Registro de Cimex lectularius L., 1758 (Hemiptera: Cimicidae) na cidade de Maceió, AL Artur M. de Moura1; Lígia B. Micheletti1; Caio H. L. de H. Ferreira1; Sônia M. F. Broglio1,2,3; Ellen C.N. Valente2; Ana P. M. da Silva1, Jefferson Silva1, Elton B. dos Santos1 1
Curso de Graduação em Agronomia, Centro de Ciências Agrárias (CECA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), BR 104N, Km 85,57100-000, Rio Largo, AL, Brasil. Email: 2
[email protected]. Programa de Pós-Graduação em Proteção de Plantas, CECA, UFAL, 3 Brasil. Programa de Pós-Graduação em Agronomia, CECA, UFAL, Brasil
O percevejo Cimex lectularius L., 1758 (Hemiptera: Cimicidae) vive em locais secos, com pouca ou nenhuma luminosidade e mínimo fluxo de ar. Apresenta hábito gregário, podendo sobreviver até 550 dias em jejum. Devido às suas pequenas dimensões, é capaz de infestar casas pela migração ativa ou passiva. Abriga-se em rachaduras, poltronas, estrados de cama, costuras do tecido de colchões, fendas nas paredes, molduras, pilhas de roupa, buracos no teto e praticamente em qualquer área protegida. Durante o dia se oculta, e à noite sai para procurar um hospedeiro que servirá de alimentação. Assim, o objetivo deste trabalho foi relatar a ocorrência de inseto hematófago que infestava residência no bairro de Pajuçara, localizado em Maceió, AL. Uma amostra com 30 espécimes foi coletada em junho de 2014, colocada em álcool a 70% e enviada ao Laboratório de Entomologia (CECA, UFAL). Procedeu-se à identificação específica, após maceração dos adultos durante seis dias em KOH a 10%, para preparação microscópica. Observaram-se as características morfológicas:
largura do pronoto 3x a 4x maior que o comprimento do mesmo na linha média e cerdas pronotais denteadas. Dessa forma, relata-se pela primeira vez a ocorrência de C. lectularius infestando residência no referido local. A presença do inseto é notada quando surgem picadas pelo corpo; as lesões ocorrem geralmente em áreas expostas durante o repouso. Quando se alimenta, perfura a pele, liberando saliva, que pode resultar numa reação alérgica. Os sintomas que, na maioria das vezes, são observados após o ataque são coceira, inchaço, irritação, ardor e inflamação cutânea, reações que podem durar uma semana ou mais. As picadas e/ou a exposição à saliva podem provocar em algumas pessoas inflamações severas e possíveis infecções. Apesar de não ser considerado um vetor específico de doença, pode causar grandes danos ou até a morte, devido aos efeitos secundários como asma, urticárias e até mesmo alergias perigosas e fatais. Palavras-chave: praga urbana, percevejo-de-cama, ocorrência. Apoio: Dr. Hélcio Gil-Santana, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.
