Resenha Cap. XXIV Ciência e Comportamento Humano- B.F.Skinner.

September 25, 2017 | Autor: Pedro Poeta | Categoria: Behavioral Sciences
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FACULDADE PITÁGORAS

Pedro Henrique Campina





PSICOTERAPIA
Cap.XXIV do livro: Ciência e Comportamento- B.F.Skinner.












Poços de Caldas
2014
Pedro Henrique Campina








PSICOTERAPIA
Cap.XXIV do livro: Ciência e Comportamento- B.F.Skinner.
Trabalho apresentado como parte da 2ª avaliação parcial da disciplina Matrizes
Do Pensamento em Psicologia-
Behaviorismo; Prof. Francine Coura, Curso Psicologia, 3º semestre de 2014 - Manhã. Faculdade Pitágoras, campus Poços de Caldas-MG.








Poços de Caldas
2014


SUMÁRIO




SUBPRODUTOS _________________________________________________ 4

EFEITOS DO CONTROLE SOBRE COMPORTAMENTO OPERANTE____5

PSICOTERAPIA COMO UMA AGÊNCIA CONTROLADORA___________ 6

PSICOTERAPIA VS. CONTROLE RELIGIOSO E GOVERNAMENTAL __6

INTERPRETAÇÕES TRADICIONAIS________________________________ 7

OUTRAS TÉCNICAS TERAPÊUTICAS _______________________________8

CONSIDERAÇÕES FINAIS_________________________________________8

REFERÊNCIA ___________________________________________________ 8



INTRODUÇÃO
Mantendo a originalidade do texto, o trabalho em momento nenhum se pautou em alavancar questões de provações, mesmo que encontradas no próprio capítulo do autor. Aqui tratados, apenas os trabalhos de Skinner e não aqueles modelos que ele próprio cita como incorretos, entendendo isso então, podemos determinar que o trabalho serve como parte de um manual oferecido pelo autor para que sirva de auxílio tanto para terapeutas, que é o que pretendemos formar, como para leigos no assunto, leigos que terão oportunidade de conhecer não só o conceito que Skinner determina como o correto, mas também aqueles que são explicados de forma não confiável.
SUBPRODUTOS
Para o Behaviorismo, Subproduto é o resultado ou consequência delimitado por determinada contingência, ou seja, uma forma de reação que acontece depois que alguma situação sucede. Skinner no presente capítulo, ao tratar dos "subprodutos do controle", exemplifica vários deles como um meio de dar resposta ao controlador seja enquanto indivíduo, ou enquanto grupo. A Fuga, p. ex. indica uma reação do controlado, onde, por não estar se adequando ao ambiente, vai buscar algo fora do controle para evitar um desprazer; isto nem sempre significa que o controlado vai se separar do controlador. Outro subproduto do controle importante a destacar é a Revolta; aqui Skinner (p.391) cita, "o indivíduo contra-ataca o agente controlador". Dá-nos o vandalismo como um exemplo, que é uma busca de mostrar ao controlador a rejeição pelo o mesmo. Ao cabo, a Resistência Passiva, define o não comportamento (se é que podemos definir assim) conforme previsto pelo controlador; - por vezes refere-se a uma exaustão nos processos de fuga e revolta -.
Além desses subprodutos, existem aqueles que fazem função sobre as emoções, chamados de subprodutos emocionais do controle. O medo, a ansiedade, ira, raiva e a depressão. Representadas aqui como respostas mantidas em comportamento privado.
Todos esses padrões emocionais podem, é claro, ser gerados por eventos aversivos que não têm nada com o controle social. [...] A grande maioria dessas circunstâncias incitadoras, entretanto, são devidas ao controle do indivíduo pelo grupo ou pelas agências religiosas ou governamentais. (SKINNER,1953,p.395)
Deve se levar em conta que essas respostas são atribuídas também aos fatores físicos, que são de extrema importância para que explicar tais subprodutos. 4
EFEITOS DO CONTROLE SOBRE O COMPORTAMENTO OPERANTE

Uma breve abordagem sobre a punição e os processos de autocontrole. Dessarte, o que explica de forma sucinta ambos são, por exemplo, o vício em drogas e o comportamento excessivamente restrito. O primeiro vem de encontro a um estímulo aversivo condicionado ou não. O indivíduo que busca a droga usa-a como forma de suprir uma contingência que não foi bem sucedida, assim a droga o dá fuga daquela estimulação que antes foi aversiva. O vício aparece então como reforço repetido, que ao gerar essa sensação de prazer no indivíduo o fará querer uma continuação. Em segunda instância, um clássico exemplo é o do autocontrole, que citado por Skinner (p.397), aparece para nos dar embasamento ao chamado comportamento excessivamente restrito:
O cuidado especial com o qual se dirige um carro depois de um acidente ou próximo a um acidente também pode ser gerado por eventos aversivos usados no controle. A punição repetida pode produzir uma pessoa inibida, tímida ou taciturna. Na denominada "paralisia histérica", a restrição pode ser completa. A etiologia geralmente é clara quando a paralisia se limita a uma determinada parte da topografia do comportamento. Assim o indivíduo que é excessivamente punido por falar, pode parar de falar inteiramente na "afasia histérica".
Essas funções de auto-estímulo, funcionam como reação ao ambiente em que se está. Já dissemos sobre aquilo que vem a ser subproduto, no caso da Auto-estimulação, explica que acontece, pois o indivíduo evita consequências de desprazer, já subproduto refere-se a uma resposta em termos gerais das contingências. Existe ainda, uma Auto-estimulação aversiva, esta que busca desprazer, ao que parece, faz o indivíduo ir de encontro a punição ou masoquismo para aliviar, segundo Freud, uma culpa ou vergonha por determinada ação. Não há então, algo que garanta os porquês da Auto-estimulação aversiva, e é neste ponto, que notamos uma concordância entre Skinner e Freud.



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PSICOTERAPIA COMO UMA AGÊNCIA CONTROLADORA

Psicoterapia representa uma agência especial que se preocupa com esse problema. Não é uma agência organizada, como o governo ou a religião, mas uma profissão, cujos membros observam procedimentos mais ou menos padronizados. A Psicoterapia já se tornou uma fonte de controle importante na vida das pessoas, e portanto alguma explicação se faz necessário. (SKINNER, 1953, p.401)

Neste, Skinner data sobre três assuntos: Diagnóstico, Terapia, Audiência não-punitiva. Diagnóstico, se dá como um conjunto de dados sobre paciente que será buscado. Este que será o norte, onde em seguida o terapeuta controlará as variáveis relevantes a fim de corrigir determinada condição de comportamento. Em Terapia, deve se fazer entender que a condição do paciente é aversiva, ou seja, algo o incomoda para que o mesmo esteja ali, logo tudo é reforçador. Visto isso, o terapeuta trabalhará com um projeto que vai desde a delimita ão de tempo à formação de esquemas de reforçamento. Por Audiência não-punitiva, entende-se que o papel do terapeuta não deve ser punitivo, pois a princípio, o terapeuta é apenas mais um membro da sociedade, e é imprescindível mudar essa concepção que o paciente terá de início. Assim, não criticar, evitar a contra-agressão, não apontar defeitos, são de início, fatores importantes para que se estabeleça um laço de confiança. Como já dito, a condição será aversiva, denominada, resistência; então, o terapeuta deverá manter uma posição de não-punidor, como consequência, reduzindo o comportamento operante impróprio.

PSICOTERAPIA VS. CONTROLE RELIGIOSO E GOVERNAMENTAL

O Psicólogo preocupa-se em corrigir alguns subprodutos do controle, prepara ainda o paciente para aceitar o controle, que como parte da sociedade, ele o sofrerá, seja por vontade ou não. O controle religioso e governamental faz parte da formação indivíduo, e quando o psicólogo se pronta a recomendar técnicas a estas instituições, é de fato, atacado por imoralidade.
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INTERPRETAÇÕES TRADICIONAIS

Nesta parte do capítulo, Skinner se prontifica em criticar não só as pesquisas de Freud, como também as conclusões que os estudos da Psicanálise chegaram. Data alguns dos conceitos usados na Psicanálise, com o objetivo de demonstrar que não passam de estudos equivocados, que partem do sintoma para a causa, e não da causa para o sintoma, como deveria ocorrer. Dessarte, as explicações psicanalíticas partem de atributos mentalistas internos ao comportamento, e até mesmo no desenvolvimento de doenças físicas. ¹ Ao citar sobre a lacuna que a Psicanálise deixa, Skinner explica:

Não ser capaz de lembrar um acontecimento passado não produz sintomas neuróticos; é em si mesmo um exemplo do comportamento deficiente. É bem possível que na terapia a emoção reprimida e o sintoma comportamental possam desaparecer ao mesmo tempo ou que uma memória reprimida seja lembrada quando o comportamento desajustado tiver sido corrigido. Mas isso não significa que um desses eventos seja causa do outro. Ambos podem ser produtos de uma história ambiental que a terapia alterou. (1953, p.413).







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¹. Para Skinner, as relações casuais de comportamento, segundo a teoria Freudiana , baseiam em três fatores: Ambiente que produz efeito no aparato mental interno, e esse efeito produzirá a manifestação do comportamento. Freud usa-se disso para preencher lacunas temporais, mais uma vez, segundo Skinner. 7

OUTRAS TÉCNICAS TERAPÊUTICAS
Quando se depara com um indivíduo fora de controle, diz que este é um ser psicótico, deve se então, partir do um constructo de um novo repertório. Dentre outros fatores, achar uma solução para tratar o paciente não é terapia, o paciente deve se dar conta sobre seu comportamento e alterá-lo, claro que com o auxílio do terapeuta, mas este, como terapeuta não deve impor, e sim trabalhar nas contingências para que a mudança parta do indivíduo.
"A terapia consiste, não em levar o paciente a descobrir a solução para seu problema, mas em muda-lo de tal modo que seja capaz de descobri-la." (SKINNER, 1953, p.417).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este teve por objetivo primeiro, ser fiel às partes que se destacam no capítulo apresentado, sem fim de criticar quaisquer ideias do autor. Ainda que nem todos concordem com elas, fica no explícito neste trabalho o quão confiável é seu ponto de vista, uma vez que baseado em uma vida toda dedicada ao estudo do comportamento, Skinner é privilegiado para falar do assunto. E é mantendo uma interpretação não-intuitiva, graças a professora – pois sabemos que ler Skinner não é como ler Monteiro Lobato – é que podemos concluir não só o bom entendimento sobre a obra, como também uma evolução acadêmica considerável do semestre passado para o atual.


REFERÊNCIA

SKINNER, Burrhus Frederic. Psicoterapia. In:_____ .Ciência e Comportamento Humano. São Paulo- SP: Martins Fontes, 2003. 11° edição. Cap. XXIV , p.391-417.







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