Resenha - Capítulo I - Mesoamérica - história, pesamento e escrita (Portuguese)

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Graduação: História MBA1
Matéria: História Americana antes da Conquista Europeia
Professor: Fernando Torres-Londoño
Aluno: Pedro Augusto Menna Barreto M. Gomes













RESENHA – DEUSES DO MÉXICO INDÍGENA

DOS SANTOS, Eduardo Natalino. Deuses do México Indígena. Palas Athena, 2002. Capítulo I. – pp. 37-104.

UNIDADE HISTÓRICA E CULTURAL

O autor começa o capítulo com a chegada dos primeiros espanhóis na cidade de Tenochtitlan. Uma civilização que como ele mesmo diz ser jovem, mas que se desenvolveu nos últimos 3000 anos. O maior problema dos franciscanos instalados na Nova Espanha, hoje o México, era em como converter os indígenas locais que já tinham sua própria religião formada por toda a nova colônia espanhola. A comunicação era difícil visto que a língua entre os povos era diferente e os indígenas tinham apenas um sistema de escrita através de pictoglifos.

O autor ainda explica que, aquele povo que vivia na Nova Espanha havia uma cultura que alcançava outros povos que ali também viviam. Os colonizadores repararam que os povos tinham em outras palavras, algo como características civilizacionais comuns, não eram apenas homens selvagens. E, visando entender melhor as divindades destes povos antes da conversão ao cristianismo é necessário estudar estes deuses como parte da história dos indígenas. Principalmente suas características e significados.

É interessante notar o cuidado de Eduardo Natalino dos Santos em explicar ao seu leitor que alguns nomes e datas contidas na obra são confusas. Ele continua dizendo que os europeus, viam os índios como bárbaros ou ainda, pessoas ignorantes, incultas, sem sua própria história, diferente de outros povos antigos. Havia ainda uma visão do colonizador europeu, de ser o grande "salvador" destes pobres homens e mulheres.

Aqui o termo Mesoamérica nos é apresentado como uma criação de Paul Kirchhoff em 1943, que depois de estudar outras autoridades no assunto definiu assim, as antigas civilizações do México e da América Central. Para Kirchhoff as civilizações que ali viviam, ainda que tivessem suas diferenças, tinham "características culturais fundamentais" (Santos, 2002, p40) que os ligavam de alguma forma como uma grande família cultural e histórica.

O uso de algumas ferramentas em comum, a plantação de milho e o cultivo do cacau, uma bebida alcoólica fermentada com o agave, práticas religiosas, sua arquitetura, a prática do jogo de bola e a produção de armas com lâminas de pedra. Por fim, Kirchhoff propõe que estas civilizações também eram ligadas pelo uso de um calendário baseado no que ele chama de dois ciclos concomitantes e que a criação de tudo se deve à uma dualidade em que os homens oferecem seu sangue como força vital para que Universo continue existindo, daí o entendimento das praticas de sacrifícios humanos.

Eduardo localiza estes povos que viviam na Mesoamérica em uma região que como ele mesmo escreve em sua obra vai do centro de Honduras e nordeste da Costa Rica até o México. Uma rica região geográfica, ecológica e com uma complexa história geológica.

Os primeiros habitantes

Aqui Eduardo nos posiciona sobre o equivoco de estudiosos, que achavam que as Américas tinham uma história praticamente jovem comparada ao resto do mundo. Ele cita três casos de suma importância os quais, dois no Brasil onde arqueólogos dataram peças de aproximadamente 30.000 anos confeccionados por homens, o caso da reconstituição facial de Luzia, e no Peru, onde encontraram "canais de irrigação e estruturas piramidais" (Santos, 2002, p43) do ano de 2.600 a.C., no sítio arqueológico de Caral.

Essas informações servem como base na confecção de novos estudos, os quais nos apontam que o homem teria andando por nosso continente há muito mais tempo do que os estudiosos especulavam que seria entre 10.000 e 12.000 anos e, que tais homens teriam vindo da Ásia pelo Estreito de Bering. O caso de Luzia chama atenção especial aos pesquisadores por tratar de uma pessoa com traços africanos ou australianos.

Cada vez mais os estudiosos estão quase certos de que o homem já andava nas Américas há pelos menos 40.000 anos. O autor continua com dados sobre os primeiros habitantes da Mesoamérica que diz que "os registros de vestígios humanos mais antigos remontam a 10.000 a.C." (Santos, 2002, p44) e, que estes homens viviam em sociedades voltadas apenas à caça, não tendo quaisquer conhecimentos sobre atividades agrícolas. Infelizmente não a muito o que se possa dizer a respeito sobre a vida social e organização destes primeiros habitantes.

A descoberta da agricultura, a invenção do milho e o prenúncio da Mesoamérica

Achados arqueológicos do quinto milênio antes de Cristo comprovam que a agricultura estava presente em terras mesoamericanas com o cultivo de abóbora, pimenta malagueta, de feijão e de milho. Um processo de transição que partiu da prática de tirar o que a natureza dava para produzir com o auxílio dela.

Um processo que, ao entendimento de quem vos escreve parece ter sido por conta da observação da germinação e ciclo das plantas, o que teria dado a este povo o princípio básico do cultivo de sementes e cuidados com elas. Com esse entendimento, logo o domínio do cultivo destes vegetais e seus ciclos lhes proporcionaria o cultivo de grãos e frutos, o que segundo o autor cortaria finalmente o laço entre homem e natureza fazendo com que este agora plantasse seu alimento para sobreviver. Natalino escreve que, "dependência quase total de uma população humana dos seus frutos é o que caracteriza um povo agrícola" (Santos, 2002, p47).

O autor encerra o tema informando que este povo desenvolveu melhor a agricultura nas regiões; Vale de Tehuacan, Serra de Taumalipas e Serra Madre. Eles domesticaram animais como o peru e o cachorro e também afirma que a agricultura era o seu principal sustento com o plantio de mais espécies de grãos e frutas e por fim o desenvolvimento do milho em 3.000 a.C.

As origens olmecas e a consolidação da unidade cultural mesoamericana

Com a agricultura aprendida, maior foi o aumento da população. Mais conhecimento para o povo que havia deixado há pouco as técnicas de caça. Veio a cerâmica que com ela um sistema de armazenamento, utensílios domésticos e cozimento de alimentos. O autor classifica este período como um período de sedentarização agrícola, o que é claro que se a terra lhe dá o alimento necessário não há mais motivos em levar uma vida nômade. Isso foi na região de Olman que significa, terra da borracha ou terra dos olmecas.

Interessante pensar que com a civilização olmeca um salto evolucionário aconteceu, práticas de comércio, artesanato, rituais funerários, pratica do jogo de pelota e por fim os deuses. A religião olmeca por sua vez fica mais evidente com a prática de sacrifícios humanos e mutilação dentária. Em suma, o autor fala de um povo que surgiu com base na agricultura, daí partiu para suas primeiras cidades, seu calendário, sua própria escrita, o uso da borracha (látex) e as impressionantes cabeças colossais olmecas.


Teotihuacan, os zapotecas, as cidades maias e as origens da idade atual

Uma enorme herança deixada pela difusão dos olmecas pela região foi definitivamente a cidade Teotihuacan (Cidade dos Deuses), uma enorme cidade no altiplano mexicano. Estampa sua existência na história mexicana como uma das maiores cidades da região, nas estórias passadas de geração para geração e não menos importante quanto, nos famosos códices. Códices estes que nos deixaram pistas sobre as movimentações dos povos mesoamericanos, contos fabulosos e na opinião deste que vos escreve, sua arte magnífica.

Ainda em Oaxaca, Monte Albán outra cidade agora dos zapotecas registra sua importância dentre tantos centros urbanos na cultura mesoamericana. Eduardo nos ensina que no (Templo de los Danzantes) encontram-se os "glifos calendários mais antigos da Mesoamérica" (Santos, 2002, p58) de 600 a.C., aproximadamente. Ali, os zapotecas se espalharam pela região do Vale de Oaxaca. Os zapotecas nesse período adotaram a escrita pictoglífica que se tornou entre todos os maias como nos diz Eduardo "uma vertente fonética" (Santos, 2002, p59).

Apesar de culturalmente serem muito parecidas Teotihuacan e Monte Albán eram independentes e, ao meu entender estavam particularmente em uma corrida comercial e militar, como completa Eduardo, "através da formação de confederações" (Santos, 2002, p60). Então entendemos que as cidades maias se associavam em confederações que tinha como cidade líder, uma grande cidade que dominava as demais, politicamente e comercialmente, obviamente essas como chamarei a seguir de capitais se destacavam por seus grandes edifícios de pedras escalonadas, conhecidos mundialmente e popularmente como pirâmides. Além disso, estas capitais tinham palácios, construções de uso de sacerdotes e de políticos além de observatórios para a observação dos astros. A sua volta, casas de madeira cercavam esses grandes centros, estes moradores em geral cuidavam da agricultura e do artesanato.

Huey Tollan: cidade de pedra ou paradigma civilizacional?

Com a decadência de Teotihuacan, os toltecas, um povo que falava o nahuatl e originário do norte resolvem migrar para o sul, estabelecendo-se temporariamente em Xochialco, Teotihuacan e Cacaxtla. Migração que segundo Eduardo, é seguido pelo chichimecas, termo mesoamericano para bárbaro. Em contra partida os mixtecas sucedem os zapotecas, inclusive reconstruindo antigos centros dos próprios zapotecas.

Nesse mesmo período, alguns dos pequenos reinos maias em Uxmal, Chichén Itzá, Mayapán e Tulum, se reerguiam graças a Tula, cidade esta que substituiu Teotihuacan como a grande capital da região. Tula, capital dos toltecas fundada em 856 d.C. e que, durante muito tempo acreditava-se que Totihuacan fosse a cidade de Tula onde nos diz Eduardo, "referida nas crônicas e anais mexicas" (Santos, 2002, p66). Essa ideia baseada na monumentalidade da Cidade dos Deuses, que assemelhava-se e muito com as descrições de Tula nos textos nativos coloniais.

Enfim os famosos mexicas e astecas

Eduardo nos diz que "em 1111 d.C., os astecas deixaram sua terra de origem, Aztlan" (Santos, 2002, p69). Chegaram em Chicomoztoc, ou Lugar das Sete Cavernas e se uniram a "outros seis grupos: xochimilcas, chalcas, tlaxcaltecas, tepanecas, tlalhuicas e acolhuas" (Santos, 2002, p71). Tudo isso por ordem de Huitzilopochtli que se comunicava com eles. Os astecas no século XII prosperaram no Altiplano Central Mexicano, fundando centros urbanos, sendo que alguns deles junto com os mexicas. Ali, estes centros inauguram uma nova fase na cultura mesoamericana, além da língua nahuatl, uma hegemonia na região em busca de alianças por conta da linhagem de Quetzalcoatl.

Já em 1325 d.C., os mexicas fundam México-Tenochtitlan, eles seguiram uma simbologia deixada por Huitzillophtli. Os mexicas recém chegados ao Altiplano precisaram se civilizar uma vez que vimos anteriormente que este eram considerados bárbaros pelos demais povos. Interessante notar que os mexicas prosperariam muito fundando até dois importantes centros urbanos como, Tenochtitlan e Tlateloco. Participaram de grandes conquistas e logo Tenochtitlan se tornou a nova Huey Tollan ou Grande Tula. Por fim segundo Eduardo, os mexicas tomaram o controle de boa parte da região e em pouco tempo passaram a dominar rotas comerciais e receber tributos de toda a mesoamérica.

PENSAMENTO E ESCRITA

Eduardo começa recapitulando o que vimos anteriormente e foca em uma série de características culturais. A partir daí os elementos que se destacam nesta parte do capítulo é o calendário, a cosmografia, a produção de livros e por fim a criação dos códices.

É interessante observarmos segundo o autor, o desinteresse dos conquistadores sobre a questão do pensamento das civilizações mesoamericanas. Para eles, tais pensamentos habitavam o campo de fábulas ou da imaginação, para os europeus, que viviam em uma civilização moderna em sua época, supostamente essa era a única explicação lógica.

O calendário teria origem olmeca segundo estudos e, sua base é um "conjunto de vinte signos, chamados de tonalli, que se combinavam com treze números" (Santos, 2002, p80). Aqui o autor descreve os signos do calendário e nos ensina como estes recebiam números de um a treze que se repetiam até voltar ao número um, o que segundo a conta durava duzentos e sessenta dias. Este ciclo se chamava tonalpohualli. A partir do tonalpohualli, "os povos mesoamericanos nomeavam e contavam os anos sazonais, definido precisamente com seus trezentos e sessenta e cinco dias" (Santos, 2002, p82).

Por fim o calendário maia teria se padronizado em um ano de trezentos e sessenta dias. Eduardo corrobora que, apenas quatro destes signos do tonalli nomeavam os anos sazonais sendo estes, acatl, tecpatl, calli e tochtli.

Pode-se ainda destacar que, o ciclo entre a combinação dos quatros signos mencionados anteriormente, somados aos treze números que caem como dias iniciais dos anos sazonais resulta em um ciclo de cinquenta e dois anos, palavras essas do autor, "os quais os nomes dos anos voltam a se repetir" (Santos, 2002, p83). Os anos sazonais são chamados de xihuitl, e o ciclo de cinquenta e dois anos chamava-se xiuhpohualli ou xiuhmolpilli.

É difícil acreditar, palavras deste que vos fala, tamanha arrogância dos conquistadores europeus em não querer enxergar a complexidade do calendário mesoamericano, este elaborado a partir de cálculos que desafiavam qualquer matemático de sua época. E ainda, ignorar seus livros em forma de anais, conhecidos como xiuhamatl, os quais serviram como registro das idades anteriores do mundo, a criação da humanidade atual e a história do próprio grupo, contando suas origens, migrações, guerras e dinastias.

Eduardo encerra o sistema do calendário com mais cálculos, e com os diferentes argumentos entre os maiores estudiosos do assunto.

A cosmografia é parte da astronomia onde os mesoamericanos dividiam o espaço em cinco direções, sendo estas o poente (oeste), o nascente (leste), norte, sul e centro. Isso era fundamental para a organização de suas cidades. Em seu espaço vertical havia treze ceús e nove inframundos a partir do plano terrestre. Essas regiões eram ligadas ao destino dos mortos e da causa da morte. Como exemplo disso Eduardo nos dá que, "crianças mortas antes de um ano de vida iam para um lugar onde haveria uma árvore de leite" (Santos, 2002, p86), árvore esta conhecida como Chichiualquauitl. Assim como para junto do Sol, que iriam as mulheres mortas no primeiro parto, guerreiros mortos em batalhas e ainda, os mercadores mortos em suas viagens. Sol este que em seu poente era acompanhado pelos que Eduardo coloca como "mortos comuns, que não se enquadravam nos outros casos, e que habitavam os inframundos por quatro anos" (Santos, 2002, p86), até desaparecem por completo. O autor também nos fala do paraíso terrestre conhecido como Tlalocan ou Lugar de Tlaloc, um lugar aonde iam aqueles que morreram afogados, pegos por um raio entre outros.

A produção de livros era chamada de "amoxtli e eram confeccionados com papel amate" (Santos, 2002, p87). Eram classificados como tonalamatl e xiuhuamatl. O tonalamatl era utilizado no prognóstico de todos os aspectos da vida, enquanto o xiuhuamatl contava os anos sazonais e seus acontecimentos mais importantes. Havia um termo para aquele que seguia o caminho do livro, o amoxohtoca que também era conhecido como sábio, tlamatini.

Eduardo apresenta dois tipos principais de livros, sendo estes o tonalamatl e o xiuhamatl. O primeiro é um livro ritual que "tem como princípio de leitura a sincronia do tonalpohualli, e eram utilizados nos prognósticos de todos os aspectos da vida" (Santos, 2002, p87). O segundo é um conjunto de livros anais que "possuem um princípio de leitura diacrônico, ou seja, os anos sazonais e seus acontecimentos memoráveis eram registrados de forma sequencial pela contagem dos anos sazonais" (Santos, 2002, p87).

Os livros representavam um papel importante na cultura mesoamericana e estes, tinham locais especiais onde eram armazenados, os amoxcalli e, aqueles que eram especializados em sua produção e leitura, os tlacuilo ou ainda tlacuiloani. O autor ainda nos apresenta outros tipos de livros tais como, livros de matrícula de tributos e os mapas, além de referências sobre um tipo de livro dos sonhos, conhecido como temicamatl que infelizmente segundo Natalino, nunca chegou até nós um exemplar. Cada livro conta com a sua própria lógica interna e sistema de escritura, Natalino diz que estes são capazes de representar seus pensamentos e a expressão da palavra, ainda segundo ele, "com ou sem o auxílio de uma tradição oral paralela" (Santos, 2002, p88).

Tradição oral extremamente necessária para os mixtecos e nahuas mas quase desnecessária para os maias. Mais que possuíam dois tipos de glifos em suas escrituras, os logogramas e os silábicos. Tais quais os maias, os nahuas e mixtecos também contavam com estes dois tipos de glifos, porém os silábicos bem menos usados, mas sendo usados mais para pessoas e nomes de locais.

Eduardo diz que os códices são registros porém, alguns estudiosos os tratam meramente como arte ou ainda, pinturas. Interessante como os códices eram tão comuns na Mesoamérica que quando os espanhóis chegaram durante o século XVI, muitos dos mesoamericanos ficaram impressionados pelo fato de tais estrangeiros terem trazido consigo livros também.

Natalino afirma sobre a importância da interpretação dos códices como material frequente na historiografia da Mesoamérica. O autor cita dois motivos para a dificuldade destes documentos em fazer parte dos estudos de muitos historiadores, que seguem apenas a narrativa espanhola como fonte por conta da quantidade de testemunhas e relatos. Em primeiro lugar, temos a questão da língua indígena, da fantasia e da mítica envolvida nos códices e, em segundo lugar, renomados historiadores e pesquisadores não conseguem enxergar os códices tais como documentos, muito por conta da necessidade de ter o que Natalino chama de um, "olhar ocidental dos conquistadores" (Santos, 2002, p90), uma vez que para estes estudiosos, os códices de nada valem para a reconstituição histórica dos povos mesoamericanos.

Tive o prazer de conhecer Eduardo Natalino dos Santos a frente de seu CEMA, Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos na USP (Universidade de São Paulo) e lá, comecei com um grupo de estudos a interpretar La Tira de la Peregrinación, também conhecida como códice Boturini. Para mim como futuro historiador, vejo este documento como uma peça essencial para o estudo destes povos que andaram pelo que hoje é o México, não apenas conservando o que particularmente para mim é parte de sua cultura mas principalmente, também a sua história.

O Popol Vuh

Para mim, a melhor descrição a respeito desta narrativa é como o próprio Eduardo nos apresenta como uma "concepção mesoamericana das origens do mundo" (Santos, 2002, p96).

Confeccionado em meados do século XVI, pelos kavek de Santa Cruz de Quiché, na Guatemala, que defendiam através dele seus interesses diante do governo colonial. Foi traduzido duas vezes pelo frei dominicano Francisco Jiménez e depois pelo francês Charles Étienne Brasseur.

De leitura extremamente complicada, o texto tem duas partes onde a primeira conta a origem do mundo e a vitória de dois irmãos gêmeos, estes Hunapú e Ixbalanque sobre os Senhores do Inframundo e, a segunda parte conta sobre a criação do milho e vai até a parte onde o povo quiché se estabelece nas montanhas mesoamericanas.

Por fim, Eduardo fecha o primeiro capítulo com alguns importantes textos mesoamericanos tais quais:

Os Anales de Cuauhtitlan e a Leyenda de los soles.
A Breve relación de los dioses y ritos de la gentilidad.
O Códice Vaticano A ou Códice Rios.
A Historia de los mexicanos por sus pinturas ou Códice Fuenleal.
A Histoyre du Mechique.
O Códice Ramírez ou Relación del origen de los indios que habitan esta Nueva España según sus historias.

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