Religião e Turismo

June 24, 2017 | Autor: Edin Abumanssur | Categoria: Turismo, Ciências da Religião
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Religião e Turismo


Edin Sued Abumanssur

Desde o momento em que o homem criou a religião, as peregrinações
existem. Isso se dá porque os seres humanos crêem que há lugares, pessoas,
objetos e seres que são diferentes, têm mais poder ou são receptáculos de
um carisma incomum. A peregrinação existe porque se crê que as coisas,
lugares e pessoas possuem graus de sacralidade distintos. E o ser humano
sente necessidade e atração pelas coisas mais sagradas.


As razões para peregrinar


A peregrinação existe em oposição à experiência religiosa cotidiana e
regular do fiel. A busca do peregrino pelo lugar sagrado obedece a ditames
outros que não aqueles que regem a sua prática devocional cotidiana. Neste
sentido entendemos que o "santo de casa não faz milagres". Não é função do
santo padroeiro, o santo local, atender às demandas extraordinárias de seus
devotos. Para tanto há que se buscar os "locais de força". Os santos
padroeiros estão atentos às coisas comezinhas do dia a dia. Poderíamos
dizer que é ele o responsável pelo correr regular da vida. No entanto, se
algo escapa do controle e da rotina, somente apelando para uma força extra
para encontrar novamente o equilíbrio. É aí que entra o santo milagreiro.
Esta é uma relação envolta em um círculo virtuoso: quanto mais distante das
coisas cotidianas, mais miraculoso é o santo, e quanto mais miraculoso,
mais especial e distante das coisas cotidianas ele se torna.[1] O
estranhamento, no olhar e na atitude, é fundante e fundamental nas demandas
pelo sagrado.


O estilo de vida moderno, mormente o vivido nas grandes metrópoles,
exige um certo distanciamento social, o que acaba por tornar as relações
dos seus habitantes mais formais e hierarquizadas. Embora os contatos sejam
primários, as relações sociais tendem a ser impessoais, fragmentárias e
transitórias. A reserva, o recolhimento e a indiferença se tornam formas de
autopreservação contra exigências, cobranças e expectativas de terceiros. O
próprio turista desenvolve uma atitude de distanciamento e não
comprometimento com os lugares e culturas visitadas, assume um ar blasé, ou
seja, uma incapacidade de reagir a novas sensações com a energia
apropriada. A essência dessa atitude "consiste no embotamento do poder de
discriminar" (Simmel, 1987: 16). Para o homem da grande metrópole todas as
coisas se equivalem e a realidade adquire uma tonalidade cinza uniforme. Já
se disse que o turista moderno é um colecionador de lugares. A principal
coisa a se fazer em uma viagem é registrá-la com sua câmara fotográfica
para, mais tarde, mostrar e provar aos amigos que "esteve lá".


É essa atitude que rouba da vida das metrópoles o seu caráter de
autenticidade e leva os seus habitantes a buscarem novas experiências em
outros lugares distantes daquele onde ele trabalha e dispende suas energias
físicas e mentais. Se há uma vida autêntica, um lugar que se possa chamar
de real e verdadeiro, certamente não é onde se vive a vida rala e diluída.
É esse inconformismo que torna necessária a estrada..


Na Idade Média, muitas cidades dependiam das peregrinações para
movimentar a economia local (Dubby, 1979: 59). Essas peregrinações giravam
em torno de relíquias de santos, que eram disputadas entre as cidades com o
uso, inclusive, da violência. A posse de tais relíquias, de poderes
miraculosos, representava, em quase todos os casos, uma movimentação
financeira que possibilitava até mesmo, novos experimentos e ousadias no
campo das artes e da arquitetura.


Mais recentemente, no século XX, assistimos ao surgimento de vários
santuários, como, por exemplo, o de Fátima, em Portugal, que movimenta
volumes consideráveis de recursos e torna-se alvo de disputa entre dioceses
locais. [2]


Peregrinação e turismo religioso


Se esse fenômeno religioso das peregrinações, romarias e devoções, com
a conseqüente estrutura da hospitalidade que o envolve, tem acompanhado
homens e mulheres em sua história, perguntamo-nos pela novidade do "turismo
religioso". De fato, por que denominamos hoje, esse fenômeno milenar, de
"turismo religioso"? Como é possível olhar para essa deambulação religiosa
e penitencial, e entendê-la como um fenômeno turístico? Por quais caminhos
pudemos chegar a ver o romeiro e o peregrino, carregados de culpas e dor,
como turistas?


Tal tratamento, assim entendemos, só se tornou possível, em função de
um profundo processo de secularização da cultura que gera, de um lado,
novos padrões de religiosidade e, de outro, concede maior autonomia às
ciências no tratamento das religiões enquanto fenômenos sociais. O "turismo
religioso", tende a desconsiderar as motivações religiosas para a viagem e
se concentrar no fenômeno do deslocamento e, mais especificamente, naquilo
que esse deslocamento suscita de logística de transporte, hospedagem e
alimentação. A isso, acresce-se o fato de que as peregrinações modernas têm
de ser entendidas em um quadro de referências onde o tempo do trabalho e
sua contra-face, o tempo do lazer, emolduram o ato de fé.


Embora o peregrino moderno transcenda as fronteiras dos estudos sobre
turismo, é preciso reconhecer que, tratar as peregrinações como "turismo
religioso", só se tornou possível após surgimento das massas de
trabalhadores que desde a revolução industrial vêm conquistando, aos
poucos, o direito ao lazer. Essa conquista veio crescendo desde a segunda
metade do século XIX, até que, no final do século XX, acreditava-se que
estávamos assistindo ao surgimento de uma sociedade de lazer, com menos
trabalho e mais tempo de ócio.


O turismo de massa, como fenômeno social, é coisa típica do século XX.
A democratização das viagens implicou na oferta de produtos turísticos
administráveis, para grandes contingentes populacionais. Os pacotes
turísticos baratearam os custos de uma viagem e a tornou acessível a uma
boa parcela da população. Mas, turismo de massa não significa apenas a
quantidade de gente envolvida em viagens. O volume de pessoas em trânsito,
impõe aos agentes turísticos a necessidade de dar a esse contingente, um
tratamento padrão, nivelado, homogeneizado e indiferenciado.


É neste contexto que podemos afirmar que o "turismo religioso" e o
turismo de massas são crias siamesas de um mesmo processo histórico. O
produto turístico religioso, sofre a mesma padronização de oferta. Deste
modo ele pode ser vendido a diferentes grupos sociais de diferentes
localidades. Se a peregrinação religiosa acompanha o homem desde o dia em
que ele reconheceu diante de si uma hierofania, o "turismo religioso", por
sua vez, é fenômeno moderno. Ele é fruto da mesma racionalidade
administrativa com a qual as agências de viagens operam qualquer demanda de
lazer. As viagens com motivação ou destinação religiosa só vieram a se
tornar "turismo religioso", quando o volume de pessoas envolvidas alcançou
uma escala que tornasse economicamente viável o planejamento e os
investimentos na área. Neste sentido, embora qualquer peregrinação possa
ser encarada pelos agentes do turismo como "turismo religioso", não é toda
peregrinação que se torna um "trade".


Mas a peregrinação não se torna "turismo religioso" apenas pela ação
ou tratamento dado a ela pelos agentes e gestores do turismo ou da
administração pública. O próprio peregrino moderno comporta-se como um
turista à medida que a religião mesma se torna objeto de consumo. Desde a
Idade Média, as peregrinações eram, a um só tempo, atos penitenciais e,
também, a oportunidade de viagem e diversão para aqueles que possuíam o
dinheiro necessário para a jornada, quase sempre realizada em companhia de
amigos. Mas, ainda assim, o aspecto penitencial era o motivador da viagem.
Mesmo porque a noção de lazer como algo que se opõe ao tempo do trabalho, é
própria de uma sociedade organizada em torno das atividades consideradas
produtivas. Na modernidade, a peregrinação, realizada nos períodos de
férias é ao mesmo tempo o usufruto desses períodos. Assim é que, a maioria
das peregrinações aos lugares santos, da Europa, Ásia e Oriente Médio, são
integradas a um pacote turístico que inclui vários outros passeios. A
religião torna-se dessa maneira, mais um elemento que compõe o pacote de
férias.


No Brasil, o "turismo religioso" que se destina aos santuários
nacionais, é considerado turismo de pobre. Como regra, as romarias são
organizadas de forma espontânea pelas pessoas interessadas. Dada a
facilidade de transporte e os compromissos com o mundo do trabalho, a
visitação aos lugares sagrados não pode tomar mais que um dia na vida do
romeiro, em geral um feriado. Apesar da indigência, da espontaneidade na
organização, da rápida passagem pelos locais sagrados, as romarias são
percebidas como "turismo religioso" e tratadas como tal, pelas pessoas
responsáveis pela administração do santuário de destino. Mas, como já
dissemos acima, a abordagem exclusivamente turística desse fenômeno pode se
tornar tão indigente quanto o próprio fenômeno. Os elementos lúdicos e de
gratuidade estão presentes nas romarias, é certo, mas os elementos mais
propriamente religiosos, o componente sacrificial e purgativo dessas
deambulações, acabam por empurrar esse fenômeno para além do campo
turístico. Embora o peregrino também se divirta em sua peregrinação, é o
compromisso religioso que o faz relevar as condições precárias em que se dá
a sua viagem e, inclusive, aceitar o desconforto como um componente
religioso da romaria.


Se, pela ótica da administração do mercado turístico, é possível
pensar que a peregrinação é uma forma de turismo - "turismo religioso" -,
será que é possível pensar o contrário: que todo turismo é também, de
alguma forma, uma peregrinação? Olhando pela ótica do evento turístico, a
secularização da cultura ocidental, autoriza-nos a pensar como MacCannell,
(MacCannell, 1976) que o turista moderno é uma espécie de peregrino que
busca experiências de autenticidade em épocas e lugares que não os seus.
Essa busca, seria a versão moderna da preocupação universal com o sagrado.


As novas rotas de peregrinação


Existem rotas de peregrinação cujo objetivo é alcançar um destino
considerado sagrado por ser a morada de um santo ou o lugar de poder. Essas
rotas se inscrevem em um modelo mais tradicional de deslocamento religioso.
É o caso de Aparecida e outros santuários. Neste caso não faz diferença a
maneira como se chega ao lugar, pois o importante é chegar. É lá que está a
energia, o poder, o objeto da fé.


Há outras rotas em que a razão do peregrinar não está no destino
final, mas na própria caminhada. Aqui, mais importante que chegar é a
maneira de se fazer o percurso. Não é toda forma de deslocamento que é
reconhecida como válida. Esses roteiros devem ser feitos à pé, ou de
bicicleta ou mesmo a cavalo, mas jamais de carro ou de ônibus. Essa forma
de peregrinação se inscreve em uma proposta de experiência religiosa tendo
como modelo e paradigma o Caminho de Santiago de Compostela.


Nesse campo onde se cruzam a religião e as viagens, a criatividade e
capacidade de atribuir novos sentidos a velhas experiências, fizeram surgir
novas rotas de peregrinação no Brasil. Algumas das mais conhecidas são o
Caminho da Luz, da cidade de Tombo até Alto do Caparão, em Minas Gerais; o
Caminho do Sol, de Santana de Parnaíba até Águas de São Pedro, em São
Paulo; o Caminho da Fé de Tambaú, em São Paulo até Aparecida, cruzando pela
Mantiqueira em Minas Gerais; o Caminho das Missões passando pelos 7 povos
das missões, no Rio Grande do Sul e o Passos de Anchieta, de Vitória até
Anchieta no Espírito Santo.


Todas essas novas rotas de peregrinação são inspiradas no Caminho de
Santiago de Compostela. Foram criadas por pessoas que tiveram alguma
experiência mística ao fazerem esse caminho e, ao voltarem para o Brasil,
quiseram reproduzir aqui essa mesma experiência.


Há outras rotas turísticas que, de alguma maneira, também foram frutos
de viagens a Compostela. Um exemplo que tem dado resultados positivos é o
Circuito do Vale Europeu, em Santa Catarina, organizado pelo Clube do Ciclo
Turismo do Brasil para ser feito, a princípio, de bicicleta. Este não é um
roteiro religioso, mas ali também estão as marcas de Compostela: as setas
amarelas, o passaporte para ser carimbado durante o percurso, o certificado
final. O idealizador e promotor do circuito é um ex-peregrino de Santiago.


As novas rotas de peregrinação vêm ao encontro de uma espiritualidade
difundida em um segmento social que busca uma experiência mística interior.
Esse tipo de espiritualidade prescinde da mediação institucional das
igrejas e se adequa muito bem às propostas subjacentes às novas rotas de
peregrinação. Os proponentes desses caminhos definem o roteiro, organizam
as bases materiais e criam as referências simbólicas, mas cada peregrino
faz o seu próprio percurso territorial ou interior. Ainda que em alguns
desses caminhos o ponto de chegada seja uma igreja, como nos Passos de
Anchieta, no Caminho da Fé ou no Caminho das Missões, o mais importante não
está no ponto de chegada. Para todos eles a experiência é o próprio caminho
e o caminhar. É no percurso que o turista-peregrino encontra a experiência
que busca.. Nessas novas rotas, a espiritualidade e a empresa turística
vivem uma relação simbiótica de mútua dependência. A semântica também é
reveladora dessa diferença essencial. Quando nos referimos às peregrinações
tradicionais falamos em santuário de destino em uma determinada localidade.
Mas quando se trata das peregrinações modernas fala-se no e sobre o caminho
e a caminhada. O destino é pouco lembrado e não conta muito no imaginário
de quem se aventura nessa empreitada. Outra diferença significativa é que
os pontos de atração tradicionais costumam receber dezenas de milhares de
peregrinos ou romeiros implicando numa movimentação que faz grande
diferença para os agentes econômicos envolvidos. As peregrinações recentes,
organizadas em função dos percursos e caminhos, não são construídas para
receber um afluxo muito grande de pessoas. Neste sentido a que mais recebe
gente, de maneira concentrada, é a Passos de Anchieta, no Espírito Santo,
porque realiza numa única data o evento turístico-religioso. Outras
peregrinações podem até receber o mesmo número de caminhantes, mas de
maneira diluída durante o ano não exigindo assim uma mobilização de
recursos ou uma estrutura receptiva que promova grandes alterações para as
economias locais.


Há ainda o turismo religioso que acontece não em função de romarias e
peregrinações, mas em função de eventos religiosos como a visita do Papa ao
Brasil, a Marcha para Jesus em São Paulo, os encontros musicais na Igreja
Batista da Lagoinha em Belo Horizonte, as muitas festas religiosas como Do
Divino em São Luiz do Paraitinga, Fogaréu em Goiás Velho, as festas de
santo nos candomblés da Bahia. Sobre essas manifestações religiosas existem
vários estudos específicos nas universidades brasileiras.


Os números do turismo religioso


Na verdade, números é o que não há. As últimas pesquisas minimamente
confiáveis, foram realizadas em 2006 pelo Ministério do Turismo em parceria
com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). De lá para cá não
se levantou nenhum outro dado sobre turismo religioso. A coisa mais
relevante a se dizer dos dados levantados é que em 10 anos esse tipo de
turismo cresceu 0,5% e que os principais destinos são Aparecida (SP), Nova
Trento (SC), Nova Jerusalém (PE), Belém (PA) e Juazeiro do Norte (CE).
Esses dados são medidos pelas visitas anuais nos santuários. Não há nenhuma
informação sobre as peregrinações nas novas rotas criadas a partir de 2000.
A Passos de Anchieta, por ser um evento realizado com data marcada, é o que
mais possui dados de seus andarilhos. Em 2008, foram 2576 inscritos pela
ABAPA, agência oficial organizadora do evento.


No estudo de Demanda Turística Internacional 2005 – 2007, realizado
pela Fipe por encomenda do Ministério do Turismo, na sua segmentação de
mercado leva em conta apenas "Lazer", "Negócios, eventos e convenções",
"Visita a parentes e amigos", "Outros motivos". Nesta última categoria
poderíamos incluir o Turismo Religioso, juntamente com dezenas de outras
razões para se visitar o Brasil. Nessa rubrica, estão 4% de todos os
viajantes estrangeiros que aportaram em terras brasileiras no período
estudado.


No ano de 2005, a cidade de São Paulo recebeu quase 2,5 milhões de
turistas estrangeiros e a religião foi o motivo declarado por 0,4% deles,
segundo o relatório da Embratur. O Jornal Caribean News, em sua edição nº
242, de 18/04/2008, informa que as viagens por motivos religiosos
movimentam pelo mundo afora cerca de 18 bilhões de dólares e 300 milhões de
pessoas anualmente. Há que se ter certa desconfiança quanto aos números
citados por órgãos ligados a interesses imediatos no mercado turístico. São
números que não ajudam no planejamento consciente e racional do setor. Em
Aparecida, por exemplo, os números que se ouve variam em uma ampla faixa
entre 2 e 8 milhões de pessoas por ano. Como é possível traçar estratégias
diante de números extremos como esse?


As festas e eventos religiosos também costumam inflar os seus números
com vistas a atrair investimentos públicos e privados para a cidade e para
o evento. Talvez, a produção de números confiáveis seja a maior demanda de
quem deseja investir no setor.








Referências Bibliográficas


Abumanssur, Edin Sued (Org.), Turismo Religioso: ensaios antropológicos
sobre turismo e religião, Campinas, Papirus, 2003


Banducci Jr., Álvaro e Barretto, Margarida (Orgs.), Turismo e identidade
local: uma visão antropológica, Campinas, Papirus, 2001


Burns, Peter, Turismo e antropologia: uma introdução, São Paulo, Chronos,
2002


Canclini, Néstor García, Culturas híbridas, Edusp, São Paulo, 2000.


Duby, Georges, O tempo das catedrais: arte e sociedade 980 – 1420, Lisboa,
Estampa, 1979


Fernandes, Rubem César, Os cavaleiros do Bom Jesus, uma introdução às
religiões populares, São Paulo, Brasiliense, 1982.


MacCannell, Dean, The Tourist: a new theory of the leisure class, London,
Macmillan, 1976


Oliveira, Mário de, Fátima nunca mais, Lisboa, Campo das Letras, 1999


Simmel, Georg, "A metrópole e a vida mental", In: Velho, Otávio Guilherme
(org.), O fenômeno urbano, Rio de Janeiro, Guanabara, 1987,


Steil, Carlos Alberto, O sertão das romarias: um estudo antropológico sobre
o santuário do Bom Jesus da Lapa – Bahia, Petrópolis, Vozes, 1996.


Urry, John, O olhar do turista: lazer e viagens nas sociedades
contemporâneas, São Paulo, SESC/ Studio Nobel, 2001



Texto de uma palestra realizado para a Planet Work, no Rio de Janeiro, em
setembro de 2009
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[1] Rubem César Fernandes notou, em seu estudo sobre as romarias a Bom
Jesus de Pirapora, que os habitantes da cidade não mantinham com o santo
local, a mesma atitude de distanciamento reverente, observado nos romeiros
que vinham de outras localidades (Fernandes, 1982: 87).
[2] Sobre as origens e disputas em torno desse Santuário, cf., Oliveira,
1999
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