ARCHAI JOURNAL: ON THE ORIGINS OF WESTERN THOUGHT
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jul/dez 2015
issn 2179-4960
ARCHAI JOURNAL: ON THE ORIGINS OF WESTERN THOUGHT
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Infothes Informação e Tesauro Esta publicação está catalogada no L’Année Philologique, no Philosopher‘s Index, no Phil Brasil, no Scientific Journal Impact factor, no Latindex, e no Portal de Periódicos da CAPES. EDIÇÃO: Imprensa da Universidade de Coimbra EMAIL:
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ARCHAI: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental – Archai Journal: on the Origins of Western Thought. N. 15, (jul/dez 2015). Brasília, 2015 [Impressa e eletrônica]. Semestral. Título português / inglês ISSN 2179-4960. e-ISSN 1984-249X. DOI: http://dx.doi.org/10.14195/1984-249X_15 1. Filosofia. 2. História da Filosofia. 3. História Antiga. 4. Literatura. 5. Estudos Clássicos. 6. História do Pensamento Ocidental. CDU 101
CDD 100
Catalogação elaborada por Wanda Lucia Schmidt – CRB-8-1922
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COMISSÃO EDITORIAL Gabriele Cornelli (Universidade de Brasília, Brasil) – Editor Responsável –
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[email protected] Dennys Garcia Xavier (Universidade Federal de Uberlândia, Brasil) –
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COMISSÃO CIENTÍFICA Anastácio Borges (Universidade Federal de Pernambuco, Brasil) -
[email protected] Delfim Ferreira Leão (Universidade de Coimbra, Portugal) -
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[email protected] Fernando Santoro (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil) -
[email protected] Francesco Fonterotta (Università degli Studi di Roma, La Sapienza, Italia) -
[email protected] Francisco Lisi (Universidad Carlos III de Madrid, España) -
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[email protected] COMITÊ DE REDAÇÃO Ália Rodrigues (Universidade de Brasília, Brasil) – Coordenadora –
[email protected] Alexandre Schimel (Rio de Janeiro) Gilmário Guerreiro da Costa (Brasília) Guilherme Motta (Rio de Janeiro) Jonatas Rafael Alvares (Rio de Janeiro)
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EDITORIAL
Gabriele Cornelli
ARTIGOS / ARTICLES
Storia e preistoria della filosofia: alcune date cruciali History and Prehistory of Philosophy: Some Key Dates Livio Rossetti
21
Bestiaire de l’éthique aristotélicienne Bestiary of the Aristotelian Ethics Louise Rodrigue
33
De Alexandria ao Islão: a tradução algébrica de Euclides e a convergência de saberes matemáticos na Casa da Sabedoria From Alexandria to Islam: the algebraic translation of Euclides and the convergence of mathematical knowledge in the House of Wisdom Carlos Gamas
37
Os discursos e o poder nas Historiae de Tácito Speeches and Power in Tacitus’ Histories Carla Susana Vieira Gonçalves
43
Rumor, lei e elegia: considerações sobre Propércio, 2.7 Rumour, law and elegy: considerations on Propertius 2.7 Paulo Martins
59
Lei, Amizade e participação política em Aristóteles após o biological turn, reflexões preliminares sobre um novo paradigma hermenêutico Law, Friendship and political participation in Aristotle after the biological turn, preliminary considerations about a new hermeneutical paradigm Daniel Simão Nascimento
71
Lucian’s Satire or Philosophy on Sale Marília P. Futre Pinheiro
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DOSSIÊ / DOSSIER
Heráclito e(m) Platão. Estudos sobre a presença do heraclitismo nos diálogos platônicos Apresentação Heraclitus and (in) Plato. Studies on heraclitism in Plato’s dialogue. Presentation Miriam Campolina Diniz Peixoto
87
Notas sobre Heráclito no Teeteto, Banquete e Sofista Notes on Heraclitus in the Theaetetus, Symposium and Sophist Ana Flaksman
97
Como usar a linguagem para precisar o movimento: uma disputa entre Platão e Heráclito How to use language to explain the movement: a dispute between Plato and Heraclitus Celso de Oliveira Vieira
105
Heraclitus, Plato, and the philosophic dogs (a note on Republic II, 375e-376c) Enrique Hülsz Piccone
117
Eraclito, il divenire e la dossografia platonico-aristotelica Heraclitus, the becoming and the Platonic-Aristotelian doxography Francesco Fronterotta
129
A “doutrina secreta”, o fluxo universal e o Heraclitismo na primeira parte do Teeteto The “secret doctrine”, the universal flux and the Heraclitism in the first part of the Theaetetus Franco Ferrari
135
Heráclito e heraclitismo no Crátilo de Platão Heraclitus and Heraclitism in Plato’s Cratylus Luisa Buarque
145
TRADUÇÃO / TRANSLATION
Εὐριπίδου Ἱκέτιδες As Suplicantes de Eurípides (vv. 42-86) Evandro Luís Salvador
153
RESENHAS / REVIEWS
157
STEEL, C. ED. (2012). Aristotle’s Metaphysics Alpha: Symposium Aristotelicum. Oxford, Oxford University Press. André Laks
165
DE CARO, M.; MORI, M.; SPINELLI, E. EDS. (2014). Libero arbitrio. Storia di una controversia filosofica. Roma, Carocci. Manuel Mazzetti
169
EPICTETO DE HIERÁPOLIS (2014). Encheiridion de Epicteto. Introdução, Tradução e Comentários de Aldo Dinucci e Alfredo Julien. Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra. Valter Duarte Moreira
171
Diretrizes para autores
177
Submission Guidelines
SEXTO EMPÍRICO (2013). Contra os Retóricos. Introdução, Tradução e notas de Rodrigo Brito e Rafael Huguenin. Marília, UNESP. Aldo Dinucci
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desígnio
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resenhas
ENCHEIRIDION DE EPICTETO *
Valter Duarte Moreira MOREIRA, V. D. (2015). Resenha. EPICTETO DE HIERÁPOLIS (2014). Encheirídion de Epicteto. Introdução, Tradução e Comentários de Aldo Dinucci e Alfredo Julien. Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra. Archai, n. 15, jul. – dez., p. 169‑170 DOI: http://dx.doi.org/10.14195/1984-249X_15_18
* Universidade Federal de Sergipe – Sergipe, Brasil –
[email protected]
Em Abril deste ano foi publicada pela Universidade de Coimbra a tradução comentada e anotada do Encheirídion de Epicteto, tradução que é fruto de um trabalho minucioso resultante da união de esforços de dois especialistas em história e filosofia clássicas, o doutor em história social Alfredo Julien (USP) e o doutor em filosofia Aldo Dinucci (PUC-RJ). Epicteto, Frígio, de Hierápolis, liberto de Epafrodito (um dos guarda-costas do imperador Nero), influente filósofo estoico no século I d.C., ministrava aulas em Nicópolis. Segundo fontes clássicas, Epicteto nada teria escrito, mas seu pensamento nos chegou por um de seus alunos, Flávio Arriano Xenofonte, que compilou suas aulas e as transformou em oito livros, as Diatribes, das quais nos chegaram apenas as quatro primeiras e, delas, uma síntese do pensamento estoico, o Encheirídion, a partir da qual, aqueles já familiarizados com os princípios teóricos dessa escola poderiam usar como uma ferramenta sempre à mão quando fosse necessário aplicar seus ensinamentos. Embora não tendo sido escritas por Epicteto, a tradição atribui tais obras à sua autoria. A obra em questão há alguns anos recebe a atenção concentrada desses dois pesquisadores. Efetivamente, em 2007, Aldo Dinucci publicou Manual de Epicteto: aforismos da sabedoria estoica (São Cristóvão, EdiUFS), uma edição de divulgação
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contendo uma tradução preliminar com introdução
estudos epicteteanos. Em tal capítulo, apontam-se
e notas. Esta obra teve nova edição em 2008. Neste
quais autores foram responsáveis por esse trabalho e
mesmo ano, Aldo Dinucci e Alfredo Julien uniram-se
qual o ano de publicação de suas obras. Um dos prin-
para traduzir os fragmentos epicteteanos (Epicteto:
cipais foi Boter que, para estabelecer o texto grego do
testemunhos e fragmentos. Aldo Dinucci; Alfredo
Encheirídion, baseou-se (i) nos códices que contêm o
1
Julien (Org.). São Cristóvão: EdiUFS, 2008 ). Após
texto do Encheirídion, (ii) nos códices que contêm o
receber financiamento do CNPq, a mesma equipe
Comentário de Simplício, (iii) nos títulos contidos em
trabalhou na edição bilíngue da obra, com publi-
alguns códices do Comentário de Simplício, (iv) nos
cação em 2012 (Encheirídion de Epicteto, edição
títulos suplementares contidos em alguns códices do
2
bilíngue. São Cristóvão, EdiUFS: 2012 ). Notícia
Comentário de Simplício, (v) nos trechos das Diatribes,
dessa publicação foi veiculada pela revista eletrô-
dos quais Arriano fez sínteses que adicionou ao Encheirí-
3
nica de filosofia Crítica na Rede . No mesmo ano,
dion, (vi) nas citações do Encheirídion feitas por autores
juntamente com essa obra, tivemos a publicação da
antigos de séculos posteriores e (vii) nas três paráfrases
terceira edição da versão de divulgação, contendo
cristãs. Segundo esse autor, existem exatos 59 códices
a nova tradução, agora intitulada: Introdução ao
contendo o Encheirídion, e nenhum deles é anterior ao
4
Manual de Epicteto (São Cristóvão: EdiUFS, 2012 ).
século XIV. Aqueles que contêm as paráfrases cristãs são
Uma versão compacta desta tradução foi também
bem mais antigos, datando alguns dos séculos X e XI.
5
publicada pela revista de filosofia clássica Archai .
Após trinta e três páginas de contextualização
Desses esforços somados, resultou a publicação de
e esclarecimentos necessários para a leitura da obra,
que ora nos ocupamos, que contém uma tradução bu-
passa-se à tradução propriamente dita, seguida de
rilada ao extremo, além de estar repleta de notas de
uma extensa bibliografia acerca do estoicismo e da
esclarecimento acerca dos termos técnicos utilizados
obra referida. Ao final da obra o livro dispõe de um
pelo estoicismo, bem como de eventos históricos e
Index Locorum e de um Index Rerum, seguidos de uma
personagens (históricos ou míticos) citados na obra
bibliografia complementar intitulada Textos Gregos,
e de temas relevantes para o entendimento da obra.
indicando as principais obras de autores como Plutarco
Essa tradução é constituída de uma introdução,
e Xenofonte, por exemplo.
na qual consta uma Nota biográfica sobre Epicteto,
Esta obra de Epicteto, além de ser de suma im-
Epafrodito e Musônio, indicando as referentes fontes
portância para a compreensão do estoicismo imperial,
de informação. Em segundo lugar, encontra-se uma
também é fonte para o resgate do estoicismo antigo,
seção intitulada A quem se destina e para que serve o
uma vez que Epicteto, por lecionar o estoicismo, e não
Encheirídion de Epicteto, onde são esclarecidas algumas
somente o praticar, descreveu diversos conceitos estoicos
questões fundamentais sobre as práticas do estoicismo.
à luz de Crisipo de Sólis (280-208 a.C.), escolarca e prin-
Na seção seguinte estão informações sobre a
cipal sistematizador do estoicismo velho (300-129 a.C.).
Recepção e transmissão do Encheirídion de Epicteto:
Além de ser traduzida com muita precisão, essa
da era bizantina aos nossos dias, capítulo igualmente
obra é cuidadosamente anotada, o que a transforma
rico em detalhes quanto às fontes, no qual constam
em fonte de grande utilidade para os pesquisadores
evidências textuais da importância e relevância que a
em estoicismo.
obra alcançou no decorrer do tempo, seguido de uma
A obra pode ser comprada no seguinte link:
breve seção intitulada Sobre a divisão em capítulos
https://lojas.ci.uc.pt/imprensa product_info.
do Encheirídion de Epicteto, expondo os critérios
php?cPath=71_73&products_id=690. Além disso, a
tomados pelos principais pesquisadores e tradutores
Classica Digitalia disponibiliza a obra em pdf para
desta obra em todo o mundo, quando seguem ou
download gratuito no link a seguir: https://bdigital.
não a tradição e por qual razão.
sib.uc.pt/jspui/handle/123456789/171.
Na seção seguinte, há informações substanciais acerca de como o estabelecimento do texto grego
Submetido em Julho de 2014 e
desta obra foi fundamental para balizar posteriores
aprovado em Fevereiro de 2015.
170
1 Disponível em: http://seer.ufs. br/index.php/prometeus/issue/ view/107 2 Disponível em: http://seer.ufs. br/index.php/prometeus/issue/ view/112 3 “O punhal de Epicteto”. Disponível emm: http:// criticanarede.com/encheiridion. html 4 Disponível em: http://seer.ufs. br/index.php/prometeus/issue/ view/111 5 Dinucci, A.; Julien, A. (1912), “O Encheirídion de Epicteto”. Archai, Brasília, n.9, p. 123-136. Disponível em em: http://seer.bce. unb.br/index.php/archai/article/ view/7657/6588