Resenha de Trishapensamento espaco como previsao meteorologica de Adriana Banana Giovana Ursini

May 31, 2017 | Autor: G. Manrique Ursini | Categoria: Dance, Dança Contemporânea
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Resenha de “Trishapensamento: espaço como previsão meteorológica”, de Adriana Banana – Giovana Ursini

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Trisha Brown

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  A coreógrafa norte-americana Trisha Brown, juntamente com outros dançarinos como Merce Cunnigham, ajudou a transformar a dança moderna. Apesar da sua importância na área da dança internacional e de, por aqui, ter influência a dançarina Deborah Colker, são poucos os livros em português que estudam a sua obra. Um desses livros é Trishapensamento: Espaço como previsão meteorológica, de Adriana Banana. Nele, a autora aborda elementos do trabalho de Brown. Adriana inicia a sua obra com a seguinte descrição:   Este é um livro sobre um tipo de pensamento presente em trishapensamento que é a formulação do espaço como previsão meteorológica. Portanto, não é um livro sobre a Trisha Brown e isso significa que sua obra não se esgota nem no assunto, nem na abordagem do assunto aqui dedicada. (BANANA, 2012, p.17).   A autora descreve nessas poucas linhas o objetivo principal desse livro que é o de traçar o espaço presente na obra da coreógrafa Trisha Brown. Para isso, Adriana descreverá diversas informações presentes nos trabalhos de Brown que a ajudaram a ilustrar este espaço presente na dança da coreógrafa. Também, a autora utiliza a sua própria experiência como residente na Trisha Dance Company para adicionar elementos a sua discussão sobre espaço da dança de Brown. Para expor a seu tema, Adriana Banana divide o seu livro em cinco capítulos que podem ser divididos em três diferentes blocos. Assim,   O livro, com certas doses de imprevisibilidade, incertezas e incompleto, escolheu

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se dividir em três partes e não em quatro como aparenta. Articula-se, portanto, em

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três blocos: - O primeiro bloco trata do período que acreditamos ser o berço do espaço meteorológico, que é quando as obras de Trisha não eram feitas em teatros tradicionais. - O segundo bloco se apresenta como line up, inicialmente uma coreografia de Trisha, cresceu, evoluindo em diferentes modos, passando a descrição do modo de operar deste espaço meteorológico em trishapensamentto. - O terceiro bloco propõe o espaço como previsão meteorológica, apresenta o que trishapensamento se dispôs a desenquadrar e oferece possíveis previsões meteorológicas de espaço em alguns de seus trabalhos. (BANANA,2012, p.9).   Vamos analisar os cinco capítulos do livro que estão divididos nestes três blocos de estudos propostos pela autora. O primeiro capítulo, denominado “A tatuagem de Trisha Brown”, fala sobre a importância de Brown para a dança. Além disso, a autora explica o termo Trishapensamento– “O que seus trabalhos apresentam é um tipo de pensamento sobre o mundo em forma de dança, e nele, a necessidade de instabilizar formas previamente elaboradas parece ocupar uma posição importante. Todavia, para dizer que Trisha apresenta um pensamento em forma de dança- um trishapensamento, é necessário, antes, aceitar que a dança pode ser apresentada como forma de pensamento.” (BANANA, 2012, p.21) –e a importância dos fenômenos emergentes para a dança e como esses acontecimentos estiveram presentes na obra de Trisha. Adriana analisa também o conceito de Katz sobre dança como ação motora que faz parte do processo cognitivo do corpo é exibido. Por fim, é citada a teoria corpomídia na qual o corpo é entendido como mídia de si mesmo. Já no segundo capítulo, intitulado “A genética do espaço em Trishapensamento”,apresenta outras ideias, é feito um panorama dos primeiros trabalhos de Brown, os Early Works. E, é construída uma análise das primeiras influências de Trisha que refletiram em grande parte de sua obra. Adriana pontua ainda as novas formas estéticas que acabam se tornando presentes nos trabalhos de Trisha. No terceiro capítulo, “Corpo na Gravidade”, é feita uma análise do uso do desafio da gravidade na obra de Brown. Dessa forma, alguns exemplos são utilizados para ilustrar esses elementos nos trabalhos dessa coreógrafa. Peças como Walking on the Wall, Women Walking Down a Ladder e Man Walking Down The Side of a Building são citadas. A autora confronta a ideia de existência de familiaridades no dançar de Trisha Brown e na dança de Doris Humprey. É mencionada a importância das alterações de equilíbrio nas construções das peças de Brown. Por fim, Adriana faz um relato da sua residência na Trisha Brown Dance Company mostrando quais foram os aprendizados que ela obteve nesta experiência. No quarto capítulo, “Metereologia Line Up”, é exemplificado o conceito de Line Up como ele tem participação ativa nas coreografias de Trisha. Segundo Banana, Line Up, vetor de exponencialidade da complexidade na dança de Trisha. Não é apenas inevitável, mas potência necessária se atualizando em forma neuromotora enquanto pensamentotrisha. Esse pensamento arbóreo, que prioriza a instabilidade, desde entendê-la como uma resposta para a relação corpoambiente gravitacional, até a postura ética de Trisha, na forma de sua recusa a estabilizar-se em fórmulas adquiridas em sua trajetória. (BANANA, 2012, p.56)   E, ao mesmo tempo, é feita uma análise da coreografia também nomeada Line Up. Para complementar esse estudo, a autora mostra relatos do seu envolvimento nessa coreografia e nesse conceito quando esteve na residência com a Trisha Brown Dance Company. Nesse trecho do livro é feita um a ilustração do corpo dançante proposto pelos métodos da dança de Brown. São feitas considerações

sobre as posturas dos corpos que estão dançando. Além disso, a autora tenta ilustrar como o corpo do bailarino se prepara para iniciar o movimento dançando. Por fim, é traçado o deslocado corporal dos dançarinos durante as coreografias propostas por Trisha Brown. No quinto e último capítulo de seu livro, denominado “Espaço como Previsão Meteorológica”, Adriana apresenta o foco principal de seu estudo que é o espaço presente na dança de Trisha Brown. Para isso, ela inicia explicando a meteorologia e porque o uso dessa palavra para ilustrar o espaço da dança de Trisha Brown. Também, a autora se utiliza de dois conceitos filosóficos, objetivismo e idealismo,para tentar analisar a definição de Line Up. São feitas análises dos espaços onde são realizadas as obras da coreógrafa. Além disso, é apresentada a influência do minimalismo nas movimentações propostas por Brown. Por fim, Adriana tenta desenhar o espaço presente nas danças de Trisha e como ele apresenta uma função participativa na construção coreográfica de sua arte. Portanto, para a construção de seus argumentos, Adriana Banana recorre a teóricos como David Batchelor que escreve sobre o minimalismo, Helena Katz que estudo a corporeidade do corpo pós-moderno; John Deely que discursa sobre semiótica; Susan Au que escreve sobre balé e dança moderna, entre outros. Além disso, a escritora utiliza muitas citações em língua estrangeira para completar o seu discurso. Entre eles, textos da própria Trisha Brown, Steve Paxton, Sally Sommers, Deborah Jowitt e Peter Elley. Dessa forma, por meio de suas traduções a autora conseguiu expor elementos da obra de Brown em língua portuguesa, facilitando assim o conhecimento de sua arte por quem não domina um idioma estrangeiro. Também, os relatos de Banana sobre a sua experiência na Trisha Brown Dance Company acrescentaram bons elementos a suas argumentações. A autora apresenta elementos dos trabalhos de Brown desde os seus primórdios. Com isso, ela conseguiu desenvolver uma linha de raciocínio que ajuda na construção de seu objetivo geral. É possível dizer que essa obra é essencial fonte de pesquisa para os interessados em conhecer mais sobre a dança norte-americana das décadas de sessenta e setenta que infelizmente apresentam uma grande lacuna na bibliografia em língua portuguesa. Por fim, uma pequena apresentação sobre a autora do livro. Adriana Banana é dançarina, coreógrafa e pesquisa de dança. Entrou na (Escola do Grupo Corpo) onde começou sua formação como dançarina de balé e dança moderna aos treze anos. Em 1993-1994 cursou dança contemporânea na Dansmakers Amsterdam, tendo como professores nomes como Anouk Van Dyke, Donald Fleming e Ursula Schmidt. Também, estudou na Trisha Brown Dance Company em Nova York no ano de 2001. Ela é mestra em Dança pela UFBA e doutoranda em Pós Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Em 1997, criou o Clube Ur=Hor, grupo de dança no qual atuou como bailarina e coreógrafa em parceria com as coreógrafas/bailarinas Luciana Gontijo, Margô Assis, Thembi Rosa e Renata Ferreira. O coletivo produziu espetáculos de dança contemporânea como, Creme (1997), Magazin (1998), Solo para Thembi (2002 – dentro do projeto Ajuntamento), Desenquadrando as Possibilidades do Movimento (2004 – Prêmio Rumos Itaú Cultural Dança), além de outros. Foi co-fundadora da Companhia de Dança Burra, em 1998, na qual dançou e criou, em parceria com Marcelo Gabriel, sete peças, entre elas O Estábulo de Lixo e Partiram o Seu Coração em uma Festa?   *Mestranda do programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC.      

 

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