Reflexões sobre conceitos de música e cultura no universo do blues em Salvador

June 13, 2017 | Autor: Eric Hora | Categoria: Music, Ethnomusicology, Brazil, Blues, Salvador
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Reflexões sobre conceitos de música e cultura no universo do blues em
salvador


Eric Hora Fontes Pereira[1]
Laila Rosa[2]

Resumo: O presente artigo reflete sobre abordagens dos conceitos de música
e cultura, estabelecendo referências a considerações de autores importantes
no curso da Etnomusicologia. A partir destas, proponho uma breve
contextualização destes conceitos com a prática do blues na cidade de
Salvador, dando ênfase para os processos de apropriação e a ressignificação
que se fazem presentes na trajetória e representação deste segmento em
contexto soteropolitano.

Palavras-chave: Blues, Salvador, música, cultura, Etnomusicologia.

Há algumas décadas, discussões a respeito dos conceitos de música e
cultura vêm adquirindo novas feições e sucessivamente contextualizando-se
com novas inquietações de estudiosos de áreas como a antropologia, a
etnomusicologia e a musicologia.
Como um dos pilares da etnomusicologia na segunda metade do século XX,
Alan Merriam define a área de conhecimento como "o estudo da música na
cultura", conferindo destaque à influência de aspectos contextuais no que
se entende enquanto música. O autor propõe seu modelo de análise baseado em
três níveis, sendo eles a conceituação sobre a música, o comportamento em
relação à mesma e o som da música por si só (MERRIAM, 1964, p. 32).
Ainda no contexto dos referenciais trazidos da antropologia para o
campo da etnomusicologia, John Blacking propõe uma abordagem sobre a
conceituação e estudo da música enquanto indissociáveis de aspectos
inerentes ao ser humano. Neste sentido, o autor discute, por exemplo,
abordagens da psicologia da música que, segundo o próprio, naturalizam o
entendimento das relações entre música e ser humano, desprezando a
relevância dos fatores culturais neste processo (BLACKING, 1974).
Expandindo nossas reflexões a partir de outro pilar importante no
curso da etnomusicologia, Bruno Nettl traz importantes problematizações
sobre o conceito de música, permeadas por reflexões em contextos práticos
vividos pelo autor e diálogos que visam à desconstrução deste conceito
quando tomado sob bases vinculadas às visões canônicas ocidentais. Estas,
segundo o autor, culminam em conclusões de cunho simplista e etnocêntrico,
que ignoram alteridades e possibilidades de se fazer música envolvendo
outros tipos de relações e representações.
Segundo Nettl, a ausência de um termo geral para música não
necessariamente significa que não exista conceito de música, mas a maneira
na qual os termos aparecem no discurso sobre música pode nos dizer algo
sobre a configuração do conceito[3] (NETTL, 2005, p. 21).
Até aqui, parece claro que considerações sobre a relação dialógica
entre os conceitos de música e cultura foram recorrentes ao longo dos anos
nos campos da antropologia e, consequentemente, da etnomusicologia, sendo a
diversidade de sistemas fruto das interações entre estes conceitos em
contextos variados uma espécie de consenso entre os autores, embora cada um
deles forneça abordagens que trilham caminhos específicos de análise.
No que tange aos anseios mais recentes destas discussões,
considerações sobre performance, ética nas pesquisas de campo, questões
inerentes a músicas nos grandes centros urbanos, influência da mídia e de
desenvolvimentos na tecnologia, identidades, interfaces com diversas
matrizes de desigualdade como raça, classe, etnia, sexualidade e gênero, só
para citar alguns pontos, vêm ganhando espaço e consequentemente ampliando
o campo das análises das interlocuções entre música e cultura.
Adiante, retornaremos a refletir sobre algumas destas questões por
meio de relações diretas destas com categorias observadas sobre a prática e
trajetória do blues na cidade de Salvador, tema de minha pesquisa de
Mestrado em Etnomusicologia (UFBA), ainda em andamento.

Blues em Salvador

No que se refere ao seu surgimento, o blues teve como contexto
primário as work songs (canções de trabalho) entoadas por negros
escravizados nas lavouras de algodão no sul dos Estados Unidos, que
consistiam em manifestações permeadas por árduas jornadas de trabalho e
sofrimento decorrentes do processo de escravização, no início do século
XIX.
Roberto Muggiati revela aspectos deste processo no qual os brancos
cerceavam qualquer coisa que representasse, em seu entendimento, código
para incitar rebeliões. Desta forma, instrumentos de percussão e sopro eram
proibidos, restando a voz como instrumento principal, cadenciada com a
batida das ferramentas de trabalho (MUGGIATI, 1995, p. 9). Incorporando
elementos dos spirituals (canções gospel norte americanas), o blues passou
a ser reconhecido como tal possivelmente no início do século XX (HOBSBAWM,
1989).
Com a intensificação dos processos migratórios nos Estados Unidos e o
advento das gravações, o blues torna-se presente em diversos contextos
urbanos e serve de inspiração para o surgimento e posterior disseminação de
gêneros musicais como o jazz e o rock. Mediante a influência dos processos
de globalização e dos meios de comunicação[4], o blues chega até o Brasil
diluído nestes gêneros musicais, embora sua disseminação mais intensa tenha
se dado através do rock, calcado na influência dos grupos ingleses dos anos
60. Dentro desse universo – embora não tenha sido o pioneiro – pode-se
destacar o movimento da Jovem Guarda.
O blues tem suas primeiras manifestações no Brasil realizadas através
de artistas como André Christovam (São Paulo) e Blues Etílicos (Rio de
Janeiro) a partir dos anos 80, encabeçando um processo de crescimento do
interesse pelo gênero musical no país.
A respeito do contexto da apropriação desta prática, Roberto Muggiati
define as primeiras bandas de blues do Brasil como sendo formadas por
jovens brancos de classe média saturados do rock e que não conseguiam
encontrar na MPB uma identificação para seus anseios e seu estilo de vida
(MUGGIATI, 1995, p. 191).
Em Salvador, Bahia, surge em 1989 o grupo Blues Anônimo como primeiro
grupo assumidamente de blues no estado, formado por Álvaro Assmar – meu pai
– (guitarra e voz), Octávio Américo (baixo) e Raul Carlos Gomes (bateria).
A partir dos anos 90, diversos outros artistas despertam interesse pelo
gênero musical na cidade, resultando na formação de diversos grupos e, como
marco importante neste processo, surge o bar Atelier, que se tornou um
reduto valioso para a prática musical e congregação de pessoas que
carregavam o interesse comum pelo blues.
Em um curto documentário filmado por Vinícius Lago e disponibilizado
no YouTube através do portal Balcão do Músico[5], os músicos Álvaro Assmar
e Mário Dannemann comentam sobre a trajetória do Atelier, destacando a
influência do espaço como agregador de músicos, público e precursor do
movimento blues em Salvador.
Desta forma, o bar, que sediava apresentações de blues regularmente,
tornou-se um espaço viável para trocas de experiências e diálogos entre
entusiastas deste gênero musical. No que diz respeito a localizações, é
válido considerar a perspectiva de Gilberto Velho, no momento em que
destaca o estudo de bairros, áreas da cidade, locais e espaços em que a
organização e a sociabilidade são exercidas como um dos campos de pesquisa
mais importantes no campo da antropologia urbana recente (VELHO, 2009).
Tendo o Atelier como referência desta prática musical na cidade,
diversos músicos se identificaram com a música do blues e deram início a
novos trabalhos, resultando, em primeiro momento, em apresentações no bar
(que, segundo os depoimentos dos músicos no vídeo supracitado, angariava a
cada noite um enorme número de pessoas movidas pelo interesse em ouvir
blues) e, consequentemente, na demanda de outros espaços por sua música.
O grupo Talkin' Blues, que, por determinado período, apresentou-se
semanalmente no Atelier, é um exemplo deste processo, tendo realizado, ao
longo de sua trajetória, diversas apresentações pela cidade e gravado o
álbum independente "Tua Face"[6], lançado em 1996. O registro reúne
interpretações de clássicos de blues, versões bluesy para clássicos de
compositores da MPB e composições próprias do grupo.
O Atelier, que fechou as portas no ano de 1996, foi idealizado por
Maurício Simões, entusiasta do blues, movido pela ideia de criar um espaço
diferente que acolhesse a prática deste gênero musical na noite
soteropolitana. Ao batizar o bar, Maurício decidiu homenagear seu avô, o
artista Presciliano Silva, pois no mesmo imóvel (pertencente a esta família
até os dias de hoje) funcionava o atelier no qual o mesmo trabalhou.
Situado na Rua Boulevard Suíço, no bairro de Nazaré, em Salvador, o
bar era, segundo Mário Dannemann novamente em trecho do documentário já
citado, completamente fora de rota das típicas opções de lazer (de um
público de classe média, em maioria[7]) na noite soteropolitana e, ainda
assim, atraía um grande público – levando-se em consideração as dimensões
do espaço – interessado na música que se fazia a cada noite.
Com a adesão de um determinado número de artistas e público ao blues a
partir de vivências proporcionadas pelas noites no Atelier, conforme
mencionado acima, outros espaços passaram a requisitar shows de blues e os
grupos e artistas deram continuidade a seus trabalhos, que resultaram em
composições, gravações, apresentações em bares, teatros, festivais,
encontros de artistas, etc.
A partir de 1999, o projeto Wednesday Blues, idealizado e coordenado
por Álvaro Assmar e Adalgisa Oliveira, trouxe, em seus cinco anos de
duração, apresentações de diversos artistas locais e de outros estados para
o espaço do Teatro ACBEU, no Corredor da Vitória, se configurando como um
outro espaço agregador de entusiastas deste segmento musical, agora em um
teatro.
Através de um vídeo[8] que reúne os melhores momentos da edição de
2003 do festival (que durante seus três últimos anos de existência teve
suas imagens veiculadas para todo o estado pela TVE Bahia), disponibilizado
por Assmar no YouTube, o músico e produtor comenta a importância da
iniciativa de se trazer o blues para o teatro, no sentido de atrair a
atenção de pessoas especificamente interessadas em ouvir atrações do estilo
e de profissionalizar a prática musical destes artistas.
Após o encerramento das atividades do Wednesday Blues, consequência da
falta de patrocinadores para a realização de seu sexto ano, Salvador perdeu
esta referência na prática do gênero musical. Contudo, apesar das condições
financeiras limitadas envolvidas nas produções e de não usufruir de grande
espaço nos principais veículos de mídia da cidade (fato comum a diversos
segmentos que não circulam no mainstream), a cena blues persiste e novos
artistas, espaços, gravações e encontros vêm assumindo seu espaço ao longo
dos anos, alimentando os anseios de uma minoria que realmente encontra
identificação com esta música.

Música, cultura, blues

No que concerne ao entendimento dos conceitos de música e cultura em
categorias ligadas ao meu universo de pesquisa, os relatos acerca do
contexto de surgimento e desenvolvimento da prática do blues na cidade de
Salvador suscitam determinadas observações e reflexões. De maneira distinta
em relação às suas origens nos Estados Unidos, o blues em Salvador, desde o
princípio, foi representado em maior parte por brancos de classe média.
Tal fato pode ser explicado pelo contexto de apropriação desta
identidade musical, que, conforme já citado, teve como importante "porta de
entrada" a chegada do rock ao Brasil através da influência desigual dos
processos de globalização e dos meios de comunicação. Estes últimos, de
difícil acesso para as classes menos favorecidas, consequentemente eram
mais comuns para a classe média, representada por uma minoria branca na
cidade de Salvador, cujo poder aquisitivo mais elevado viabilizava a compra
de equipamentos de rádio e televisão, além de discos nacionais e
importados. Aliados a este aspecto, fatores como o interesse por inovação e
a identificação musical e identitária com o rock veiculado nas mídias podem
estar associados a esta apropriação.
O fato de ter sido praticado, ao longo de seus anos de existência, por
um segmento hegemônico em termos sociais e raciais (dado o contexto de
Salvador) e de ter sido apresentado regularmente em bares e casas de shows
frequentados em maior parte por um público desse perfil[9], além de outras
questões, faz com que o blues em Salvador se restrinja a pequenos nichos de
público, o que consequentemente pode não torná-lo correspondente às
expectativas de retorno econômico de eventuais patrocinadores em suas
iniciativas.
Embora não seja o propósito desse curto texto o desenvolvimento destas
complexas questões, estes são traços úteis para nos ambientar sobre
configurações dos conceitos de música e cultura no universo do blues de
Salvador. Cabe também considerar que, em função da carência de iniciativas
e espaços para sua prática musical, os artistas que se propõem a viver
desta música encontram dificuldades neste sentido.
Para além deste tópico, diversos segmentos minoritários – dentre os
quais incluo o blues – têm de encarar a escassez de um digno respaldo
financeiro para a prática de suas músicas dentro da realidade da indústria
cultural em Salvador, por figurarem no campo artístico da chamada música
alternativa. Este aspecto também redefine as conceituações em foco neste
artigo dentro deste universo musical.
Sobre as considerações de Merriam, Nettl e Blacking expostas na seção
inicial deste texto, embora tenham sido cunhadas diante de um contexto de
consolidação conceitual da disciplina da etnomusicologia[10], julgo-as
válidas e ainda atuais para viabilizar outras reflexões sobre o conceito de
música e cultura dentro da esfera de apropriação e ressignificação do blues
em Salvador.
Desta forma, pensar sobre este universo implica em, sobretudo,
dialogar com os discursos de seus protagonistas sob aspectos como
raça/etnia, relações de gênero, sexualidade, classe, além dos processos de
apropriação desta identidade musical. Nesse ínterim, Bauman reflete sobre a
"realidade primária" atual da cultura como vinculada à mobilidade,
desarraigamento e pontua que identidades culturais distintas só podem
emergir como resultados de uma longa cadeia de "processos secundários" de
escolha, retenção e recombinação seletivas (BAUMAN, 2012, p. 69). Estes
"processos secundários", relacionados a noções de identidade cultural na
pós-modernidade (HALL, 2006), se conectam com o processo de apropriação do
blues na cidade e a identificação destes indivíduos com esse universo,
produzindo novos discursos e significados.
Então, os conceitos de música e cultura dialogam com a trajetória da
prática do blues em Salvador de modo que são moldados a partir de
interlocuções, experiências vivenciadas e interfaces estabelecidas entre
músicos, público, críticos, mídias, empresários, espaços (públicos e
privados), dentre outros fatores. Recorrendo novamente ao trecho de Nettl
já mencionado nos parágrafos iniciais deste texto, a maneira como os termos
aparecem no discurso sobre a música pode nos dizer algo sobre a
configuração deste conceito (NETTL, 2005, p. 21). Considero que esse
"aparecimento" está diretamente associado ao fruto destas relações
dialógicas.
Ainda dentro do universo do blues em Salvador, considero pertinente a
sua compreensão a partir da ideia de "cena musical" abordada por Jeder
Janotti e Victor Pires, quando definem o termo enquanto a materialização
das expressões musicais no tecido urbano, a partir da criação de um mercado
segmentado, envolvendo a operação de diversas lógicas e interações entre
bandas, público, jornalistas, produtores culturais e outros atores que
fazem parte do processo, além de outras práticas musicais (JANOTTI e PIRES,
2011). Tal referencial é válido para se refletir sobre a cena do blues
inserida na cena da música alternativa na cidade.
A compreensão dos conceitos de música e cultura dentro do universo do
blues em Salvador se dá mediante reflexões sobre os diversos aspectos que
configuram a cena desta prática musical, com suas representações de
identidade, étnico-raciais, de classe, de gênero e de sexualidade, conforme
já pontuado. As sonoridades do blues local, ligadas à apropriação
viabilizada pelo contato inicial com o rock[11], são fruto das categorias
que envolvem estes conceitos na referida cena.
Sobre a minha perspectiva dentro desta cena, como guitarrista e filho
de um músico de blues soteropolitano, tive um contato intenso com a prática
deste gênero musical na cidade desde a minha infância, tornei-me músico e,
como mestrando em etnomusicologia, busco trazer essa noção dialógica para a
minha pesquisa sobre o blues local.
Enquanto sujeito que faz parte deste universo, é imprescindível
considerar a minha perspectiva de fala dentro do mesmo. A abordagem de
"conhecimento situado", proposta por Donna Haraway a partir de
epistemologias feministas (HARAWAY, 1995), é um importante referencial em
minhas pesquisas, reconhecendo o local de fala e as subjetividades do eu
político como capazes de produzir um conhecimento válido e a partir daí,
viabilizar o diálogo com as comunidades pesquisadas. O professor Tiago
Pinto relata que a experiência da Etnomusicologia no Brasil "começa a
apresentar exemplos em que o saber do pesquisador leva ao auto-
reconhecimento e mesmo a uma forma de "autopesquisa" de determinados
grupos" (PINTO, 2008, p. 10).
Proponho uma união entre estas abordagens e os conceitos de música e
cultura aqui elucidados de modo a estimular a produção de conhecimentos com
a cena do blues em Salvador, tendo em vista uma percepção mais aprofundada
sobre seus discursos e sujeitos. Busquei aqui abordar estes conceitos a
partir de uma perspectiva etnomusicológica, para pensar sobre os processos
de ressignificação e apropriação do blues em Salvador, bem como sobre a
cena em que este está inserido. Desejo que esta iniciativa,
consequentemente, proporcione outros estudos e olhares sobre aspectos deste
universo rico e ainda tão pouco discutido.

REFERÊNCIAS

ASSMAR, Álvaro. Projeto Wednesday Blues 2003 – Melhores momentos.
Disponível em: . Acesso em 25
jun. 2012.

BALCÃO do Músico. Breve História do Atelier: Templo do Blues na Bahia nos
anos 90. Disponível em: .
Acesso em 25 jun. 2012.

BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Trad. Carlos Alberto
Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

BLACKING, John. How musical is man? Washington: University of Washington
Press, 2ª ed., 1974.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad: Tomaz Tadeu
da Silva e Guacira Lopes Louro. 11 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

HARAWAY, Donna. "Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo
e o privilégio da perspectiva parcial." In: Cadernos Pagu (5) 1995, p. 07-
41.

HOBSBAWM, Eric J. História social do jazz. Trad: Angela Noronha. São Paulo:
Paz e Terra, 1989.

HORA, Eric. "Paisagens sonoras do blues em Salvador: representações e
considerações." In: Anais do III Encontro Regional Nordeste / I Encontro
Regional Norte da ABET. Salvador: 2012. Disponível em:
https://dl.dropbox.com/u/25092535/Anais%20ABET%202012.pdf

JANOTTI Jr, Jeder; PIRES, Victor de Almeida Nobre. "Entre os afetos e os
mercados culturais: as cenas musicais como formas de mediatização dos
consumos musicais." In: Dez anos a mil: Mídia e Música Popular Massiva em
Tempos de Internet. JANOTTI Jr, Jeder Silveira; LIMA, Tatiana Rodrigues;
PIRES, Victor de Almeida Nobre (orgs.). Porto Alegre: Simplíssimo, p. 8-22,
2011.

MERRIAM, Alan P. The Anthropology of Music. Northwestern University Press,
1964.

MUGGIATI, Roberto. Blues da lama à fama. São Paulo: Ed. 34, 1995.

NETTL, Bruno. The Study of Ethnomusicology: Thirty-one Issues and Concepts.
Urbana and Chicago: University of Illinois Press, 2nd ed, 2005.

PINTO, Tiago de Oliveira. "Etnomusicologia: da música brasileira à música
mundial." In: Revista USP, São Paulo, n.77, p. 6-11, 2008.

TALKIN' Blues. Tua Face. Salvador: Independente, 1996, 1 CD (ca. 46 min).

VELHO, Gilberto. "Antropologia urbana. Encontro de tradições e novas
perspectivas." In: Sociologia, problemas e práticas. n. 59, 2009, p. 11-18.

VLADI, Nadja. Blues Anônimo na Zouk Santana. Jornal da Bahia. Salvador: 17
dez. 1989.
-----------------------
[1] Mestrando em Etnomusicologia - UFBA. [email protected]
[2] Professora Adjunta do PPGMUS - UFBA. [email protected]
[3] "The absence of a general term for music doesn't necessarily mean that
there's no music concept, but the way in which terms appear in discourse
about music may tell us about the configuration of the concept."
[4] Válido pontuar que estes processos de globalização se deram de forma
desigual, privilegiando, em maior parte, uma classe média branca,
minoritária no país.
[5] BALCÃO do Músico. Breve História do Atelier: Templo do Blues na Bahia
nos anos 90. Disponível em: .
Acesso em 25 jun. 2012.
[6] TALKIN' Blues. Tua Face. Salvador: Independente, 1996, 1 CD (ca. 46
min).
[7] Grifo meu.
[8] ASSMAR, Álvaro. Projeto Wednesday Blues 2003 – Melhores momentos.
Disponível em: . Acesso em 25
jun. 2012.

[9] que, conforme destacado, corresponde a uma tímida parcela da população
de Salvador.
[10] que se direcionava, em primeira instância, à necessidade de diálogo
com sistemas musicais externos à tradição ocidental, em discussões ainda
prematuras sobre determinados aspectos.
[11] segundo destaquei em artigo apresentado recentemente no III Encontro
Regional Nordeste / I Encontro Regional Norte da ABET (HORA, 2012).
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