Resenha Estágio diferentes concepcões .

June 16, 2017 | Autor: Juliana Schutz | Categoria: Pedagogia
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PIMENTA, S.G; LIMA, M.S.L. Estágio e Docência. 2ed. São Paulo. Ed. Cortez, 2004

O presente texto relata o dilema vivido por futuros profissionais de pedagogia em relação à realidade que encontram em sala de aula em contrapartida às teorias estudadas durante o curso.

O texto que se divide em 13 páginas busca esclarecer qual a verdadeira relação que deve existir entre a teoria e a prática no exercício da profissão de pedagogia e que tipo de profissional se busca formar, pois muitas práticas são constituídas apenas por imitação sem reflexão ou por uma prática como instrumentalização técnica que pode ser equívoca ao empregar técnicas com a ilusão de que é possível existir prática sem teoria ou de uma teoria desvinculada na prática.

As autoras enfatizam a importância de mudanças, pois a escola está se transformando e as necessidades educacionais também vão sofrendo mudanças, logo os tipos de profissionais que atuam com uma mera imitação de modelos sem uma reflexão crítica e sem fundamentação teórica que tenha como base a relação da aula com a realidade social em que o ensino se processa, estão fadados à uma reprodução de práticas onde a teoria não é contemplada. Portanto esta perspectiva de imitação de modelos, que é uma perspectiva tradicional, a escola entende que o responsável pelo sucesso e pelo fracasso do aprendizado é o próprio aluno, que o professor não tem nenhuma relação com essa construção do aprendizado.

O estágio dentro desta perspectiva da imitação de modelos não faz uma análise crítica e fundamentada teoricamente na realidade escolar, baseando-se assim apenas numa mera observação e reprodução de modelos já existentes.

A concepção da prática como instrumentalização técnica prioriza a técnica do fazer, mas ressaltam as autoras insuficiência da aplicação da prática pela prática, sem reflexão. Portanto, o professor aprende técnicas de dar aulas, assim como outros profissionais precisam desenvolver habilidades para o exercício de seu trabalho, mas as autoras enfatizam que o saber fazer sem fundamentação teórica não basta, uma vez que a técnica não capacita nenhum profissional para dar conta do conhecimento científico e nem da complexidade das situações com as quais se defrontam durante a atuação no cotidiano da profissão.

De modo geral, todo saber está ligado a uma ação. Porque ao colocar o saber em prática existe uma intencionalidade e a teoria é resultado de uma prática que foi produzido a partir de uma realidade e a ação pedagógica passa por um processo de análise, fundamentação, de pesquisa, ou seja, de conhecimento. Logo as ações precisam se modificar e, se modificar na medida em que o profissional vai se instrumentalizando. Assim, quando o profissional vai construindo sua
práxis, a teoria e prática se complementam.

Segundo as autoras toda pesquisa e toda intervenção deve ter uma intencionalidade. Na perspectiva da pesquisa, o estagiário deve atuar em seu campo de ação apenas depois de ter adentrado ao campo das pesquisas. Pois, desta forma, ele poderá propor uma intervenção baseada em fundamentos com critérios viáveis. A proposta de estágio é interessante, mas muitas vezes acaba se inviabilizando pela formação deficitária. Existe a possibilidade de ela ocorrer de maneira mais satisfatória, mas para que isso faz-se necessário o entendimento dos elementos necessários para a intervenção teórica-prática no ambiente escolar.

Pode-se concluir que de acordo com o conceito de ação docente, a profissão é uma prática social, ou seja, é uma forma de intervir na realidade social e para fazer essas intervenções não existe a possibilidade de desassociar a teoria da prática, mas elas devem orientar todos os estudos, pesquisas e toda a ação à ser realizada antes e após a conclusão do curso, possibilitando ao estagiário uma formação mais aprimorada através de reflexões e análise das ações dos educadores à luz dos fundamentos teóricos e das experiências dos profissionais.

PIMENTA, Selma Garrido é Professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP
LIMA, Maria Socorro Lucena Professora Doutora da Universidade Estadual do Ceará – UECE.

Juliana Ferreira S. Schutz, Acadêmica do curso de Licenciatura em pedagogia da faculdade Anglo Americano (UDC-Anglo)






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