REDESENHANDO PATRIMÔNIO HISTÓRICO NA REGIÃO SERRANA FLUMINENSE

July 26, 2017 | Autor: M. Pratis Hernández | Categoria: Desenvolvimento sustentavel, Economía y sociedad
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REDESENHANDO PATRIMÔNIO HISTÓRICO NA REGIÃO SERRANA FLUMINENSE REDESIGNING HERITAGE IN THE REGION SERRANA FLUMINENSE Maria Cristina Pratis Hernández, Socióloga e Mestre em Organizações e Desenvolvimento pela UNIFAE-PR

Resumo Quem constrói as cidades são seus moradores, mas também, quem as destrói são os mesmos. Vivendo este paradoxo, muitas pessoas não percebem que ao destruir a sua cidade, está destruindo parte da cultura da humanidade. Em outras palavras, as cidades são criações humanas, e o ser humano constrói qualquer objeto para uso ou para deleite, incluindo uma cidade, com matériasprimas que extraem da natureza. E a natureza tem um limite. Daí, a preservação da natureza começa com a preservação dos lugares mais próximos de nós. Já que muitos vivem em cidades, preserválas, reformá-las é obrigação de todos. O ato de redesenhar um patrimônio material histórico envolve políticas preservacionistas, conforme as épocas de sua emergência, obedecendo às demandas culturais, político-administrativas e dos determinados grupos sociais interessados no processo de revitalização. Este artigo trata-se de um estudo de caso de revitalização de patrimônio histórico, o Mirante Guarani, situado na cidade de Teresópolis. Construção erguida pelos primeiros proprietários, da família Guinle. Tombado pelo INEPAC, em 1988, e pela Lei Orgânica Municipal de 1990. O trabalho foi feito a partir de uma revisão literária e de uma pesquisa empírica, de caráter interdisciplinar.

Palavras-chave: cultura material - estilo arquitetônico - Mirante Guarani - patrimônio - redesenhar

Abstract Who builds cities are its residents, but also those who are destroying them. Living this paradox, many people do not realize that by destroying their city, is destroying part of the culture of mankind. In other words, cities are human creations, and humans construct any object for use or for delight, including a city, with raw materials extracted from nature. And nature has a limit. Hence, the preservation of nature begins with the preservation of the closest places to us. Since many live in cities, preserve them, reform them is the obligation of all. The act of redesigning a historical preservationists involves tangible heritage policies as times of its emergence, following the cultural, political and administrative demands of certain social groups interested in the revitalization process. This article comes up a case study revitalization of heritage, the Guarani Lookout, located in the city of Teresopolis. Construction built by the first owners, the Guinles family. Protected by INEPAC in 1988, and the Municipal Organic Law, 1990. The work was made from a literature review and empirical research, interdisciplinary. Keywords: material culture - architectural style – Mirador Guarani - heritage – redesign

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(Fig.1)

Introdução Este artigo está fundamentado na importância dos estudos e preservação dos monumentos históricos da região serrana do Rio de Janeiro, tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). No caso específico, o objeto de estudo é o prédio do Mirante da Granja Guarani, situado na cidade Teresópolis. Há muito tempo que Associação de Moradores e Amigos da Granja Guarani (AMAGG) reivindica junto à Prefeitura, a revitalização do espaço e o renascimento de sua história como marco na cidade. Tanto que, eles criaram um blog com fotos antigas e atuais do Mirante. No entanto, quando se aborda a questão de restauração de um equipamento, também mexe no seu contínum, que é o processo de revitalização de um espaço urbano.A indagação que se apresenta é sobre a possíbilidade ou não de fazer ciência com consciência, durante a restauração de um patrimônio público. A resposta a esta questão nos conduz a ética dos profissionais das ciências preservacionistas, e dos demais atores envolvidos nesse empreendimento. Em relação à construção deste texto, conta com direcionamentos interdisciplinares que ajudam a visualizar e a compor o contexto antigo e atual do objeto de estudo. No primeiro item

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temos o quadro histórico do Mirante Guarani, traçando um roteiro desde de sua construção de estilo eclético, até às lutas pela sua revitalização. O segundo item, devido ao seu atual estado de deteriorização, encaminha-se para uma discussão sobre práticas e políticas de preservação patrimonial. Levando-se em consideração que a imagem do patrimônio como resultado de um “bom negócio”, chama atenção para o seu contexto histórico antigo e contemporâneo. 1.Conhecendo o Mirante Guarani e sua estética O nome original da construção é Quiosque das Lendas e foi construido entre os anos de 1929 e 1930, a pedido do primeiro proprietário e membro da família Guinle, o arquiteto Arnaldo Guinle. Desde o começo, a construção do Mirante foi feita para servir de monumento arquitetônico, na cidade de Teresópolis, numa posição topográfica privilegiada. Localizado no bairro Granja Guarani, na Alameda Iracema, numa área de 9.240 m², com uma vista privilegiada para a Serra dos Órgãos, o bairro do Alto e da Granja Comary (sede da CBF – Confederação Brasileira de Futebol). O Mirante Guarani foi projetado por um arquiteto português a pedido de Arnaldo Guinle, deixando a cargo da construção para o engenheiro Carlos Neoac de Souza. Sua a arquitetura foi resultado de uma construção, que alguns estudiosos atribuíram como eclético, alusão ao estilo colonial mexicano com uma influência mourisca. Vejamos o estilo na planta do projeto abaixo:

(Fig.2)

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Muitos dos artefatos decorativos utilizados, foram trabalhados em azulejos, criados pelo ceramista e pintor português, Jorge Colaço (1864-1942). Todas as peças foram pintadas em Lisboa. Além dos painéis figurativos em tons de azul e amarelo, que retratam quatro lendas indígenas: O Dilúvio, O Anhangá (que protege os animais dos caçadores), A moça que saiu pra procurar marido e Como apareceu a noite. Na ocasião da construção do Mirante, os temas abordados nos azulejos foram as lendas guaranis. Resultado da influência do movimento indianista, que marcou presença no estilo do Romantismo da literatura brasileira, no final do século XIX. Esse movimento cultural ressaltava o índio como personagem heroico da construção da nacionalidade do país, ao lado da exaltação à natureza. Um dos expoentes desse estilo literário foi José de Alencar, com as suas obras clássicas, Iracema e O Guarani, como notamos nesta imagem abaixo:

(Fig.3)

Isso explica-se devido ao fato da volta temporária do tema “índio” na literatura do Modernismo, na década de 20, desconstruindo o imaginário romântico dado aos nativos, apenas lhes atribuindo a participação na identidade do povo brasileiro. Inspirado no Movimento da Semana de Arte de Vinte dois, na antropofagia cultural oswaldiana, que nos aconselhava alimentarmos culturalmente, das nossas raízes brasileiras.

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Uma questão que podemos comparar com a visão de Barreto (1999}, num artigo para a revista da USP do olhar sobre o outro, no caso dos nativos. Ela ressalta que os primeiros estudos arqueológicos brasileiros provinham de discursos pautados numa visão eurocêntrica, predominante na arqueologia acadêmica, nos espaços museológicos e nos centros de pesquisas. Desde os tempos da colonização, os povos nativos eram vistos por boa parte da sociedade brasileira, como algo exótico. Por isso, o romantismo índigenista na literatura, no mesmo período das pesquisas arqueológicas. Ou seja, a temática indígena apreciada de forma diferente por intelectuais da época. Esse tema artístico dos azulejos baseado na natureza do entorno e dos nativos guaranis, harmonizados com os arabescos mouriscos, naturalmente seguia uma estética europeia. Não podemos esquecer, que os azulejos são artefatos decorativos bem recorrente na cultura do país, devido à identidade da cultura portuguesa no cotidiano brasileiro.Esse gosto refinado retratava bem a cultura da elite brasileira, naquele período. Sobretudo, na região de Teresópolis que era o local de refúgio da classe dominante. Na visão da Secretaria Municipal de Cultura, expresso num documento oficial junto ao processo de Tombamento e Revitalização. Define o estilo arquitetônico do Mirante Guarani, como indefinido. No entanto, verifica-se grande influência mourisca, tanto no que se refere à construção propriamente dita, com cornijas das colunas, tipo cobertura, quanto nos elementos decorativos que o compõem (azulejos, cerâmicas, detalhes construtivos). […] A cobertura tem estrutura de madeira e as telhas originais, tipo canal, também vitrificadas, pintadas de azul, foram substituídas por telhas de barro colonial. O piso, originalmente de cerâmica vitrificada, atualmente é de lajota de pedra […]

Em seu interior existia vestígios, no primeiro bloco, de que foi um chafariz, circundado por bancos de cerâmica. (2013, p.1) A fotografia antiga da página seguinte, ilustra a descrição arquitetônica:

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(Fig.4)

1.1 A atual estética do Mirante Tombado no dia 11 de novembro de 1988, de caráter provisório, e definitivo no ano de 1991, confirmado pela Lei Orgânica Municipal de 1990. Hoje o patrimônio encontra-se em ruínas por ter sofrido uma deteriorização natural, com passar dos anos, isto é, corrosões, desgastes dos azulejos e crescimento da vegetação. Há também, marcas da destruição feitas por humanos. Neste caso, a edificação precisa de restauração urgente. Devido as tais condições físicas, a Associação de Moradores e Amigos da Granja Guarani, AMAGG, resolveu denunciar o abandono deste patrimônio estadual. Por esse motivo, a AMAGG criou um blog da associação na internet, onde eles relatam que muitos azulejos estão deteriorados e outros foram quebrados e uma parte deles está “pixada”, denotando a existência de demarcação de território, feita pelo crime organizado. Exemplo disso, é o que obsevamos na próxima imagem.

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(Fig.5)

Essa luta pela preservação mobiliza moradores e personalidades, como o cartunista e escritor Ziraldo, que esteve no local, ano passado. Visita esta registrada na imprensa local e na coluna do jornalista, Ancelmo Gois, no dia 08 de novembro. Agora, na segunda década do século XXI, trava-se uma luta pela revitalização e conservação do Mirante Guarani. Inclusive, já existe um processo na Secretaria de Municipal de Cultura, com a intenção de realizar o restauro e a revitalização de todo o entorno. Esse cuidado com a restauração desse equipamento, também se deve ao fato de que toda cidade é um organismo. E, como tal deteriora-se e acaba gerando um prejuízo na qualidade de vida de quem vive neste lugar. Como também é uma forma de perder capital econômico. A visão contemporânea de administração pública se baseia na ideia de Desenvolvimento Sustentável, que envolve um conjunto de instituições, tais como: o poder estatal, a comunidade e determinadas organizações sociais. De tal maneira, que os administradores públicos passam a gerir a cidade, fundamentados em propostas democráticas advindas das lacunas originadas num discurso ideológico, e que foram sugeridas pelos atores sociais coadjuvantes., isto é, não é só os administradores públicos que desfrutam de uma posição de gerir a cidade, mas outros atores, como engenheiros, arquitetos, arqueólogos.

Historiadores,

sociólogos,

advogados,

religiosos

(pastores,

padres

etc.),

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empreendedores locias etc. Nesse sentido, todos ajudam a definir soluções práticas para os novos problemas urbanos. 2. Projeto de Revitalização Em virtude do clamor dos moradores, a Secretaria Municipal de Cultura estabeleceu contato com o responsável da área do Mirante Guarani, procurando alertá-lo da importância da preservação da obra. Segundo informações obtidas no órgão municipal, o responsável chegou apresentar um projeto urbanístico da obra, que previa a reforma do atrativo e construção das vias de acesso para visitação. Ou seja, um redesenho do local adaptado às necessidades contemporâneas. O Ministério Público local acertou com o proprietário a doação do patrimônio à Prefeitura, por causa do abandono do bem tombado, num acordo judicial selado em 2011. A área repassada para a municipalidade, abrigará um complexo turístico que, além do mirante contará com uma pequena estrutura física e de paisagismo, ocupando uma área total 1.800 metros quadrados. Cabendo à Prefeitura demarcar, cercar e zelar pela área até que execute o projeto de restauração pelo INEPAC, Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural. Cumprindo a sua parte, o INEPAC reservou uma verba de R$ 500 mil, na ocasião, para ser utilizada no restauro. Ano passado, uma decisão judicial datada de 25 de junho, determinava que a Prefeitura de Teresópolis e o Instituto Estadual do Patrimônio, num prazo de 30 dias, iniciassem as obras do restauro do monumento tombado, o registro e o cercamento da área. O roteiro de luta ainda continuava nesse mês. Numa visita à AMAGG, no final de junho, o secretário Wanderley Peres afirmou que havia recebido um documento com estudos preliminares realizados pelo INEPAC, com vistas aos projetos de restauração do mirante e também o projeto de paisagismo para o entorno do atrativo. Mas, até que o projeto de restauração fosse aprovado e executado, a Prefeitura providenciaria o isolamento do Mirante da Granja Guarani, cuidando de sua limpeza e manutenção. A medida incluía a colocação de um portão no local, controlado pela Guarda Municipal, com o intuito de evitar danos e ações de vandalismo ao patrimônio. Quanto às condições danificadas dos artefatos decorativos do patrimônio, os técnicos estaduais estão buscando restauradores das obras de Colaço, já que são peças únicas e pintadas à mão, que marcaram bem o caráter das obras do artista. A questão era definir que tipo de técnica seria mais adequada para obter o melhor resultado, porque existem técnicas modernas que permitem sua restauração.

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Agora, em 2014, segundo a Secretaria Municipal de Cultura, o INEPAC informou que ainda é preciso abrir uma licitação para contratar um projeto de restauração. Isto transcorre num prazo de 60 dias e, depois deste período será possível começar a obra. A previsão estimada para a execução do projeto é de 90 dias. Já em junho desse ano, o diretor do INEPAC, Paulo Eduardo Vidal, esteve em Teresópolis para vistoriar o lugar, acompanhado pelo secretário de Cultura, Arnaldo Almeida, um historiador e uma arquiteta, além da promotora de Justiça Anaiza Malhardes. Todos eles acompanharão o processo de reforma, que promete abranger não só a construção, mas o terreno de cerca de 1.800 metros quadrados que a abriga. 2.1. Patrimônio concebido como pólo turístico Como trata-se da preservação de um bem material, se faz necessário um estudo arqueológico histórico, recorrendo às fontes documentais, principalmente a planta da edificação e registros fotográficos antigos; além de acompanhar as etapas do restauro. Quando pensa-se em revitalização de um local, inclui-se o turismo se consolidou no mercado brasileiro e vem aos poucos adentrando em áreas antes, somente atinentes à prática científica ou com fins comunitários. O turismo é apresentado como solução de problemas, relativos à conservação patrimonial, restauração arquitetônica, valorização das culturas étnicas e regionais, intercâmbio cultural, investimentos nas cidades históricas etc. Para muitos, o turismo gera emprego e renda, e com a atividade de visitação aos patrimônios, obtém-se melhorias em pelo menos dois pontos. São eles: no espaço físico, pois com a demanda por visitação, faz-se necessário melhorar a infraestrutura de acesso e a conservação interna do patrimônio para a viabilidade, tanto do projeto turístico quanto das pesquisas; e com a valorização dos sítios arqueológicos musealizados (no caso, as edificações patrimoniais), a arqueologia e a museologia ganham reconhecimento e prestígio social e científico. Neste último aspecto, a conjugação entre arqueologia e museologia potencializa a visibilidade nos meios de comunicação e nas comunidades adjacentes aos sítios, fazendo com que a pesquisa arqueológica se torne uma realidade mais palpável, reivindicada não somente pelos profissionais da área, mas também pela sociedade civil que almeja conhecer mais da sua história e culturas residuais. Considerações Finais

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Quando uma área numa cidade começa apresentar efeitos de deteriorização, é porque a cidade está morrendo. E é preciso revitalizar suas partes “esclerosadas”, isto é, dar-lhe nova vida. Esse fenômeno é comum a todas as grandes e médias cidades, de qualquer país. É a situação do Quiosque das Lendas, que está coberto de pichações e plantas trepadeiras, e tem sua estrutura bastante desgastada e salpicada de marcas de tiros. A ciência como tal, não é capaz de produzir um ethos, ou seja uma consciência ética renovada e não surgirá como simples fruto de debates científicos. Mas o que mais impede que as pessoas tenham uma consciência, não é a falta de informações, aliás, estamos vivendo no mundo de congestionamento de informações. Chegamos ficar até confusos, sem saber qual delas devemos seguir. A questão está mais centrada numa conduta ética, ou seja, os indivíduos agem mais levados por um sentimento moralista, onde os valores se confundem e são refletidos em discursos do tipo: “Sempre foi assim..., em todos os lugares é assim...”; longe de uma racionalidade e por sua vez, de uma responsabilidade nos seus atos. Neste caso, as áreas deterioradas, isto é, os “blighted areas” ou “espaços deteriorados”.de uma cidade, juntamente com as outras áreas que apresentam sintoma de degradação ambiental colocam em risco o chamado desenvolvimento sustentável. Porque passa haver um desperdício de recursos naturais e humanos. Nestes últimos incluem, não só os seres humanos, como também as produções culturais criadas pela sociedade, que demarcam um período histórico e toda uma simbologia de um povo. Nesse sentido a ciência e a técnica devem indicar soluções para superar os obstáculos que os homens enfrentam em sua relação com o meio. Assegurando a saúde física e mental, mas também, a segurança dos habitantes. Onde zonas verdes e espaços abertos sejam colocados como prioritários. De forma que a preocupação estética alia-se à satisfação das necessidades sociais. Quando o assunto é reforma, surge-nos a preocupação com as alterações na cultura material, que naturalmente irão ocorrer, até para se adaptar às condições da vida contemporânea. No entanto, os que mais sofrem alterações são o estilo arquitetônico e alguns detalhes escultóricos (baixo relevo, luminárias, vitrais e etc.). Por exemplo, a questão do piso original do Mirante Guarani, que era cerâmica vitrificada e, no momento é uma lajota de pedra. Evidentemente, que os variados tipos de intervenções urbanas possuem conduta positiva, apesar de estarem vinculadas a uma visão de mundo de uma determinada classe social. No entanto, um projeto de desenvolvimento sustentável tem que ser implementado a partir das lacunas que surgem num discurso ideológico. De maneira a atender às necessidades das gerações futuras.

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Diante do exposto no artigo, considerou-se que o museu-sítio é importante dentro de várias perspectivas: social, econômica, conservação patrimonial, intercâmbio cultural. O museu-sítio, além de tornar reconhecível e ilustrável os objetos e a vida das sociedades do passado, permite utilizar a memória como suporte para que a comunicação com os visitantes e estudiosos seja feita da melhor forma possível. A concepção museológica valoriza a memória como eixo de construção de mundos, representação sobre o passado feito a partir das narrativas das pessoas, da linguagem cultural que confere subjetividade e autenticidade aos fatos expostos. Enfim, procurar o máximo possível atingir a sustentabilidade da região. Saindo de um discurso teórico para uma ação prática. De forma que não seja feita uma simples restauração física do monumento. Mas um redesenho, quer dizer, recuperar os traços arquitetônicos originais e dinamizá-los para o momento presente. Referências

ACERVO da Secretaria Municipal de Cultura, Serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Teresópolis,2013. Disponível em: http://teretotal.blogspot.com.br/2013/04/secretaria-decultura-de-teresopolis.html/, acesso em 08 de julho de 2014. AGO, L. M. Do Cabaré ao Lar: a utopia da sociedade disciplinada, Brasil 1890-1930, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. ARAS L. M. B., TEIXEIRA M. G. S. “Os Museus e o ensino de História”. ICHS/UFOP, 2012. Em: /http://.www.ichs.ufop.br/perspectivas/anais/GT1603.htm/, acesso em: 10 de setembro de 2014. BARRETO, C. “A construção de um passado pré-colonial: Uma breve história da Arqueologia no Brasil”. Revista USP, São Paulo, n.44, p. 32-51 dezembro/fevereiro 1999-2000 CARLOS, A.F.A., A cidade, São Paulo, Contexto, 1992. CASTELLS, M. Problemas de Investigação em Sociologia Urbana, Porto, Editorial Presença, 1975. CASTRO, I.E. CORRÊA, R.L. e GOMES, P.C.C. Geografia: Conceitos e temas, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1995 GOFF, J. le.História e memória, Campinas, Ed. UNICAMP, 2003. JHONSON J, Geografia Urbana, Barcelona, Oikos-Taw, 1974. MOURA, A. “Granja Guarani: dias melhores virão”, O Globo Serra, Teresópolis, 27 jun. 2013. Rio, p.4.

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PONTES, H.“Ziraldo e a luta da AMAGG pela restauração do Mirante da Granja Guarani”, O Globo - Lazer&Cia, Teresópolis, 08 nov. 2013, p. 3. Epígrafes Figura 1- Foto digital, Fonte: Acervo da Secretaria Municipal de Cultura de Teresópolis Figura 2 – Imagem da planta antiga scaneada, Fonte: Acervo da Secretaria Municipal de Cultura de Teresópolis Figura 3 - Foto digital, Fonte: Acervo da Secretaria Municipal de Cultura de Teresópolis Figura 4 - Fotografia antiga scaneada, Fonte: Acervo da Secretaria Municipal de Cultura de Teresópolis Figura 5 - Foto digital, Fonte: Acervo da Secretaria Municipal de Cultura de Teresópolis

Obs. Como as imagens foram cedidas pela Secretaria Municipal de Teresópolis, não foi repassada a informação sobre a técnica e, também, sobre os autores.

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