RESULTADO PRELIMINAR DO INVENTÁRIO E CARTOGRAFIA DE CAVIDADES ARTIFICIAIS NA VERTENTE OESTE SERRA DE SANTA JUSTA – VALONGO (PORTUGAL)

July 11, 2017 | Autor: Pedro Aguiar | Categoria: Espeleologia, Património mineiro, Cavidades artificiales, Serra de Santa Justa
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Descrição do Produto

MEANDRO

N.1 2015

Um ano de exploração com vários trabalhos fotográficos, topográficos e científicos

Desenho e maquete: Marta Borges

Equipa de redação: Marta Borges Vitor Amendoeira Rosário Pinheiro Vitor Toucinho Ana Pita Barros Sandra Lopes Paulo Rodrigues

Indice

pàg.

Editorial

3

Palma de Maiorca Cova des Coloms 1 Cova des Pas de Vallgornera

4 11

Campanha do Mindinho

16

Algar da Moita

22

Algar do Chou Jorge

26

Algar dos Alecrineiros Sul

34

Algar 7

40

Algar da Bajanca

42

Algar do Javali

48

Gruta Mina Grande

54

As Grutas da Adraga

56

Algar da Manga Larga

64

Cueva de Fuentemolinos

72

Sardenha Su Bentu, Su Palu e Nettuno

79

Furna das Pombas ou Garganta do Cabo

88

Cova Lachambre

94

Avenc Jordi Verdiell

102

Cova Simanya

104

Minas da Serra de Santa Justa – Valongo

106

Distribuição gratuita em formato digital. As opiniões e dados dos artigos são da responsabilidade dos Autores do GEM - Grupo de Espeleologia e Montanhismo. 2

Foto: Marta Borges

Editorial É com enorme satisfação que apresentamos o primeiro número da Revista “MEANDRO”, da autoria do GEM - Grupo de Espeleologia e Montanhismo. A Revista “MEANDRO” encontra-se disponível em formato eletrónico e é principalmente dirigida à comunidade espeleológica, especialistas nas áreas ekgpv Þecu"nkicfcu" "gurgngqnqikc"g"vcodfio"cq"r¿dnkeq"go"igtcn0" Para o GEM, chegou altura de compilar os trabalhos realizados e publicar a sua revista, contribuindo assim para o estudo e conhecimento do património espeleológico. Os trabalhos publicados contaram com a participação dos sócios do GEM e da comunidade espeleológica Portuguesa. Nas saídas além-fronteiras, não posso deixar de expressar um obrigado a todos os que nos apoiaram na descoberta do Mundo subterrâneo. A espeleologia participativa é o meio para que todos se revejam e contribuam para o uso sustentado e regrado do meio sensível que nos fascina e queremos conhecer, proteger e sensibilizar para se atingir uma mudança de atitude em relação à proteção do meio ambiente. Vitor Amendoeira 3

Foto: Pedro Aguiar

106

Minas da Serra de Santa Justa – Valongo RESULTADO PRELIMINAR DO INVENTÁRIO E CARTOGRAFIA DE CAVIDADES ARTIFICIAIS NA VERTENTE OESTE DA SERRA DE SANTA JUSTA – VALONGO (PORTUGAL)

107

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

RESULTADO PRELIMINAR DO INVENTÁRIO E CARTOGRAFIA DE CAVIDADES ARTIFICIAIS NA VERTENTE OESTE DA SERRA DE SANTA JUSTA – VALONGO (PORTUGAL) Pedro Aguiar 1, Eduardo Vieira 2, André Leite 2, Pedro Ferreira 2 1 Espeleólogo (N3), Alto Relevo Clube de Montanhismo (ARCM), 4440-697 Valongo, Portugal 2 Espeleólogos (N2), Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM), 2650-186 Amadora, Portugal

Endereçar correspondência para: [email protected] ABSTRACT This article represents a speleological contribution to the study and valorization of the ancient mining heritage in Valongo´s county. This region is included in the "Durico - Beirão" mining district and it is composed of a vast set of veins mineralized with antimony and gold. These veins were widely exploited at least since the Roman era, until the second half of the 20th century. Most of these mines are now abandoned and scattered between the urban area of the city and the mountain that surrounds it. In many cases, these cavities are hidden. This results in a lack of information about the location and internal configuration of these spaces. This publication presents the preliminary results of the inventory, mapping and georeferencing of the abandoned artificial cavities, located underground, in a portion of Santa Justa´s Mountain West side. Keywords : Santa Justa´s Mountain, mining heritage, artificial cavities, caving. RESUMO O artigo, representa um contributo espeleológico para o estudo e valorização do património mineiro antigo no concelho de Valongo, incluído no distrito mineiro Durico-Beirão, composto por um vasto conjunto de filões com mineralizações essencialmente de antimónio e ouro, amplamente explorados, pelo menos, desde a época romana até segunda metade do séc.XX. A maior parte destas minas encontram-se actualmente abandonadas, e estão dispersas entre a zona urbana da cidade e as serras que a rodeiam. Em muitos casos, estas cavidades encontram-se ocultas, o que se traduz no desconhecimento da sua localização específica e respectiva configuração interna. Esta publicação, apresenta os resultados preliminares, da inventariação, georreferenciação e mapeamento das cavidades artificiais abandonadas, em subsolo, numa porção de território da vertente Oeste da Serra de Santa Justa. Palavras Chave: Serra de Santa Justa, património mineiro, cavidades artificiais, espeleologia.

1.

INTRODUÇÃO

O concelho de Valongo tem um vasto conjunto de cavidades artificiais [1], abandonadas, de diferentes tipos e várias épocas, pelo menos, do período de ocupação romana na península ibérica, que constituem um património identitário da região. No mesmo território, coexistem vestígios de mineração de várias categorias e classes de jazigos (Lima et.al.2014), principalmente de ouro e antimónio, muitos dos quais explorados até segunda metade do século XX, minas de lousa, tanto abandonadas como em laboração, e evidência de cavidades alteradas, ou talvez construídas propositadamente para recolha e armazenamento de água, provavelmente associadas à agricultura.

Esta profusão de minas, espalhadas entre as serras e zona urbana da cidade, originou a criação de vários projectos espeleológicos, ainda em curso, no sentido de contribuir para o estudo e valorização deste património abandonado, especificamente, o que se encontra em subsolo, por ser o que mais directamente se enquadra no âmbito da actividade espeleológica, pelos métodos de progressão e registo adoptados. Com base nas saídas de campo para prospecção, inventariação e georreferenciação de cavidades artificiais pelas serras do concelho, constata-se que os vestígios de mineração, localmente designados por “fojos” e “barrocas”, estão na sua maioria dissimulados por construções, por alteração da morfologia dos terrenos, por vegetação ou em subsolo.

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

108

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

Estes vestígios, segundo terminologia actual, correspondem a sanjas: trabalhos superficiais sobre um filão individual, cortas: trabalhos superficiais sobre um grupo de filões que podem ter mineração subterrânea em profundidade, poços: acesso vertical aos trabalhos de mineração subterrâneos, e galerias: acesso horizontal aos trabalhos de mineração subterrâneos. Em muitos casos, o que à superfície parecem cavidades isoladas, no subsolo, são parte do mesmo complexo. O conjunto de dados obtidos com este trabalho, permite uma caracterização e aferição dimensional actualizada destes espaços, de morfologia muitas vezes complexa, de difícil acesso e progressão. Devido à abundância de registos, procedeu-se a uma delimitação tipológica e geográfica enquanto objectivo específico deste trabalho. Desta forma, propõe-se a inventariação e georreferenciação das cavidades artificiais abandonadas e o levantamento topográfico das que se encontram em subsolo, na porção de território, aqui delimitado, da vertente Oeste da Serra de Santa Justa, enquanto complemento de outros trabalhos realizados no mesmo território, alguns apresentados no 1º Congresso de Mineração Romana em Valongo. O código de ética espeleológica prevê a protecção e valorização do meio cavernícola e das regiões envolventes. Estamos, por isso, conscientes de que a abordagem a estes lugares tem que ser cuidadosa, de forma a não perturbar as espécies de fauna e flora que aí se encontrem, nem interferir nos depósitos de água que algumas destas minas constituem. Os resultados agora publicados correspondem aos trabalhos executados entre Novembro 2014 e Abril 2015. Espera-se concluir este projecto e respectiva publicação dos resultados finais, assim que esteja prospectada toda a área em falta, aproximadamente 1/3 da área total proposta.

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

“Tapada do Januário” e “Cavada dos Castros”, freguesia de Valongo, concelho de Valongo, distrito do Porto (Portugal).

Mapa 1. Localização

Esta porção de território, pertencente ao distrito mineiro Durico-Beirão, cuja extensão são aproximadamente 90Km, entre Vila do Conde e Castro D’aire, está incluída na grande estrutura geológica designada por anticlinal de Valongo, em transição para o sinclinal a Oeste. O Anticlinal de Valongo, é composto por formações cujas idades vão do Precâmbrico e/ou Câmbrico? (Complexo Xisto-Grauváquico) ao Devónico, e o Sinclinal do período Carbónico (Couto1993), correspondendo já ao Concelho de Gondomar, cerca de 1Km a Oeste do limite deste trabalho, freguesia de São Pedro da Cova.

[1] Definição acordada pela “Union Internacionale de Spéléologie“ (UIS) através da “Commission of Speleology on Artificial Cavities”

2.

LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO

Os limites da área de estudo foram arbitrados tendo em consideração elementos marcantes do território, como sejam caminhos, linhas de água e outros elementos topográficos relevantes, de forma que as fronteiras sejam perceptíveis no terreno. A área que se estipulou como limite de trabalho [Mapa 1], tem aproximadamente 0,47km2, situa-se na vertente Oeste da Serra de Santa Justa, entre as zonas designadas por “Alto da Passagem”,

Mapa 2. Enquadramento geológico

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

109

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

Por análise da carta Geológica de Portugal Escala 1:50000 Folha 9D-Penafiel [Mapa 2], constata-se que toda a área de estudo se encontra enquadrada na Era Paleozóica, período Ordovícico com os sítios georreferenciados em zona cuja litologia é composta por quartzitos e xistos argilosos, ardosíferos. Estas rochas tiveram origem na deposição de sedimentos que foram posteriormente metamorfizados e movimentados em várias fazes de orogenia, potenciando a formação de estruturas essencialmente filonianas, com associações paragenéticas diversificadas, onde se destacam as mineralizações de ouro (Au). Além deste minério, há também ocorrências de antimónio (Sb), estanho (Sn), tungsténio (W), chumbo (Pb), zinco (Zn) e prata (Ag) (Couto 2014). 3.

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

“Fojo das Fetas”, “Barroca Longa”, “Barroca do Grilo”, “Fojo da Pirâmide”, “Fojo do Cruzeiro”, “Fojo do Escritório”, “Barroca do Cruzeiro” e “Fojo do Alcantilado”.

MÉTODOS DE REGISTO

As actividades de campo foram precedidas da análise de várias fontes cartográficas. A mais relevante, reporta-se a um levantamento topográfico de superfície, executado pelos Serviços de Fomento Mineiro (SFM) redesenhado em 1961[2]. Esta fonte foi vectorizada [Mapa 3] e posteriormente inserida num sistema de informação geográfica (SIG), juntamente com outros mapas temáticos, nomeadamente as edições 3 e 4 da carta militar nº123 escala 1:25000, carta geológica 9D escala 1:50000 e várias cartas do PDM, actualmente em vigor. Posteriormente, todo o território de Valongo tem vindo a ser prospectado, no sentido de averiguar a informação constante no levantamento do SFM, e acrescentar todas as cavidades que não constavam desse documento. Esta recolha de dados, tem vindo a evoluir desde 2010 e actualmente não se encontra finalizada. No levantamento do SFM, agora vectorizado, estão identificados 212 - Cortas ou Sanjas, 115 – Poços de secção rectangular e 14 – poços de secção circular. A informação de galerias, foi desprezada, por apresentar alguma inconsistência de representação e número bastante reduzido face ao que se conhece no terreno, julgando-se portanto, que este levantamento, foi produzido com o objectivo fundamental de representar a superfície, terrestre, e não o subsolo. Sobreposta a informação vectorizada do SFM, com os levantamentos topográficos, efectuados durante as explorações espeleológicas, obtêm-se mapas com leitura simultânea de superfície e subsolo. Incluem-se nos trabalhos de exploração espeleológica, deste trabalho, as cavidades designadas pelo SFM como “Fojo do Silvado”,

Mapa 3. Vectorização do levantamento topográfico do SFM redesenhado em 1961.

Todos os dados obtidos, foram sistematizados e compilados numa base de dados, onde consta sumariamente, uma identificação unívoca de cada ponto registado, localização geográfica, tipo, morfologia, respectiva fotografia e observações diversas que ajudam a caracterizar o registo. A base de dados compilada, para este concelho, não está finalizada, e conta actualmente com 102 cortas, 81 sanjas, 88 galerias e 188 Poços [Mapa 4], sendo que, a contabilização entre cortas e sanjas pode diferir por ambiguidade de critérios, embora o somatório das duas tipologias se mantenha.

Mapa 4. Estado actual da georreferenciação de vestígios de mineração no concelho de Valongo.

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

110

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

Mineiro da Quinta da Ivanta e Castro de Santa Justa. [2] Serviço Fomento Mineiro; Minas de Ouro de Valongo; Trabalhos mineiros ao Norte do Rio Ferreira; Redução da Escala 1:1000 do levantamento original efectuado em 1961 por Adalberto Dias de Carvalho, Freitas dos Santos e Gonçalves Pereira; Por ?? 1977; Escala 1:2500. [3] in, Revisão do PDM Valongo – Estudo sectorial de Arqueologia, Relatório.

4.

COTA

542191m

4558438m

356m

X

542197m

4558451m

338m

X

542190m

4558488m

330m

73

X

542098m

4558477m

318m

142

X

542059m

4558457m

306m

X

542172m

4558349m

355m

1

Galeria

F. Pirâmide

2

Poço

F. Pirâmide

3

Corta

F. Pirâmide

4

Poço

F. Pirâmide

5

Poço

F. Pirâmide

6

Galeria

F. Fetas

7

Poço

F. Fetas

8

Corta

F. Silvado

9

Poço

F. Silvado

10

Corta

F. Silvado

11

Poço

F. Escritório

X

542189m

4558568m

349m

12

Corta

F. Escritório

X

542158m

4558539m

353m

13

Corta

F. Alcantilado

X

542011m

4559031m

342m

14

Corta

F. Alcantilado

X

541992m

4559026m

349m

15

Galeria

B. Grilo

X

542285m

4558577m

310m

16

Poço

B. Grilo

83

X

542336m

4558581m

348m

17

Poço

B. Grilo

84

X

542324m

4558591m

341m

18

Poço

B. Grilo

85

19

Poço

B. Grilo

20

Poço

B. Grilo

X

542283m

4558586m

310m

21

Sanja

B. Longa

X

542347m

4558367m

350m

22

Sanja

B. Longa

X

542286m

4558341m

371m

23

Sanja

B. Longa

X

542308m

4558312m

372m

24

Poço

B. Longa

80

X

542349m

4558368m

351m

25

Poço

B. Longa

81

X

542371m

4558394m

347m

140

72

79

77

82

X

542179m

4558336m

379m

X

542176m

4558243m

364m

X

542213m

4558270m

383m

X

542205m

4558267m

383m

X

542332m

4558606m

344m

X

542355m

4558553m

292m

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

OBS

ESTE

X

ID (SFM)

DESIGNAÇÃO (SFM)

TIPOLOGIA ACESSO

NORTE

Na Carta do Sistema Patrimonial do (PDM), estão identificados “Entradas / respiros de explorações mineiras desactivadas”, com as designações (V37) (V38) (V52) (V53) (V55) e (V57). Os relatórios que acompanham este plano, não referem as características morfológicas destas minas e, é salvaguardado pela equipa de arqueologia que: “As principais dificuldades inerentes ao trabalho de campo relacionaram-se com o acesso e a localização do património mineiro das Serras de Santa Justa e Pias, o qual carece ainda de uma pesquisa sistemática que será morosa e que, naturalmente, se encontra fora do âmbito do presente estudo.” [3]. São identificadas na mesma carta, e nas proximidades do limite definido para este trabalho, áreas de salvaguarda arqueológica a povoados e estruturas construídas, nomeadamente ao Povoado

CARTA SFM

Mapa 5. Enquadramento no PDM de Valongo

RESULTADOS DE PROSPECÇÃO

A georreferenciação de todas as cavidades encontradas foi executada com recurso a receptores GPS/GLONASS, não profissionais, cujo erro de leitura, em média, é de 5m, calibrados com dados altimétricos a partir de cotas conhecidas no terreno, nomeadamente topo do marco geodésico de Santa Justa (369m). De forma a facilitar actividades de campo, foi arbitrada a utilização do um ponto de origem em coordenadas rectangulares para todos os documentos do trabalho (UTM WGS84). No total, para a área de exploração espeleológica, foram localizadas 23 Cortas, 8 Sanjas, 20 Poços e 8 Galerias. Relativamente ao levantamento do SFM, 4 destas cavidades estavam fora dos limites do mesmo, só foram encontradas durante actividade de prospecção.

ID

No âmbito da revisão do Plano Director Municipal de Valongo (PDM), os dados disponíveis até Maio 2014, foram conjugados com dados disponíveis no Alto Relevo-Clube de Montanhismo, e cedidos num documento conjunto à edilidade, no sentido de contribuir para o conhecimento deste património. Actualmente, os dados cedidos encontram-se incluídos no referido plano municipal. Analisado o referido PDM, publicado na página Web da C.M.Valongo, relativamente à Carta de Salvaguarda de património [Mapa 5], constata-se que a área de estudo proposta, está inserida em zona de protecção de Valores de interesse biológico; Valores de interesse arquitectónico e arqueológico; Valores de interesse geológico e Valores de interesse paisagístico.

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

Obstruído

Obstruído

111

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO 26

Corta

B. Longa

X

542352m

4558366m

342m

27

Poço

B. Longa

X

542346m

4558365m

355m

28

Corta

B. Cruzeiro

X

542044m

4558844m

324m

29

Poço

B. Cruzeiro

X

542024m

4558883m

319m

30

Corta

B. Cruzeiro

X

542025m

4558889m

319m

31

Sanja

B. Cruzeiro

X

542019m

4558899m

317m

Obstruído

32

Poço

74

X

542232m

4558401m

363m

Obstruído

33

Poço

79

X

542335m

4558451m

334m

Obstruído

34

Galeria

X

542356m

4558480m

322m

35

Poço

78

X

542352m

4558473m

324m

36

Poço

145

X

542266m

4558512m

336m

37

Galeria

X

542233m

4558499m

347m

38

Corta

X

39

Corta

40

Corta

41

Corta

42

Obstruído

542098m

4558455m

308m

542051m

4558286m

272m

X

542303m

4558201m

357m

X

541948m

4559141m

270m

Sanja

X

542092m

4558603m

343m

43

Sanja

X

542092m

4558643m

345m

44

Corta

541839m

4558551m

253m

45

Galeria

541895m

4558310m

241m

Com água

46

Galeria

X

542006m

4558441m

274m

Obstruído

47

Sanja

X

541896m

4558859m

281m

48

Sanja

X

541912m

4558858m

286m

49

Corta

X

542370m

4558334m

354m

Eliminado

50

Corta

X

542370m

4558300m

354m

Obstruído

51

Corta

X

542212m

4558416m

360m

52

Poço

541759m

4558707m

257m

53

Galeria

X

542069m

4558694m

336m

54

Corta

X

542143m

4558536m

343m

55

Corta

X

542119m

4558529m

330m

56

Corta

X

542233m

4558520m

339m

57

Corta

X

542229m

4558515m

343m

58

Corta

X

542265m

4558493m

336m

59

Corta

X

542211m

4558585m

338m

Fechado

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

As câmaras de exploração apresentam zonas instáveis, devido à sua dimensão e, em alguns casos, pelo desaparecimento das entivações em madeira outrora existentes. As galerias de acesso horizontal, como são o ponto de contacto mais evidente com o exterior estão, a maior parte das vezes, obstruídas com detritos naturais que se vão acumulando e alteram a configuração dos acessos. Há cavidades, onde é possível verificar mudança de feições no seu interior, o que talvez indicie diferentes épocas de laboração na mesma cavidade. Esta apreciação de configurações, é sumária e de certa forma intuitiva, por comparação de referências, nomeadamente com a Mina Romana de Llamas de Cabrera – Léon, Espanha (Matías, 2004), e minas com trabalhos registados no fim do sécXX, como sejam as minas da Moirama, na Serra de Pias - Valongo.

Com água

Obstruído

Tabela 1. Georreferenciação de sítios incluídos na área de trabalho. Dados UTM WGS84

5. 5.1.

CARACTERIZAÇÃO DE CAVIDADES MORFOLOGIA DOS ESPAÇOS

Segundo aceite pela UIS (Parise et al 2013), cavidades artificiais, são definidas como trabalhos em subsolo de interesse histórico e antropológico, realizadas pelo homem ou reajustadas às suas necessidades. Essas cavidades artificiais, incluem trabalhos feitos pelo homem (escavados, construídos no subsolo, ou transformados em estruturas em subsolo, pela sobreposição estratigráfica) e grutas naturais, quando estas são reajustadas em partes significativas às necessidades humanas. Esta definição, é subdividida em 7 classes e 36 sub-classes. As cavidades inventariadas por este trabalho são das classes A-Trabalhos hidráulicos em subsolo e E-Minas, mais especificamente das sub-classes A4-Cisternas e E2-Minas metalíferas. A configuração das cavidades predominantes nesta zona, são fendas estreitas, por vezes profundas e compridas com orientação predominante, NE-SW, e pendor próximo de vertical, com alguns trabalhos de superfície (cortas) associados.

Figura 1. Negativo de filão (ID-8 F.Silvado)

Resumidamente, a distinção das feições é feita pela diferença de aparelhamento dos hasteais. Nas zonas que aparentam ser mais antigas, as marcas das ferramentas utilizadas têm um traçado fino e regular, tanto em orientação como dimensão. Claramente diferentes de zonas abertas ou retrabalhadas em períodos mais recentes que apresentam maiores desnivelamentos e sinais de perfuração mecânica.

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

112

CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

5.2.

GEM – MEANDRO Nº1 – 2015

TOPOGRAFIA E ESPELEOMETRIA

Figura 2. Nicho lucernas (ID-12 F. Escritório)

Outra marca bastante evidente é a existência de nichos para lucernas, nos hasteais de aparelho fino e a não existência, nos hasteais de aparelho grosseiro. Em ambas as zonas de feições distintas, há entalhes semelhantes, talvez para as entivações em madeira que outrora deverão ter existido, distintos dos nichos para lucernas por não terem uma base plana e porque normalmente no hasteal oposto onde se encontrem, existe um entalhe semelhante, de forma que as entivações tivessem pontos de fixação opostos. Os poços apresentam secções quadrangulares com aproximadamente 2x2m, ou redondos com diâmetro aproximado de 1,5m, e profundidade aproximadas de 20m. Na base apresentam normalmente zonas de acumulação de sedimentos e detritos oriundos da superfície.

1

Galeria

2

Poço

4

Poço

5

Poço

6

Galeria

7

Poço

8

Corta

11

Poço

12

Corta

13

21 m 21 m

VOLUME ESTIMADO

AREA IMPLANTACAO

COMPRIMENTO PLANIMETRICO

PROFUNDIDADE

DESENVOLVIMEN TO

TIPOLOGIA ACESSO

ID

Foram topografadas oito cavidades artificiais, de onde foi possível extrair os dados espeleométricos definidos na tabela 2.

8m

19 m

53 m2

149 m3

15 m

8m

16 m2

63 m3

18 m

4 m2

6m 27 m

26 m

115 m2

303 m3

16 m 28 m

3m

28 m

58 m2

180 m3

51 m

15 m

31 m

106 m2

915 m3

Corta

23 m

4m

21 m

46 m2

249 m3

15

Galeria

21 m

8m

19 m

32 m2

47 m3

21

Sanja

22 m

10 m

17 m

51 m2

34 m3

27

Poço

Tabela 2. Cavidades topografadas

O levantamento topográfico foi executado com recurso a bussola analógica Suunto Tandem (precisão estimada 0,5°), clinómetro analógico Suunto Tandem (precisão estimada 1°), fita métrica em PVC (precisão estimada 5cm) e distanciómetro laser Bosch (precisão 1mm). A Aferição de medidas para configuração dos espaços das cavidades, foi apoiada numa poligonal aberta, com um ponto de coordenadas conhecidas e sem correcção de erros da poligonal. Os dados topográficos foram calculados com recurso a programa informático livre - Speleoliti e retratados por meio de desenho técnico, onde foi utilizada a simbologia normalizada pela Union Internationale de Spéléologie (UIS) [4]. [4] in, UIS Informatics Commission - Basic Cave Mapping Symbols

Figura 3. Poço redondo (ID-18 B. Grilo)

Topografia 1. Cavidade (ID-1 e 2 F. Pirâmide)

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

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CONTRIBUTO ESPELEOLÓGICO PARA O ESTUDO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINEIRO ANTIGO NO CONCELHO DE VALONGO

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Topografia 3. Cavidade (ID-6 e 7 F. Fetas)

Figura 4. Cavidade (ID-1 e 2 F. Pirâmide)

Topografia 4. Cavidade (ID-8 F. Silvado)

Figura 5. Poço (ID-5 F. Pirâmide)

Topografia 5. Cavidade (ID-11 e 12 F. Escritório)

Topografia 2. Cavidade (ID-4 F. Pirâmide) Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

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5.3.

Topografia 6. Cavidade (ID-13 F. Alcantilado)

EXPLORAÇÃO

Nas cavidades em que, pelas suas características, foi necessário equipar com ancoragens fixas, recorreu-se à utilização de “Parabolt M8” em aço inox. As respectivas plaquetas foram recolhidas no fim dos trabalhos de exploração espeleológica, de forma a minimizar os impactos causados. Em todos os procedimentos, foram seguidas as orientações preconizadas pela Federação Portuguesa de Espeleologia (FPE). Todos os participantes nas expedições são espeleólogos N3 e N2, federados e não houve qualquer incidente registado em todas as expedições realizadas.

5.4.

Topografia 7. Cavidade (ID-14 F. Alcantilado)

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HIDROLOGIA

As minas prospectadas encontram-se rodeadas de outras minas, semelhantes e também abandonadas, o que, em termos hidrogeológicos, expõe as águas subterrâneas a processos de contaminação de origem superficial (Gonçalves 2013). Algumas minas, apresentam acumulação de água no seu interior, provavelmente, devido ao abandono dos trabalhos de mineração e consequente eliminação dos sistemas de drenagem, ou por obstrução das galerias de escoamento de água, em que o processo de escoamento se faria por gravidade. É de salientar que algumas das minas onde se registou acumulação de água, os seus níveis são incertos e parecem estar bastante influenciados pelas condições atmosféricas exteriores.

Topografia 8. Cavidade (ID-15 B. Grilo)

Figura 6. Galeria selada para aproveitamento de água (ID-45) Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

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Foram encontrados dois casos peculiares, um em propriedade privada, que aparenta ser um tradicional poço de água, mas cuja tampa está danificada e foi possível ver que a sua configuração interior se assemelha aos poços de mineração, com secção quadrada e arredondada nos vértices (ID 52), e outro, uma galeria de acesso horizontal (ID 41) selada com uma laje vertical em lousa mas que, alguns metros acima da entrada da galeria, encontra-se localizada uma construção precária recente onde, numa das paredes, é possível ver um poço com acesso à galeria horizontal. Não foi viável aceder ao interior de nenhum destes dois casos devido à quantidade de água que continham nesta data. 5.5.

Estes espaços, normalmente, reúnem condições particulares de insolação, temperatura e humidade que, aleadas ao facto de serem pouco acessíveis ao ser humano, propiciam a existência de espécies singulares. No interior das cavidades, identificaram-se claramente dois tipos de fauna correspondentes ao grupo de trogloxenos e troglófilos, este último, normalmente em zona de penumbra onde chegam facilmente nutrientes para a sua sobrevivência, como sejam o caso das bases de poços ou perto da entrada de galerias horizontais. Não foram identificadas espécies de troglóbios. As espécies de flora identificadas, encontravam-se junto a acessos horizontais, em zona de transição para interior.

ARQUEOLOGIA

Durante as explorações espeleológicas, foram encontrados alguns achados que aparentam ser velas, cuja datação se desconhece. Encontravam-se espalhadas pelo chão de uma galeria e na base de um poço. Devido ao risco eminente do seu desaparecimento, os referidos achados foram retirados do local onde se encontravam, e de imediato entregues no Museu de Valongo, com respectivo relatório, de forma que possam ser preservados e devidamente enquadrados.

Figura 7. Exemplos de Fauna e Flora encontrados. A) Amanita Muscaria B )Culcita Macrocarpa C) Bufo Calamita D) Salamandra Salamandra E) Triturus Boscai F) Triturus Marmoratus G)Rhinolophus Ferrumequinum H)Coronella Girondica

6.

Figura 8. Achado (Vela?)

5.6.

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BIOLOGIA

Durante o período que decorreram as explorações, foram registadas algumas espécies de flora e fauna.

CONCLUSÕES

Relativamente à área total proposta para este trabalho 0,47km2, foram prospectados aproximadamente 0,36km2, onde foram inventariadas 21 cortas, 7 sanjas, 9 galerias e 19 poços, no total de 59 cavidades à superfície. Destas, 13 foram topografadas, e constata-se que 4 constituem um complexo, ou seja, estão interligadas em subsolo. Foram identificadas, pela existência de indícios, 8 cavidades que se encontram obstruídas. As cavidades indicadas como A e B no [Mapa.6], constavam do levantamento do (SFM), mas não se descobrem no local, talvez por alteração da morfologia do terreno. A Corta ID-50, está parcialmente destruída por alteração da superfície com socalcos de plantação de eucaliptos. As duas cortas ID-49, foram eliminadas pela abertura de um aceiro.

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

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Mapa 6. Morfologia do terreno, cursos de água sazonais, identificação de cavidades registadas pelo SFM, cavidades inventariadas à superfície, cavidades topografas em subsolo e cavidades não encontradas identificadas pelo SFM.

O levantamento topográfico do (SFM), na área que abrange este trabalho, contabiliza a existência de 55 cavidades. Pela junção da informação desse levantamento, com os trabalhos de prospecção actuais, foram acrescentadas 4 cavidades à listagem total de vestígios de mineração incluídos na área de trabalho. Verifica-se maior predominância de cavidades em área de quartzitos (86%) e apetência para cavidades colectoras de água, em área de xistos argilosos, ardosíferos (14%). Julga-se que algumas das minas utilizadas como reservatórios de água, deveriam ser monitorizadas, no sentido de aferir a qualidade da mesma e respectivo impacto nas populações locais. Isto porque, se trata de uma mistura de água proveniente de escorrências superficiais, com água proveniente de lençóis freáticos, alterados pelos trabalhos de mineração, e por isso susceptível de ser imprópria para consumo, devido ao grau de acidez, presença de arsénio e metais pesados. Oportunamente prevê-se aceder às cavidades ID-52 e 41, de forma a averiguar a sua geometria, e concluir os trabalhos de prospecção. A diversidade de enquadramentos legais para o mesmo território e sobre temas diversos, evidencia

a importância do estudo da Serra Santa Justa e do seu património mineiro, como marca identitária do Concelho. AGRADECIMENTOS Uma palavra de reconhecimento, aos amigos que deram alento ao longo deste trabalho e o apoiaram. Ao Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM) que, desde a apresentação do projecto para este trabalho, o apoiou institucionalmente e posteriormente cedeu equipamento para as actividades de campo. Ao Museu Municipal de Valongo, através da Dra. Paula Machado, pelo apoio na referenciação e acolhimento dos achados. À Doutora Dulcineia Pinto, ao Eng. Paulo Campos, ao Dr. Paulo Rodrigues e ao Eng. Roberto Matías, pela gentileza de comentarem previamente esta publicação. A todos, a nossa sincera gratidão.

Resultado Preliminar do inventário e cartografia de cavidades artificiais na vertente Oeste da Serra de Santa Justa – Valongo

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7.

BIBLIOGRAFIA

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Foto: Eduardo Vieira Foto: Eduardo Vieira

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