Resenha História da Arte Gombrich capítulo I - Sobre Arte e Artistas

June 2, 2017 | Autor: Daniela Palazzo | Categoria: Arte Contemporanea, Artes, Linguistica aplicada, Historia Da Arte
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UFPEL – BACHARELADO EM ARTES VISUAIS
Disciplina: História da Arte I
Aluna: Daniela Vieira Palazzo

Resenha a respeito da Introdução do Livro "A História da Arte", intitulada "Sobre Artes e Artistas":
Logo no início do texto introdutório de "A História da Arte" (primeira edição de 1950) de Gombrich, intitulado "Sobre Artes e Artistas", o autor inicia o texto com a frase "Não existe uma coisa chamada Arte. Só existem artistas". O autor faz uma crítica sobre a ideia de Arte com A maiúsculo, a qual considera uma a arte como algo possivelmente frívolo ou mesmo um "fetiche". Ele acredita que, não há um jeito certo ou errado de apreciar uma obra de arte. As lembranças e conexões promovidas por meio da visualização de obras de arte, que retomam sentimentos e experiências passadas, são relevantes no "gostar" ou não de uma obra de arte. Diante dessa afirmação, o autor compara dois desenhos: O retrato de Nicholas, desenhado por Rubens (1620 - Viena) e um outro desenho, de Dürer (1514 - Berlim) em que o artista retrata sua velha mãe. Gombrich traça uma relação de memória afetiva em que ambos os retratos são imbuídos de sentimento. Assim, Gombrich diz que "a beleza de um quadro não reside realmente na beleza de seu tema"(p.5).
O que a priori, se busca na arte é algo que se assemelhe ao real. Gombrich alguns exemplos para embasar seu pensamento nesse sentido. O primeiro é a pintura "Corrida de Cavalos em Epsom", de 1820 (Paris, Louvre) que demonstra que, por muito tempo na História, os cavalos eram representados correndo com as quatro patas suspensas no ar. Quando surge a fotografia, porém, se passou a compreender que na verdade os cavalos não flutuam com as quatro patas no ar enquanto correm. Ainda assim, depois que se passou a representar os cavalos conforme as fotografias indicavam ser real, as pessoas observavam e acreditavam que aquilo estava "errado", na esperança de ver, como de costume, os cavalos com todas as patas suspensas. Com isso, o autor observa que aquilo que estamos inclinados a ter como convencional, passa a ser (erroneamente) a noção de correto (p.10).
Em sequência, Gombrich apresenta obra "São Mateus e o Anjo" de Caravaggio, encomendada para ornamentar uma igreja de Roma. Na primeira versão realizada, São Mateus é representado de uma forma humanizada: um homem simples guiado por um anjo. Mas foi rejeitada, pois se esperava uma representação mais convencional de um santo. Caravaggio realizou então outra pintura, em que foi, conforme Gombrich, "menos honesto e sincero do que no primeiro quadro", mas sem dúvida, um bom quadro. A segunda obra, foi aceita pela igreja que a encomendou. Com isso, o autor chama atenção para "o dano que pode ser causado por aqueles que repudiam e criticam obras de arte por razões erradas" (p.12)
No decorrer desse texto introdutório, Gombrich ainda perpassa por outro exemplos, tais como os estudos realizados por Rafael (1505 – Viena) acerca das possíveis soluções da disposição das figuras que compõe a "A Virgem do Prado" e da importância em um artista ser sempre meticuloso quando deve harmonizar os elementos visuais de uma obra (p.14)
Na página 17, Gombrich explica o porquê de o gosto ser "suscetível de ser desenvolvido" e discorre sobre as complexidades em desenvolvê-lo. O autor finaliza o texto introdutório reafirmando e explicando um pouco mais do que disse na primeira página da introdução a respeito do "esnobismo" diante das palavras usadas por críticos de arte que, por serem tão repetidas pelas pessoas, acabaram perdendo sua precisão. E por fim, coloca: "Mas olhar um quadro com olhos de novidade e aventurar-se numa viagem de descoberta é uma tarefa muito mais difícil, mas também mais compensadora. É incalculável o que se pode trazer de volta de semelhante jornada" (p.18)


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