RESENHA CRÍTICA - BERLAND, Nicolas et al. RECURRENT ATTEMPTS TO RENOVATE MANAGEMENT CONTROL

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RESENHA CRÍTICA BERLAND, Nicolas & PONSSARD, Jean-Pierre & SAULPIC, Oliver. Recurrent Attempts to Renovate Management Control Revisited through a Simons' Perspective. Palaiseau: Ecole Polytechnique. 2006 1. CREDENCIAIS DOS AUTORES: Nicolas Berland é Professor na Universidade de Paris-Dauphine desde 2008. Ele é responsável pelo CREFIGE, departamento contabilidade e controle, onde dirige várias formações como o Mestrado em Gestão. Nicolas Berland atualmente trabalha com design dos sistemas de "pacote de controle", mas também atua no IFRS e exerce papel das práticos de pilotagem retóricos. Ex-presidente da Associação de Contabilidade Francofonia (AFC), ele foi editor associado da revista Finance and Control-Strategy (FCS) e é co-editor de Contabilidade e Controle-Audit (CCA) desde janeiro de 2012. Jean-Pierre Ponssard é um economista francês, especialista em teoria da organização , organização industrial e da teoria dos jogos, pesquisador sênior do CNRS, e professor de economia e vice-presidente de pesquisa do departamento econômico da École Polytechnique. É engenheiro da Ecole Polytechnique e PhD da Universidade de Stanford. Ele recebeu a medalha de prata CNRS, em 1992, e foi nomeado " melhor economista do ano em organização industrial" por Nouvel Economiste em 1993. Olivier Saulpic é professor e Chefe do Departamento de Controle de Gestão no campus ESCP Europe Paris e co- diretor do Centro de Pesquisa de Inovação na Gestão da Saúde. Saulpic ensina Controle de Gestão em todos os programas da escola (Mestrado em Gestão, Mestrado Especializado, MBA Executivo e Educação Executiva). Ele se formou em engenharia pela Ecole Centrale Paris, possui MBA pela HEC , e doutorado em Economia pela Ecole Polytechnique e um grau HDR (qualificação francesa para supervisão de Ph.D.) em gestão pela Université d' Orléans . 2. RESUMO DA OBRA: O artigo se trata de uma abordagem teórica a respeito das diferenças entre sistemas de controle e informação baseados na visão estratégica e sistemas de controle e informação baseados no gerenciamento propriamente dito. O artigo é constituído por quatro partes. Na primeira parte os autores introduzem o assunto ao leitor, citando autores que já escreveram a respeito de sistemas de controle para gestão. Primeiramente cita Simons (1995), que traz a necessidade da diferenciação entre as ferramentas de controle de interação e as ferramentas de controle de diagnósticos. Logo depois eles relacionam o surgimento deste tipo de questionamento à publicação da obra de Johnson e Kaplan (1987), "Relevance Lost: The Rise and Fall of Management", que fala a respeito da distância prática existente entre os sistemas de controle e a gestão operacional das empresas e elas passaram a demandar uma abordagem de controle radicalmente diferente, mais baseada na capacitação de resposta a partir de toda a empresa, ou seja, baseada na integração. Desta forma, os sistemas passaram a ser mais interativos, caracterizados não só pela participação contínua pessoal operacional, mas também pelo uso de ferramentas mais personalizadas, explicitando a interação entre os vários departamentos da empresa.

A segunda parte contempla uma breve revisão do trabalho de Simons e as classificações utilizadas por ele. Conceitua o controle de diagnóstico como um tipo de controle realizado a partir da utilização de uma vasta gama de indicadores, que refletem as diferentes facetas do desempenho de uma empresa, ou de modo mais geral as informações que os gerentes precisam, a fim realizar sua tarefas de gerenciamento. Já controle de interação é definido como um tipo de controle que apresenta um grau elevado de interação entre gerentes e seus subordinados, a fim de lidar com prioridades estratégicas da empresa, exigindo um forte envolvimento pessoal dos funcionários nas tomadas de decisão. Após conceituar esses diferentes tipos de controle, os autores discorrem a respeito dos seus objetivos específicos e exemplifica cada um de forma a esclarecer melhor a sua aplicação nas empresas. A terceira parte estende a abordagem de Simons através da introdução de duas novas dimensões de análise: o grau de personalização das ferramentas de controle e o grau de objetividade na relação com a política de remuneração. A primeira trata das falhas que os controles tradicionais apresentavam quanto à eliminação de hold-ups excessivos, atrasos, estoques e custos na gestão da produção. Já a segunda trata a remuneração excessiva da gestão de topo , em contradição ao fraco desempenho financeiro suas empresas. Logo após apresentar essas duas problemáticas, os autores discorrem a respeito de soluções sugeridas para contorná-las e fala ainda das limitações de cada abordagem. A quarta e última parte os autores reavaliam teoricamente a visão apresentada e sugerem futuros direcionamentos de pesquisa. Eles reconhecem a dificuldade em conceber um sistema consistente frente as três dimensões de gestão apresentadas no artigo, que são o envolvimento dos gestores operacionais, o grau de personalização das ferramentas de controle e a relação com a política de remuneração, e reafirmam a importância de uma definição estratégica concisa. Uma vez que a estratégia está claramente definida, os gestores serão naturalmente inclinados para a sua implementação. Os autores ainda esclarecem que ambos os sistemas de diagnóstico e de interação são importantes na gestão e controle das empresas e que devem ser utilizadas de forma complementar para obtenção dos objetivos estratégicos 3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA: Os autores trazem uma abordagem um tanto simplificada de uma questão que envolve aspectos profundamente enraízados na cultura organizacional da empresa. Apesar de apresentar uma bibliografia extensa, acredito que o autor poderia ter se aprofundado melhor quanto as aspectos de cultura organizacional e conscientização dos colaboradores. O autor também poderia trazer exemplificações mais variadas de ferramentas de controle aplicáveis que contemplassem o que está sendo discutido e permitisse melhor compreensão por parte do leitor. Mesmo assim, se trata de um trabalho muito interessante por falar de um assunto que são constantemente ignorados no ambiente corporativo. 4. INDICAÇÕES DA OBRA: Recomendo este artigo a gestores e líderes corporativos e aqueles interessados no estudo da gestão estratégica. Vicente Costa, Engenheiro Civil, MBA em Gerenciamento de Projetos

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