Relatório do Projeto TERDesign - Tecnologia e Emancipação e Renda pela Ação do Design (2011)

June 29, 2017 | Autor: Hugo Cristo | Categoria: Design for Social Innovation, Computational Thinking
Share Embed


Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ARTES

NÚCLEO DE INTERFACES COMPUTACIONAIS DEPARTAMENTO DE DESENHO INDUSTRIAL

TERDESIGN: Tecnologia, Emancipação e Renda pela Ação do Design Relatório 2011

Projeto contemplado pelo Edital nº049/2010

FEVEREIRO DE 2012 VITÓRIA – ES

1. Sobre o Projeto O projeto TERDesign – Tecnologia, Emancipação e Renda pela Ação do Design – teve como objetivo a implantação de oficinas permanentes para o uso criativo das tecnologias de informação e comunicação na estrutura disponível no telecentro da Casa Brasil de Itararé, no Município de Vitória – ES, visando fomentar o desenvolvimento de uma cultura tecnológica junto às comunidades atendidas. Como objetivos específicos, pretendeu: 1. Proporcionar oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional, técnico e criativo por meio das tecnologias de informação e comunicação; 2. Incentivar a comunicação comunitária, a produção cultural e artística, a autonomia e independência informacional e comunicacional das comunidades; 3. Articular tecnologia e desenvolvimento local por meio das iniciativas dos próprios cidadãos participantes do projeto; 4. Desenvolver o potencial e a responsabilidade social dos alunos do Curso de Desenho Industrial da UFES por meio da atividade de extensão; 5. Consolidar uma proposta alternativa para o uso dos telecentros para além da mera oferta de acesso à Internet, que possa ser ampliada para os demais pontos de acesso do município e do Estado. O projeto foi contemplado pelo edital MCT/CNPq nº 49/2010 e foi realizado em parceria com a Secretaria de Trabalho e Geração de Renda – SETGER da Prefeitura Municipal de Vitória – PMV. O presente relatório apresenta de forma consolidada o cronograma das ações realizadas, metodologia e resultados da pesquisa feita junto às comunidades atendidas, o papel e atribuições da equipe envolvida, a estrutura das oficinas planejadas e experimentadas, e por fim o resultado final – uma proposta completa para a realização de oficinas de inclusão tecnológica criativa em telecentros e demais pontos de livre acesso à Internet.

2. Cronograma das Ações do Projeto As atividades do TERDesign tiveram inicio imediatamente após a assinatura do termo de concessão do MCT/CNPq em dezembro de 2010. O Prof. Hugo Cristo, proponente e coordenador do projeto, realizou um processo seletivo entre os alunos do curso de Desenho Industrial da Universidade Federal do Espírito Santo ainda no final de dezembro e selecionou um grupo de alunos que preencheu os requisitos dos dois perfis necessários à realização do projeto: •

Oficineiros: alunos facilitadores do cotidiano das oficinas, cujas competências e habilidades incluíram tanto os fundamentos artísticos quanto o domínio dos processos e ferramentas empregados na criação artística baseada em computadores.



Planejamento e apoio: alunos responsáveis pelo mapeamento do perfil, necessidades e expectativas das comunidades a serem atendidas pelo projeto, além de contribuírem na elaboração do conteúdo das oficinas.

A proposta inicial do projeto era formar a equipe de oficineiros tanto com estudantes da Ufes quanto por membros das comunidades atendidas, mas essa possibilidade mostrou-se inviável pela dificuldade de encontrarmos pessoas com a disponibilidade e habilidades mínimas necessárias. A equipe final foi formada exclusivamente por estudantes do ensino superior da Ufes e da Universidade Estácio de Sá de Vitória, conforme a Tabela 1: Aluno

Curso / Instituição

Equipe

Vigência

Anatyelle Karyne S. Barcelos

Arquitetura e Urbanismo / Ufes

Planejamento

03 a 12/2011

Fernando Gatti

Desenho Industrial / Ufes

Oficineiro

03 a 12/2011

Gledson Luiz Henrique Ribeiro

Desenho Industrial / Ufes

Oficineiro

09 a 12/2011

Ivanise Borges Fraga de Souza

Desenho Industrial / Ufes

Planejamento

02 a 07/2011

Joyce Cavalcanti Carmo

Desenho Industrial / Ufes

Oficineira

02 a 12/2011

Marcus Vinicius Rangel Mauro

Desenho Industrial / Ufes

Planejamento

02 a 07/2011

Mariane Azevedo Rocha

Desenho Industrial / Ufes

Oficineira

03 a 12/2011

Sara Rosana de Oliveira Rangel

Comunicação Social / Estácio

Planejamento

09 a 12/2011

Tabela 1 – Lista de alunos envolvidos no projeto

É importante ressaltar que ocorreram duas mudanças na equipe ao longo do projeto, conforme indicado na coluna “vigência” da Tabela 1. A partir da seleção da equipe inicial, as ações do projeto seguiram o cronograma apresentado na Tabela 2.

Ação

Período

Produtos finais

Avaliação do espaço e proposta pedagógica

Março

Proposta das Oficinas

“Feirinha de Oficinas” e a proposta pedagógica

Março-Abril

Programa das Oficinas

Pesquisa e inscrição dos grupos

Maio-Junho

Programa das Oficinas

Execução das Oficinas

Agosto-Novembro

Produtos, programa das Oficinas

Avaliação dos resultados do projeto

Dezembro-Janeiro

Site, cartilha, publicações

Tabela 2 – Cronograma das ações

2.1 Avaliação do espaço e proposta pedagógica No mês de março, a equipe visitou a Casa Brasil para decidir como as oficinas seriam realizadas, em parceria com a gerência do espaço e com os interlocutores da SETGER/PMV. Além do telecentro (Foto 1), que contava com dez máquinas recémentregues, impressora multifuncional e acesso à Internet, foram oferecidos mais dois espaços para o projeto TERDesign: 1) uma sala anteriormente utilizada por grupos de artesãos e que por isso possuía bancadas adequadas à execução de trabalhos manuais; 2) o “Teatro de Bolso”, que consiste num espaço para cerca de 40 pessoas, com ar condicionado e parede para projeção, ideal para a realização de encontros com as comunidades interessadas em participar do projeto.

Foto 1 – Telecentro

No mesmo período, a equipe do TERDesign elaborou um esboço preliminar do conteúdo programático das oficinas, dividido em três momentos: 1. Representação gráfica (quatro encontros de 4h, total 16h): desenho artístico, desenho técnico, teoria da cor, técnicas de pintura (aquarela, nanquim, guache, acrílica), computação gráfica e editoração eletrônica;

2. Projeto (seis encontros de 4h, total 24h): levantamento de dados, geração e seleção de hipóteses, geração e seleção de alternativas, construção e experimentação; 3. Empreendedorismo (dois encontros de 4h, total 8h): marca, noções de marketing (produto, preço, promoção, praça), contabilidade e precificação simples, relacionamento com clientes, formalização de empresas. A proposta foi baseada em discussões realizadas pelos alunos e coordenação do projeto, em pesquisas de experiências anteriores semelhantes no Brasil e no exterior (ver Anexo V), e em reuniões realizadas com o Gerente de Inclusão Digital da Prefeitura de Vitória, Sr. Hugo Santos Tofoli. Na prática, a equipe do TERDesign adaptou as metodologias de design aprendidas nos cursos superiores de graduação ao cotidiano dos artesãos, sugerindo que a informática poderia auxiliá-los em três momentos distintos do percurso que vai da ideia à comercialização de um produto: Imaginar, Digitalizar e Construir 1. O processo genérico foi sintetizado em um vídeo 2 que foi disponibilizado no site do projeto e utilizado nas reuniões que se seguiram (ver item 2.2). A partir do esboço do conteúdo programático, a estratégia adotada pela equipe do TERDesign foi criar oportunidades de discutir as oficinas com comunidades e grupos produtivos em atividade nas proximidades da Casa Brasil, visando refinar e direcionar a proposta conforme as expectativas e demandas dos interessados. 2.2 “Feirinha de Oficinas” e a proposta pedagógica Durante as reuniões com a equipe da SETGER/PMV, as experiências prévias dos gestores da Casa Brasil sobre os hábitos de uso daquele espaço pelas comunidades do entorno sugeriram que seria difícil pesquisar as necessidades e expectativas dos alunos das oficinas em potencial sem a organização de um encontro específico e amplamente divulgado. Mesmo assim, um primeiro encontro com as lideranças comunitárias locais e alguns grupos produtivos foi realizado no Teatro de Bolso da Casa Brasil (Fotos 2 e 3) no dia 14 de abril com o apoio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região.

1

A cartilha final do projeto, discutida no item 2.5, detalha a metodologia adaptada ao contexto dos artesãos tendo em

vista a realização de experiências semelhantes à do TERDesign. 2

Disponível no endereço: http://youtu.be/O0xLhprkIMk

Foto 2 – Reunião no “Teatro de Bolso”

Foto 3 – Alguns produtos apresentados

Apesar de o encontro ter auxiliado bastante no primeiro contato com as demandas das comunidades e grupos produtivos, a maioria dos presentes não era formada por artesãos, mas comerciantes de produtos alimentícios de uma pequena feira popular das proximidades. Já entre os artesãos que participaram da reunião, houve um pedido comum para uma melhor divulgação do projeto, inclusive para outros grupos produtivos que, apesar de não residirem na região da Casa Brasil, também poderiam ser beneficiados pelas oficinas. A “Feirinha de Oficinas” foi então planejada para resolver, ao mesmo tempo, os dois problemas enfrentados: a) a realização de um evento onde as comunidades residentes ou não no entorno da Casa Brasil poderiam conhecer e discutir a proposta do projeto; b) a condução da pesquisa que orientaria a equipe do TERDesign na definição do conteúdo final das oficinas. A Feirinha foi realizada em duas ocasiões 3: 30 de maio, na Casa Brasil de Itararé, e 17 de junho, no Mercado Municipal São Sebastião, situado no bairro de Jucutuquara, onde vários artesãos e grupos comercializam seus trabalhos com o apoio da SETGER/PMV. As datas foram definidas conforme a disponibilidade dos grupos e dos espaços escolhidos. A divulgação foi feita com cartazes (Figura 1), convites impressos 4, no site da PMV 5, jornais regionais e nas listas de e-mails das lideranças comunitárias e grupos produtivos da região metropolitana. Nas duas oportunidades, os participantes assistiram a uma palestra sobre os objetivos e proposta de funcionamento das oficinas do projeto 6, visitaram uma exposição de técnicas artísticas

3

O registro das duas Feirinhas de Oficinas está disponível no site http://www.nicvix.com/terdesign/diario/

4

Uma versão fotocopiada do convite disponível no endereço http://issuu.com/nicddiufes/docs/novo_convite foi

distribuída no Mercado São Sebastião. 5

Disponível no endereço http://www.vitoria.es.gov.br/setger.php?pagina=noticias&idNoticia=6081

6

A apresentação feita à comunidade está disponível no endereço http://www.slideshare.net/hugocristo/apresentao-

terdesign.

variadas envolvidas na concepção de produtos e responderam a um questionário (Anexo I) que incluiu questões sobre hábitos de uso da tecnologia e tipos de produtos comercializados.

Figura 1 – Convite enviado por e-mail e divulgado em sites e jornais regionais

Foto 4 – Exposição na Casa Brasil

Foto 5 – Exposição na Casa Brasil

Foto 6 - Entrevistas no Mercado São Sebastião

Foto 7 – Exposição no Mercado São Sebastião

As três oficinas mencionadas no item 2.1 foram apresentadas aos visitantes das Feirinhas como as bases de um processo genérico de planejamento, fabricação e comercialização de qualquer tipo de produto. Os artesãos puderam entender quais técnicas seriam aprendidas em cada oficina e como o domínio daqueles

conhecimentos poderia melhorar a qualidade dos seus produtos, o valor final de venda, as margens de lucro e contribuir para a satisfação dos clientes. A apresentação das oficinas também foi fundamental para que os visitantes da exposição pudessem manifestar suas expectativas em relação aos conteúdos de representação gráfica, metodologia de projeto e empreendedorismo durante as entrevistas (Anexo I – 5.3). 2.3 Pesquisa e inscrição dos grupos Conforme planejado, os visitantes das “Feirinhas de Oficinas” foram entrevistados 7 pela equipe do projeto a fim de compreender a realidade dos grupos produtivos e, principalmente, selecionar artesãos para participarem das experiências-piloto das oficinas. No total, 36 pessoas residentes em cinco municípios diferentes foram entrevistadas – Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim – com idades de 16 a 61 anos, predominantemente mulheres (N=31). Os resultados da pesquisa sugeriram usos simples porém consolidados da informática: a utilização dos computadores em casa foi mencionada por 32 participantes e o acesso domiciliar à Internet foi citado por 24 deles. Curiosamente, apenas dois responderam que já acessaram a Internet ou usaram computadores na Casa Brasil, mesmo sabendo que o espaço oferece tais serviços. Os entrevistados disseram utilizar o computador para navegar, digitar textos e outras tarefas simples como ouvir música e jogar Paciência. Essas informações forneceram subsídios suficientes à equipe do projeto de que não seria necessário oferecer um curso introdutório à informática dentre as oficinas do projeto. Ao mesmo tempo, percebeu-se que as plataformas livres (Linux, OpenOffice etc) não eram conhecidas pela maioria dos entrevistados, fato que explicou algumas dificuldades nas oficinas que fizeram uso das ferramentas Gimp e Inkscape (ver item 2.4). No que diz respeito às expectativas dos entrevistados em relação aos conteúdos das oficinas propostas pela equipe do TERDesign, as respostas refletiram a diversidade de histórias de vida, tipos de trabalho e demandas dos diferentes grupos produtivos que participaram da pesquisa. Apesar disso, apenas nove entrevistados não indicaram interesse em cursar as três oficinas e apenas um disse que gostaria de cursar apenas Representação Gráfica. Também nessa parte da entrevista os artesãos informaram a disponibilidade de dia da semana e turno para a participarem das oficinas. Dois dias

7

Os resultados completos do levantamento estão no artigo “TERDesign – Relato de uma experiência de inclusão

tecnológica criativa no Município de Vitória – ES” (Sant’Anna, Gatti, Carmo e Rocha; no prelo).

concentraram a maior parte dos interessados (N=26) – segunda-feira, das 14 às 18h e quinta-feira das 8 às 12h – seguindo a organização dos conteúdos em encontros de 4h conforme descritos no item 2.1. De forma geral, os resultados da pesquisa validaram o esboço preliminar feito pela equipe do TERDesign para o conteúdo programático das oficinas que, somado aos dados coletados sobre os hábitos de uso dos computadores pelos entrevistados, refinaram a proposta de realização do projeto para aproveitar as experiências e conhecimentos relatados nos questionários. As dinâmicas dos momentos expositivos e práticos das oficinas foram repensadas para ter a navegação na Web como fio condutor das discussões, conforme será discutido no item 2.4. Após a finalização da análise dos dados da pesquisa, a equipe do TERDesign em parceria com a SETGER/PMV abriu as inscrições no site do projeto e na Casa Brasil no período de 18 a 25 de julho. Formulários também foram enviados para o Mercado São Sebastião após solicitação dos artesãos que não conseguiram se deslocar até a Casa Brasil ou não conseguiram realizar a inscrição via Internet.

Figura 2 – Cartaz de divulgação das inscrições

As oficinas tiveram início nos dias 01 e 04 de agosto 8 na Casa Brasil de Itararé, com a turma da segunda-feira com 12 inscritos e a da quinta-feira com apenas oito. O número de inscrições recebidas foi muito abaixo das expectativas da equipe do TERDesign e da SETGER/PMV, uma vez que esperava-se a participação dos 26 entrevistados que manifestaram interesse pelas três oficinas e que tinham informado a disponibilidade para os horários sugeridos. Além disso, também era esperada a 8

Notícia veiculada no Portal Gazeta Online, 30/07/2011: http://tinyurl.com/terdesign-gazetaonline

adesão de outros grupos que poderiam ter ficado de fora das entrevistas, mas que ficaram sabendo do projeto pela imprensa ou por meio de outros artesãos. A equipe tentou contato com os entrevistados que não fizeram a inscrição e ouviu deles uma série de entraves para frequentar as oficinas durante o dia, dentre elas: dificuldades de conseguir transporte, estar no horário de outro trabalho ou atividade, problemas familiares. Alguns solicitaram a abertura de uma nova turma após as 18h, mas essa possibilidade se mostrou inviável considerando que o funcionamento da Casa Brasil se encerra diariamente às 19h 9. 2.4 Execução das oficinas As atividades das oficinas do TERDesign seguiram o planejamento da Tabela 3, cuja estratégia se baseou na exposição inicial de conteúdos mais familiares aos participantes – técnicas artísticas, discussão de materiais – para gradualmente inserir temas novos e que exigiriam mais atenção e dedicação – computação gráfica, projeto e empreendedorismo. Oficina

Aulas

Representação Gráfica parte I – Fundamentos Artísticos

01 e 02

Representação Gráfica parte II – Computação Gráfica

03 e 04

Projeto – Metodologia

05 e 06

Projeto – Desenvolvimento do produto

07, 08, 09 e 10

Empreendedorismo

11 e 12 Tabela 3 – Planejamento das oficinas

Cada grupo de atividades foi definido a partir de unidades temáticas muito simples, de forma que os participantes pudessem sempre ter um objeto acabado ao fim de cada encontro. Esses objetos foram incorporados ao portfolio de cada participante, facilitando a avaliação do crescimento individual de todos eles no término de cada grupo de atividades. O percurso das oficinas foi concebido de forma a auxiliar os participantes a entenderem quais conhecimentos são pré-requisitos para a realização de cada atividade. A Figura 4 mostra, por exemplo, que o participante da oficina precisaria compreender o funcionamento da impressora, scanner, teclado, mouse, computador e câmera digital antes de poder cumprir adequadamente todas as atividades de desenho 9

Essa dificuldade encontrada pelos interessados, mesmo após o levantamento de horários realizado em junho, foi um

ponto importante na formatação do modelo final das oficinas descrito na avaliação do projeto (item 2.5).

com o computador. Fluxos similares para as unidades temáticas das demais oficinas podem ser observados nas figuras a seguir 10:

Figura 3 – Representação Gráfica I

Figura 4 – Representação Gráfica II

Figura 5 – Projeto

Figura 6 – Empreendedorismo

Ao longo dos 90 dias de duração das oficinas, os participantes discutiram com os oficineiros cada uma das unidades temáticas do conteúdo programático, sempre por 10

Os fluxos das unidades temáticas estão reproduzidos em tamanho maior no Anexo II.

meio de exemplos contextualizados e diretamente relacionados ao que os artesãos já produziam antes de participarem do projeto. A dinâmica dos encontros semanais seguia um roteiro simples com o intuito de estimular a participação: 1. A cada semana, os participantes deveriam trazer um produto acabado ou inacabado, que gostariam de apresentar ao resto do grupo. Aqueles que não traziam produtos deveriam procurar um na Internet (ex: Google Images 11). 2. Os oficineiros apresentavam os conteúdos do dia, sugerindo possibilidades de melhoria ou aperfeiçoamento dos produtos trazidos a partir do que foi discutido. Sempre que um produto fosse um bom exemplo da aplicação dos conteúdos do dia, seja na opinião dos oficineiros ou na dos participantes, o autor era convidado a compartilhar o processo criativo com os demais; 3. A atividade prática do dia consistia em aprimorar, individualmente, alguma parte ou característica do produto com base em todas as discussões realizadas em grupo. Os oficineiros incentivavam as trocas, debates e ajuda mútua entre os participantes. O uso da Internet era incentivado, sugerindo aos participantes que buscassem referências e exemplos de trabalhos similares aos que desejavam realizar. 4. No final de cada encontro os oficineiros solicitavam aos participantes que trouxessem outro (ou o mesmo) produto na próxima semana, desde que tentassem trabalhar nele em casa sozinhos.

Fotos 8, 9 e 10 – exemplos produtos trazidos pelos participantes – luminária, bolsa e enfeites em EVA

Conforme os objetivos e natureza da oficina, o uso dos espaços na Casa Brasil se deu de forma distinta:

11

Busca por imagens do Google. Disponível em http://images.google.com.

Foto 11 – Representação Gráfica I (sala apoio)

Foto 12 – Representação Gráfica I (sala apoio)

Foto 13 – Representação Gráfica II (telecentro)

Foto 14 – Representação Gráfica II (telecentro)

Foto 15 – Projeto (telecentro)

Foto 16 – Empreendedorismo (telecentro)



Representação Gráfica I: realizada na sala de apoio do projeto (Fotos 11 e 12) para evitar sujar ou danificar os computadores com tinta e outros materiais. A sala contava com um armário que foi utilizado para guardar os materiais de aula e com bancadas onde participantes e oficineiros desenvolviam as atividades da Figura 3. Caso fosse necessário o uso do telecentro para a realização de pesquisas na Web, o participante da oficina deslocava-se para o outro espaço. Todo o material necessário para a realização das atividades foi adquirido pela SETGER/PMV e está listado no Anexo III;



Representação Gráfica II: realizada no telecentro (Fotos 13 e 14), que a cada semana ficava reservado exclusivamente para as atividades da oficina. Os participantes foram acomodados em duplas nos computadores para incentivar a ajuda mútua e discussões. A lista dos programas utilizados nessa oficina está na Tabela 4 e uma recomendação para a configuração dos computadores está no Anexo IV. Um projetor multimídia foi utilizado para que um dos oficineiros demonstrasse o passo-a-passo da atividade do dia (Figura 4) enquanto o resto da equipe do TERDesign circulava na sala auxiliando as duplas. O grupo também utilizou impressora e scanner em alguns encontros. A principal dificuldade deste momento do projeto foi a aprendizagem do sistema operacional Ubuntu Linux, já todos os participantes tinham experiência anterior apenas com o Microsoft Windows. Diferenças sutis entre os pacotes de aplicativos disponíveis no telecentro e aqueles conhecidos pelos artesãos (Gimp x Adobe Photoshop, Inkscape x Corel Draw e Microsoft Office x Br Office) também precisaram ser esclarecidas;



Projeto: realizada parte no telecentro, parte na sala de apoio, utilizou projetor multimídia para exibição de vídeos, exemplos de projetos e projeção de slides, além do quadro branco para o desenho de esquemas e anotações sobre os produtos trazidos para o encontro. Após a exposição do conteúdo do dia (Figura 5), os oficineiros orientavam os participantes em separado, conforme as demandas de cada projeto. Os produtos que demandaram a execução de trabalhos manuais (Foto 15 – recorte, pintura etc) utilizaram a sala de apoio;



Empreendedorismo:

realizada

exclusivamente

no

telecentro,

utilizou

principalmente o projetor multimídia e o quadro branco para a discussão detalhada das unidades temáticas da Figura 6, tendo os produtos de cada participante como estudos de caso (Foto 16).

Programas

Aplicações

Oficinas

Mozilla Firefox 3

Pesquisa na Web

Todas

Gimp 2.7

Digitalização, tratamento e impressão

Representação Gráfica I, II e Projeto

Inkscape 0.48

Vetorização e impressão

Representação Gráfica I, II e Projeto

Writer (Br Office)

Organização da pesquisa

Projeto, Empreendedorismo

Calc (Br Office)

Planilhas de cálculo de custos e preços

Empreendedorismo

Tabela 4 – Lista de programas utilizados nas oficinas

Ao término do conjunto de encontros referentes a cada oficina, realizou-se uma dinâmica onde o grupo analisou e discutiu a produção de cada participante, possibilitando o compartilhamento dos progressos e aprendizados individuais, além da avaliação dos resultados pelos oficineiros. Na primeira avaliação, referente à oficina Representação Gráfica I e II, os trabalhos foram afixados na parede da sala de apoio (Foto 12). Na segunda, referente à oficina de Projeto, foram apresentadas ideias para o desenvolvimento de novos produtos (Fotos 17 e 18). Na terceira avaliação, o grupo construiu coletivamente uma planilha de custos e formação de preços para o produto de um dos participantes.

Foto 17 – Ilustração vetorial no Inkscape

Foto 18 – Impressão serigráfica da ilustração

No último encontro do projeto, apenas nove dos 24 inscritos originais estavam presentes. A evasão ao longo dos 90 dias foi de aproximadamente 60%. Os motivos relatados pelos desistentes foram consistentes com aqueles listados no fim da seção 2.3 deste relatório: dificuldade de transporte, outras atribuições no mesmo horário das oficinas e dois participantes mencionaram problemas de saúde de familiares. 2.5 Avaliação dos resultados do projeto Nos meses de dezembro de 2011 e janeiro de 2012 a equipe do TERDesign avaliou os resultados do projeto, levando em consideração: a) a diferença entre os objetivos planejados e aqueles atingidos pelo projeto; b) a estratégia pedagógica elaborada e seu desempenho de fato na realização das oficinas; c) os interesses e expectativas dos participantes versus a avaliação deles no término das oficinas; d) pontos positivos e negativos do uso do espaço da Casa Brasil para a realização do projeto; e) contribuições possíveis do TERDesign a experiências futuras com objetivos similares.

a) Diferença entre objetivos planejados e atingidos O objetivo geral do projeto, que consistiu na implantação de oficinas permanentes para o uso criativo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na Casa Brasil, se mostrou inviável pelas características da demanda por esse tipo de formação na região de Itararé – Poligonal I do município de Vitória. Tanto o levantamento de dados feito junto às comunidades quanto o próprio andamento das oficinas sugerem que elas seriam mais produtivas caso fossem itinerantes (realizadas em bairros e comunidades diferentes a cada edição), descentralizadas (sem depender de equipamentos e estrutura existentes apenas na Casa Brasil) e sem turmas fixas (abertas a qualquer um que, naquela edição, queira participar da programação, sem necessidade de inscrição prévia). A mobilização pelas próprias lideranças dos grupos ou comunidades, além do envolvimento direto de instâncias da administração municipal também se mostraram fundamentais para a viabilização do projeto. No que tange à criação de oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional, técnico e criativo por meio das TICs, os resultados foram satisfatórios. Todos os participantes conseguiram evoluir e incorporar as tecnologias aos seus respectivos processos produtivos. O diálogo permanente dos conteúdos apresentados pelos oficineiros com os produtos trazidos pelos participantes se mostrou uma boa alternativa para incorporar a tecnologia no repertório de técnicas deles. Os oito alunos bolsistas envolvidos no projeto viveram sua primeira experiência de extensão universitária, desenvolvendo habilidades importantíssimas para seu crescimento profissional e como cidadãos. Desde a aproximação inicial com as comunidades para a realização da pesquisa, passando pelo relacionamento com os gestores da Casa Brasil, e chegando por fim à interação com os participantes das oficinas, cada um dos estudantes universitários acumulou experiências que dificilmente ocorreriam no contexto da sala de aula. A elaboração da estratégia pedagógica das oficinas também foi uma oportunidade singular para a reflexão do papel do designer na contemporaneidade, uma vez que as metodologias de projeto e os fundamentos artísticos aprendidos no ambiente universitário não puderam ser empregados nas oficinas sem uma contextualização apropriada: conhecer a comunidade, suas expectativas, demandas e realidade foram fundamentais. Por fim, a elaboração de uma proposta de uso alternativo dos telecentros se mostrou viável, conforme sugere a Cartilha elaborada pela equipe do TERDesign (ver item ‘e’ da avaliação). Os resultados do projeto sugerem que a inclusão digital criativa não depende apenas da existência de equipamentos ou estrutura física adequada, mas da

presença de facilitadores que possam ampliar as atividades oferecidas no telecentro da informática simples para os usos criativos da computação, sempre tendo os interesses e necessidades dos frequentadores como fio condutor das ofertas. b) Estratégia pedagógica elaborada e seu desempenho Apesar da pesquisa realizada com as comunidades ter confirmado o interesse dos participantes pelas três oficinas, o cotidiano do projeto mostrou que cada conjunto temático requer dinâmicas distintas para ser mais bem aproveitado pelos participantes. Os encontros de Representação Gráfica I – Fundamentos Artísticos utilizaram bem a carga horária de quatro horas-aula devido à complexidade e cuidado exigidos pelas atividades. Já as oficinas de Representação Gráfica II – Computação Gráfica mostraram-se muito cansativas para os participantes que não tinham o hábito de permanecer quatro horas em frente ao computador. Os conteúdos da oficina de Projeto poderiam ser divididos em duas modalidades: •

Palestras curtas de até 2h para um grupo grande de pessoas, onde informações gerais sobre o planejamento de produtos seriam apresentadas com exemplos didáticos e contextualizados;



Encontros semanais de no mínimo 4h como aqueles realizados pela equipe do TERDesign, mas abertos às pessoas que já assistiram a palestra introdutória sobre

planejamento

de

produtos.

Nesses

encontros

os

participantes

mostrariam seus progressos e seriam orientados pelos oficineiros ou monitores, fazendo uso das TICs conforme a demanda de cada projeto. Essa divisão resolveria dois problemas encontrados pelos oficineiros durante o TERDesign: alguns participantes satisfizeram-se apenas com o conteúdo expositivo das oficinas de projeto e não frequentaram as aulas práticas, enquanto outros já possuíam conhecimento tácito sobre o desenvolvimento de produtos, mas gostariam da interlocução para avançar na parte prática do processo. A oficina de Empreendedorismo poderia funcionar no mesmo esquema revisto da oficina de Projeto, com palestras abertas sobre os temas centrais – marca, custos, formação de preços, relacionamento clientes – e encontros com grupos menores para o auxílio na elaboração na estratégia do produto ou serviço. Um ponto comum a todas as oficinas é que a duração total do calendário de encontros semanais seja mais curto, evitando prejuízos para os participantes no caso de

imprevistos. A ideia de oferecer as oficinas de forma itinerante e descentralizada foi somada a essa sugestão da carga horária reduzida na Cartilha do projeto, de forma que a proposta pedagógica final consiste em um dia inteiro de atividades realizadas em espaços de fácil acesso a toda comunidade, divididos entre palestras para o maior número de pessoas possível e oficinas menores por grupo de interesse. c) Interesses e expectativas dos participantes versus avaliação O levantamento de dados realizado na fase inicial do projeto sugeriu um conjunto de interesses e expectativas preliminar dos grupos produtos em relação aos conteúdos das oficinas, conforme mencionado no item 2.3. O conhecimento da equipe do TERDesign sobre os interesses específicos dos participantes das oficinas foi sendo refinado ao longo dos 90 dias da experiência-piloto, principalmente por meio dos trabalhos trazidos para as dinâmicas pelos artesãos. Cada dificuldade ou curiosidade relatada sobre uma técnica artística, etapa das metodologias de projeto ou mesmo questões sobre como aprimorar seus negócios auxiliaram a equipe na avaliação permanente das ações ao longo das oficinas. Na ausência de uma modalidade de avaliação formal, o desenvolvimento observável dos participantes das oficinas foi empregado como indicador dos progressos individuais e do próprio desempenho das equipes de planejamento e dos oficineiros.

Foto 19 – Esboços para o logotipo Vekiart feitos pela artesã Vera para sua linha de bonecas de retalhos.

Figura 7 – Logotipo digitalizado, tratado e finalizado no Inkscape pela artesã Vera, pronto para ser aplicado em embalagens, etiquetas e material gráfico.

Registros fotográficos e audiovisuais do cotidiano do projeto também foram utilizados pela equipe do TERDesign nas reuniões de planejamento das oficinas, uma vez que apenas os alunos bolsistas oficineiros estiveram presentes em todos os encontros com

os grupos produtivos na Casa Brasil. Alguns depoimentos dos artesãos que compõem o acervo desses registros foram editados e estão disponíveis no site do projeto 12. d) Pontos positivos e negativos do uso da Casa Brasil A Casa Brasil de Itararé serviu satisfatoriamente aos propósitos do projeto TERDesign, principalmente devido à diversidade e disponibilidade de espaços adequados aos dois tipos de atividades realizadas – trabalhos manuais e uso do computador – além do Teatro de Bolso, que foi muito útil nas reuniões com os grupos produtivos. A conexão com a Internet foi de altíssima velocidade, as máquinas eram novas e em bom estado de conservação, e o pessoal de suporte do telecentro sempre esteve presente. No entanto, a equipe do projeto compilou uma lista de dificuldades direta ou indiretamente relacionadas à estrutura da Casa Brasil que precisam ser consideradas em futuras edições do TERDesign naquele espaço ou mesmo de projetos da mesma natureza ou público: •

Dificuldade de acesso: os participantes das oficinas que não residiam em Itararé ou bairros vizinhos desconheciam a localização da Casa Brasil, bem como as alternativas de transporte público que ofereciam acesso ao local. O espaço fica próximo a avenidas de grande fluxo de pessoas, mas após as 18h o percurso da Casa Brasil até vias mais movimentadas nas redondezas foi considerado inseguro pelos participantes;



Aquisição do material das oficinas: uma parte considerável dos materiais necessários para a realização das oficinas já se encontrava disponível no almoxarifado da Casa Brasil – tintas, pincéis e papéis. Outros materiais precisaram ser adquiridos pela SETGER/PMV em um processo que nem sempre era rápido, uma vez que uma série de procedimentos burocráticos precisou ser devidamente cumprida. A indisponibilidade dos materiais na data prevista no cronograma fatalmente atrasou as atividades das oficinas;



Horário de funcionamento: mesmo considerando a insegurança percebida na região após as 18h, a oferta de turmas do projeto no período noturno interessava a um número significativo de artesãos. A gerência da Casa Brasil informou à equipe do TERDesign que as turmas noturnas poderiam ser ofertadas, mas não haveria pessoal de suporte do telecentro no horário, apenas o segurança. Para que o projeto fosse realizado em horários mais

12

Disponível em http://www.nicvix.com/terdesign/2011/10/primeiro-video-do-terdesign/

flexíveis (noturno, finais de semana), a própria estrutura funcional da Casa Brasil precisaria ser revista; •

Uso exclusivo do telecentro: nos horários de realização das oficinas, o telecentro ficou fechado para a comunidade. Por diversas vezes durante os encontros, pessoas que procuraram o acesso à Internet na Casa Brasil não puderam fazer uso do serviço. Considerando que o TERDesign ocupou o telecentro apenas duas vezes na semana, um possível crescimento na oferta de turmas e horários requereria um espaço dedicado para as oficinas, distinto do telecentro aberto à comunidade em geral.



Configuração dos computadores: conforme já mencionado no item 2.4, o uso do sistema operacional Ubuntu Linux e das ferramentas livres Gimp, Inkscape e Br Office representaram um desafio a mais para os participantes das oficinas. Todos os inscritos possuíam experiência prévia, mesmo que elementar, no sistema operacional Windows e seus padrões de interface. No caso específico da oferta de acesso à Internet, feita por um navegador como o Mozilla Firefox que é praticamente o mesmo nos ambientes Windows e Linux, não há perdas importantes das experiências anteriores do usuário. Por outro lado, por mais que os pacotes de aplicativos gráficos em software livre sejam equivalentes ou substitutos de produtos comerciais, não oferecem as mesmas ferramentas, desempenho

ou

fluxos

de

trabalho.

Os

participantes

das

oficinas

provavelmente utilizarão Corel Draw, Adobe Photoshop e Microsoft Office em seus domicílios, não apenas pela facilidade de obtenção dos programas com amigos e parentes, mas pela própria pressão do mercado que exige tais plataformas – gráficas, bureaus de impressão, trocas de documentos entre empresas etc. e) Contribuições do TERDesign para experiências futuras similares A equipe do TERDesign estava ciente, desde o início do projeto, das dificuldades envolvidas na implantação de experiências como a que foi proposta. A articulação entre a Universidade, comunidades e Prefeitura é complexa e demanda tempo para maturação e identificação de competências e responsabilidades. Nesse sentido, a equipe do projeto teve uma preocupação fundamental de documentar, registrar e compilar o maior número de informações possível sobre a experiência-piloto, com o intuito de reduzir as dificuldades para a continuidade do projeto em 2012, além de compartilhar os resultados com a sociedade e fomentar a realização de iniciativas similares baseadas na proposta do TERDesign.

O conjunto de informações sobre a experiência-piloto, desde a lista de equipamentos e material de consumo necessários, estratégia pedagógica adotada, sugestão de plano de atividades, perfil dos oficineiros e requisitos da estrutura física deram origem à Cartilha TERDesign 13, que consiste num material de referência para que qualquer grupo produtivo possa organizar suas próprias oficinas ou solicitar o apoio da Universidade para a realização do projeto na sua comunidade. A Cartilha também foi elaborada com o intuito de ser um guia para os futuros oficineiros e monitores do projeto a partir de 2012, que precisarão dar continuidade à iniciativa sem a vivência acumulada tacitamente pelos bolsistas de 2011. Vale ressaltar que a cartilha é um norte, não um roteiro, e foi concebida como um projeto gráfico aberto capaz de ser atualizado constantemente a partir dos conhecimentos acumulados nas futuras edições das oficinas. O site do projeto complementa a Cartilha, oferecendo modelos de convite para as oficinas, slides e vídeos de apresentação, material de divulgação, sugestão de questionário de entrevista para os interessados nas oficinas e o registro audiovisual da experiência-piloto.

3. Considerações Finais O projeto TERDesign foi a primeira iniciativa de extensão fora dos muros da Universidade de todos os envolvidos: coordenação, alunos bolsistas e parceiros da Casa Brasil. Mesmo com todas as dificuldades e contratempos, os resultados mostraram o potencial desse tipo de iniciativa tanto para todos os envolvidos, reforçando a necessidade de continuidade do projeto e ampliação do número de pessoas e comunidades atendidas. A flexibilização do modelo das oficinas representa um avanço na proposta do TERDesign e amplia a capacidade de ação da equipe do projeto para o ano de 2012. O Núcleo de Interfaces Computacionais da Universidade Federal do Espírito Santo agradece a todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, para a obtenção dos resultados descritos neste relatório. Equipe do projeto: Anatyelle Karyne S. Barcelos, Fernando Gatti, Gledson Luiz Henrique Ribeiro, Ivanise Borges Fraga de Souza, Joyce Cavalcanti Carmo, Marcus Vinicius Rangel Mauro, Mariane Azevedo Rocha, Sara Rosana de Oliveira Rangel e Prof. Hugo Cristo Sant’Anna (Coordenador). 13

Arquivo Adobe PDF disponível para download gratuito no site www.nicvix.com/terdesign

Anexo I – Questionário

Página 1/2

Página 2/2

Anexo II – Unidades Temáticas 1. Representação Gráfica I

2. Representação Gráfica II

3. Projeto

4. Empreendedorismo

Anexo III – Lista de materiais para as oficinas14 Desenho de observação e croqui • Papel A3 (29,7x42cm) 140g/m² (blocos) • Borracha macia; • Lápis HB, 2B, 4B, 6B; • Fita crepe ou durex; Meios e métodos de representação gráfica • Papel A3 (29,7x42cm) 160g/m² ou 180g/m² (blocos); • Nanquim líquido; • Canetas nanquins descartáveis - pontas 0.1, 0.5 e 0.8; • Pincel redondo n°0 e n°2; • Réguas 30cm, Par de esquadros; • Compasso; • Lápis HB; • Borracha macia. Cor • • • • • • • • • • • • • • • • •

Papel A3 (29,7x42cm) 180g/m² (blocos); Pincel redondo n° 2, n° 6, n° 8; Tinta guache - ciano, magenta, amarelo, branco e preto. Tinta (bisnagas) aquarela; Tinta para tecido azul, vermelho, amarelo, branco e preto (potes pequenos); Tinta acrílica azul, vermelho, amarelo, branco e preto (potes pequenos); Godet plástico; Lápis de cor - 12 cores; Lápis de cor aquarelável - 12 cores; Canetas hidrográficas - 12 cores; Verniz fixador fosco Papel colorido - 8 cores (pacotes); Papel chamex (resma); Tesouras; Réguas; Copos descartáveis; Flanelas.

Stencil • Acetato transparente A4 (21x29,7cm); • Estiletes; • Réguas, Curvas francesas, Par de esquadros; • Tinta para tecido; • Tinta acrílica; • Rolinho para pintura - aproximadamente 5cm (espuma macia - cinza); • Fita crepe; • Verniz fixador. • Camisas de algodão branco (tamanhos P, M e G); • Caixas variadas MDF para artesanato (tamanhos mínimo 10x10cm, tamanho máximo 20x20cm); 14

Lista sugerida para cada dupla ou trio de participantes.

Anexo IV – Configuração recomendada para os computadores15 Computadores • Processador Dual Core ou superior • 2 gigabytes de memória RAM • 160 gigabytes de disco rígido • Placa de vídeo com 512mb de memória (pode ser compartilhada) • Leitor de DVD e cartão de memória • Monitor de 17 polegadas • Sistema operacional Ubuntu em português (versão 10 ou superior) Periféricos16 • Scanner de 600 dpi ou superior • Impressora laser preto e branco Pacotes de aplicativos • Mozilla Firefox 3 ou superior • Gimp 2.7 ou superior • Inkscape 0.48 ou superior • Br Office 3.3 ou superior Opcionais • Câmera ou filmadora digital • Mesa digitalizadora de 1200 dpi • Impressora jato de tinta colorida

15

Sugere-se a formação de duplas ou trios para as atividades

16

O conjunto pode ser substituído por uma copiadora laser multifuncional

Anexo V – Referências do projeto Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra. Rusk, N., Resnick, M., & Cooke, S. (2009). Origins and Guiding Principles of the Computer Clubhouse. In Kafai, Y., Peppler, K., and Chapman, R. (eds.), The Computer Clubhouse: Constructionism and Creativity in Youth Communities. Teachers College Press. Projetos pesquisados Oi Kabum – http://www.oifuturo.org.br/educacao/oi-kabum/ CDI – http://www.cdi.org.br/ Cipó Comunicação Interativa – http://www.cipo.org.br/portal/ Sebrae Via Design - http://www.facadiferente.sebrae.com.br/2009/06/15/via-design/ Fundação Bradesco / Escola Virtual – http://www.fb.org.br/Institucional/EscolaVirtual/ One Laptop per Child – http://one.laptop.org/ ProUCA – http://www.uca.gov.br/institucional/

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.