Refutando objeções ao livro de Êxodo (Parte 1)

May 27, 2017 | Autor: Jean Carlos | Categoria: Biblical Archaeology, Exodus, Ancient Egypt
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Esta série inicia-se com a intenção de promover uma compreensão mais sólida do texto bíblico em paralelo com o Antigo Oriente Próximo. Dedicando uma resposta aos críticos do Antigo Testamento, sendo neste uma análise e refutação ao artigo de Emerson Borges, autor do site Deuses&Homens, no qual ele afirma que o Êxodo nunca ocorreu. Primeiramente quero ressaltar que não escreverei toda a resposta , pois o autor parece que lida com vários temas a despeito do Êxodo, e também a cerca das (Leis de Deuteronômio). Para não cansar o leitor num único artigo, dividirei em partes este estudo, que irá apreciar o leitor. Trataremos aqui com questões textuais e filológicas, a despeito da pessoa de Moisés, tralhando a partir de fontes antigas do Oriente Próximo. Segundo emerson: " A libertação dos hebreus, escravizados por um faraó egípcio, foi incluída na Torá provavelmente no século VII a.C., por obra dos escribas do templo de Jerusalém, em uma reforma social e religiosa. " Emerson Borges 1. Campo extra-bíblico. De fato, um dos maiores erros de um estudioso, é interpretar a Arqueologia de acordo com seus pressupostos, como o movimento minimalista o faz com o AT. A ascensão da influência semita no Baixo Egito tinha culminado antes do final do século XVIII a.C, na dominação dos hicsos sobre as Duas Terras. É provável que a migração de Jacó para o Egito estivesse relacionado com o crescimento do poder dos hicsos, e se fosse este o caso, a ascensão de José a proeminência política teria sido uma questão. Mas a sorte semita no Egito foi revertida com a expulsão dos hicsos por Ahmósis I, e conforme fontes contemporâneas, os semitas que permaneceram na região do Delta eram escravizados, ou obrigados a trabalhar como camponeses na região da antiga capital dos hicsos. Em Êxodo 5:2, o faraó zomba: " Quem é o Senhor, para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? ". Não está muito claro se esse faraó já tinha ouvido falar de Yahweh ou se apenas o considera um deus insignificante de um povo escravo. De forma surpreendente, no entanto, uma das primeiras referências extrabíblicas a Yahweh foi descoberta num templo egípcio. O faraó Amenotepe III (ca. 1390-1352 a.C) da XVIII Dinastia, construiu esse templo em Soleb, na alta Núbia, ao longo da margem ocidental do Nilo. O templo foi dedicado a Amenotepe III, que era considerado um rei divino, associado com o deus Amon. Seus hieróglifos relembram o domínio de Amenotepe III sobre povos estrangeiros. Não há dúvida quanto a veracidade histórica dessa reinvindicação, uma vez que os faraós geralmente se vangloriavam de possuir divindade, quer acreditassem nisso, quer não. Apesar de ter vivido bastante e de ter sido bem-sucedido. Amenotepe III não foi um guerreiro notável. Uma inscrição marcante no templo de Soleb, fala da ''terra shasu, (os de) Yhw''. O termo shasu
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