RELAÇÕES ENTRE A MINERALIZAÇÃO DAS ÁGUAS E A HIERARQUIA FLUVIAL NA MANTIQUEIRA SETENTRIONAL

May 28, 2017 | Autor: Dias J.s | Categoria: Geomorphology, Fluvial Geomorphology, Serra da Mantiqueira
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Resumo Esse trabalho objetivou compreender a espacialidade da carga geoquímica de águas 篊uviais a partir da hierarquia 篊uvial em bacias de cabeceira, avaliando o grau de mineralização das águas de nascentes e cursos d'água por meio da condutividade elétrica. Foram selecionados 21 pontos de amostragem em canais de diferentes ordens (nascentes, 1ª, 2ª e 3ª) em bacia de 3ª ordem situada na Reserva Biológica Municipal do Poço D'anta, no município de Juiz de Fora, no sudeste de Minas Gerais, para que fossem realizadas as mensurações. Como principais resultados teve-se que na escala trabalhada, a hierarquia 篊uvial não parece comandar a mineralização das águas e sim os fatores locais (tempo de residência, taxa de mistura e contribuição do aquífero). Diante dessas considerações, tornam-se essenciais novos estudos que aprofundem no que concerne ao entendimento da espacialidade da hidrogeoquímica das águas de canais 篊uviais bacias hidrográ㛜íº”cas situadas em cabeceiras de drenagem. Palavras chaves cabeceira de drenagem; hidrogeoquímica; condutividade elétrica Introdução As cabeceiras de drenagem apresentam variada distribuição espacial nos limites de uma bacia hidrográ㛜íº”ca, sendo que os ambientes aos quais estas se desenvolvem são amplamente diversi㛜íº”cados e dinâmicos. Segundo Schumm (1977) as cabeceiras de drenagem encontram-se em áreas do relevo de elevada energia, porém, o entendimento dessas complexas morfologias na evolução do relevo ainda é pouco estudado nas ciências geomorfológicas (LEÃO, 2010; LAVARINI E MAGALHÃES JR, 2013). A intricada distribuição espacial das cabeceiras de drenagem abarca, muitas vezes, contextos físico-geográ㛜íº”cos diversi㛜íº”cados, efetivados por composições, dentre outras, vegetacionais, litológicas e pedológicas, distintas. Nesse contexto, a carga química da água ex㛜íº”ltrada de nascentes, os inputs de água meteórica dados pela precipitação, assim como a atuação de processos relacionados a outros sistemas ambientais, admitem uma interação que por hora, permanece pouco conhecida na pelos estudiosos. Ademais, sua correlação com os processos desnudacionais ainda encontram pouco entendimento dentro da literatura geomorfológica. Isto posto, o presente trabalho busca compreender a espacialidade da carga geoquímica de águas 篊uviais a partir da hierarquia 篊uvial em bacias de cabeceira, avaliando o grau de mineralização das águas de nascentes e cursos d'água por meio da condutividade elétrica (C.E.). A condutividade elétrica constitui-se como a medida da capacidade que a água tem para conduzir corrente elétrica, possibilitando dessa forma a constatação da quantidade de sais solubilizados em corpos hídricos (FEITOSA; MANOEL FILHO, 2000). Tal técnica foi selecionada, pela sua facilidade de execução e baixo custo. A bacia hidrográ㛜íº”ca selecionada para o desenvolvimento desse estudo situa-se na Reserva Biológica Municipal do Poço D'anta, localizada no município de Juiz de Fora, na bacia do rio Paraibuna, sudeste de Minas Gerais. A principal potencialidade apresentada pela área para o desenvolvimento da pesquisa foi a diminuta interferência antrópica na bacia, em vista de sua localização em uma unidade de conservação de uso restrito. A área em questão consiste em uma bacia hidrográ㛜íº”ca de 3ª ordem na hierarquia 篊uvial de Strahler (1952), determinadas em escala de campo. Os aspectos climáticos referentes a área de estudo caracterizam-se por um Clima Tropical de Altitude, regime climático de dupla estacionalidade com duas estações bem de㛜íº”nidas, em que uma transcorre de outubro a abril, onde as temperaturas encontram-se mais elevadas e as precipitação são mais frequentes e outra (maio a setembro) que apresenta temperaturas mais amenas e um menor quantitativo de precipitação (TORRES, 2006). Em estudo referente a con㛜íº”guração sazonal da precipitação no município, Ferreira (2012) indica que de um total médio anual de 1550,08mm, mal distribuídos entre os trimestres: jan/fev/mar (44%), abr/maio/jun (9,2%), jul/ago/set (6,8%) e out/nov/dez (40%). A área da reserva é embasada litologicamente por rochas do Complexo Juiz de Fora (inclusive a bacia em estudo), o qual é composto por ortognaisses granulíticos ácidos a básicos, com ortognaisse tonalítico subordinado. Em diminuto trecho no NW da REBIO, ocorre a Megassequência Andrelândia e, a N/NW e E, o Complexo Mantiqueira (CODEMIG, 2003). O município está situado na unidade geomorfológica das Serranias da HOME
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