Relato de exercício de criatividade: Desenvolvimento de produto com base no Biodesign

June 13, 2017 | Autor: Nicole Tomazi | Categoria: Design, Product Design, Biodesign, Urban Design
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XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

Relato de exercício de criatividade: Desenvolvimento de produto com base no Biodesign Nicole Saretta Tomazi Mestranda em Design UniRitter Laureate International Universities [email protected] Profª. Dra.Carla Pantoja Giuliano Dottorato di Ricerca in Disegno Industriale e Communicazione Multimediale UniRitter Laureate International Universities [email protected] Resumo: O artigo relata a experiência de desenvolvimento criativo utilizando ferramentas que auxiliam o processo projetual, na geração de inovação. Utilizando como norte o Biodesign, foram selecionados organismos biológicos encontrados na natureza para a definição de elementos formais e funcionais, a serem aplicados no projeto. A compreensão dos processos naturais e utilização de seus conceitos resultou na criação da Adenium.URB, garrafa urbana luminosa que capta água das chuvas e armazena em seu caule. Utilizando-se do sistema de bioluminescência do vagalume, este aparato urbano é também uma luminária que através da emissão de tonalidades de cores (verde, amarelo e vermelho) comunica à comunidade quanto de água ainda resta para o consumo. Quanto à forma de abordagem é uma pesquisa qualitativa, descritiva uma vez que observa, registra, analisa e correlaciona fatos.

1 Introdução A criatividade sempre permeou os projetos de design, principalmente os que visam à inovação. Para tanto, buscou-se neste presente artigo, uma revisão de autores para apresentar ferramentas de desenvolvimento projetual criativo. Além disso, o artigo é composto de um relato de experiência no desenvolvimento de projeto visando a utilização de tais ferramentas, na construção de um produto visando um cenário futuro. No primeiro momento do artigo serão apresentados instrumentos de criatividade encontrados através de revisão de literatura. As técnicas apresentadas refletem diretamente no processo projetual tratado na segunda parte do artigo. Neste segundo momento, são abordadas todas as etapas projetuais que compõe o desenvolvimento do produto, resultando em um mobiliário urbano para captação de água das chuvas, chamado Adenium.Urb. Nesta etapa são explicitadas as justificativas da escolha do tema e os resultados formais e funcionais definidos a partir do concept design. Por fim, são apresentadas as considerações tanto do ponto de vista do processo criativo, como sob a ótica projetual e sobre os resultados alcançados, a fim de colaborar com o desenvolvimento criativo através do design visando à inovação e a sociedade. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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2 Processo Criativo e Instrumentos para a Criatividade Segundo Bonsiepe (2012), os dias atuais são caracterizados pela inovação tecnológica, científica e industrial. Desta maneira “[...] torna-se cada vez mais evidente a necessidade de gerar conhecimentos a partir da perspectiva do projetar, sobretudo tratando-se de problemas complexos que excedem o know-how de uma disciplina particular.” (BONSIEPE, 2012, p.19). Sendo assim, o designer precisa estar munido de ferramentas que facilitem o desenvolvimento criativo e auxiliem seus projetos. Conforme Gomes (2001), “O criar é resultante de dois fatores bem distintos nos seres humanos: os cinco sentidos perceptivos; e a quantidade de conexões que o cérebro produz.” (GOMES, 2001, p.47). Sendo assim, ao projetar, o designer necessita primeiramente ser apresentado à intenção projetual, composta de necessidades que devem ser atendidas, o chamado briefing. De acordo com Phillips (2008, p. 2), “infelizmente, não há uma fórmula única e universal para o briefing de design”, sendo o mesmo moldado de acordo com cada resultado esperado. A escolha das necessidades abordadas para cada projeto terá como norte o que se espera como produto final do processo, e principalmente o quão criativo ele pretende ser, “para se construir um conceito criativo é necessário revisar os parâmetros do projeto, representados pelas restrições que condicionam o trabalho”. (PHILLIPS, 2008, p.5) A partir da definição do briefing, o designer tem à sua disposição instrumentos que favorecem o desenvolvimento projetual do ponto de vista da criatividade. Alguns destes instrumentos serão apresentados a seguir. 2.1 Brainstorming O brainstorming é uma tempestade de geração de ideias, onde a intenção principal é acumular o maior número de ideias possível. O termo, criado e difundido a partir de 1953 por Alex Osborn, é utilizado até os dias atuais, onde a atividade é prática usual em áreas que necessitam de inovação e criatividade. O brainstorming deve ser desenvolvido em grupo, onde um dos participantes é nomeado líder para orientar e incentivar a atividade (GIULIANO, 2013). 2.2 Brainwriting O Brainwriting é uma variação do brainstorming, onde ao invés de falar sobre as ideias geradas, os integrantes do grupo escrevem sobre elas. As anotações podem ser feitas em cartões ou pedaços de papel, sendo importante o monitoramento e uma definição do tempo destinado à atividade, para uma gestão da mesma, onde a busca final, como no brainstorming é o maior acúmulo de ideias possível, trocadas entre os participantes do grupo (GIULIANO, 2013). XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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2.3 Construção de Cenários A construção de cenários é a materialização de uma realidade (futura ou não) a fim de compreender mais sobre onde o designer atuará como projetista, para quem e de que maneira, conforme Moraes (2010): O cenário vem entendido como o local em que ocorrem os fatos, o pano de fundo que ilustra uma ação teatral, o espaço para a representação de uma história constituída de vários elementos e atores, no seu desempenho narrativo. O cenário também se determina como o panorama e a paisagem em que se vive (cenário existente) ou se viverá (cenário futuro), é ele que determina as diretrizes para as novas realidades vindouras da nossa vida cotidiana [...] (MORAES, 2010, p.3).

Munido de um cenário bem construído, o designer aguça ainda mais seu lado criativo, pois a própria construção do mesmo já consiste em um exercício de imaginação e criatividade. 2.4 Mapas Mentais ou Mapas Conceituais Os Mapas Mentais são formas de representações do pensamento, onde as palavras são as conexões entre ideias e conceitos. Os Mapas Conceituais são gráficos de relações entre conceitos. Existem softwares específicos para registrar e gerenciar a criação de mapas mentais, mas os mesmos também podem ser desenvolvidos manualmente. Parte-se de uma ideia central e dali surgem conexões muitas vezes inesperadas e inovadoras. (GIULIANO, 2013) 2.5 MoodBoard O moodboard é um instrumento que surgiu na área da moda e que constitui um quadro de referências visuais. Elaborado a partir de um processo de colagens, é composto por fotografias, desenhos, imagens de revistas ou internet, objetos e cores (FISCHER e SCALETSKY, 2009). Segundo Fischer e Scaletsky (2009), o moodboard se apresenta como um método de criação para novas ideias e também como um instrumento de diálogo entre os diversos atores envolvidos no projeto. 2.6 Biodesign ou Biônica O Biodesign é uma prática projetual que se baseia em elementos da natureza. Conforme Gomes (2001), ”A Natureza, secreta e silenciosamente, concebe, gera, desenvolve e põe ao nosso dispor, em troca de muito pouco – a não ser de respeito e preservação – todas as suas coisas.” (GOMES, 2001, p.2). Desta maneira, munir-se destas características da natureza para o desenvolvimento criativo e projetual é prática já entre profissionais da arquitetura, engenharia e design, conforme cita Blüchel (2009). XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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3 Relato de Experiência de Exercício de Criatividade O exercício foi desenvolvido a partir de um briefing onde os principais norteadores foram: a escolha da dinâmica de desenvolvimento de projeto e a determinação do ano do cenário, que se passa no ano de 2050. Para o desenvolvimento do projeto, foram selecionadas ferramentas de criatividade organizadas em etapas: 1) Braisntorming de criação do cenário em grupo representado em um mapa mental 2) Brainwritting em grupo 3) Moodboard 4) Seleção de elementos a serem trabalhados a partir do conceito de Biodesign 5) Estudos formais e funcionais 6) Anteprojeto 1) Brainstorming e Mapa Mental do Cenário: o cenário foi induzido pelo briefing, com a característica principal de ser no ano de 2050. A partir deste ponto, foi criado um mapa mental (Figura 1) em grupo, que apresentou diversas características, tendo um veio mais pessimista e contendo muitos pontos críticos a serem resolvidos. Figura 1: Mapa Mental

Fonte: desenvolvido pelo autor.

Recorte do cenário: para o desenvolvimento projetual, foi selecionado um ponto crítico do cenário como foco principal (Figura 2), a falta de água, onde se imaginou um mundo onde os cidadãos tem muita dificuldade para consumir água, sendo esta mais valiosa que o ouro, em 2050. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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Esta escolha foi embasada no documento final publicado no 5º Fórum Mundial da Água que apresenta um cenário bastante negativo, principalmente para o futuro, devido à diminuição da água doce no planeta. Segundo o documento, são dois os fatores para a aceleração desta diminuição: o crescimento da população (estimada em 9 bilhões em 2050) e as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global (WORLD WATER COUNCIL, 2009). Figura 2: Recorte do Mapa mental

Fonte: desenvolvido pelo autor.

2) Brainwritting: após a definição do cenário, foi escolhida a ferramenta brainwritting para uma geração de ideias traduzidas em palavras relacionadas ao problema da falta d’água. O resultado é apresentado na Figura 3, abaixo: Figura 3: Brainwritting

Fonte: desenvolvido pelo autor.

3) Moodboard: foram selecionadas imagens que tivessem relação direta com as palavras definidas no brainwritting. Após esta seleção, foi organizado um quadro com as imagens (Figura 4), formando o moodboard do projeto, ou seja, imagens que revelem diretamente o problema do cenário. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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Figura 4: Moodboard

Fonte: desenvolvido pelo autor

4) Biodesign: Para o desenvolvimento projetual, optou-se pelo Biodesign, onde sua referência na natureza possibilita uma gama generosa de possibilidades criativas, conforme cita Gomes (2001), “A Natureza, secreta e silenciosamente, concebe, gera, desenvolve e põe ao nosso dispor, em troca de muito pouco – a não ser de respeito e preservação – todas as suas coisas.” (GOMES, 2001, p.2). No Biodesign, há toda a natureza e suas características a favor do designer. Conforme Blüchel (2009), “O que ontem ainda era milagre nas bolsas de idéias, orientadas na natureza, já é negociado como realidade, [...]” (BLÜCHEL, 2009, p.140). Sendo o Biodesign, uma prática projetual orientada pela natureza, foram selecionadas duas características distintas para uma conceituação projetual. A primeira característica é a capacidade de armazenamento de água de algumas plantas, principalmente as espécies que vivem em áreas desérticas, como solução de sobrevivência. Conforme cita Dias (2008), “É pelas raízes que a planta absorve água e sais minerais da solução do solo. Mas, se a absorção é possível ao longo de toda a raiz, é, no entanto, através dos pêlos radiculares (zona pilosa da raiz) que a absorção é maior.” (DIAS, 2008, p.18). Para tanto, foi selecionada uma espécie específica, por apresentar um elevado nível de captação de água e adaptação à escassez, chamada Adenium obesum subsp. socotranum (Apocynaceae), apresentada na Figura 5. Esta espécie, também chamada de Árvore Garrafa, ou Rosa do Deserto (por causa de suas flores), tem caule dilatado, onde armazena a água das chuvas, captadas por suas raízes. Encontrada somente em Socotra arquipélado situado no Oceano Índico, parte do XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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Yêmen, a Adenium obesum recebeu este nome por causa de seu caule de aparência obesa (BROWN e MIES, 2012; LAVRANOS, 2012). Figura 5: Adenium obesum subsp. socotranum (Apocynaceae)

Fonte: International Science Times, 2013.

Segundo Macedo (1977), os vegetais são uma fonte de emoção, capazes de interferir na percepção humana em decorrência de sua estética, sendo “capazes de, cercando o homem, levá-lo a uma integração com a natureza através dos cinco sentidos que o comunicam com o espaço.” (MACEDO, 1977, p.15). Além da escolha da espécie Adenium obesum subsp. socotranum (Apocynaceae), foi selecionada a bioluminescência, propriedade apresentada pelos vagalumes de emitir luz (Figura 6). O vagalume produz luz a partir do oxigênio captado, que reage quimicamente por células chamadas de fotócitos. Esta reação se dá em seu organismo a partir das seguintes substâncias: luciferina, ATP e luciferase, gerando a oxiluciferina fluorescente, que se transforma em energia na forma de luz. Sendo assim, a emissão de luz do vagalume é um processo que não emite calor. Figura 6: Vagalume

Fonte: Brasil, 2013.

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Desta maneira, unindo as características da Adenium obesum subsp. socotranum (Apocynaceae), com a bioluminescência dos vagalumes, foi desenvolvido o conceito do projeto: um mobiliário urbano de captação de água das chuvas que funciona como luminária, a partir da captação de oxigênio. Este concept design foi desenvolvido levando em consideração os problemas levantados na primeira parte do projeto, onde foi apontado um problema social que já assola boa parte da população do mundo. Sobre as possibilidades de criação a partir das cidades, Dijon De Moraes (2010) discorre: Nesse sentido, tomemos como exemplo as questões inerentes às grandes cidades do mundo global que pedem, a cada dia, mais reestruturação e intervenção de seu modus vivendi e modus operandi, e ainda primam por novos modelos de uso diante da desertificação das áreas antes destinadas à indústria e à produção fabril, com seus galpões cada vez mais vazios e seus edifícios cada vez mais abandonados, mas passíveis de novas reutilizações. (MORAES, 2010, p.19)

Sendo o problema da falta d’água não mais uma previsão de futuro, e que pode escassear em qualquer região do mundo, como cita a Declaração Universal dos Direitos da Água (ONU, 1992), viu-se uma oportunidade de abordagem criativa para a indicação de solução para um problema complexo. Esta abordagem une um problema encontrado na natureza e soluções dadas pela mesma através da técnica projetual do Biodesign. 5) Estudos formais e funcionais: a partir da definição do conceito, foram feitos estudos formais e funcionais visando a aplicação do Biodesign para a solução do problema. Cabe ressaltar que o Biodesign é uma prática projetual orientada pela natureza de forma profunda, não apenas formal. Para os estudos formais (Figura 7) foi selecionado o formato do caule da Adenium obesum subsp. socotranum (Apocynaceae) como base projetual pela possibilidade de armazenamento de água em seu interior. Figura 7: Estudos Formais

Fonte: desenvolvido pelo autor

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Nos estudos de funcionalidade (Figura 8) foram levantadas as características de captação de água, os sistemas radiculares e seu funcionamento e a captação de oxigênio e transformação em luminosidade que compõe o sistema de bioluminescência do vagalume. Figura 8: Estudos Funcionais

Fonte: desenvolvido pelo autor

6) Anteprojeto: como etapa final, foi desenvolvido o anteprojeto da garrafa urbana luminosa (Figura 9), chamada Adenium.Urb Sua função é captar a água das chuvas através de sistemas radiculares instalados na sua base. A água fica armazenada em seu tronco, sendo distribuída na rede de água da cidade de acordo com a necessidade da população. Em épocas de estiagem, por exemplo, há uma maior distribuição de água. Já na época de chuvas a água fica armazenada nos “caules”. Além disso, há a captação de oxigênio feita a partir de pequenos dutos dispostos na ponta dos “galhos”. Este oxigênio é transformado em luminosidade, transformando as garrafas em luminárias urbanas. A intenção da luminosidade, além de iluminar o espaço público, é avisar a comunidade sobre o armazenamento de água, para que atentem ao consumo consciente. Quando as garrafas estão cheias, é um leve tom de verde na emissão de luz, quando a água armazenada chega na metade da capacidade, a tonalidade muda para a cor amarela. Em momentos de quase esvaziamento das garrafas, o tom da luz emitida muda para a cor vermelha. As nuances de cores são muito leves, mas servem como informantes sobre a água da cidade. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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Figura 9: Anteprojeto Adenium.Urb

Fonte: desenvolvido pelo autor

Trata-se de um produto voltado para a complexidade, onde não há um consumo tradicional, mas sim a tentativa de uma solução social. Diferente de um produto industrial de consumo, a Adenium.Urb é voltada ao bem estar social, seu consumo deve ser feito por parte de governos e iniciativas privadas voltadas para o desenvolvimento de comunidades. Conforme citam Dijon De Moraes (2010) e Bonsiepe (2012), os dias atuais pedem soluções que vão além da forma e buscam abordar questões complexas de um mundo fuído e pós-moderno. 4 Considerações Finais A complexidade do mundo atual faz com que a prática projetual tenha uma abordagem bastante ampla. Desta maneira, o designer precisa de instrumentos que facilitem os processos criativos e elevem o nível inovador das soluções. As ferramentas apresentadas neste artigo foram selecionadas de publicações desenvolvidas por pesquisadores que buscam o desenvolvimento criativo. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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Partindo do princípio de que a escassez da água no planeta já é uma realidade, deuse enfoque a este problema para o desenvolvimento da atividade projetual. A experiência de criatividade fazendo uso de tais instrumentos gerou uma solução voltada não apenas para uma produção industrial, mas sim para o desenvolvimento social através da complexidade. A sociedade busca cada vez mais o que está além da estética e da forma dos produtos. O designer pesquisador e projetista deve se preocupar em ultrapassar os limites formais e buscar, através do desenvolvimento do concept design, novas alternativas para solução de problemas complexos. Neste sentido, tanto o processo criativo, quanto a abordagem projetual apresentadas neste artigo servem como início para pesquisas futuras voltadas para o desenvolvimento do design como uma disciplina social, preocupada em auxiliar e solucionar questões que vão além da geração de novos produtos. Referências BLÜCHEL, Kurt G. Biônica: como podemos usar a engenharia a nosso favor. 1ed. São Paulo: Pub. House Lobmaier, 2009. BONSIEPE, Gui. Design: como prática de projeto. São Paulo: Blucher, 2012. BRASIL, Ministério da Educação. Bioluminescência e extinção: os vagalumes e a degradação do serrado. In: Portal do Professor, 2013. Disponível em < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52927 > Acesso em 12 de setembro de 2015. BROWN, Gary; MIES, Bruno. Vegetation Ecology of Socotra. Dordrecht: Springer, 2012. DIAS, Lucia B. Água nas Plantas, Universidade Federal de Lavras, 2008. Disponível em < http://www.ceapdesign.com.br/pdf/monografias/monografia_agua_nas_plantas_lucia.pdf > Acesso em 12 de setembro de 2015. FISCHER, G. D.; SCALETSKY, C. Intuição e Método em Design. In: Sigradi 2009, 2009, São Paulo. SIGraDi 2009 SP – Do moderno ao Digital: Desafios de uma Transição., 2009. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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GIULIANO, Carla. Os instrumentos para ser criativo: estimular a criatividade. Porto Alegre: Material de aula, 2013. GOMES, Luiz Antônio Vidal de Negreiros. Criatividade: projeto < desenho > produto. Santa Maria, RS: sCHDs, 2001. INTERNATIONAL SCIENCE TIMES. The Alien-Like Plant Life Of The Socotra Archipelago Is Insane And Beautiful. Disponível em> http://www.isciencetimes.com/articles/6547/20131219/alien-plant-life-socotra-archipelagoinsane-beautiful.htm > Acesso em 12 de setembro de 2015. LAVRANOS, John J.. Adenium socotranum. Cactus and Succulent Journal, May 2012 : Volume , 84 Issue 3. MACEDO, Francisco Riopardense de. Estudo plástico da vegetação. 3 ed. Santa Maria: Imprensa Universitária – UFSM, 1977. MORAES, Dijon de. Metaprojeto: O Design do Design. São Paulo: Blucher, 2010. ONU. Declaração Universal dos Direitos da Água. Rio de Janeiro, 1992. Disponível em < http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-universal-dosdireitos-da-agua.html > Acesso em 12 de setembro de 2015. PHILLIPS, Peter L. Briefing: a gestão do projeto de design. São Paulo: Blucher, 2008. VIVIANI, V. Bioluminescência nos insetos. In: Revista Bioikos, v. 1, n. 2, p.7 a 19, Campinas, 1987. WORLD WATER CONCIL. Final Report. In: 5th WORLD WATER FORUM. Istambul, 2009. Disponível em < http://www.worldwaterforum5.org/fileadmin/WWF5/Final_Report/GWF.pdf > Acesso em 12 de setembro de 2015. XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

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