Relatório de Análise - Igreja São Domingos Uberaba

June 20, 2017 | Autor: Elisa Maura | Categoria: Patrimonio Cultural
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RELATÓRIO DE ANÁLISE – IGREJA SÃO DOMINGOS, UBERABA.
Elisa Maura Pereira Ferreira

O trabalho de campo na cidade de Uberaba, em seu contexto histórico mineiro foi uma atividade prática que teve por finalidade trazer uma dimensão real às fontes históricas e aos documentos. Esse estudo possibilitou um contato direto com o objeto de estudo e a própria pesquisa do historiador.
Ser moradora de Uberaba foi fundamental para apresentar a todos nós a realidade do nosso patrimônio histórico. Fui agraciada com excelente conversa de um Frei da Igreja de São Domingos, onde podemos ter acesso a informações históricas e atuais das ações de preservação e uso do patrimônio histórico.
Um ponto importante do trabalho prático foi à oportunidade em conhecer a Igreja de São Domingos como um monumento, inserido dentro do conjunto arquitetônico histórico de Uberaba. Ver a obra arquitetônica preservada, a situação atual do imóvel, a relação do turismo com esse patrimônio possibilitou observar, na prática, a realidade e as perspectivas do uso desses bens como objeto da pesquisa histórica.
No ano de 1899 na cidade de Uberaba, começou a ser construído o primeiro templo Dominicano (Igreja de São Domingos) do Brasil, nesse ano, sua pedra fundamental foi lançada, e no ano de 1902 estava coberta. A Igreja de São Domingos, foi erguida no terreno doado pelo Comendador José Bento do Vale e sua esposa Francisca Teodora da Silva Vale e foi projetada pelos engenheiros Egídio Betti Monsagratti, Dr. Florent e construída pelo o José Catani. Essa igreja é uma grande referência para a ordem Dominicana.
Em sua construção foi usada à pedra tapiocanga, proveniente do Rio grande, a qual submersa tem outra textura e era de cor amarelada, por conta da temperatura e o oxigênio da superfície ela se tornou mais áspera e avermelhada, dando essa forma rústica a Igreja. Segundo alguns escritos, ela seria rebocada e teria outras características, mas não foi realizada. Depois da sua construção houve o mito na cidade, de que a Igreja fora construída por escravos, mas a abolição já havia acontecido há 11 anos, porém, a Igreja teve as mãos dos negros que dominavam a arte de construir.
O seu projeto arquitetônico teve peças de vários lugares, como as telhas que vieram da França, o cimento da Inglaterra e o piso era feita em pedra sabão que veio de Goiás (hoje o piso foi trocado). As torres de estilo gótico foram feitas de madeira, e os cones em cima foram feitos de cobre (teve fim da obra em 1914).
Até 1946, não existia o pátio calçado e nem o jardim, os recursos para a construção foi conseguidos através do governo de Minas, por intermédio do deputado João Henrique e também através de doações recolhidas em comércios, indústrias, e etc. Também foi criada uma comissão que foi formada pelo Frei Reginaldo. Mostrando que o elo entre a Igreja e a comunidade é muito forte. A Igreja de São Domingos foi tombada pela CONPHAU em 2003.
O que preservar? Por que preservar? Como preservar? Estas são questões diretamente ligadas à preservação do patrimônio histórico-cultural. Pensar nos bens materiais e imateriais que emergem do social, como também suas práticas, significados e valores que compõem as construções das identidades e do pertencimento. É um grande desafio de quem cuida das fontes históricas e de sua preservação.
"Preservar bens histórico-culturais, portanto, não é apenas manter intactos seus suportes mas é também garantir a todos o direito de se apropriar dos significados a eles atribuídos, bem como a condição de uma leitura mais critica, própria e autônoma (...) A tarefa de preservação é social e dinâmica. E é exatamente aqui que encontramos a relação entre memória – o vivido e o presente-, identidades e cidadania." ( SALVADORI, p.31 1994)
O historiador adentra um espaço de conflito ao relacionar-se com as concepções de patrimônio histórico e os interesses que envolvem sua conservação e relação com as sociedades. Essa ação envolve a construção deste passado no presente, como um ato valorativo que transforma a leitura dos objetos e dos costumes do passado em história.
Estes bens devem ser destinados ao uso para conhecimento da humanidade. Muitas vezes esse patrimônio encontra-se por sua vez sob as artimanhas dos poderes estabelecidos, que nem sempre cumprem com seu papel. O que se preserva nem sempre atinge toda a cultura que deve ser protegida. Busca-se proteger o que interessa a alguns para construir uma história de interesse. Segundo a autora Maria Salvadori, em seu livro "...." estas políticas de patrimônio tornam-se conservadoras e elitistas.
Neste processo o historiador tem a responsabilidade de realizar um trabalho ético, que consiga através da memória e da história possibilitar a classificação de todos os bens importantes para o coletivo. Importante construir um olhar crítico sobre o que foi preservado e sobre as intenções ao se preservar determinado patrimônio em detrimento de outros.
Cabe ao agente da história buscar proporcionar a expansão dos significados do patrimônio, promovendo maior mobilização de diferentes setores sociais e suas variadas representações, em um movimento de cidadania e identidade.
Temos na conservação do patrimônio histórico uma ferramenta fundamental para o oficio do historiador. Tratam-se, sobretudo, de documentos vivos, são monumentos, são lugares de memória, e ainda temos os valores sociais associados a esses bens, aos usos e funções que a sociedade lhes atribui e partilha ao longo de sua existência.
A preservação desse patrimônio é importante por dois aspectos: A preservação do conjunto de monumentos é de fundamental importância para todos os pesquisadores do período em que foi erguida (1899) e a análise do processo de tombamento é muito importante para verificarmos o período e as intenções em que foram instituídos esses mecanismos legais de cuidado com o patrimônio.
Tudo começa na década de 30, quando buscando uma identidade para o Brasil o governo encontra traços especiais nas cidades de Minas Gerais. Definido um padrão a ser cultuado e preservado começa a existir a preocupação de proteger esses resquícios do período colonial. Naquele momento foi feita a construção de um arcabouço legal para traçar meios de preservação.
O primeiro importante mecanismo legal criado pelo então Governo Getulio Vargas foi o Decreto-Lei Nº 25, de 30 de novembro de 1937, que visava organizar a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
Desde então muitas leis vem sendo criadas, atualizando as antigas com os novos conceitos e visões do patrimônio e preenchendo as lacunas ainda existentes.
Nos últimos anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nos primeiros anos da presidente Dilma Rousseff, o governo federal dedicou especial atenção para o desenvolvimento de uma política pública permanente de preservação do patrimônio histórico do Brasil. O PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, destinado às cidades históricas foi o principal incentivo nesse sentindo. Ao mesmo tempo em que empresas como a Petrobras passaram a destinar mais recursos para programas de restauração e ou preservação do patrimônio histórico.
No Brasil as políticas públicas estão divididas em três níveis, políticas federais, estaduais e municipais. Essa divisão em alguns momentos acabam gerando conflitos, pois por vezes os interesses são divergentes. Em algumas cidades como Ouro Preto, Olinda-PE, para além dessas políticas, tem-se a política da UNESCO, órgão das Organizações Unidas, que procura estabelecer regras e caminhos para a preservação do patrimônio. Um momento importante para o cuidado com o patrimônio histórico e sua conservação se dá após o ano de 1988, quando estados com o de Minas Gerais passam a adotar impostos como o ICMS cultural e com a ampliação do conceito de patrimônio cultural que se dá por meio da Seção II, artigo 216 da constituição de 1988.
A partir do início do século XXI, as políticas de preservação do patrimônio e da cultura passaram a ocorrer não somente por iniciativa do governo, mas também por meio de parcerias público-privadas. Em Uberaba a preservação do patrimônio público de um modo geral se dá pela associação entre a iniciativa privada e o poder público. Muitos dos museus e lugares histórico da cidade encontram-se nessa condição, com supervisão do CONPHAU.
Esse órgão municipal criado em 1984 pela Lei Municipal n 3.483 como um conselho consultivo para a manutenção do patrimônio histórico e artístico da cidade passou a ser um orgão deliberativo em 2005 com a Lei Municipal n 6542 . Dotado de uma equipe técnica permanente, composta por engenheiros, arquitetos, historiadores e advogados, tem como principal função arrecadar recurso para a manutenção do patrimônio histórico material e imaterial da cidade de Uberaba.
Além do município é importante lembrar que desde 1988 temos a previsão do que seja o patrimônio histórico cultural e da obrigação da sua preservação prevista na lei máxima que rege a nossa nação. Na Constituição Federal temos, dentre outros dispositivos, o artigo 216 que pinçamos para melhor verificar a importância dada a esse tema:
Art. 216. Constitui patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Quanto às leis o município de Uberaba apresenta em sua legislação inúmera dispositivos de incentivo e regulamentação do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade. Assim como incentiva a sociedade a participar do processo de manutenção da memória da cidade. Apesar disso tudo ainda observamos na cidade processos de degradação do patrimônio histórico e também de descaracterização do mesmo
A exploração turística tem um papel dúbio com relação à preservação do patrimônio, podendo ser tanto benéfica como maléfica. O turismo colabora com a preservação e manutenção desses locais históricos ao gerar receitas (destinadas à preservação e conservação do patrimônio) pelo incentivo que as pessoas preservem os locais públicos e privados, movidas pela possibilidade de obterem maiores lucros com a continuidade do ciclo turístico.
Por outro lado, o aumento de turistas causa uma série de problemas para cidade e a preservação do patrimônio. Com mais pessoas passando pelas ruas e frequentando a Igreja, o desgaste dos locais acentua-se, assim como problemas de acúmulo de lixo, abastecimento de água e recolhimento de esgoto, segurança e por vezes casos de depredação de patrimônios.
Quanto ao desenvolvimento da consciência histórica local/regional, acreditamos que a exploração turística é positiva, pois ela incentiva as pessoas a buscarem conhecer o local e a região em que vivem juntamente com sua história para poderem orientar e às vezes conseguir lucros com informações históricas. Além disso, nas escolas existem programas destinados a despertar nos alunos o interesse pela história da cidade e transformar esses em possíveis guias turísticos. Além, é claro de criar o sentimento de pertencimento dessas pessoas no conjunto patrimonial.
O turismo na Igreja de São Domingos, que é um dos patrimônios da cidade de Uberaba é muito procurado no dia-a-dia, às pessoas nem sempre vai visitá-la por ser um templo religioso, mas por ser um monumento da cidade, e diferente de algumas Igrejas, a entrada é franca, podendo ser visitada sem custos.
Em Uberaba pelo que pude observar poucas pessoas trabalham ou desenvolvem trabalhos em torno do patrimônio histórico da cidade e do turismo que esse atrai, aqui vemos muitos comércios, mas não com a intenção de atingir os turistas, mas para os moradores da cidade. Observei poucas atividades que se inserem neste contexto e envolvem diferentes grupos da população. Por outro lado, como Uberaba é uma cidade viva, as pessoas se preocupam às vezes não apenas com o patrimônio, mas com a suas dificuldades de se locomover, e preços elevados de custo de vida e como consequência temos às vezes o surgimento de ocupações irregulares.
Na cidade de Uberaba, percebemos também o conflito entre preservação e expansão. O crescimento da cidade e do turismo trouxe movimento à vida local e problemas também. No centro histórico veículos pesados não podem circular e a circulação de carros é complexa, ao mesmo tempo em que há dificuldade para se preservar as ruas e fachadas das casas e as próprias casas.
Na questão da identidade dos moradores da cidade com o patrimônio histórico, encontramos, conversando com os locais, diferentes identificações com a cidade e sua história. Para um numero grande de moradores a história do período colonial é praticamente ignorada e substituída pela sua história pessoal, pela memória que essa pessoa construiu ao longo da vida na cidade. Por exemplo, a Praça Rui Barbosa, para alguns moradores é o local de encontro, de paquera, descanso e não o local onde era o centro da cidade, que ao redor dela a cidade se desenvolveu. Ou até mesmo a Igreja de São Domingos, muitos moradores vão lá para os cultos e celebrações, mas não pensam na história do patrimônio.
A mercantilização do patrimônio histórico, assim como a exploração turística, tem seus pontos positivos e negativos. Se por um lado a cobrança de ingressos para se ter acesso a locais históricos gera uma renda para a manutenção dos mesmos, por outro essa cobrança, quando feita de forma abusiva pode afastar das pessoas o interesse em conhecer os locais históricos, fato que não ocorre na Igreja de São Domingos.
Outro ponto negativo que a mercantilização do patrimônio histórico leva é a uma exploração voltada para o lucro/arrecadação em detrimento da preservação e valorização do lugar e de sua história. Em Uberaba essa questão fica evidente em Peirópolis – Distrito de Uberaba, em seus museus onde há nenhuma forma aparente de cuidados para com a preservação da sua forma ou dos seus campos que podem ser tocadas pelas pessoas gerando desgastes.
Por vezes as mercantilização do espaço onde se localiza o patrimônio acabam também afastando a população que vivia no seu entorno. Além de priorizar-se o marketing sobre o lugar, transformando o lugar público em um lugar privado, onde se pensa apenas nos turistas, nos consumidores do local e nada nas pessoas que vivem no entorno. Os imóveis ganham preços absurdos, fazendo com que a população local não tenha condições de ficar perto do patrimônio. A espetacularização ocorre por meio desse pensamento mercantil, que se faz presente por meio do marketing, e transforma os espaços do patrimônio histórico em uma espécie de "ilha da fantasia", criando ou recriando fantasias que por vezes não fazem parte da história daquele local.
Uberaba, assim como outros patrimônios, traz consigo uma grande carga de memória de uma comunidade que ali se instala. Memórias que perduram por anos, passadas através de documentos, de relatos tanto escritos como orais, e também pelo próprio patrimônio, pelo modo de construção, quem o construiu, como foi construído e outros aspectos.
Essas memórias se tornam grandes fontes de conhecimento do passado, o que podem beneficiar a busca da história ou até mesmo dificulta-la. Isso, pois se tratam às vezes de memórias apenas passadas pela oralidade. Porém todas essas fontes históricas, de uma forma criteriosa, são de grande importância para conhecer a cidade.
A cidade visitada tem sua memória, contada pelos documentos que ali perduram por anos, pelos patrimônios tangíveis ou intangíveis e também pela história oral, passado por moradores e conhecedores da região.
Tais memórias se fazem necessárias pra a história, pois contribuem para verificar a formação daquela vila que se transformou em uma cidade. Isso porque todas essas fontes são de extrema importância para entender o progresso histórico concreto do desenvolvimento da cidade, e para compreender também a formação da nossa região e até mesmo da importância dessa região para a formação da história de nosso país.
O conceito de patrimônio carrega consigo o valor de identidade de um povo, uma região ou até mesmo uma nação. Para considerar patrimônio é importante que esse tenha um valor histórico e de identificação daqueles que vivem com essas construções, no caso dos patrimônios tangíveis, ou os que vivem com aquela cultura, no caso dos intangíveis.
A cidade analisada nos foi apresentada como uma cidade viva, portanto uma cidade que está em constante movimento de cidadãos e que faz essa troca de cultura, pensamentos e identidades entre moradores e a cidade. Apesar da identificação de alguns moradores, há também aqueles que não sentem como parte dessa cidade viva ou aqueles que não se identificam com o seu patrimônio, o centro histórico, a cultura apresentada nele e tudo o que se envolve com tal aspecto, torno alguns habitantes mais distantes ainda da cultura patrimonial.
A realidade enxergada na cidade viva é mostrar aos moradores que ali habitam, mesmo nas zonas mais afastadas do centro histórico, que há uma necessidade de se preservar aquele patrimônio por pertencerem a sua história e a história de toda uma nação, fazendo com que aquela área se torne motivo de muitos estudos e de grande valor para a humanidade.
Existe uma dificuldade de fazer com os novos moradores da cidade se identifiquem com o conjunto patrimonial histórico, mesmo sabendo de sua importância. Cria-se um abismo entre a necessidade de se preservar e a identidade daquele povo.
Essa relação entre a identidade e patrimônio deve ser estabelecida para criar nos habitantes o sentimento de pertencimento, tornando-os pessoas que convivem e entendem o meio em que estão socializadas.
Para se entender patrimônio, temos que entender a importância do que estamos estudando, pesquisas históricas e estudos de historiografias são de grande valia para se compreender o verdadeiro sentido do bem seja ele tangível ou intangível.
A narrativa da história tem o dever de manter aquele momento retratado no patrimônio na memória e no conhecimento do povo, para que assim seja feita a devida compreensão de sua importância.
Para que se entenda tal narrativa historiográfica que deve perpassar o pretérito e se difundir com o presente devemos dar aos patrimônios sua devida história e localização no passado, fazendo com que assim se tenha uma visão de seu lugar e sua importância, é para isso que entendemos a necessidade de preservar um bem material ou imaterial, dando seu devido valor dentro da sociedade em que está colocado.
Tal trabalho exige minuciosas pesquisas e entendimento do que se estuda, do tempo, do local e de suas origens, cada parte destas pesquisas é de extrema importância para se compreender o passado por meio de patrimônios.
Quesito básico para um entendimento da sociedade sobre patrimônio, e até mesmo sobre sua identidade naquele patrimônio, é a educação patrimonial.
Este aspecto infelizmente não tem um grande valor para, por exemplo, uma cidade como Uberaba, nossa cidade estudada. Pois este valor agrega aos moradores daquela cidade a devida importância de preservação e de estudos sobre patrimônios que ali estão.
No caso de patrimônios intangíveis a educação patrimonial é de extrema necessidade para que aquela cultura ali retratada não morra, e continue passado de geração a geração da maneira como ela chegou até os dias de hoje.
Há uma necessidade de educação patrimonial para que as sociedades se sintam incluídas dentro daqueles patrimônios que são vistos na maioria das vezes como algo arcaico ou apenas como imensos mausoléus que ocupam lugar do progresso daquelas cidades.
Devemos dar aos patrimônios sua devida importância, e para que isso seja feito devemos inserir toda a sociedade dentro da história que aquele patrimônio retrata trazer uma identificação para que de certa maneira aqueles patrimônios possam se conectar a história de todos que ali o rodeiam. Ter a oportunidade de ver com outros olhos a cidade de Uberaba nos deu a oportunidade de vivenciar a realidade do historiador enquanto pesquisador, principalmente, no que tange aos cuidados de preservação das fontes históricas. Tivemos contato direto com os monumentos e com as suas histórias, pudemos ver e sentir a realidade daquele patrimônio.
Confrontar os conceitos e as pesquisas discutidas em sala de aula com a realidade é fundamental na nossa construção acadêmica. Dentro da Universidade nunca poderíamos ter a noção exata do tamanho e da importância do Patrimônio da cidade. Somente estando nesse local pude verificar efetivamente o que tem sido feito em relação a preservação e o mais importante conhecer a visão da população local, o que pensam e o que esperam do patrimônio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DVD – Programa Uberaba em Tons in Versos.
D'ALESSIO, Márcia M. Metamorfoses do patrimônio. O papel do historiador. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pp.79-90.
Referência eletrônica< http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/conteudo,882 > visitado em 26/07/2014
SALVADORI, Maria Ângela Borges. História, ensino e patrimônio. Araraquara (SP): Junqueira & Marin Editores, 2008.
SANT'ANNA, Marcia. A face imaterial do patrimônio cultural: os novos instrumentos de reconhecimento e valorização. Memória e patrimônio. pp.46-55.

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