. G.

FIOROTTO, J. A.

BATISTA, F. N.

MACHADO, J. P. S.

4

SANTOS, B. R. B. dos

LOBO, D. da S.

SEGATTO, M. SALGADO JUNIOR, A. P. BERTON, L. T.

SOUZA FILHO, O. V. de

CARRIERI, A. de P.

ANDRADE, F. F. de

RICCA, F. P. de S. ARRUDA, A. G. S. COSTA, M. de F. G. da

RÊGO, W. S.

MARTINS, R. S.

BENEDETTI, M. H.

FERREIRA, A. de O.

FERREIRA FILHO, H. R.

2

PIGNANELLI, A.

MONTANARI, M. T.

PEREIRA, V. R. dos S.

PIRES, J. O. M.

REIS, M. de A. e S.

XAVIER, W. S.

PORTEL, R.

SOUSA, F. F. de

BELTRÃO, N. E. S.

CAMPOS, L. A.

12

GRAEML, A. R. PEINADO, J.

SANTOS, G. T. dos

13

SCHAICOSKI, J. A.

continua…

7

...continuação ALMEIDA, M. V. de BUSANELO, E. C. GATTI JUNIOR, W. LIMA, L. A. de SOUZA, V. R. de WANKE, P. F.

VIANA, F. L. E.

BENNEMANN, F.

CARDOSO, M. R. A.

CARONA, N. F. M.

MELO, D. de C.

COSTA, S. A. da SOUZA, R. P.

BORGES, M. de L. FIGUEIREDO, K. F. MORA, D. M. M.

PAGLIARUSSI, M. S. CESCONETO, F. C.

MEL, L. B.

CSILLAG, J. M.

GIORDANO, C. V.

JESUS, L. F. N. de

CUNHA, V. ZWICKER, R.

QUINTÃO, R. T. MAÑAS, A. V.

CARVALHO, M. F. H. de

MARCONATTO, D. A. B.

CARVALHO, J. L. F. FARIA, M. D. de BASSANI, R. BURLAMAQUI, P.

CONTADOR, J. C. RESENDE, P. T. V. de MENDONÇA, G. D.

ACOSTA, B. ROSA, F. S. da

LEITE, P. R.

PEREIRA, S. C. F.

SOUZA, M. T. S. de KLEIN, M. J.

PEREZ, P.

CHRISTIANI, V. S.

VILLAR, C. B.

ESTEVES, G.

MELLO, L. C. B. de B. BANDEIRA, R. A. de M.

ALCÂNTARA, R. L. C.

SANTOS, M. S.

FINGER, A. B.

GOTO, A. K.

MAÇADA, A. C. G.

MARCHESINI, M. M. P.

PADULA, A. D. GEHLEN, L.

SILVA, S. B. da

LIMA JUNIOR, J. H. V.

DOLCI, P. C.

VIEIRA, L. M.

PAIVA, E. L.

CARVALHO, R. de O.

MACHADO, T. R. de O.

AKABANE, G. K.

BALDI, M.

MOYSÉS, G. L. R.

LOPES, C. P.

AÑEZ, M. E. M.

FARIAS, O. O. de

PERERA, L. C. J.

ROBLES, L. T.

MUSETTI, M. A.

SOARES, W. L. P.

MOORI, R. G.

BORGER, F. G.

CÔNSOLI, M. A.

BARROS NETO, J. de P.

FERNANDES, J. A. L.

KONDA, S. T.

MANGINI, E. R.

ESTIVALETE, V. de F. B. TEIXEIRA, R. LACERDA, D. P.

LUNKES, R. J. PEREIRA, B. D. PERIM, J. A. ALIGHIERI, J. S. ZANQUETTO FILHO, H. OLIVEIRA, M. P. V. de LADEIRA, M. B. OLIVEIRA, V. M. de CÂNDIDO, G. A.

Visualiza-se, na Figura 3, as redes de cooperação que envolvem 174 pesquisadores. Também se observa a presença de 4 redes mais densas, sendo uma composta por 14 pesquisadores. A Tabela 4 apresenta os autores mais prolíficos e mais laços de 2007 a 2011, sendo apresentados os pesquisadores com 5 ou mais laços. Tabela 4 - Autores mais prolíficos e com maior número de laços do período de 2007-2011 Autores Laços Artigos % Autores Laços Artigos FERREIRA, A. de O. 9 2 1,9 PIRES, J. O. M. 5 1 FERREIRA FILHO, H. R. 9 2 1,9 MONTANARI, M. T. 5 1 BENEDETTI, M. H. 8 2 1,7 RICCA, F. P. de S. 5 1 VIANA, F. L. E. 7 4 1,5 PORTEL, R. 5 1 Di SERIO, L. C. 6 2 1,3 ANDRADE, F. F. de 5 1 MARTINS, R. S. 6 3 1,3 MOORI, R. G. 5 3 OLIVEIRA, L. H. de 6 3 1,3 BELTRÃO, N. E. S. 5 1 MIGUEL, P. L. de S. 6 5 1,3 CAMPOS, L. A. 5 1 BARROS NETO, J. de P. 6 3 1,3 PEREIRA, V. R. dos S. 5 1 FARIA, A. C. de 6 2 1,3 LABEGALINI, L. 5 2 LOBO, D. da S. 5 2 1,1 SOUZA, F. M. de 5 1

% 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1

A partir da Tabela 4, observa-se que os autores com o maior número de laços são A. de O. Ferreira e H. R. Ferreira Filho, os quais fizeram 9 associações com 8 diferentes pesquisadores (rede 2). Tendo em vista o número de artigos publicados, os autores com o maior número de publicações no período foram P. L. de S. Miguel e F. L. E. VIANA. Podem ser considerados centrais em suas redes, conforme a Figura 3, os autores L. H. de Oliveria; L. D. di Serio; G. S. Martins; M. H. Benedetti; L. Labegalini; A. de C. Faria; R. G. Moori; L. T. Robles; L. M. Vieira; A. D. Padula; A. C. G. Maçada; A. K. Goto; S. C. F. Pereira; R. L. C. Alcântara; e H. Zanquetto Filho, os quais, devido a estrutura de suas redes, conectam diferentes grupos de pesquisadores, o qual centralizando o fluxo das informações. De forma geral, observa-se que houve um leve aumento na quantia de autores que se associaram no período, bem como um aumento no número das publicações se comparado aos períodos anteriores. Além dos autores apresentados na Tabela 4, 30 pesquisadores 8

apresentaram 4 laços no período, 34 atores fizeram 3 laços, 39 autores fizeram 2 laços, 43 associaram-se formando um laço e 6 autores publicaram seus estudos individualmente. A Figura 4 apresenta as redes sociais de cooperação entre os autores no período geral. Figura 4 – Redes sociais de autores no período de 1997-2011 MOREIRA, M. A. S.

1

YU, A. S. O.

BIDO, D. de S.

2

SOUZA FILHO, T. A. de

POPADIUK, S.

ALMEIDA FILHO, M. A. de

FINGER, A. B.

FARIAS, O. O. de

AKABANE, G. K.

5

POLIDÓRIO, G. R. S.

BORELLA, M. R. de C. PEREZ, P.

XAVIER, W. S.

ACOSTA, B.

ARRUDA, A. G. S. MACHADO, J. P. S.

FERRERAS, V.

FARIA, A. C. de

6

MAZZALI, L.

TEIXEIRA, S. R. GASPARETTO, V.

CARRIERI, A. de P.

MONTANARI, M. T. ANDRADE, F. F. de BENEDETTI, M. H.

CORRÊA, L. da C. RÊGO, W. S.

PEREIRA, V. R. dos S.

COSTA, M. de F. G. da

FERREIRA FILHO, H. R.

PIRES, J. O. M.

FERREIRA, A. de O.

SOUZA, F. M. de

PORTEL, R.

BRITO, T. A.

RICCA, F. P. de S.

JAMIL, G. L.

SANTOS, B. R. B. dos

PÁDUA, S. I. D. de

VILLELA JÚNIOR, J. I.

GONÇALVES FILHO, C.

SEGATTO, M.

FLEURY, P. F.

TOLENTINO, R. de S. da S.

WANKE, P. F.

SALGADO JUNIOR, A. P.

MOSER, D. D. N.

SCHAICOSKI, J. A. KURRLE, M. A.

VIANA, R. Q.

BORBA, J. V. S. GIBBON, A. R.

CAPELO JÚNIOR, E.

PEINADO, J.

AÑEZ, M. E. M. VIANA, F. L. E. BALDI, M.

BRAGA, A. R.

ALIGHIERI, J. S.

MALAFAIA, G. C.

CAMPOS FILHO, J. R. R.

ALBUQUERQUE, S. B.

LIMA, E. L. N. DOLCI, P. C. MAÇADA, A. C. G.

PERIM, J. A.

ZANQUETTO FILHO, H.

BANDEIRA, R. A. de M. SANTOS, G. T. dos

MACHADO, A. G. C.

OLIVEIRA, M. V. de S. S. GRAEML, A. R.

BARROS NETO, J. de P.

ARKADER, R.

RIOS, L. R.

ALVES, A. P. F.

CARDOSO, S. C. de P.

ROCHA, A. S.

GÓMEZ, C. R. P.

BELTRÃO, N. E. S. FERNANDES, J. A. L.

BECKER, J. L.

MELO, E. S. D. de AMARO, R. G.

GOLDSMID, I. K.

HIJJAR, M. F.

FIOROTTO, J. A.

VELLOSO, A. V. PRIMO, M. A. M.

CAMPOS, L. A.

FUCHS, A. G. P. RIBEIRO, A. SILVA, C. R. L.

BERTON, L. T. LEITE, R. S.

FERREIRA, G. C. SANTOS, M. S. PADULA, A. D. PERUCHI, M.

SANTOS, C. V.

GONÇALVES-DIAS, S. L. F.

PARDINHO, E. O. SOUSA, F. F. de

MARTINS, L. M.

CARVALHO, R. de O.

MARTINS, R. S.

LABEGALINI, L.

NOGUEIRA NETO, M. de S.

SOARES, W. L. P.

CARDOSO, M. R. A.

LA FUENTE, J. M.

SOUZA FILHO, O. V. de

LOBO, D. da S.

KONDA, S. T.

ROBLES, L. T.

VIEIRA, L. M.

MARCONDES, Ricardo C.

MARCONDES, Reynaldo C. SOUZA, M. F. S.

4

MANGINI, E. R. AVILA, R. T.

MACHADO, T. R. de O.

3

SILVA, S. B. da GEHLEN, L.

PAIVA, E. L.

PERERA, L. C. J.

MOORI, R. G.

BORGER, F. G.

FISCHMANN, A. A.

BENNEMANN, F. MOYSÉS, G. L. R. ZILBER, M. A.

CARUSO, C. R. W.

LOPES, C. P.

SILVA, A. L. da

COSTA, José C.

SILVA, A.

KIMURA, H.

SANYUAN, A.

GHISI, F. A.

SOUZA, M. P. de

ESTRELA, G. Q.

TEIXEIRA, M. L. M.

CHRISTIANI, V. S. MEL, L. B.

CASTANHEIRA, F.

OLIVEIRA, L. H. de

LEITE, P. R.

AYMARD, P.

MARTINS, G. S. PIGNANELLI, A.

FAÇANHA, S. L. de O.

SOUZA, S. S. de

MACAU, F. R.

REIS, M. de A. e S.

Di SERIO, L. C.

VILLAR, C. B.

SENA, R. V.

POVOA, A. C.

BRITO, E. P. Z.

MIGUEL, P. L. de S.

PEREIRA, S. C. F.

CSILLAG, J. M.

BRITO, L. A. L.

MOURA, G. L.

SAMPAIO, M.

CARONA, N. F. M.

MELLO, L. C. B. de B.

CONTO, M. de

PIZZOLATO, N. D.

SOUZA, M. S. de

GONCALVES, M. A. REGO, J. R. do

BATISTA, F. N.

DORION, E.

SEVERO, E. A.

FEARNE, A.

BAHIA, P. Q. TOBIAS, M. S. G.

LUPPE, M. R. BIAZZI, J. L. de

continua...

9

...continuação ALMEIDA, M. V. de LIMA JUNIOR, J. H. V. OLIVEIRA, M. P. V. de SILVA, R. B. da MACEDO, M. A. da S. PEREIRA, R. BUSANELO, E. C. GATTI JUNIOR, W. GOTO, A. K. LADEIRA, M. B. SILVEIRA, A. KOVACS, E. P. ALMEIDA, K. de LINHARES, A. ESTEVES, G. LACERDA, J. S. BALBINO, E. L. M. LIBONATI, J. J. MENEZES, R. do A. SOUZA, M. T. S. de TONTINI, G. ARRUDA, R. T. CANEN, A. G. LIMA, L. A. de LOUREIRO, J. G. G. RESENDE, P. T. V. de CORRÊA, C. C. GIACOBO, F. SILVA, A. B. da ARAUJO, C. A. S. MAITA, M. A. NOGUEIRA, E. E. da S. SOUZA, J. P. de CERETTA, P. S. MENDONÇA, G. D. CARDOSO, P. A. CAMPO, D. F. OLIVEIRA, J. B. de SOUZA, V. R. de ESTRADA, R. J. S. SAMPAIO, R. de A. ARAÚJO, B. B. SOUZA, T. de CARNEIRO, T. C. J. UEHARA, L. DIDONET, S. R. ALVES, F. H. D. MELO, D. de C. BLOIS, H. D. LUNKES, R. J. COSENZA, C. A. N. MARCHESINI, M. M. P. HACKER, S. S. ROCHA, R. A. ROSA, F. S. da SUSIN, G. S. CASOTTI, L. M. PIGATTO, G. OIGMAN, A.

PEREIRA, B. D.

PEREIRA FILHO, G. SCAVARDA, L. F.

MORAES, M. N. GUIDALI, H.

HAMACHER, S. GIORDANO, C. V.

ROCHA, A. L. P. PONTUAL, L. de O.

OLIVEIRA, L. C. P. OLIVEIRA, T. M. V. de KRIPKA, R. M. L. BARBIERI, J. C. SOUSA, L. A. de SOUZA, F. B. de MOREIRA, V. R. GOLDONI, A. R. CESCONETO, F. C.

PROTIL, R. M. MAIA, L. C. de C.

COSTA, A. L. ZUFFO, P. K.

VIVALDINI, M. LADEIRA, W. J.

ALCÂNTARA, R. L. C. ACEVEDO, C. R. ZWICKER, R. CUNHA, V. DIAS, R. M.

PAGLIARUSSI, M. S. TEIXEIRA, T. R. B. A. WOOD JR., T. COSTA, Jaciane C. JOIA, L. A. MOREIRA, D. A. FLEURY, A. QUINTÃO, R. T. MUSETTI, M. A. MORA, D. M. M.

NOHARA, J. J. COELHO, F. J. P. LARA, J. E. PROFETA, R. A.

FLEURY, M. T. L. CÔNSOLI, M. A. FIGUEIREDO, K. F. JESUS, L. F. N. de GOLDZMIT, R. G. B. MAÑAS, A. V. MENDES-DA-SILVA, W. IHY, M. T. CARVALHO, J. L. F. OLIVEIRA, V. M. de NOVAES, A. N. G. BIANCHINI, V. K. BURLAMAQUI, P. MARCONATTO, D. A. B. CONTADOR, J. C. FARIA, M. D. de CÂNDIDO, G. A. FIGUEIREDO, L. A. de ASSUMPÇÃO, M. R. P. A. BASSANI, R. CARVALHO, M. F. H. de ESTIVALETE, V. de F. B. CORREIA NETO, J. F. SOUZA, R. P. PIRES, S. R. I. LACERDA, D. P. SCHNEIDER, L. C. BORGES, M. de L. OLIVEIRA, F. C. de

ARAVECHIA, C. H. M.

COSTA, S. A. da

KLEIN, M. J.

TEIXEIRA, R.

TONDOLO, V. A. G.

Observa-se, por meio da Figura 4, a presença de 73 redes envolvendo 317 pesquisadores. Visualiza-se uma rede mais densa (Rede 1), que envolve 32 autores. Destes, destacam-se alguns atores centrais, como S. C. F. Pereira, L. H. de Oliveira, L. C. Di Serio e G. Q. Estrela, que fazem ligações entre diferentes grupos na rede. Nesta rede, percebe-se também a existência de laços fracos, ou seja, contatos indiretos entre atores como M. A. S. Moreira e N. F. M. Carona. Nota-se também que o ator L. A. L. Brito (ator central na rede) estabelece uma ponte entre dois grupos de pesquisadores. Para complementar as informações da Figura 4, a Tabela 5 apresenta os autores mais prolíficos e com maior número de laços no período de 1997 a 2011. Além dos autores apresentados na Tabela 5, encontraram-se mais 17 autores com 5 laços, 31 autores com 4 laços, 54 autores com 3 laços, 90 autores com 2 laços, 90 autores com 1 laço e 13 pesquisadores que publicaram seus estudos de forma isolada. Tabela 5 - Autores mais prolíficos e com maior número de laços do período de 1997-2011 Autores Laços Artigos % Autores Laços Artigos MOORI, R. G. 20 10 2,5 ZANQUETTO FILHO, 7 5 MARCONDES, Reynaldo C. 10 4 1,2 OLIVEIRA, L. H. de 7 3 PADULA, A. D. 9 6 1,1 VIANA, F. L. E. 7 4 Di SERIO, L. C. 9 4 1,1 VIEIRA, L. M. 6 4 FERREIRA, A. de O. 9 2 1,1 BRITO, E. P. Z. 6 4 FERREIRA FILHO, H. R. 9 2 1,1 BARROS NETO, J. de P. 6 3 FLEURY, P. F. 8 8 1,0 ESTRELA, G. Q. 6 1 PEREIRA, S. C. F. 8 5 1,0 MIGUEL, P. L. de S. 6 5 HIJJAR, M. F. 8 4 1,0 ROBLES, L. T. 6 5 MARTINS, R. S. 8 4 1,0 LEITE, P. R. 6 5 BENEDETTI, M. H. 8 2 1,0 FARIA, A. C. de 6 2

% 0,9 0,9 0,9 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7

Por meio da Tabela 5, nota-se que o ator que mais se associou no período de 1997 a 2011 foi R. G. Moori. Este pesquisador também foi o que mais publicou artigos no período. A partir da Figura 4, pode-se observar que a rede deste autor envolveu 21 pesquisadores diferentes, sendo ele central em sua rede por interligar diferentes grupos de pesquisadores. O segundo ator com o maior número de laços foi Reynaldo C. Marcondes (Tabela 5). 10

Observam-se, de forma geral, redes de diferentes estruturas, algumas maiores e outras menores, bem como a presença de lacunas estruturais envolvendo autores como N. F. M. Carona e V. S. Christiani. Segundo Burt (1992), as lacunas estruturais representam os contatos não-conectados em uma rede, os quais fornecem uma vantagem competitiva para o indivíduo que realiza a conexão entre as diferentes redes, haja vista que os indivíduos nãoconectados não possuem acesso antecipado, amplo e privilegiado às informações do outro grupo de pesquisadores. A Figura 5 apresenta as redes sociais de cooperação entre as instituições aos quais os autores encontravam-se vinculados no período geral, de 1997 a 2011. Figura 5 – Redes sociais de instituições no período de 1997-2011 UFAM

FACECA FUCAPE FURB FURG PUCPR PUCRS UEL UFCG UFPB UFPR UFRPE UFRRJ UFSM UMESP UNIP UNIR UNISO UnP UP UPF

UFPA

UFC

FACI

UNIFOR

FATEC-SP

UNESP

UFRN UPM

UniSantos

UFSCAR

UNIFIG

Mackenzie

PUCE UFF

FUNCESI

FAAP

UCS

FGV-SP

USP

UNISINOS

UFPE

EMBRAPA

FECAP

UFU UNIMINAS

USCS

FAESA

UNESC IPA

UNIOESTE UFMG

UFES

PUC-Rio

UFSC

USJT

University of London FUMEC

FGV-RJ

UFRJ

UFRGS

FACIAC

UNIMEP

UVV

UECE

UEM UFV FDC

PUC-Minas UEPA UNAMA

Uninove UFJF

Visualizam-se, a partir da Figura 5, as 73 instituições que publicaram no período. Para complementar as informações da Figura 2, a Tabela 6 apresenta as instituições mais prolíficas e com maior número de laços no período de 1997 a 2011. Tabela 6 – IES mais prolíficas e com maior número de laços Instituições Laços Artigos % Instituições Laços Artigos % Instituições Laços Artigos % FGV-SP 12 19 7,8 UNISINOS 6 10 3,9 UNIOESTE 4 3 2,6 USP 12 18 7,8 UFES 6 8 3,9 USCS 3 2 1,9 UFMG 9 9 5,8 UFSC 6 7 3,9 USJT 3 1 1,9 Mackenzie 7 28 4,5 PUC-Rio 4 6 2,6 UniSantos 3 6 1,9 UNIFOR 7 5 4,5 UFRN 4 2 2,6 UEM 3 1 1,9 UFC 7 4 4,5 UFPA 4 2 2,6 PUC-Rio 4 6 2,6

Por meio da análise conjunta da Figura 5 e da Tabela 6, observa-se que a instituição com o maior número de laços é a FGV-SP. Essa instituição conectou-se a 8 diferentes instituições: FUNCESI, FACIAC, Mackenzie, USP, FECAP, UFMG, UNIOESTE e UNISINOS (Figura 5). Outra instituição de destaque, também classificada em primeira colocação tendo em vista o número de laços, é a USP, que obteve 12 associações e publicou 18 artigos no período (Tabela 6). Suas associações envolveram 8 instituições: UniSantos, UFSCAR, UNIMEP, FAAP, UFPE, UFU, FECAP e FGV-SP (Figura 5). Em segundo lugar, no que tange ao número de laços, apresenta-se a UFMG que obteve 9 laços com 6 diferentes instituições em 9 artigos publicados no período. A instituição que se destaca no que tange ao 11

número de artigos publicados é a Mackenzie que teve a maior publicação no período, com 28 artigos e 7 laços com 4 diferentes instituições: UPM, UniSantos, FGV-SP e UNIFIG. Com 7 laços, visualiza-se as instituições: UNIFOR (com 5 artigos) e UFC (com 4 publicações). Com 6 laços, apresentam-se as instituições UNISINOS (com 10 estudos), UFES (com 8 artigos) e UFSC (com 7 publicações). Observa-se que instituições como USP, FGV-SP, UNISINOS e UFMG são atores centrais em suas redes, tendo em vista que elas estabelecem conexões entre diferentes grupos de instituições, agenciando dessa forma as informações dos grupos interligados. Algumas instituições associaram-se por meio de díades, como a UFRJ com a FGV-RJ e a UVV; a UFV com a FDC, UEPA com a UNAMA; e a Uninove com a UFJF. Também houve 20 instituições que publicaram estudos isoladamente. De forma geral, observa-se que a maior parcela das instituições encontra-se vinculadas a rede maior, estando interligadas entre si no compartilhamento do conhecimento. Já as instituições que publicaram de forma isolada refletem a publicação entre pesquisadores dos mesmos programas, os quais podem estar vinculados a grupos de pesquisa das instituições em questão ou podem ser resultado de publicações oriundas de teses e dissertações, nas quais o aluno publicou com seu orientador. Na Tabela 7, destacam-se os indicadores estatísticos das redes entre autores. Tabela 7 – Indicadores estatísticos de redes de cooperação entre autores por período Dados observados nas rede de autores 1997-2001 2002-2006 2007-2011 1997-2011 Índice de centralização das redes 7,59% 1,50% 1,57 1,11% Grau de centralidade das redes 78 266 472 816 Grau de centralidade normalizado 90,70 65,19 90,99 51,646 Heterogeneidade da rede 3,55% 1,05% 0,80% 0,52% Normalidade da rede 1,31% 0,33% 0,22% 0,20% 2,574 Número médio de laços da rede (k) 1,77 1,942 2,713 1,622 Distância média da rede 1,47 1,279 2,756 0,939 Coeficiente de agrupamento da rede observado 0,76 1,059 0,984 1,568 0,815 Densidade da rede 4,12 1,428 Dados aleatórios Coeficiente de agrupamento rede esperado (k/n) 0,04 0,014 0,016 0,008 PL: Distância Média Esperada (ln(n)/ln(k)) 6,61 7,413 5,169 6,091 Indicadores PL taxa (PL real / PL aleatório) 0,22 0,173 0,314 0,452 CC taxa (CC real / CC aleatório) 19,03 74,708 60,223 121,184 Q: Coeficiente Small World (CC taxa/ PL taxa) 85,50 432,988 191,924 267,832

A partir dos indicadores estatísticos apresentados na Tabela 7, pode-se observar que o índice de centralização das redes – reflete a centralidade dos atores nas redes sociais – é maior no período de 1997-2001, com um índice de 7,59%. Esse resultado indica que, nesse período, há uma maior centralização dos atores nas redes sociais, tendo em vista a proporção dos atores a que este período representa. Nos 2 últimos períodos (2002-2006 e 2007-2011) e no período geral (1997-2011), o índice de centralização apresentou-se estável, tendo em vista que houve um aumento no número de autores e artigos a partir da entrada de novas redes sociais de colaboração (como no caso dos anos subsequentes, em que há uma maior quantidade de redes). O grau de centralidade das redes teve um leve aumento à medida que os períodos tornam-se mais recentes. Por outro lado, a heterogeneidade das redes teve leve redução. O aumento no grau de centralidade e a diminuição da heterogeneidade das redes podem ser oriundos do ingresso de novos pesquisadores nas áreas estudadas nos períodos posteriores, pois, à medida que novos pesquisadores relacionam-se com os já estabelecidos no campo, este 12

tende a solidificar-se, bem como a tornar-se mais homogêneo a partir da inserção de novas relações às já existentes. O coeficiente de agrupamento das redes apresentou variação entre 0,008 e 0,04, o que indica a existência de grupos coesos e característicos de redes do tipo small worlds. Para Watts e Strogatz (1998), as características deste tipo de estrutura consistem em duas questões fundamentais: a distância média entre os nós deve ser menor do que em redes aleatórias e concomitantemente o coeficiente de agrupamento deve ser maior do que nestas redes. O resultado corrobora com o encontrado por Rossoni e Guarido-Filho (2009), que encontrou redes do tipo small words nas áreas de administração pública; administração da ciência e tecnologia; estratégia; e organizações dos programas de pós-graduação em administração. Na Tabela 8, apresentam-se as principais temáticas desenvolvidas nos estudos. Tabela 8 – Temáticas identificadas em estudos da área de logística analisados Temas Total % Temas Total Desenvolvimento da logística 40 21,9% Análise da cadeia de suprimentos 4 Desempenho do sistema logístico 26 14,2% Sistemas de transporte 4 Implantação do conceito de Qualidade em serviços 20 10,9% 4 logística E-commerce na cadeia de Aplicação de tecnologia a cadeia 3 14 7,7% suprimentos de suprimentos Logística reversa 14 7,7% Logística internacional 3 Alianças e parcerias 8 4,4% Logística de suprimentos 3 Suprimento baseado filosofias Gestão da demanda na cadeia de 2 8 4,4% JIT suprimentos Redes de suprimentos 7 3,8% Logística hospitalar 2 Vantagem competitiva na cadeia 7 3,8% Controle de estoques 2 de suprimentos Prestação de serviços de logística 5 2,7% Logística de distribuição 2 Custos logísticos 5 2,7% Total Geral 183

% 2,2% 2,2% 2,2% 1,6% 1,6% 1,6% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 100%

A temática mais estudada, conforme demonstrado na Tabela 8, é o desenvolvimento da logística e reúne 40 trabalhos abrangendo os subtemas: a) gestão e organização da cadeia de suprimentos; b) gestão das questões ambientais e sociais na integração da logística; c) integração externa em cadeias de suprimentos; d) relacionamento entre empresas e seus fornecedores; e) desempenho de atributos de acordo com a percepção da direção; f) interrelacionamento entre estratégias de logística, estrutura organizacional e planejamento de processos; g) aspectos da complexidade inerente ao conceito de colaboração na cadeia de suprimentos; h) dependência dos atributos de qualidade; i) modelos de mensuração da cadeia de suprimentos; j) eficiência na cadeia de suprimentos; k) projetos de cadeia de suprimentos; l) fatores relacionados à satisfação com serviços; m) integração externa em cadeias de suprimentos sustentável; n) geração de valor na cadeia de suprimentos; o) logística de coleta e de distribuição e impactos no desempenho logístico; p) análise dos relacionamentos entre comprador e fornecedor; q) nível de confiança nos relacionamentos; r) gestão e organização da área de compras; s) práticas de suprimentos; t) redes de suprimentos; u) compartilhamento de informações em cadeias de suprimentos; v) análise do comprometimento e flexibilidade estratégica em logística; w) variáveis relevantes da gestão da cadeia de suprimentos na rede hoteleira; x) análise de ameaças e oportunidades na cadeia de suprimentos; e, y) implicações da logística no alinhamento estratégico. A segunda temática com maior concentração de trabalhos, num total de 26, relacionase ao desempenho do sistema logístico e abrange: a) desempenho das atividades da logística integrada; b) impactos na estrutura logística com base em definição de estratégia internacional; c) análise das variáveis da cadeia de valores; d) análise dos fatores estratégicos; 13

e) aplicação do Balanced Scorecard (BSC) em um sistema de gerenciamento da cadeia de suprimentos; f) impacto da logística no Valor Econômico Adicionado (EVA); g) avaliação de desempenho da cadeia de suprimentos; h) integração da cadeia de suprimentos e o desempenho e manufatura; i) avaliação do desempenho e criação de valor; j) relacionamento entre construtos planejamento, capacidade e desempenho logístico; k) confiança e controle em relações interoganizacionais; l) governança na cadeia de suprimentos; m) configurações da cadeia de suprimentos; n) impactos da inovação em logística no desempenho da empresa; o) criação de valor no relacionamento da cadeia de suprimentos; p) indicadores e medição de desempenho das operações logísticas; q) decisões entre comprar e fazer; r) medição do desempenho de cadeias de suprimentos; s) percepção dos fatores e implicações nos níveis de estresse na cadeia de suprimentos; t) planejamento integrado baseado em objetivos estratégicos; u) relacionamento compradores-fornecedores na cadeia de suprimentos; v) dimensões de desempenho operacional na cadeia de suprimentos; w) sistema de avaliação de desempenho; x) estratégias de sustentabilidade na cadeia de suprimentos; e, y) gestão e organização logística. No que se refere à qualidade em serviços, emergiram 19 trabalhos publicados, abrangendo os subtemas: a) prestação de serviços de logística integrada; b) nível de serviço logístico em varejo alimentar; c) relacionamentos interoganizacionais entre empresas prestadoras de serviços; d) agrupamentos de produtos; e) percepção e expectativa na qualidade dos serviços; f) análise da qualidade dos serviços; g) qualidade de serviços logísticos e satisfação; h) atendimento a expectativas dos clientes; i) nível de serviço e estrutura organizacional da logística; j) atributos do serviço aos clientes e índice de clientes insatisfeitos; k) percepção do serviço logístico sob a ótica de rede varejista; l) avaliação dos serviços logísticos sob a ótica dos profissionais da área; m) percepções sobre a qualidade da infraestrutura logística; n) expectativas dos clientes; o) prestação de serviços logísticos sob a ótica dos clientes; p) identificação de varejistas em relação ao nível de serviços logístico; q) relacionamento entre fornecedores de diversas camadas; l) impacto da qualidade dos prestadores de serviço; m) adoção dos serviços dos operadores logísticos; e, n) necessidades e expectativas dos prestadores de serviço. Na Tabela 9, exibem-se as obras mais citadas nos artigos consultados. Além das obras apresentadas nesta tabela, foram encontradas outras 3.871 citadas entre 12 e uma vez nos estudos analisados. Tabela 9 – Obras mais citadas nos estudos sobre logística Obras Citações Obras Bowersox e Closs (2001a) 67 Morgan e Hunt (1994) Mentzer et al. (2001) 60 Porter (1989) Ballou (2001) 54 Christopher (1992) Christopher (1997) 37 Christopher (1999) Chen e Paulraj (2004) 32 Chopra e Meindl (2003) Dyer e Singh (1998) 31 Croxton et al. (2008) Leite (2003) 31 Fine (1999) Fleury et al. (2000) 26 Kotler (2000) Cooper, Lambert e Pagh (1997) 22 Barney (1991) Lambert, Cooper e Pagh (1998) 22 Bowersox (1996) Oliver (1990) 21 Leite (2009) Novaes (2001) 20 Pires (2004) Porter (1986) 20 Das e Teng (2001) Ballou (1993) 19 Dyer (1996) Dornier et al. (2000) 18 Mentzer et al. (2007) Lambert e Cooper (2000) 17 Slack (1993)

Citações 17 17 16 16 15 15 15 15 14 14 14 14 13 13 13 13

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Como apresentado, na Tabela 9, o obra mais citada entre os artigos analisados foi o livro de Donald J. Bowersox e David J. Closs, intitulado “Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento”. Este livro aborda diferentes assuntos, como os fundamentos da logística, seu desenvolvimento e seu papel na estratégia competitiva da empresas. Já a segunda e a terceira obra mais citadas referem-se a artigos. Nota-se também que as cinco primeiras obras mais citadas são de autores estrangeiros, sendo Paulo R. Leite com “Logística reversa: meio ambiente e competitividade”, a obra brasileira mais citada entre os estudos analisados. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa buscou analisar a produção científica de estudos sobre logística publicados na área de Gestão de Operações e Logística do EnANPAD no período de 1997 a 2011. Para tal, realizou-se um estudo bibliométrico e sociométrico com 183 artigos. Entre os principais resultados verificou-se que o número de artigos publicados na área é relativamente constante a partir de 2003, a estrutura das redes caracteriza-se como small worlds, a temática mais estudada foi desenvolvimento da logística e as obra mais citadas são, até a quinta colocação, estrangeiras. Assim, conclui-se que a temática de logística encontra-se em pleno processo de desenvolvimento e expansão. Neste sentido, observa-se espaço para ampliação no número de artigos publicados, de densidade nas redes de cooperação e de temas ainda pouco explorados no Brasil. Como limitações desta pesquisa, aponta-se que a amostra abrangeu apenas as publicações presentes nos anais do EnANPAD, não correspondendo a toda publicação brasileira na área. Para pesquisa futura, sugere-se ampliar a amostra para publicações sobre logística em outros eventos. Outra possibilidade seria analisar periódicos brasileiros e internacionais, e possivelmente comparar os dados encontrados no país com a produção acadêmica internacional. REFERÊNCIAS ARAÚJO, C. A. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Em Questão, v. 12, n. 1, p. 11-32, jan./jun. 2006. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. BURT, R. S. Structural holes: the social structure of competition. Cambridge, MA: Havard University Press, 1992. CHEN, I. J.; PAULRAJ, A. Towards a theory of supply chain management: the constructs and measurements. Journal of Operations Management, v. 22, p. 119-150. 2004. CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira Thomson, 2001. FARO, M. C. S. C.; SILVA, R. N. S. A natureza da pesquisa em contabilidade gerencial – análise bibliométrica de 1997 a 2007 nos principais periódicos internacionais. In: 15

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