resenha retrato dorian

October 6, 2017 | Autor: Odette Dalle | Categoria: Resenha
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UEMG – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS





ANA RITA SILVA DE QUEIROZ
PRISCILA DOS ANJOS NONATO





TRABALHO SOBRE "O RETRATO DE DORIAN GRAY"





FRUTAL
2011
ANA RITA SILVA DE QUEIROZ
PRISCILA DOS ANJOS NONATO






TRABALHO SOBRE "O RETRATO DE DORIAN GRAY"
Trabalho apresentado à UEMG-
Universidade do Estado de Minas
Gerais – Campus de Frutal. Para a
obtenção de nota parcial em Língua
Portuguesa, sob a orientação da
Prof. Dra.Ana Maria Zanoni da Silva.






FRUTAL
2011

O RETRATO DE DORIAN GRAY
Questão 1 - Síntese da obra:
No livro 'O retrato de Dorian Gray', é relatada a história de um jovem portador de uma beleza narcísica admirada por todos e também pelo pintor Basil Hallward, que resolve retratar essa beleza em uma pintura do personagem. Quando indagado por Lord Henry se queria expor a sua melhor obra, o pintor nega, afirmando que havia colocado muito de si mesmo na pintura.
Lord Henry comenta sobre a vantagem de ser jovem e belo para Dorian e que ele irá envelhecer mas a sua pintura não. Dorian lamenta que vá ficar velho e horrível e é influenciado a fazer um pacto diabólico para que nunca perca sua jovem beleza. Henry apresenta Dorian a um novo mundo de prazer e luxúria, que até então era desconhecido pelo jovem, deixando-o confuso.
Dorian se apaixona por uma atriz, Sibyl Vane, esta dona de uma incrível beleza, corresponde ao seu amor e os dois decidem se casar; a influência de Henry sobre Dorian fica mais forte convencendo-o de que o mundo dos prazeres é melhor do que se casar e se prender a uma única mulher.
Após assistir uma peça em que Sibyl tem uma má atuação Dorian, influenciado pelos conselhos de Henry, diz que não quer mais se casar e que não a ama mais. Quando volta para casa percebe que sua pintura está diferente. A pintura possuía o segredo de sua vida, e dizia sua história. Havia ensinado a ele amar sua própria beleza e a desprezar sua própria alma. Agora a pintura estava com um belo rosto marcado e um sorriso cruel. Dorian mais tarde se arrepende da decisão e resolve escrever uma carta, mas já é tarde demais porque Sibyl é encontrada morta.
A morte de Sibyl não afetou Dorian como deveria, e Henry se aproveita da situação para dizer que a beleza e juventude são privilégios que devem ser aproveitados por Gray. Este se propõe a ter uma nova vida, marcada por: juventude eterna, paixão infinita, prazeres fúteis e secretos, alegrias selvagens e pecados mais selvagens.
Dorian não quer mostrar o retrato para ninguém, temeroso dos efeitos do próprio narcisismo. Esconde a pintura em uma sala abandonada de seu avô odiado por ter mandado matar seu pai, e é coberta por um tecido rubro.
Henry envia um livro venenoso, que narra a história de um jovem parisiense que realizaria todas as paixões e modas de cada século menos do próprio. Surge um desafio para Dorian, se igualar ao personagem da história que vivia uma vida marcada por prazeres e extravagancias. E Dorian se confunde especularmente com o personagem do livro pernicioso entregue por Henry. O livro engrandece a beleza do vício, da chantagem e do assassinato, exalta tiranos e aristocratas sanguinários, e revela o fascínio pela variedade dos métodos de envenenamento. Dorian Gray foi envenenado por um livro e considera simplesmente o mal uma moda através da qual poderia realizar sua concepção do belo.
Basil tenta intervir denunciando a influência de Henry, o pintor intenciona ver a alma de Dorian, que o leva para ver seu retrato que representava sua alma. Basil fica assustado com o que a pintura se tornou, mas Dorian o responsabiliza, dizendo que foi ele quem o fez enxergar sua beleza e ser vaidoso, tomado pelo ódio, Dorian apunha-la Basil mortalmente.
Dorian é ameaçado e quase morto por James, irmão de Sibyl, que não o reconhece pelo fato dele estar com a aparência muito jovial. . Quando melhor informado sobre a eterna juventude de Dorian, James volta, mas algum caçador equivocado atira mortalmente nele.
Dorian se sente amargurado pela própria beleza e sente desgosto, levando-o a apunhalar seu retrato com a mesma faca que usou contra Basil. Ouviu-se um grito e uma queda. O grito foi tão terrível em sua agonia que os serventes acordaram apavorados. Quando entraram, encontrou-se pendurado na parede o retrato perfeito. Deitado no chão, estava um homem morto, em roupa de noite, uma faca no coração. Estava tão velho e tão diferente que somente quando examinaram seus anéis que reconheceram quem era ele, Dorian Gray.

Questão 2:
Na Era Vitoriana valorizava-se a pureza e a virtude, a sociedade prezava pelo moralismo. Apesar dos preceitos moralistas presentes na era, havia por trás uma hipocrisia que foi denotada por Wilde em sua obra. Homens de família saíam de suas casas para se entregar à luxúria, aos prazeres mundanos e ao corrompimento dos valores morais impostos e valorizados pela Igreja naquela época, enquanto passavam-se por homens fieis e moralistas da elite vistos pelo resto da sociedade. As inovações artísticas exploradas por Wilde advêm do ideal estético de beleza e do mascaramento do corpo como forma de aludir a inversão de valores propostas por ele para criticar a sociedade da época vitoriana.

Questão 3:
Segundo Wilde "a arte é inútil porque não foi feita para instruir ou motivar ações. Sua natureza seria soberbamente estéril". E no contexto da obra, Dorian se utiliza da arte (seu retrato) em benefício exclusivamente próprio, a partir do momento em que o personagem vende sua alma de uma forma diabólica remetendo ao "Fausto", de Goethe, em troca da juventude eterna, e então começa a agir de forma insensível e cruel para deleite dos próprios prazeres, estes que foram a ele apresentados por Lord Henry, um membro da alta sociedade que convivia e praticava a luxúria.
No mito grego, Narciso se contempla extasiado e esta imagem denunciadora o mata. A exaltação alegre da contemplação especular provoca agressividade contra a imagem dominadora. Assim como Narciso, Dorian é levado à sua própria destruição, perdição, drogas e suicídio.

Questão 4:
Hoje em dia, devido à globalização, os padrões de beleza se tornaram quase universais. A beleza é vista não só esteticamente, mas em um conjunto de virtudes e qualidades que a constituem e aumentam. A sociedade atual também pode ser vista como superficial, pelo fato de valorizar estereótipos, incentivando alienação das pessoas em maior quantidade, por ter um alcance mais global.
Na sociedade vitoriana, prezava-se a virtude e a pureza, e havia uma grande valorização da beleza nas classes mais nobres da sociedade, esta também tinha uma visão mais superficial das coisas, os nobres valorizavam muitos conceitos ditos fúteis e frutos da luxúria e do prazer em suma. Os padrões de beleza eram diferentes, pois eram vistos quase que somente pelas mais altas classes sociais, sendo usufruídas em maior demanda por essa elite vitoriana.


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