RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III Área de conhecimento: Equideocultura

May 23, 2017 | Autor: A. da Silva Macêdo | Categoria: Horses, Zootecnia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III Área de conhecimento: Equideocultura

ALUNO: ALBERTO JEFFERSON DA SILVA MACÊDO MATRICULA: 31214084

Areia-PB Junho de 2016

ALBERTO JEFFERSON DA SILVA MACÊDO

Relatório do Estágio Supervisionado III Área de conhecimento: Equideocultura

Relatório apresentado como parte das exigências

para

avaliação

do

Estágio

Supervisionado Obrigatório III, do curso de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba

Orientador(a): Prof.ª Dra. Maria Lindomárcia Leonardo da Costa

Areia-PB Junho de 2016

Sumário 1.0 Introdução............................................................................................................. 1 2.0 Atividades Desenvolvidas..................................................................................... 5 3.0 Considerações Finais........................................................................................... 16 4.0 Literatura Citada................................................................................................. 17

1.0 INTRODUÇÃO O Estagio Supervisionado Obrigatório III é uma disciplina do curso de Zootecnia ofertado no oitavo período, para que os alunos obtenham o conhecimento a respeito das diferentes áreas da Zootecnia, inclusive na área de criação de grandes animais de interesse zootécnico, para que possam adquirir conhecimentos e experiência em setores ou laboratórios, de forma a pôr em prática no campo o que foi ensinado teoricamente em sala de aula. O setor de Equideocultura da UFPB/CCA trabalha com a criação de equinos a partir de éguas “matrizes” que entram na fase de reprodução e consegue-se uma cria por ano, gerando novas crias onde estas são comercializadas para gerar recursos para o setor e desta forma seguir ampliando e crescendo. A Equideocultura apresenta grande relevância a nível local, regional, nacional e mundial tendo como principal aspecto a figura do cavalo e dependendo da região e dos costumes que se tem, os equídeos desde sua evolução são considerados como “presas” na natureza, ao longo dos anos foram se adaptando ao meio, sendo necessário fugir do perigo para escaparem e assim sobreviverem e hoje em dia se apresentam da forma como conhecemos, sendo utilizados para tração, trabalho/lida, lazer, esporte, fonte alimentar etc. Esta atividade se apresenta de forma lucrativa, se bem realizada, gerando renda, movimentando a economia, gerando empregos e qualidade de vida para as pessoas envolvidas. Em relação a Equideocultura para sua devida eficiência na criação depende de manejos sanitário, nutricional, reprodutivo, mão-de-obra devidamente capacitada, como também dispor de boas fontes de recursos naturais como: água, solos férteis, disponibilidade de áreas, luz etc. O Brasil apresenta fatores favoráveis para a criação de equídeos, o país apresenta clima tropical e grande disponibilidade de recursos naturais. Durante a execução do estágio procurou-se focar no manejo nutricional dos animais, levando em consideração que os mesmos se alimentavam em pastagem de brachiaria decumbes, que se apresenta como uma espécie forrageira menos indicada para equinos, pois a relação cálcio = fósforo na dieta do animal pode ser inadequada pois a brachiaria possui em sua composição uma substância denominada de oxalato que são sais ou ésteres de ácido oxálico, que, na presença de íons de cálcio, formam oxalato de cálcio, que é pouco solúvel e tende a se acumular no organismo. Geralmente, os oxalatos são encontrados nas gramíneas na forma de ácido oxálico, oxalato de potássio, de sódio e de cálcio, uma vez ingerido pelos equinos, se liga ao Ca no intestino delgado formando um composto insolúvel denominado de oxalato de cálcio, tornando o Ca indisponível para os animais. Assim sendo, para manter a relação fisiológica normal (2:1) entre o Ca e P, o animal, por meio do paratormônio, começa a retirar Ca dos ossos e a lançá-lo na corrente sanguínea, provocando distúrbios na formação óssea, comumente conhecido como osteodistrofias. É uma 1

afecção metabólica relacionada ao sistema locomotor, pois constitui um problema de repercussão óssea, caracterizada por osteopenia (diminuição da densidade mineral óssea) devido a uma exacerbada reabsorção óssea, causada pela deficiência de cálcio (Ca), podendo ser resultante de uma deficiência primária ou secundária, levando à substituição do tecido fibroso e à formação de cistos. A mais notória é o hiperparatireoidismo nutricional secundário, conhecido também por osteodistrofia fibrosa ou “cara inchada” (Swartzman et al., 1978). Outro fator importante no manejo nutricional de equinos é atentar para os níveis de fibra presente na dieta do animal, no Brasil a criação de equídeos se baseia na utilização de pastagens, devido a disponibilidade de área e clima favorável a produção de forragens. As pastagens sempre foram o alimento natural dos equinos, onde eles desenvolveram-se durante séculos. Eram formadas por diferentes espécies vegetais que serviam para uma dieta completa, escolhidas livremente pelos animais. Atualmente, com o avanço do conhecimento em nutrição, as pastagens continuam a ser fundamentais, mesmo na criação intensiva (Resende et al., 2015). Os volumosos são alimentos essenciais para os equinos pois além da fibra promover inúmeras funções dentro do organismo dos equinos, sem um nível adequado de fibra da dieta, esses animais podem desenvolver quadros de acidose, cólica, laminite, dentre outros distúrbios metabólicos, para evitar esses distúrbios deve-se respeitar a indicação de que um equino deve ingerir por dia 1% do seu peso vivo de alimento advindo de forragem para atender suas necessidades diárias de ingestão de fibra (Victor et al., 2007). Objetivou-se com o ESO III proporcionar ao aluno do curso de Zootecnia vivencias práticas na criação e manejo de equinos com o intuito de aprendizado e aplicação dos conhecimentos adquiridos na sala de aula para serem aplicados no campo.

2.0 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS A realização do ESO III foi realizado na Fazenda Experimental Chã do Jardim relacionado a Equideocultura, abrangendo aspectos de criação e manejo nutricional de equinos pertencente a UFPB/CCA onde foram realizadas as seguintes atividades:

1. Formulação de ração com base na composição do pasto para éguas prenhes e potros em crescimento; 2. Fornecimento de ração para potros; 3. Acompanhamento da curva de crescimento e pesagem dos potros;

2

Atualmente o rebanho de equinos no setor de Equideocultura apresenta um total de 10 animais como está disposto na tabela 1.

Tabela 1. Composição do rebanho do setor de Equideocultura UFPB/CCA. Categoria animal Égua Égua Égua Égua Égua Égua Égua Potro Potra Potro Total:

Nome Linda Eva Capitu Ruça Fofolete Galega Vovó Zeus Esmeralda Tem dia 7 éguas + 3 potros = 10 animais

Atualmente das sete éguas, seis estão prenhas e uma égua vazia Ruça, em relação aos potros se tem dois machos e uma fêmea com idade média de oito meses de vida cada. Os animais pastejam uma área de brachiaria decumbens juntamente com animais de outras espécies nesse caso bovinos pertencentes ao setor de Bovinocultura Leiteira. Devido as duas espécies pastejarem na mesma área de pastejo há dificuldades para o manejo de ectoparasitas (carrapatos) nos equinos onde estes são mais propícios a serem parasitados do que os bovinos, tendo como principal problema um excesso de carga parasitária nos equinos que além de causar estresse aos animais a alta infestação de carrapatos parasitando equinos ainda pode ocorrer a transmissão de doenças como a babesiose. Para a formulação das dietas para as éguas e para os potros fez-se uma avaliação da composição bromatológica do pasto de brachiaria decumbens, primeiro fez-se uma avaliação da área onde foram coletados em pontos aleatórios parte da forragem envolvendo folhas e colmos na região apical da planta onde os animais realizam o pastejo, foram coletados 20 pontos aleatórios por toda a área de pastejo a uma altura média de 10 centímetros utilizadas para análise de MS e destas três repetições foram escolhidas aleatoriamente para análise de PB. As análises laboratoriais foram realizadas nos Laboratórios de Forragicultura e Laboratório de Nutrição Animal do CCA/UFPB. Onde as amostras de brachiaria decumbens, foram pré-secas em estufa de ventilação forçada (60ºC) e, em seguida, processada em moinho tipo Wiley de facas (1 mm). As análises de composição em matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) (N × 6,25), foram realizadas de acordo as metodologias preconizadas pela AOAC (1990), com adaptação de Detmann et al. (2012).

3

Após a realização das análises de MS e PB obteve-se uma média de 36% MS e 9% PB do pasto de brachiaria decumbens, a uma altura de pastejo de 10 cm. Sobre plantas forrageiras chamadas de brachiaria de modo em geral não são indicadas para serem utilizadas para pastejo por equinos dentre as mais prejudiciais está a brachiaria humidícola, planta forrageira esta que possui elevado teor de fibra em sua composição como também desbalanço na relação de Ca < oxalato podendo acometer os equídeos com a osteodistrofia fibrosa “cara inchada”. No caso da Chã do Jardim os equinos pastejam uma área de brachiaria decumbens que é menos propenso a ocorrência da cara inchada mas para evita-lo é necessário suplementar acima das exigências de Ca impostas pelo NRC Horse 2007 para buscar manter uma relação de Ca:P de no mínimo 2:1. Após realizada as análises de MS e PB do pasto realizou-se uma avaliação dos animais que foram altura de cernelha nas éguas a título de curiosidade e nos potros para avaliar curva de crescimento como também uma estimativa de PV nas éguas para estimar um PV médio destas para formular o concentrado e também nos potros para avaliar a curva de crescimento e servir de base para formular o concentrado.

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Figura 1- Uso da fita métrica para estimativa de PV dos animais.

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Pesagem dos potros da Equideocultura a partir do dia 5 de abril de 2016.

Tabela 2. Primeira avaliação em 15 de abril de 2016 e última avaliação das éguas em (Peso² kg) em 17 de junho de 2016 e altura das éguas a título de curiosidade. Potros Altura¹ Zeus 127 Esmeralda 126 Tem Dia 128 Éguas Linda 151 Eva 145 Capitu 142 Ruça 146 Fofolete 140 Galega 139 Vovó 142 ¹Altura em centímetros e ²Peso em quilogramas.

Peso² 232 232 200 413 345 390 436 390 345 436

Tabela 3. Segunda avaliação em 29 de abril de 2016. Potros Zeus Esmeralda Tem Dia

Altura¹ 127 126 128

Peso² 232 232 200

Tabela 4. Terceira avaliação em 13 de maio de 2016. Potros Zeus Esmeralda Tem Dia

Altura¹ 129 128 131

Peso² 250 250 210

Tabela 5. Quarta avaliação em 27 de maio de 2016. Potros Zeus Esmeralda Tem Dia

Altura¹ 129 128 132

Peso² 268 268 215

Tabela 6. Quinta avaliação em 17 de junho de 2016. Potros Zeus Esmeralda Tem Dia

Altura¹ 129 128 132

Peso² 268 268 232

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As pesagens ocorreram com intervalos de 15 dias entre uma e outra.

Figura 2- Avaliação dos animais (altura de cernelha).

Os animais permaneciam a pasto a maior parte do dia sendo o concentrado oferecido duas vezes ao dia para os potros as 7 horas da manhã e as 16 horas da tarde e para as éguas o concentrado era ofertado apenas pela manhã as 7 horas da manhã, onde todos os animais foram estabulados cada um em uma baia individual na instalação para bovino de corte existente na Chã do jardim. Onde a composição atual de concentrado que os animais recebem é composto na Matéria Natural (MN) por dois sacos de milho, 1 saco de soja, 1 saco de trigo, 8 kg de calcário calcítico e 12 kg de suplemento mineral. Onde as éguas recebem concentrado apenas uma vez ao dia em tordo de 2 kg de concentrado ao dia e os potros recém o concentrado duas vezes ao dia com um total de 2 kg de concentrado ao dia, tanto as éguas quanto os potros recebem a mesma dieta e mesma quantidade de concentrado, isso pode ser justificado devido à falta de recursos do setor em relação a se realizar um concentrado para cada categoria logo que as exigências nutricionais desses animais são diferentes em função do estado fisiológico de cada um. Mas o correto seria se avaliar constantemente a composição bromatológica do pasto, se avaliar a composição bromatológica dos ingredientes grãos utilizados e com base nas exigências nutricionais dos animais se formular os concentrados e após formulados ainda seria necessário realizar a avaliação de composição 7

bromatológicas deste para averiguar se houve desbalanço do concentrado durante a mistura dos ingredientes. Desta forma como proposta a serem sugeridas para serem aplicadas no setor de Equideocultura, tomando como base a composição bromatológica com base no CQBAL 3.0 de todos os ingredientes alimentares utilizados na dieta dos animais, estão dispostos de acordo com a tabela 7.

Tabela 7. Composição bromatológica de todos os ingredientes alimentares utilizados. Alimentos Volumoso Trigo Milho soja óleo Suplem. Calcário

MS 36 88 87,6 88,6 99,5 99,8 99,8

NDT 51 72,4 87,3 81,5 207 -

PB 9 16,6 9,1 48,8 -

FDN 69 44,3 14 14,6 -

EE 1,8 3,5 4 1,7 99 -

Ca 0,37 0,22 0,03 0,34 15 37,6

P 0,23 1 0,25 0,6 7 -

8

Vale ressaltar que para não ruminantes a energia é expressa em Mcal ou kcal ou em M joule dentre outras unidades de energia e geralmente se utiliza NDT para predizer as necessidades de energia expresso em NDT, mas nesse caso específico foram considerados os valores de NDT dos alimentos pois as exigências nutricionais dos animais foram consultados do NRC-Horse 2007 onde os valores em energia foram expressos em kcal/kg esses valores foram convertidos para NDT considerando que 1 kg de NDT equivale a 4410 kcal e que 4410 kcal equivale a 4,4 Mcal por regra de três chega-se ao valor total de NDT expresso em kg depois transforma-se em percentual (%) obtendo-se dessa forma os valores expressos em % de NDT e foram com base nesses valores que se formulou-se os concentrados considerando a ingestão de MS total de 2% do PV sendo 1% advindo do pasto e 1% advindo do concentrado.

Figura 3- Fornecimento de concentrado aos animais.

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Com base nas tabelas 8 e 9. estão expressos as rações propostas.

Tabela 8. Ração proposta para as éguas. Alimentos CMS Exigência 10 Braquiária decumbens 9,79 Calcário calcítico 0,21 Total 10 V C 97,9 2,1

NDT 5 5,0 5,0

PB 0,8 0,881 0,881

FDN 5 6,750 6,750

EE 1 0,176 0,176

Ca P 0,025 0,016 0,036 0,023 0,079 0,115 0,023 Ca:P 5 1 Oxalato 0,5 1

De acordo com os valores de composição bromatológica dos ingredientes que foram consultados pelo CQBAL 3.0 de acordo com a formulação as éguas considerando uma média de 450 kg de PV não necessitariam ingerir concentrado apenas o pasto mais calcário calcítico. Vale ressaltar que essas recomendações são apenas estimativas, pois o correto seria avaliar a composição do pasto e dos ingredientes grãos antes de se formular a dieta e observar se atende as exigências nutricionais dos animais ou não. Segundo Puoli Filho et al., 2011 em estudo com equinos utilizando níveis de Ca acima dos recomendados pelo NRC 1989 verificaram que a utilização do nível de Ca suplementar duas vezes superior ao recomendado pelo National Research Council não é suficiente para impedir a mobilização desse mineral nos ossos de equinos pastejando Brachiaria humidícola por longos períodos. No caso específico com os animais do setor de Equideocultura se considerou um teor de oxalato da Brachiaria decumbens conforme consulta na literatura apresentando uma média de 2,3% de oxalato em sua composição. Considerando esse teor de oxalato buscou-se corrigir as necessidades de Ca dos animais de forma que a relação Ca:P não fosse prejudicada.

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Tabela 9. Ração proposta para os potros. Alimentos CMS Exigência 5 Braquiária decumbens 2,5 Trigo, farelo 2,05 Soja, farelo 0,28 Óleo de soja 0,025 Suplemento mineral 0,05 Calcário calcítico 0,1 Total 5,01 V C 50 50

NDT 2,5 1,3 1,484 0,228 0,052 3,04

PB 0,7 0,225 0,340 0,137 0,70

FDN 2,5 1,725 0,908 0,041 2,67

EE 0,5 0,045 0,072 0,005 0,025 0,15

Ca P 0,03 0,015 0,009 0,006 0,005 0,021 0,001 0,002 0,008 0,004 0,038 0,06 0,03 Ca:P 1,9 1 Oxalato 1,04 1

Já para a dieta dos potros observa-se que a composição do concentrado já entra alguns alimentos concentrados energéticos e proteicos como também óleo de soja, calcário e suplemento mineral. Esses animais em função da categoria são mais exigentes em nutrientes logo que são animais que estão em crescimento. A título de informação para a formulação de 100 kg de concentrado para os potros com base na MN deve-se misturar: 82,58 kg de farelo de trigo + 11,20 kg de farelo de soja + 0,89 kg de óleo de soja + 1,78 kg de suplemento mineral + 3,55 kg de calcário = 100 kg de concentrado. Ração fornecida – Balanço:

Tabela 10. ração fornecida éguas. Alimentos Braquiária decumbens Milho, grão moído Soja, farelo Trigo, farelo Suplemento Mineral Calcário Calcítico Total Exigência Balanço

CMS

NDT

PB

FDN

EE

Ca

P

7 1,074 0,453 0,270 0,122 0,082 9 9 0

3,57 0,937 0,369 0,195 5,1 4,5 +0,6

0,63 0,098 0,221 0,045 0,99 0,72 +0,27

4,83 0,150 0,066 0,119 5,2 4,5 +0,7

0,126 0,043 0,008 0,009 0,2 0,9 -0,7

0,026 0 0,002 0,001 0,018 0,031 0,077 0,023 +0,055

0,016 0,003 0,003 0,003 0,009 0,033 0,014 +0,018

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Conforme se observa na tabela 10. Para a categoria de éguas, todas as exigências nutricionais estão sendo atendidas e inclusive acima do que o animal necessita, para EE observa-se que a quantidade que está entrando na ração não está no limite máximo o que não provocará distúrbios metabólicos no animal.

ALTURA (CM) POTROS 135 134 133 132

132

ALTURA (CM)

132 131

ALTURA ZEUS

131

ALTURA ESMERALDA

130 129

129

ALTURA TEM DIA

129

129 128

128

128

128

Linear (ALTURA ZEUS)

128

128

Linear (ALTURA ESMERALDA) 127

127

Linear (ALTURA TEM DIA)

127 126

126





126 125 3ª





AVALIAÇÕES Gráfico 1- Distribuição de peso vivo em kg dos potros em função das avaliações a cada 15 dias.

Tabela 11. ração fornecida potros. Alimentos Braquiária decumbens Milho, grão moído Soja, farelo Trigo, farelo Suplemento Mineral Calcário Calcítico Total Exigência Balanço

CMS

NDT

PB

FDN

EE

Ca

P

3 1,074 0,453 0,270 0,122 0,082 5 5 0

1,53 0,937 0,369 0,195 3,0 2,5 +0,5

0,27 0,098 0,221 0,045 0,6 0,7 -0,1

2,07 0,150 0,066 0,119 2,4 2,5 -0,1

0,054 0,043 0,008 0,009 0,1 0,5 -0,4

0,011 0 0,002 0,001 0,018 0,031 0,06 0,03 +0,03

0,007 0,003 0,003 0,003 0,009 0,024 0,015 +0,009

Conforme se observa na tabela 10. para o caso dos potros existe um excesso de NDT na dieta, um pequeno déficit de PB, déficit de FDN, para EE está abaixo do limite de inclusão o que é ideal e há um pequeno excesso de Ca e P. De modo que a composição da ração em % da MN do

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concentrado da ração fornecida, formulação de 100 kg de concentrado para os potros contém: 54,55 kg milho moído, 22,73 kg farelo de soja, 13,64 kg de farelo de trigo, 5,45 kg de suplemento mineral e 3,64 kg de calcário.

PESO (KG) POTROS 300 268268

268268

250250 250

232232

232232

200

232 215

210

200

PESO (KG)

200

PESO ZEUS PESO ESMERALDA

150 PESO TEM DIA 100

Linear (PESO ZEUS) Linear (PESO ESMERALDA)

50

0 1ª









AVALIAÇÕES Gráfico 2- Expresso peso em kg dos potros em função das avaliações a cada 15 dias.

De acordo com o gráfico 1 observa-se que dentre os três potros o que expressou maior altura durante as cinco avaliações que foram realizadas com intervalos a cada 15 dias perfazendo um total de 60 dias de avaliação onde o potro TEM DIA, expressando altura inicial de 128 cm de altura de cernelha e altura final de 132 cm de altura de cernelha, isso pode ser explicado devido a sua maior altura perante os outros potros e no decorrer das avaliações este animal não apresentou desempenho prejudicado perante os outros animais. O potro ZEUS apresentou altura inicial de 127 cm e altura final de 129 cm este apresentou altura de cernelha menor do que TEM DIA e maior em relação a potra ESMERALDA. A potra ESMERALDA apresentou altura inicial 126 cm e altura final de 128 cm dentre todos os potros esta potra foi a que obteve menor crescimento em altura de cernelha, isso pode estar associado ao fato de animais machos tem maior taxa de crescimento inicial do que animais fêmeas.

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De acordo com o gráfico 2 observa-se o peso dos potros expressos em kg em função das avaliações que ocorreram em intervalos a cada 15 dias. Os potros ZEUS e ESMERALDA apresentaram pesos iniciais e finais praticamente iguais durante toda a avaliação com peso inicial para ambos de 232 kg PV e final de 268 kg de PV. O potro TEM DIA apresentou os menores pesos inicial e final 200 kg PV e 232 kg de PV respectivamente.

GANHO DE PESO POTROS 40

36

36

35

32

GPT E GMD (KG)

30 25 GPT 60 DIAS

20

GMD

15

Linear (GPT 60 DIAS)

10

Linear (GMD)

5 0,600

0,600

0,530

0 ZEUS

ESMERALDA

TEM DIA

POTROS Gráfico 3- Expressa o GMD e GPT dos potros em função das avaliações a cada 15 dias com um total de 60 dias de avaliação.

De acordo com o gráfico 3 observa-se que os potros ZEUS e ESMERALDA apresentaram os mesmos ganhos de peso total em 60 dias (GPT 60 DIAS) de 36 kg para ambos e um ganho de peso médio diário de 0,600 kg por dia (GMD). O potro TEM DIA apresentou um GPT de 32 kg de PV e um GMD de 0,530 kg de PV.

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GRÁFICO DEMONSTRATIVO ENTRE ALTURA E PESO 500 436

450

390

400

390

345

350

PESO (KG)

436

413 345

300 250 ALTURA

200 151 150

145

142

146

140

139

Fofolete

Galega

142

PESO

100 50 0 Linda

Eva

Capitu

Ruça

Vovó

ÉGUAS Gráfico 4- Expresso os valores de altura de cernelha e peso vivo das éguas.

De acordo com o gráfico 4 observa-se que a égua que apresenta maior altura de cernelha é a égua LINDA e a menor de altura de cernelha é a égua GALEGA, para PV as éguas de maior PV são RUÇA e VOVÓ e as éguas que apresentam menor PV são EVA e GALEGA.

SUGESTÕES: Sobre as informações levantadas do setor de Equideocultura sabe-se que este necessita de várias modificações, onde em primeiro lugar deveria destinar uma área específica e própria apenas para os equinos pois a utilização da mesma área de pastejo para equinos e bovinos não é interessante devido a vários motivos e um destes seria a alta infestação de carrapatos nos equinos advindos dos bovinos, o pasto tem alto grau de infestação e seu controle torna-se praticamente impossível. Outro fator seria estabelecer um maior acompanhamento dos animais em função da categoria animal e seu estágio fisiológico, onde dever-se-ia investigar a composição bromatológica do pasto e este deveria ser de alguma gramínea do gênero Cynodon mais preferível o Tifton 85 e evitar áreas de pastagens de plantas forrageiras do gênero Brachiaria. Dever-se-ia também formular dietas que realmente atendessem as exigências nutricionais dos animais ou comprar rações já prontas para evitar deficiências ou ultrapassar as exigências para serem oferecidas aos animais tendo como objetivo o real atendimento de suas exigências permitindo

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aos animais expressarem seu potencial genético e pleno desenvolvimento corporal, sem falar dos cuidados sanitários que deveriam serem adotados, estabelecer uma estação de monta anual atrelada a um melhoramento genético, onde o objetivo deveria aumentar a composição dos animais tendendo para raça Quarto de Milha com o objetivo de vender potros anualmente gerando renda para o setor e melhorando o material genético do rebanho, estabelecendo uma taxa de reposição das éguas parideiras até que com o tempo chega-se a um rebanho de éguas parideiras PO.

3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio Obrigatório Supervisionado III foi de grande validação, visto que foi possível o aprendizado de como deve ser feita uma criação de equinos e a importância diária do manejo dos animais, envolvendo aspectos nutricionais, comportamentais e sanitários, respeitando suas particularidades dentro de cada categoria (égua, égua prenhe, potro etc.), além de noções práticas de criação e manejo de equinos. Tendo em vista a criação de animais de qualidade e desempenho, torna-se essencial o enfoque nutricional dos mesmos, considerando-se que a alimentação é responsável por mais de 60% do desenvolvimento do animal. A nutrição é capaz de, juntamente com um manejo adequado, exteriorizar a total capacidade genética do animal em crescer, reproduzir, trabalhar etc., não sendo possível modificar nenhuma característica genética do animal que seja preestabelecida geneticamente. Cabe ao profissional Zootecnista dispor de conhecimentos técnicos na área e aplicar as medidas e modificações necessárias no sistema de produção e assim obtendo eficiência na criação de equinos.

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4.0 LITERATURA CITADA A.O.A.C. (1990): Association of official, chemists, official methods of analysis. 15th Edition, Washington DC, U.S.A. DETMANN, E.; SOUZA, M.A.; VALADARES FILHO, S.C. et al. Métodos para análise de alimentos. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ciência Animal. Visconde do Rio Branco, MG: Suprema, 2012. 214p. NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient requeriments of horses. 7.rev.ed. Washinton, D.C.: 2007. 296p. PUOLI FILHO, J. N. P. et al. Effect of mineral supplement on calcium mobilization from bone of equine grazing Brachiaria humidícola. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 34, n. 5, p. 873-878, 1999. REZENDE, A. S. C.; SILVA, R. H. P.; DA SILVA INÁCIO, D. F. Volumosos na alimentação de equídeos. Caderno de Ciências Agrárias, v. 7, n. Suppl, p. 116-131, 2015. SWARTZMAN, M.S.; HINTZ, H.F.; SCHRYVER, H.F. Inhibition of calcium absorption in ponies fed diets containing oxalic acid. American Journal of Veterinary Research, Schaumburg, v.39, n.10, p.1621-1623, 1978. VICTOR, R. P.; ASSEF, L. C.; PAULINO, V. T. Forrageiras para equinos. Disponível em:. Acessado em: 18/06/16.

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