Refletindo sobre o livro didático de ciências: Constatações a respeito das obras adotadas no 5º ano de escolas públicas de Arapiraca-AL

June 7, 2017 | Autor: J. Silva Costa | Categoria: Ensino De Ciências, Análise De Livros Didáticos
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SILVA, Karina Alessandra Pessôa da; FAVALLI, Leonel Delvai. São Paulo: Scipione, 2012.
MOTTA, Cristiane. São Paulo: Edições SM, 2011.
GOULART, Sheila; PORTO, Amélia; RAMOS, Lizia. São Paulo: Ática, 2012.
BOUISSOU, Marta Morais; FONSECA, Márcia Santos; HILDA, Maria de Paiva Andrade. Curitiba: Positivo, 2011.
BERNARDES, Angela de Andrade Gil; FANIZZI, Sueli. São Paulo: FDT, 2011.
BEZERRA, Lia Monguilhott. São Paulo: Moderna, 2011.
Refletindo sobre o livro didático de ciências
Constatações a respeito das obras adotadas no 5º ano de escolas públicas de Arapiraca-AL
Jefferson Silva Costa

Resumo:

A presente pesquisa, se propõe a investigar os livros didáticos de ciências adotados nos 5º anos, em todas as escolas públicas de Arapiraca - AL. Tal análise foi realizada com base num barema avaliativo construído pelo grupo de pesquisadores da UFAL/Arapiraca. Como resultado, é possível observar: uma variedade de livros adotados, a presença de um erros científicos, experimentos e ordem cronológica dos conteúdos. Dessa maneira, é possível afirmar que boa parte dos livros adotados são adequados para os alunos, havendo situações que merecem uma atenção redobrada.

Palavras-chave: Livro Didático; Ensino de Ciências; Ensino Fundamental.

Abstract:

This research aims to investigate the Science textbooks adopted in 5 years, in all public schools in Arapiraca - AL. This analysis was based on an evaluative barema built by the research group of UFAL / Arapiraca. As a result, you can see: a variety of books adopted, the presence of a scientific errors, experiments and chronological order of the contents. Thus, we can say that most of the adopted books are suitable for students, with situations that deserve careful attention.

Keywords: Didactic Book; Teaching of Sciences; Elementary school.



Introdução

Conforme pesquisas realizadas por alguns autores (FERNANDES, 2004; CASSAB, 2012) o livro didático apresenta uma evolução simbólica no decorrer das décadas, passando por uma evolução social, que contribui para seu estabelecimento como o principal material de apoio pedagógico na atualidade.
Nesta perspectiva o livro didático tornou-se o principal suporte para as atividades docentes, graças à "relação entre este material educativo e as práticas constitutivas da escola e do ensino escolar" (MARTINS, 2006, p. 118). Com isso, sua distribuição gratuita é garantida nas escolas públicas de educação básica, sendo esta composta pelo ensino fundamental (I e II) e ensino médio, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9394/96).
De acordo com Martins (2006) a importância do livro didático

é atestada, entre outros fatores, pelo debate em torno da sua função na democratização de saberes socialmente legitimados e relacionados a diferentes campos de conhecimento, pela polêmica acerca do seu papel como estruturador da atividade docente, pelos interesses econômicos em torno da sua produção e comercialização, e pelos investimentos de governos em programas de avaliação (MARITNS, 2006, p. 118).

Com isso, o livro didático surge como uma ferramenta para democratizar o saber científico, proporcionando aos estudantes apropriação desse conhecimento de forma igualitária. Costa (2014, p. 17) destaca que atualmente se cobra da sociedade uma participação mais incisiva por meio da "emissão de opiniões sobre os mais diversos assuntos e temas, dos quais se destacam os assuntos relacionados a ciência".
O autor ainda destaca que essa participação social torna-se inútil caso o sujeito social não possua bases que ofertem suporte a suas opiniões.
Dessa forma, qualquer ferramenta que se proponha ao repasse dos conhecimentos científicos, como vêm a ser o caso do livro didático, deve ser investigada, analisada e aperfeiçoada.
Além dos condicionantes, abordados até então, o livro didático possui forte influência sobre o docente, no que diz respeito a escolha de conteúdos, métodos, e, inclusive, propostas pedagógicas que irão subsidiar suas ações (CASSAB, 2012). Ou seja, a partir do livro didático utilizado um professor pode modificar por completo sua postura dentro da sala de aula, impactando a forma como transmite o conhecimento a seus alunos.
Tais fatores tornam-se ainda mais importantes do ponto de vista do ensino de ciências, uma vez que o livro se configura como um portal para a transmissão de conhecimentos criteriosos, que precisam ser minuciosamente explicados e visualizados para tornarem-se compreensíveis, visto que, em grande parte, os conteúdos de ciências abrangem processos e situações complexas para compreensão dos alunos, sobretudo os discentes de caráter inicial, uma vez que estes compreendem melhor com o suporte de imagens por conta do aspecto abstrato de alguns dos conceitos científicos.
De acordo com Bizzo (1995) e Brasil (2005) apud Martins (2006, p. 119) vários estudos acerca do livro didático de ciências têm documentado graves falhas conceituais e imprecisões metodológicas nesses materiais de apoio pedagógico. Os resultados destes estudos e as avaliações oficiais realizadas pelo Ministério da Educação (MEC) estão contribuindo para a melhoria da qualidade desse material de apoio didático.
Tendo em vista que a disciplina de ciências coloca o discente em contato direto com os conhecimentos científicos acerca do meio em que estão inseridos, estudando conteúdos direcionados ao meio ambiente e saúde, entre tantos outros, sobretudo nas séries inicias do ensino fundamental, a falha deste material de apoio pode causar danos catastróficos ao aprendizado e a compreensão dessas temáticas que são necessárias ao ser humano, contribuindo, conforme destaca Costa (2014), para formação de opiniões equivocadas sobre assuntos relacionados a ciência.
É preciso reconhecer, no entanto, que o livro didático não deve ser utilizado como a única fonte de saber científico. O professor deve utilizar outras fontes de informações e, sobretudo, orientar os alunos para atividades de pesquisa. Desta forma, os alunos poderão ter acesso a outras visões sobre um mesmo conteúdo e informações mais aprofundadas, superando a visão deturpada, trazida por Costa (2014), de que o saber científico é um saber finalizado e acabado, que deve ser apenas assimilado.
Cassab (2012) complementa o pensamento de Costa (2014) alegando que o livro influência na prática pedagógica do professor, que influencia na visão de ciência que é transmitida aos alunos. Dessa forma, um ensino de ciência pautado apenas num livro didático pode transmitir uma visão de ciência completamente equivocada.
Assim, o ensino de Ciências poderá colaborar para formação de jovens questionadores, superando a visão tradicional de ensino que concebe o aluno como "ser passivo, depositário de informações desconexas e descontextualizadas da realidade" (AMARAL e MEGID NETO, 1997 apud NETO e FRACALANZA, 2003).
Com base em tais premissas e alegações, o presente artigo se ocupa de investigar os livros didáticos de ciências utilizados pelas turmas de 5º ano fundamental em escolas da rede pública municipal da zona urbana de Arapiraca-AL.




Materiais e Método

O presente trabalho é resultado de parte das pesquisas desenvolvidas no projeto "Pequenos Pesquisadores: Percorrendo as trilhas da produção do conhecimento em Ciências Naturais nas escolas públicas de Arapiraca", aprovado pelo edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Pesquisa – Ação (PIBIP – Ação), vinculado a Pró-reitoria de Extensão (POREX) e Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPEP) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com vigência de dezembro de 2012 a dezembro de 2013, regulamentado pelo Edital nº 01/2012 PROEX/PROPEP/UFAL. Esta pesquisa esteve, também, vinculada ao grupo de pesquisas registrado no CNPq e certificado pela UFAL intitulado "Práticas de Ensino".
Para desenvolvimento dessa etapa foram realizadas pesquisas de campo, nas escolas públicas municipais da zona urbana de Arapiraca-AL que ofereciam ensino ao 5
º ano, visando o recolhimento de informações acerca do livro didático que utilizavam, por intermédio de um barema para realização das análises. Foram visitadas 23 escolas, totalizando seis livros investigados.
O barema de análise foi construído baseando-se em nos seguintes critérios básicos: (1) a ordem cronológica dos conteúdos, se estes possuem uma ordem coerente; (2) a presença de figuras ou esquemas que auxiliem o entendimento e que estejam de acordo com a faixa etária do público alvo; (3) se há proposição de experimentos ou pesquisas que promovam um maior aprofundamento sobre os conteúdos estudados, (4) o uso de analogias que facilitem o aprendizado e (5) presença de erros ortográficos ou científicos no livro e o tipo de linguagem utilizada se esta é clara, objetiva e desperta o senso crítico dos alunos.
Vale destacar que alguns desses critérios foram construídos com base na pesquisa de Neto e Fracalanza (2003).

Resultados e Discussão

Foi constatado que nas escolas municipais da zona urbana de Arapiraca-AL são utilizados seis livros didáticos de Ciências para desenvolver suas atividades nas turmas de 5º anos do ensino fundamental. Para vias de conhecimentos os livros encontrados foram: "A escola é nossa", "Ciências: Aprender Juntos", "Hoje é dia de Ciências", "Porta Aberta - Ciências", "Ciências – Projeto Buriti" e "Asas Para Voar – Ciências".
Dentre os seis livros, cinco apresentam ordem lógica de capítulos (ver tabela 1), começando por conteúdos que servem de base para os próximos, por exemplo: o estudo das células é anterior ao estudo dos sistemas do corpo humano.
A ordem lógica dos capítulos é um critério importante, uma vez que, segundo pesquisas (CASSAB, 2012; THOMAZI e ASINELLI, 2009; CASTRO, TUCUNDUVA e ARNS, 2008; e outros), os professores se utilizam do livro didático para guiar-se, tanto no sentido de quais conteúdos trabalhar, como na ordem em que vai trabalha-los em sala de aula.
Ou seja, muitos docentes substituem o planejamento pela escolha de um livro didático, o que vem a ser um grave erro. Porém, muitos professores, conforme destacam Thomazi e Asinelli (2009) não apresentam tempo disponível para realização de um planejamento de suas aulas, sobretudo aqueles com maior tempo de serviço, restando ao livro didático tal responsabilidade.
Com isso, cabem análises na direção da organização dos conteúdos do livro didático, afim de minimizar a problemática, funcionando como um paliativo para o problema.
Todos os livros apresentam gravuras nas diferentes seções. Não foram encontradas imagens com conteúdo possivelmente inapropriado para crianças. A grande maioria das imagens eram coloridas e tinham como objetivo ajudar o entendimento de um conceito.
As imagens são "elementos chave do processo de ensino-aprendizagem de todas as áreas do conhecimento e de todos os níveis escolares" (PICCININI, 2012, p. 150). Com isso, sua utilização em sala de aula, sobretudo no livro didático de ciências das séries iniciais é indispensável para proporcionar a compreensão do conteúdo abordado, fazendo com que o livro possua um "texto hibrido semiótico" (MARTINS, 2007 apud PRALON, 2012, p. 162).
Contudo, Piccinini (2012) e Pralon (2012), destacam que a atribuição de significados, por parte dos discentes, a uma imagem e/ou fotografia trazida por um livro didático podem ser as mais diversas possíveis, uma vez que, em geral, o livro se utiliza esquemas/imagens mais simplificados e analógicos. Com isso, o papel do professor constitui-se como fundamental para que as imagens presentes no livro didático atinjam seus objetivos e transmitam o conhecimento científico correto.

Tabela 1: Caracterização dos livros de acordo com sua estrutura e organização.
Livro
Critérios considerados

A
B
C
D
I
Sim
Sim
Em partes
Sim
II
Não
Sim
Não
Não
III
Sim
Sim
Sim
Sim
IV
Sim
Sim
Sim
Sim
V
Sim
Sim
Sim
Na maioria
VI
Sim
Sim
Sim
Não
Notas: Critérios e suas respectivas letras:
A – Ordem Cronológica de Conteúdos;
B – Presença de esquemas e Figuras nos Capítulos;
C – Presença de Experimentos e Atividades de Pesquisa;
D – Atividades Extras nos Capítulos.
Livros e seus respectivos números:
I – A Escola é Nossa;
II – Ciências: Aprender Juntos;
III – Asas para Voar Ciências;
IV – Porta Aberta Ciências;
V – Ciências: Projeto Buriti;
VI – Hoje é Dia de Ciências.
Com relação às experiências, os seis livros apresentam procedimentos experimentais e atividades de pesquisas em mais da metade de seus capítulos (ver tabela 1).
Mori (2009) destaca que a presença da experimentação tem um papel crucial no livro didático, uma vez que está visa auxiliar o professor no desenvolvimento de atividades práticas na sala de aula. Com isso o autor destaca que o ensino experimental é essencial ao ensino de ciências. Contudo, de acordo com outros autores (FABRI et al, 2010; VARELA e SÁ, 2012; e outros), muitos professores não possuem oportunidades de uma formação voltada para este âmbito na graduação, sobretudo os professores de 5º ano fundamental que são graduados em pedagogia. Dessa forma, a presença de procedimentos experimentais nos livros didáticos possui um papel indispensável na sala de aula.
Um dos exemplos de experimentos que observamos em um dos livros foi o seguinte:

A importância da água

Materiais:
1 tablete de fermento biológico fresco;
Meio copo de água morna;
2 colheres de chá de açúcar;
2 recipientes transparentes secos;
2 colheres;
2 etiquetas.

Como Fazer:
1 – Numere as etiquetas e cole-as nos potes;
2 – Coloque a água no primeiro pote;
3 – Dissolva 1 colher de açúcar e metade do fermento na água. Mexa bem até o açúcar dissolver-se totalmente;
4 – No pote 2, misture bem o resto do açúcar e do fermento. Use a outra colher;
5 – Deixe os dois potes descansarem por 15 minutos em um lugar aquecido;
6 – Observe o que aconteceu. (Experiência extraída de uma dos livros analisados).

Como é possível observar na experiência transcrita, os materiais solicitados são de fácil acesso para os alunos, o que facilita a realização da experiência, destacando que não adianta apenas o livro possuir experimentos se estes são de complicada realização em sala de aula.
Um outro fator a ser destacado, conforme trazem Ferreira e Selles (2004), são a presença de procedimentos experimentais equivocados em livros didáticos. Dessa forma se fazem necessária uma análise dos professores antes da execução dos experimentos presentes nos livros didáticos utilizados em sala.
Vale destacar que logo após os procedimentos experimentais, sobretudo o transcrito, eram visíveis questionamentos com o objetivo de direcionar a observação dos alunos e facilitar a compreensão do processo experimental.
Atividades extras estão presentes em dois terços dos livros, enquanto adendos estão ausentes em apenas um. Entre os adendos mais frequentes estavam glossários, com significados de algumas palavras mais complicadas presentes no livro, e lista de livros e sites que poderiam ser visitados pelos alunos para complementar o seu aprendizado.
Em metade dos livros analisados (ver tabela 2), foi encontrado o uso de analogias para facilitar a compreensão dos conteúdos. Tais resultados são similares as pesquisas de Hoffmann e Scheid (2007), a qual também mostra uma ocorrência significativa de analogias em livros didáticos investigados.
Segundo Hoffmann e Scheid (2007) as analogias são comumente utilizadas em livros didáticos no intuito de facilitar a compreensão do conhecimento científico através de conhecimentos mais familiares aos alunos.
Em um dos livros, foi encontrado um erro científico, em que o livro afirma que o vírus da AIDS, o HIV, não é transmitido via transfusão sanguínea.
Segundo Langhi e Nardi (2007) é comum a presença de erros científicos nos livros didáticos, em especial do ensino fundamental. Com base nisso as pesquisas na área visão subsidiar a ação do professor, afim de amenizar a problemática.
Vale destacar que a transmissão de erros científicos no ensino fundamental ocasionam problemas nos níveis posteriores, conforme destacam Langhi e Nardi (2007) e Costa (2014), uma vez que o aluno terá que passar por um processo de desconstrução de um conhecimento equivocado para, posteriormente, assimilar o conceito científico correto.
Em se tratando da temática saúde e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) um erro científico deve ser considerado grave, tendo em vista a extrema necessidade de conscientização dos alunos a respeito desta temática, acabando com preconceitos e contribuindo para prevenção das DSTs.
Todos os livros estimulam discussões utilizando curiosidades envolvendo fatos do cotidiano.
O fator mencionado torna-se importante, uma vez que, o aprendizado em ciências, e junto o ensino dela, tem como meta dar sentido ao mundo que rodeia os sujeitos sociais, entendendo o sentido do conhecimento científico e sua relação com o cotidiano (POZO e CRESPO, 2009). Dessa forma, a relação entre o que traz o livro didático e o contexto social do aluno tornar-se uma ferramenta necessária para um bom material de apoio didático.

Tabela 2: Caracterização dos livros de acordo com a linguagem utilizada nos material didático.
Livro
Critérios Considerados

E
F
G
H
I
Sim
-
Sim
Sim
II
Não
Não
Sim
Sim
III
Sim
Não
Sim
Sim
IV
Sim
Não
Sim
Sim
V
Não
Não
Sim
Sim
VI
Não
Sim
Sim
Muito Rebuscada
Notas: Critérios e suas respectivas letras:
E – Presença de Analogias;
F – Erros Científicos;
G – Linguagem Estimula o Senso Crítico;
H – Linguagem Clara.
Livros e seus respectivos números:
I – A Escola é Nossa;
II – Ciências: Aprender Juntos;
III – Asas para Voar Ciências;
IV – Porta Aberta Ciências;
V – Ciências: Projeto Buriti;
VI – Hoje é Dia de Ciências.

Com relação ao nível da linguagem, alguns dos livros possuíam termos técnicos sem explicações mais simples. Em um deles, o exemplar do professor, solicitava ao docente que explicasse os termos possivelmente complicados para compreensão dos alunos.
A maioria dos estabelecimentos indicaram que o livro didático adotado pela rede municipal de ensino de Arapiraca – AL, seria a coleção "A Escola é Nossa". De acordo com as respectivas direções, essa escolha se deu através de um processo de votação, que foi realizada entre os professores de todas as escolas da rede municipal. Porém, como observado em nossa pesquisa, outros livros também figuram entre os utilizados pelas escolas municipais da cidade.
Nas escolas que utilizavam coleções diferentes de "A Escola é Nossa", os docentes alegaram desconhecer essa padronização do livro didático, afirmando que o material foi escolhido pelo diretor da instituição, e, em alguns casos, a escolha foi realizada por um conselho de professores dentro da instituição.

CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos conclui-se que os livros didáticos utilizados pela rede pública de Arapiraca são, em maioria, adequados aos alunos, propondo atividades que incitam o seu desenvolvimento, contudo ainda há situações que necessitam ser revistas e corrigidas, para garantir a aprendizagem dos discentes.

REFERÊNCIAS


BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF.

BIZO, N. Mais ciência no ensino fundamental: metodologia do ensino em foco. São Paulo: Editora do Brasil, 2009.

CASSAB, M. A problemática da seleção do livro didático de Ciências: por que discutir a linguagem do livro didático? In.: MARTINS, I.; GOUVÊA, G.; VILANOVA, R. [Eds.]. O livro didático de Ciências: contextos de exigência, critérios de seleção, práticas de leitura e uso em sala de aula. Rio de Janeiro:[s.n.], 2012. p: 29 – 42.

CASTRO, P. A. P. P.; TUCUNDUVA, C. C.; ARNS, E. M. A importância do planejamento das aulas para organização do professor em sua prática docente. Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008.

COSTA, J. S. Interação social e construtivismo no ensino de ciências: um estudo de caso acerca da evolução dos conhecimentos prévios dos alunos do ensino fundamental sobre o sistema circulatório humano. 2014. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura) – Universidade Federal de Alagoas. Câmpus de Arapiraca, Alagoas, Arapiraca, 2014.

FABRI, F. et al. Concepções de professores sobre o ensino de ciências nas séries inicias. In.: Simpósio Nacional de Ensino de Ciências e Tecnologia, 2., 2010. Anais... Paraná: UTFPR, 2010.

FERNANDES, A. T. C. Livros Didáticos em Dimensões Materiais e Simbólicas. Educação e Pesquisa, v. 30, n. 3, p. 531-545, set.-dez, 2004.

FERREIRA, M. S.; SELLES, S. E. A produção acadêmica brasileira sobre livros didáticos em ciências: uma análise em periódicos nacionais. In.: MOREIRA, M. A. [Org.]. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 4., 2003. Atas IV ENPEC. Bauru: ABRAPEC, 2003.

HOFFMANN, M. B.; SCHEID, N. M. J. Analogias como ferramenta didática no ensino de biologia. Ensaio em Pesquisa em Educação em Ciências, v. 9, n. 1, 2007.

LANGHI, R., NARDI, R. Ensino de astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1, p. 87-111, abr. 2007.

MARTINS, I. Analisando livros didáticos na perspectiva dos Estudos do Discurso: Compartilhando Reflexões e Sugerindo uma Agenda para a Pesquisa. Pro-Posições, v. 17, v. 49, n. 1, jan.-abr, 2006.

MORI, R. análise de experimentos que envolvem química presentes nos livros didáticos de ciências de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental avaliados no PNLD/2007. 2009. Dissertação (Mestrado em Físico-química) – Universidade de São Paulo. Instituto de química de São Carlos, São Paulo, São Carlos, 2009.

NETO, J. M.; FRACALANZA, H. O Livro Didático de Ciências: Problemas e Soluções. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, p. 147-157, 2003.

PICCININI, C. L. Imagens no ensino de Ciências: uma imagem vale mais do que mil palavras? In.: MARTINS, I.; GOUVÊA, G.; VILANOVA, R. [Eds.]. O livro didático de Ciências: contextos de exigência, critérios de seleção, práticas de leitura e uso em sala de aula. Rio de Janeiro:[s.n.], 2012. p: 147 – 158.

POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. Aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

PRALON, L. Imagem e produção de sentido: as fotografi as no livro didático. In.: MARTINS, I.; GOUVÊA, G.; VILANOVA, R. [Eds.]. O livro didático de Ciências: contextos de exigência, critérios de seleção, práticas de leitura e uso em sala de aula. Rio de Janeiro:[s.n.], 2012. p: 159 – 170.

THOMAZI, A. R. G.; ASINELLI, T. M. T. Pratica docente: considerações sobre o planejamento das atividades pedagógicas. Educar, Curitiba, n. 35, p. 181-195, 2009.

VARELA, P.; SÁ, J. Ensino experimental reflexivo das ciências: uma visão critica da perspectiva piagetiana sobre o desenvolvimento do conceito de ser vivo. Investigações em Ensino de Ciências, v. 17, n. 3, p. 547 – 569, 2012.


LIVROS ANALISADOS

BERNARDES, A. A. G.; FANIZZI, S. Ciências – Projeto Buriti. São Paulo: FDT, 2011.
BEZERRA, L. M. Asas para Voar – Ciências. São Paulo: Moderna, 2011.

BOUISSOU, M. M.; FONSECA, M. S.; HILDA, M. P. A. Porta Aberta - Ciências. Curitiba: Positivo, 2011.

GOULART, S.; PORTO, A.; RAMOS, L. Hoje é Dia de Ciências. São Paulo: Ática, 2012.
MOTTA, C. Ciências: Aprender Juntos. São Paulo: Edições SM, 2011.

SILVA, K. A. P.; FAVALLI, L. D. A Escola é Nossa. São Paulo: Scipione, 2012.






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