REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO - Com Samuel Pessôa, Além de Samuel Pessôa
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REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO1 Com Samuel Pessôa, Além de Samuel Pessôa
Ihering Guedes Alcoforado2
Diante de mais uma constatação lapidar de Samuel Pessôa, a de que “, o país está rachado, mas não é essa rachadura que se exibe na divisão de quem vai para as ruas. A rachadura encontra-se no papel do setor público.”
Somos
obrigado a fazer uso do velho clichê: Com Samuel Pessôa, além de Samuel Pessoa. Concordamos
que
“parcela
da
sociedade
que
deseja
o
impedimento quer menos Estado e menos impostos. A outra parcela, que se encontra silenciosa, mas decepcionada com a presidente, quer mais Estado” e que, “a necessidade de reformar o Estado brasileiro unifica as turmas”. Mas, já não concordo que “o
contrato social possível para
juntar os dois grupos é o aumento da eficiência do setor público” nos termos postos no seu artigo, ou seja, “ reduzir ao mínimo
o
intervencionismo
estatal
no
funcionamento
mercados”, e “reformar o funcionamento do Estado”. 1 2
http://sco.lt/8Y05Vh Professor de Política e Planejamento da Faculdade de Economia da UFBA
dos
Isto porque entendo que o problema não é o intervencionismo estatal,
mas
a
natureza
de
tal
intervencionismo
bem
caracterizado na sua matéria por meio “de desonerações estúpidas, subsídios monstruosos do BNDES sem nenhum impacto sobre a produtividade e outras políticas de incentivos à produção que custam muito e não apresentaram nenhum resultado visível”, ou seja, precisamos de mais intervenção estatal só que de outra natureza. De um lado, precisamos de mais intervenção estatal na linha
assinalada por Joseph
Stiglitz, isto é, na correção das falhas de mercado associadas as externalidades negativas, com destaque para as associadas a problemas ambientais, e, aos mercados imperfeitos. De outro lado, precisamos reformar o funcionamento do Estado,
tendo
em conta não apenas critérios de eficiência, o que não implica que não exista uma ineficiência no funcionamento do Estado e que deva ser eliminada nos termos posto por SP; mas levando em
consideração
alinhamento
critérios
com
metas
e
de
eficácia,
fins
o
que
consensuados,
implica
o
alguns
já
estabelecidos, a exemplo de uma melhor qualidade dos serviços públicos de saúde, educação e segurança, e outros, ainda não a exemplo de novos regimes de propriedade, de contratos e de responsabilidade, por meio do qual o Estado poderá realinhar estruturalmente os mecanismos de incentivos, de forma a assegurar não um Estado mais eficiente, mas também mais eficaz na institucionalização e organização da sociedade e da economia brasileira.
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