Resenha do livro \"A Revolução dos Bichos\" (OWELL,George)

Instituto Federal do Amazonas – IFAM 2015


Curso: Produção Publicitária
Professor: Dalmir Pacheco
Matéria: Sociologia
Aluno: Guilherme Frota de Araújo


Título da Resenha: A Utopia dos Bichos
Livro: A Revolução dos Bichos (ORWELL,George) – 17 de Agosto de 1945, Editora Sacker and Warburg.

Esta resenha baseia suas analogias no livro "A Revolução dos Bichos" (ORWELL,George), que retrata de forma satírica os ideias comunista que são usados para um revolução feita por animais de uma fazenda, que após tomarem o poder dos seus algozes, os humanos, e abominarem seus atos, quando finalmente chegam ao poder criam uma sociedade tão exploradora e corrupta quanto a anterior.
É líder quem detém o conhecimento e por esse fato, os porcos que são considerados os animais mais inteligentes da fazenda, são incumbidos de liderar a tal revolução. O livro mostra o discurso do porco "Major" que prega direitos de igualdade entre os animais nos âmbitos de liberdade, trabalho e recompensa igualitária para todos e que nunca deverão agir como os seus opressores, o homem, que apenas os exploram e usufruem do seu trabalho para atender aos seus próprios interesses, fazendo assim um paralelo com a classe dos "homens superiores", dominantes e que detém o poder na sociedade, que exploram a classe dos "homens inferiores", a classe trabalhadora.
Após a tomada de poder por parte dos animais e com a morte do "Major", dois outros porcos, Snowball e Napoleão, dividem o comando da fazenda dando rumos aos ideais revolucionários. Tudo ocorre bem na Fazenda do Solar com a "liberdade" recém-conquistada, mas pouco tempo depois começam as divergências de opinião entre os comandos. Napoleão por ser um dos líderes, começa a se ver diferente dos demais e sua soberba e orgulho, sentimentos tão humanos, falam mais alto entrando em conflito com Snowball através da força bruta que com sua guarda pessoal de cães expulsam Snowball da fazenda e assim toma a liderança para si e se alto-intitula o grande líder da Fazenda, atuando livremente nos seus planos com a ajuda dos outros porcos, dominando os outros animais ao passo que obtém o controle através dos instrumentos ideológicos de controle e dominação.
Todos os mecanismos de controle mentais são usados em conjunto no intuito claro de se fazer uma lavagem cerebral inserindo uma nova ideologia a classe que não está no comando, idealizando outros valores que satisfaçam os aos seus próprios interesses, como os humanos de outrora faziam, através do uso do discurso falacioso deturpando os ideais antes estabelecidos como ideias revolucionárias de liberdade invertendo seus valores em benefício da classe dos porcos dominante que por serem os detentores do conhecimento, dominam a maior parte da sociedade que não tem a capacidade de discernir e analisar criticamente os fatos, como as ovelhas que simplesmente concordam com tudo sem saber julgar ou duvidar daquilo que é dito ou feito, também são usados instrumentos de entretenimento no melhor estilo "pão-e-circo" descrito no livro "O Príncipe" (MAQUIAVEL), da iconografia com bandeiras e estandartes e condecorações de honra que estabelecem status e logo diferenciam quem as recebem dos demais, quase chegando ao estado de louvação religiosa e fanatismo que cega o pensar representada pelas palavras de "Glória, glória a Napoleão!" e os mecanismos do medo por meio da ameaça, e por ultimo punições a aqueles que vão contra a ordem ideológica imposta, sendo considerados subversivos e revolucionários pela própria revolução. Tudo isso faz voltar aos velhos hábitos e costumes do gozo do poder e autoridade do velho sistema que usa a ideologia para justificar os meios de exploração dos seus semelhantes ao seu sabor, onde uma pequena fração que detém o poder bebem leite com maçãs, enquanto a grande massa é explorada e cria as condições de conforto e luxo para a classe dominante, como após a revolução francesa que tornou os homens "livres", porém sujeitos a trabalhar pelo dinheiro, que outrora era pago com uma mísera parte da produção dos feudos.
A canção foi esquecida e substituída por outra que traz outra ideologia deturpada sobre a que era lei anteriormente. Como o livro da Marilena Chaui "O que é ideologia", que diz que uma ideologia é substituída por outra de tempos em tempos e sempre usada para justificar os meio para se obter os fins da qual os seus idealizadores quem usufruir. Pela existência desse dualismo de classes é que de tempos em tempos acontecem as grandes revoluções, quando a situação não é mais suportável à classe explorada, quando a luz da verdade da um fugaz lampejo e incita a classe da "causa motriz" a se rebelar.
As revoluções procuram por um objeto em comum: procuram por igualdade e liberdade, mas afinal em que momento há realmente a liberdade plena? O que resta é a utopia dessa igualdade e liberdade traduzida em um sentimento universal que é a esperança de um dia ser conquistada e usufruída por todos interminavelmente, mas não é a toa que se chama utopia.