Relatório 01 - Seminário de Tese

July 23, 2017 | Autor: A. Malta Rendohl | Categoria: Airports
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA

ANA LAURA MALTA RENDOHL

INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSAMENTO DE EMBARQUE DOS TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS

PRIMEIRO RELATÓRIO DE SEMINÁRIO DE TESE

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2015

2

ANA LAURA MALTA RENDOHL

INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSAMENTO DE EMBARQUE DOS TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS

Relatório da tese apresentado como requisito parcial à disciplina Seminário de Tese do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Orientador: Prof. Dr. Claudio Jorge Pinto Alves Co Orientadora: Prof. Dra. Giovanna M. R. Borille

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2015

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1.1 MOTIVAÇÃO..........................................................................................................5 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 6 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 6 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 6 3 ESTUDO DE CASO ................................................................................................. 7 4 NOVAS TECNOLOGIAS ......................................................................................... 9 4.1 CHECK-IN – SELF BAGDROP ............................................................................. 9 4.2 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA – PROVISION 2 ................................................. 10 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 12 6 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 16 7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 21

4 RESUMO

Verifica-se que com o crescimento da utilização de novas tecnologias, tanto aeroportos quanto companhias aéreas encontraram oportunidades para reduzir custos e proporcionar aos passageiros um padrão de serviço superior, dado que o tempo de processamento do passageiro no terminal aeroportuário pôde ser reduzido. Atualmente, o self-service check-in oferece ao cliente diversas alternativas para realizar o procedimento de check-in, tanto pela internet, aplicativos de celular ou totens de autoatendimento presentes no aeroporto, dando maior liberdade para o viajante. Observa-se que outras ferramentas implementadas em diversos países e que ainda não chegaram ao Brasil, conseguem tornar a experiência do passageiro no processamento das atividades operacionais de embarque mais intuitiva, independente, rápida e segura. Para o presente trabalho de Mestrado, pretende-se adotar como estudo de caso o Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo em que serão avaliados (cronometrados) os tempos necessários para a realização de processos relacionados ao embarque doméstico de passageiros, considerando as atividades essenciais: (i) check-in e (ii) inspeção de segurança. Também, pretende-se por meio de entrevistas em campo, capturar a avaliação dos passageiros quanto aos tempos gastos nas atividades supracitadas além de investigar o nível de aceitação, quanto às outras alternativas frente as rotinas existentes.

5 1 INTRODUÇÃO

O Relatório Airport It Trends Survey da SITA - Société Internationale de Télécommunications Aéronautiques (2014) indica que 17% dos aeroportos tem como procedimento de check-in majoritário os quiosques (totens de autoatendimento), e que esse número tem previsão de aumentar para até 72% no ano de 2017. O mesmo estudo ainda aponta crescimento de 38% para 74% até 2017 da oferta de serviços de Bag-Drop nos aeroportos (onde o passageiro é capaz de despachar sua bagagem sem necessitar da intervenção de um funcionário). Segundo o The Baggage Report da SITA (2015), quanto maior o crescimento no número de passageiros, maior o impacto dos problemas relacionados ao manuseio de bagagens, como extravios. Este mesmo relatório ainda indica que a oferta do self-service bag-drop nas companhias áereas passará de 33% para 86% até o ano de 2017.

The Airline It Trends Survey, da SITA (2014) mostra que os resultados obtidos através de suas pesquisas, apontam para o reconhecimento da importância das novas tecnologias em terminais de passageiros aeroportuários, em que três quartos das companhias aéreas esperavam investir em novos projetos de TI (Tecnologia da Informação) ou realizar a manutenção de sistemas existentes.

1.1 MOTIVAÇÃO

Diante do exposto destaca-se a relevância da abordagem do assunto. Nota-se que quanto à literatura disponível, este tema é muito abordado em pesquisas internacionais e pouco se tem discutido nacionalmente. Este ponto reforça a motivação para se debruçar sobre o tema com o intuito de levantar informações quanto a aceitação da tecnologia no país bem como indicar, através de simulação, os benefícios na taxa de processamento de passageiros no aeroporto.

6

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo geral identificar o nível de aceitação dos passageiros de voos domésticos quanto ao uso novas tecnologias para a realização dos procedimentos de embarque, no que diz respeito às atividades operacionais sendo: (i) check-in e (ii) inspeção de segurança. A intenção é realizar entrevista in loco com passageiros, onde este será questionado quanto ao serviço prestado atualmente e qual o nível de aceitação quando proposta uma nova tecnologia para realizar a mesma rotina. Vale ressaltar que, de forma paralela será levantado o perfil do passageiro entrevistado por meio de questões como: (i) idade, (ii) motivo da viagem, (iii) empresa aérea, entre outras.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O objetivo específico é quantificar o tempo gasto para cada etapa do embarque e, para tanto, por meio de coleta de dados, será feita a cronometragem deste tempo selecionando passageiros a serem monitorados de forma aleatória. Com os dados de tempo coletados em campo, pretende-se realizar um comparativo de tempo do processamento no embarque entre o cenário atual do aeroporto de estudo e os cenários alternativos com a implementação de novas tecnologias. A intenção é utilizar a ferramenta Arena para simular e o Excel para analisar os resultados.

7 3 ESTUDO DE CASO

O Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo foi escolhido para a realização do estudo de caso por se tratar do aeroporto mais movimentado do país, além de sua localização que facilita a realização da pesquisa em campo. Nos últimos 10 anos, segundo dados da Infraero e da GRU Airport (concessionária do aeroporto), houve um crescimento de 97,34% no número de movimentos de aeronaves e de 149,68% no número de passageiros no referido aeroporto, como pode ser observado na Figura 1. Ressalta-se que o movimento refere-se a pousos e decolagens para as aeronaves e embarque mais desembarque para passageiros.

Figura 1 – Movimento anual (2005-2014) de aeronaves e de passageiros. (Fonte: site da Infraero e da GRU Aiport)

8 Somado a isso, a partir de 2013, com a concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo, diversas obras de expansão foram feitas no referido aeroporto – como pode ser visto no site da concessionária GRU Airport (2015). Verifica-se que tais obras tiveram a intenção de ampliar a capacidade do aeroporto e proporcionar mais conforto aos viajantes. De forma resumida, houve a construção do Terminal 3 para voos internacionais, a conclusão de instalação de portões eletrônicos de controle de acesso de passageiros nas áreas de embarque, a construção de dois novos pátios de aeronaves e a expansão do número de posições para aeronaves de 80 para 124.

9 4 NOVAS TECNOLOGIAS

Verifica-se que as novas tecnologias apresentadas como alternativas para os procedimentos padrões são aquelas relacionadas com o (i) check-in no que diz respeito ao procedimento de despacho de bagagens e (ii) inspeção de segurança quanto ao sistema de detecção de metais diferenciado. Ambas tecnologias são descritas com maior detalhe na sequência:

4.1 CHECK-IN – SELF BAGDROP

Equipamento que permite ao passageiro despachar a bagagem sem a necessidade da intervenção de um funcionário. Após realizar o Check-in e se dirigir a máquina, é feita uma leitura do cartão de embarque, identificando qual a companhia aérea utilizada e informando os dados do cliente e do voo. A etiqueta da mala é impressa e assim que a mesma é colocada no compartimento adequado, o sistema realiza a leitura desta etiqueta, pesagem e medição da bagagem. Se todas as especificações são atendidas, a mala é despachada, caso contrário o passageiro recebe as instruções para adequar as necessidades. Segundo a SITA, fabricante do equipamento, em seu manual de especificações (2014), enquanto um balcão tradicional processa aproximadamente 24 passageiros em uma hora, a Self BagDrop realiza no mesmo tempo, o processamento de mais de 60 passageiros, com um tempo médio em cada transação de 25 segundos. O sistema já foi implementado no aeroporto de Zurique e apresentou como resultado de tempo médio de processamento 30 segundos por passageiro. A Figura 2 mostra o equipamento e suas características técnicas.

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Figura 2 – Self BagDrop e suas especificações. (Fonte: Manual do Equipamento, SITA 2014)

4.2 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA – PROVISION 2

O equipamento ProVision 2 possui detecção automática de riscos, através de uma varredura rápida (1,5 segundos) sem imagens - como indica a Figura 3 (b) realizada com ondas milimétricas (MMW). Sem a utilização de Raio-X, protege o passageiro de exposição da radiação ionizante, identifica objetos metálicos e não metálicos e não necessita intervenção humana para determinar a presença de ameaças. Segundo a L3 Security & Detection Systems, fabricante do equipamento, em seu manual de especificações, a tecnologia possui taxa de processamento entre 200 e 300 passageiros por hora, detecção alta, grande rendimento, qualidade e confiabilidade. A tecnologia já está presente em mais de 250 aeroportos (entre eles Atlanta e São Francisco) em 6 continentes. A Figura 3 (a) ilustra o modelo utilizado para o estudo.

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(a)

(b)

Figura 3 – Equipamento Provision 2 (a) e sua tela de resposta de varredura do passageiro (b). (Fonte: Manual do Equipamento, L3 Security & Detection Systems 2013)

12 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para referência bibliográfica, são estudados os temas envolvidos principalmente com as atividades operacionais de embarque sendo: (i) check-in e (ii) inspeção de segurança. Além disso, busca-se levantar informações sobre as novas tecnologias que aprimoram esses processos de embarque, além da questão comportamental que envolve a disponibilidade do passageiro em alterar seu processo de embarque, trocando o tradicional (convencional) pelo inovador (novas tecnologias). A Tabela 1 indica os artigos e as teses que estão sendo analisados pela pesquisadora e que abordam os temas citados anteriormente. Vale ressaltar que a leitura deste material está em andamento para aprofundar as análises no decorrer do desenvolvimento da dissertação.

13 Revisão de Literatura Título do Artigo/ Tese

Self Service

Ano

Technology readiness and the evaluation and adoption of self-service technologies

Liljander; Gillberg; Gummerus; Riel *

2005

X

Airport security screening and changing passenger satisfaction: An exploratory assessment

Gkritza; Niemeier; Mannering*

2006

X

Do airline self-service check-in kiosks meet the needs of passengers?

Chang; Yang *

2008

X

X

X

X

Investigating passengers’ intentions to use technology-based self check-in services

Lu; Chou; Ling*

2008

X

X

X

X

Magri Jr.

2008

X

X

Improving airport security screening checkpoint operations in the US via paced system design

Leone; Liu*

2010

X

Determinants of passengers’ choice of airline check-in services: A case study of American, Australian, Korean, and Taiwanese passengers

Lu; Choi; Tseng

2010

X

Mironenko *

2011

X

Gelderman; Ghijsen; Diemen *

2011

X

Gerstenfeld; Berger*

2011

X

Impactos da aplicação do sistema de check-in de auto-atendimento em terminais de passageiros de aeroportos

Body scanners versus privacy and data protection Choosing self-service technologies or interpersonal services—The impact of situational factors and technology-related attitudes A decision-analysis approach for optimal airport security Acceptance of self-service check-in at Zurich airport The impact of new technologies in airport passengers´ processes Fitting facilities to self-service technology usage: Evidence from kiosksin Taiwan airport Check-in services and passenger behaviour: Self service technologies in airport systems Aumento da capacidade do check-in do terminal aeroportuário através da automatização do processamento de passageiros Future airport terminals: New technologies promise capacity gains

Aeroporto Check In Segurança

Novas tecnologias

Autores

X

Comportamento

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X

Wittmer

2011

X

X

2011

X

X

X

C.S Ku; Chen *

2013

X

Castillo-Manzano; LópezValpuesta *

2013

Paiva Kalakou; Psaraki-Kalouptsidi; Moura

X X

X X

X X

X

Gualandi; Mantecchini; Paganelli

Simulação

X

X

X

X

X

X

X

X

X

2013

X

X

X

X

2014

X

X

X

X

X

X

X

X

*Artigos que serão analisados mais profundamente no decorrer da tese

Tabela 1 – Artigos e teses relacionados com o tema de pesquisa selecionados para análise no presente estudo. Fonte: Autora.

X

14

Wittmer (2008) através de aplicação de questionário procura saber qual a aceitação de novas tecnologias de check-in para passageiros do Aeroporto de Zurique (Suiça). Alguns dos resultados apresentados foram: (i) os balcões tradicionais ainda são importantes para os clientes, (ii) o check-in online ganhou importância e confiança dos viajantes, (iii) quanto maior a frequência de viagens, menor é a resistência quanto ao uso de novas tecnologias, e (iv) a satisfação do passageiro está diretamente relacionada ao tempo de espera no processo de embarque.

Magri Júnior (2008) realizou um estudo no Aeroporto de São Paulo/Congonhas e Aeroporto de Calgary no Canadá onde foi coletado o tempo de processamento, realizado entrevistas com passageiros e avaliação do sistema, de forma que através da comparação qualitativa e comparativa, foi possível identificar a implicação das novas tecnologias, e estabelecer padrões de nível de serviço para o check-in self-service.

Lu, Choi, Tseng (2010) propôs investigar quais os fatores que influenciam o passageiro no momento de optar pelo check-in convencional ou pela alternativa selfservice (quiosques e web check-in). Os passageiros nos principais aeroportos internacionais de Taiwan e da Coreia foram entrevistados e um questionário online foi disponibilizado para viajantes americanos e australianos. A conclusão obtida é que a maneira como é realizado do check-in é fortemente relacionado com sua nacionalidade (ocidentais optam em sua maioria pelo modo tecnológico, enquanto orientais preferem o procedimento tradicional). Além disso, outros fatores como motivo da viagem, quantidade de acompanhantes, quantidade de bagagens e idade influenciam também na escolha.

Gualandi, Mantecchini, Paganelli (2011) analisaram o impacto do aumento do uso das novas tecnologias no comportamento da demanda nos aeroportos, quantificando os benefícios e problemas, baseando-se nos parâmetros da IATA International Air Transport Association. Como conclusão, os autores sugerem que as fórmulas e os parâmetros de dimensionamento sejam revisados e adequados à nova realidade dos aeroportos.

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Paiva (2013) apresentou uma dissertação onde analisa o aumento na capacidade de um aeroporto com a implantação de tecnologias para processamento de passageiros. A partir de medições realizadas no Aeroporto de São Paulo/Congonhas, na rotina de check-in tradicional e check-in self-service, foi construído um modelo de simulação computacional, onde vários cenários puderam ser observados, buscando aumentar a eficiência do procedimento. Os resultados apresentados indicavam para uma redução no tempo de espera e no tamanho das filas nos balcões.

Kakalou, Psaraki-Kalouptsidi, Moura (2014) realizaram um estudo no aeroporto de Lisboa em Portugal, no qual utiliza uma simulação para medir o tempo gasto nos processos de check-in e inspeção de segurança, e quais os ganhos de capacidade quando esses processos são substituídos por novas tecnologias. Foi comprovado, através do referido estudo, a redução nos tempos de processamento de passageiros, além do questionamento sobre a necessidade de expansão do terminal com a implantação dos novos equipamentos.

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6 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a dissertação, incialmente é selecionado o aeroporto de pesquisa e fatores como o número de movimentos e passageiros, a concessão do aeroporto e as novas obras para expansão visando ampliar a capacidade e oferecer mais conforto aos passageiros, estimularam a escolha do Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo. Para dimensionar a amostra, pretende-se utilizar os dados da HOTRAN – Horário de transportes, o qual apresenta uma tabela de informações sobre os voos regulares vigentes das companhias aéreas nos aeroportos brasileiros, autorizados pela ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil. A intenção de dimensionar a amostra é garantir que o número de passageiros entrevistados seja representativo estatisticamente para corresponder a população na data de pesquisa. Um questionário será elaborado, com o objetivo de obter todos os dados necessários para a realização do estudo, de forma direta e simples, sem atrapalhar a experiência de viagem do passageiro. Serão realizadas entrevistas com passageiros de voos domésticos, os quais serão selecionados de forma aleatória. O processo de pesquisa de campo será realizado em duas etapas, a primeira no Check-In, a segunda no procedimento de segurança. Em ambas as etapas, primeiro é feita a abordagem ao passageiro, em que será explícito o objetivo do estudo, levantando as primeiras informações referentes ao perfil do entrevistado e solicitando a permissão do mesmo para monitorar a rotina do processo. Durante a primeira etapa, o passageiro selecionado terá o tempo cronometrado (tempo de espera em fila de check-in e o tempo de despacho de bagagens) em seguida será aplicado um questionário, indagando ao viajante se os processos atuais de check-in estão satisfatórios, e em caso de haver uma nova tecnologia, se ele estaria disposto a utiliza-la. A segunda etapa, trata-se da cronometragem do tempo dos procedimentos de segurança (tempo de espera em fila e tempo de processamento) e realizar o questionário, indagando a opinião do entrevistado sobre os processos atuais, e após oferecer uma alternativa de nova tecnologia, se ele estaria propenso a usa-la.

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Após o levantamento, será feita uma análise preliminar dos dados obtidos, com o objetivo de observar se existem elementos discrepantes que poderiam influenciar no resultado final do estudo. Se necessário, pretende-se realizar a coleta de dados em campo duas vezes, a primeira será a Pesquisa Piloto, onde o modelo do questionário e a forma da abordagem serão testadas. Após a coleta e análise dos dados, se houver a necessidade, será realizada uma Entrevista Principal, com alterações necessárias. As informações obtidas através da entrevista serão utilizadas para traçar o perfil do passageiro, e quais as características presentes nos passageiros dispostos a usar novas tecnologias. Em posse dos dados cronometrados e tabulados, a intenção é gerar e testar 4 modelos alternativos por meio do Software Arena para avaliar cenários diferentes, como mostra a Tabela 2.

Fonte dos dados

Resultado Esperado

Check In

Segurança

Cenário 1

Dados Cronometrados

Dados Cronometrados

Avaliar tempo total do processo de embarque do passageiro

Cenário 2

Dados do Manual do Equipamento (nova tecnologia)

Dados Cronometrados

Avaliar qual o impacto da alteração na rotina do check-in no tempo do processo de embarque do passageiro

Cenário 3

Dados Cronometrados

Dados do Manual do Equipamento (nova tecnologia)

Avaliar qual o impacto da alteração na rotina de inspeção de segurança no tempo do processo de embarque do passageiro

Cenário 4

Dados do Manual do Equipamento (nova tecnologia)

Dados do Manual do Equipamento (nova tecnologia)

Avaliar tempo total do processo de embarque do passageiro com a utilização de novas tecnologias no check-in e na inspeção de segurança

Tabela 2 – Cenários analisados no software de simulação. Fonte: Autora

A partir dos resultados obtidos no Arena, pretende-se fazer um comparativo entre os diferentes cenários, quantificando as diferenças de tempo no processamento do embarque, estimando possíveis ganhos com a implementação de novas tecnologias.

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O modelo desenvolvido será validado e verificado, para garantir que o modelo base da simulação está adequado à realidade do aeroporto de estudo. Com os resultados gerados, as conclusões relativas aos 4 cenários diferentes obtidos no software Arena e o perfil traçado serão discutidos e analisados, apresentando as conclusões alcançadas. A forma como o projeto será desenvolvido está apresentado na Figura 4.

19

Figura 4 – Etapas do Projeto. Fonte: Autora.

20

7 CONCLUSÃO

Destaca-se que houve uma mudança no tema de pesquisa no começo do presente semestre, sendo assim, a atividade principal realizada até o momento foi a revisão bibliográfica. A Tabela 3 indica o plano de ação para dar continuidade ao desenvolvimento da pesquisa.

2015

2016

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Entrevista Piloto Tabulação dos dados





Entrevista Principal Tabulação dos dados





Revisão Bibliográfica Dimensionamento da amostra Elaboração de questionário

Modelo de Simulação (Software Arena) Validação e verificação do modelo

x

OUT

NOV

x

x x

Resultados das simulações Perfil dos passageiros Conclusão

DEZ

JAN

x

x

FEV

MAR

x

x x

Redação final da tese

ABR MAI JUN

x x

x

Tabela 3 – Plano de ação (atividades realizadas e previstas). Fonte: Autora.

Os próximos passos a serem realizados: (i) são a continuação da revisão bibliográfica, (ii) o dimensionamento da amostra usando como base a tabela HOTRAN, (iii) a elaboração do questionário de acordo com as informações necessárias para a realização da dissertação, (iv) a realização da entrevista no embarque doméstico do Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo, (v) a tabulação dos dados obtidos, (vi) traçar o perfil dos passageiros de acordo com a entrevista, (vii) desenvolver o modelo no Software Arena, (viii) validar e verificar o modelo, (ix) simular os cenários alternativos, (x) gerar resultados e (xi) apresentar as conclusões.

JUL

x

x

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRU Aiport. Sobre GRU Aiport, 2015; http://www.gru.com.br/pt-br/Institucional . Acesso em março, 2015 GRU Aiport. Estatísticas, 2015; http://www.gru.com.br/pt-br/Estatisticas. Acesso em março, 2015 Gualandi N., Mantecchini L., Paganelli F., The impact of new technologies in airport passengers' processes, ICTS 14th international conference on transport science, Portoroz, Faculty of Maritime Studies and Transport, 2011, pp. 1 - 9 INFRAERO. Estatísticas dos Aeroportos. Disponível em http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatistica-dos-aeroportos.html. Acesso em março, 2015. Kalakou, Sofia, Voula Psaraki-Kalouptsidi, and Filipe Moura. "Future airport terminals: New technologies promise capacity gains." Journal of Air Transport Management 42 (2015): 203-212. L3 Security & Detection Systems. Manual ProVision2, 2013. Disponível em http://www.sds.l-3com.com/forms/English-pdfdownload.htm?DownloadFile=PDF-20. Acesso em março, 2015. Lu, Jin-Long, Jung Kyu Choi, and Wen-Chun Tseng. "Determinants of passengers’ choice of airline check-in services: A case study of American, Australian, Korean, and Taiwanese passengers." Journal of Air Transport Management 17.4 (2011): 249-252. Magri Júnior, Adival Aparecido. Impactos da aplicação do sistema check-in de auto-atendimento em terminais de passageiros de aeroportos. São Paulo, 2008. Paiva, Iara Cristina Pereira Lima. Aumento da capacidade do check-in do terminal aeroportuário através da automatização do processamento de passageiros. São José dos Campos, 2013. Wittmer, Andreas. "Acceptance of self-service check-in at Zurich airport." Research in Transportation Business & Management 1.1 (2011): 136-143. SITA. The Airline It Trends Survey, 2014. Disponível em http://www.sita.aero/surveys-reports/industry-surveys-reports/airline-it-trends-survey-2014. Acesso em março, 2015. SITA. Airport It Trends Survey, 2014. Disponível em http://www.sita.aero/surveysreports/industry-surveys-reports/airport-it-trends-survey-2014. Acesso em março, 2015. SITA. The Baggage Report da SITA, 2015. Disponível em http://www.sita.aero/surveys-reports/industry-surveys-reports/baggage-report-2015. Acesso em março, 2015.

22

SITA. Manual Self BagDrop, 2014. Disponível em http://www.sita.aero/file/8195/Self-BagDrop-technical-specifications.pdf. Acesso em março, 2015.

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