Resumo do capítulo 15 do livro História da Arquitetura Moderna, Leonardo Benevolo

July 27, 2017 | Autor: Cleo Lopes | Categoria: Arquitetura Moderna
Share Embed


Descrição do Produto

Resumo do capítulo 15 do livro História da Arquitetura Moderna, Leonardo Benevolo:
BENEVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna, Editora Perspectiva S.A., 3ª Edição, São Paulo,2001.

A ABORDAGEM DOS PROBLEMAS URBANÍSTICOS

Análise Crítica, teoria e história da arquitetura do urbanismo.
Clenilda Afonsa Lopes




A abordagem dos problemas urbanísticos
Legislação e experiências urbanísticas no pós-guerra
A crise da construção civil no pós guerra não deve exclusivamente aos danos da guerra e da paralisação deste período, mas também devido ao seu encarecimento da obra, incluindo a mão de obra e o terreno.
Se torna necessária a intervenção do Estado para assegurar a moradia aos menos abastados. Esta ocorria de duas maneiras por meio de créditos e facilidades concedidas para instituições particulares e por meio da construção de alojamentos por iniciativa direta das entidades públicas.
Inglaterra: Leis -> Adisson(1919); Chamberlain (1923; Wheatley(1924) e Greenwood(1930)
Em 1936 essa leis são unificadas pela Housing Act.
Suécia, o estado o estado garante os juros dos empréstimos à iniciativas privadas, principalmente cooperativas.
H.S.B. de Estocolmo(1924)
Bélgica, em 1920 é fundada a Société de Nationale de Bom Marché- financia outras sociedades.
França -> Lei Siegrifield (1894) aperfeiçoada em 1928 pela Lei Loucher.
A construção de alojamentos por entidades públicas é mais adequado para situações de emergência.
1912- administrações comunais construam moradias populares.
Inglaterra: o London City Council (1920-1936) é a mais importante entidade pública a tirar proveito das subvenções do governo.
Becontree, Essex.
Na Alemanha (1918), uma das últimas leis do Império encarrega as cidades da Prússia de criarem órgãos municipais para a construção civil; O princípio de dar uma casa a todos é incorporada a constituição da República de Weimar e os meios financeiros assegurados pop uma lei de 1924.
Administração socialista em Viena 1920_ colossal programa de construções financiadas pelos cofres públicos, com impostos progressivos.
A intervenção pública na construção cresce, enquanto as intervenções urbanísticas não crescem proporcionalmente.
Na Inglaterra Uma lei de 1919 torna obrigatório s os planos de ampliação das cidades maiores e autoriza a formação de planos reguladores.
Demais países europeus legislação urbanística atrasada.
Planificação das cidades: França-> Plano Prost (1939); Na Inglaterra plano semelhante ao da França, o qual é interrompido devido a eclosão da Segunda Guerra Mundial; Plano Geral de 1920 a 1925; Roma (1931) plano de procedimento rápido, autorizado pelo regime autoritário, é modificado em 1959 e influência a expansão da cidade a partir de 1945.
Propostas do Movimento Moderno amadurecidas entre 1919 e 1929. Atualmente este movimento é visto como alternativa à cidade burguesa pós-liberal, não uma correção de seus conflitos.
Gropius e Le Corbusier -> decomposição do fato arquitetônico em seus componentes elementares.
Economia dos meios de produção.
Divisão da responsabilidade entre diversos projetistas.
Romper os hábitos herdados da cultura tradicional.
1930- o modernismo empenha-se nos problemas urbanísticos; a construção civil já declina por efeito da crise econômica e amadurece a involução política que levará à Segunda Guerra Mundial.
As primeiras aplicações dos novos padrões no pós-guerra alemão
Em Viena – os novos bairros da administração socialista são compostos de modo unitário e em blocos. Em Roterdã, de 1924 a 1925, Oud introduz casas em fileiras, repetíveis em série indefinida.
A partir de 1924 a Alemanha busca por padronização nos tipos de edificação. Adquire relevância urbanística, quando em grandes complexos e escapam do desenho vinculado à cidade burguesa entram em contato com os espaços não construídos do território.
Antes da guerra o burgomestre Adockes promove a lei de expropriação dos terrenos, e adquire pra cidade um grande número de áreas periféricas. Em 1924 Ludwig Ladmann: defensor da planificação pública nomeia com o diretor de todas as construções municipais Ernest May 15 mil moradias em Frankfurt: os tipos de edificação são padronizados permitindo a produção em série dos elementos dos elementos da construção e de algumas decorações fixas.
Reunião do segundo CIAM em Frankfurt(1929).
Berlim: Não há unidade nos programas de construção: a orientação moderna é liderada por Martin Wagner.
O programa berlinense é pouco coerente devido à falta de uma liderança forte.
A urbanística de Gropius
O objeto a ser demonstrado é o ambiente do qual tudo presente ali, é parte integrante.
1926: A cidade de Törten em Dessau torna-se um laboratório para verificação dos conceitos teóricos da Bauhaus, segundo a qual o ensino não pode ser unicamente indireto e exige uma demonstração prática.
Gropius abandona a Bauhaus, estabelecendo-se em Berlim como profissional liberal(1928). Em 1927 ele vence o concurso para o bairro Dammerstock de Karlshure, projeto baseado na constância do ângulo reto.
A visão urbanística de Gropius é falha por não ir além da visão de bairro.
Gropius não acredita que a moradia mínima seja uma entidade abstrata definida a priori, portanto não se propõe a definir em absoluto a forma melhor de habitação. Ele compara duas soluções tradicionais para a problemática que envolve questões psicológicas e sociológicas da moradia: A casa unifamiliar e a casa coletiva.
Nesse contexto surge a discussão de qual modelo de habitação é mais adequada, levando em consideração seu repartimento em andares.
Na Alemanha, o ideal encontra-se entre dez e doze andares: com essa altura consegue-se a coincidência de amplos espaçamentos e de grande densidade construções, proporcionando concentração satisfatória de serviços.
Bairro experimental; Spandau-Halhorst, 1929.
A primeira casa alta de Gropius será construída na Holanda, em 1934.
Pré-fabricação parcial em Törten, Dessau (1926).
Os problemas enfrentados por Gropius na realização de seus projetos refletem a dificuldade central do movimento moderno em relação à sociedade contemporânea.
A alta taxa de desemprego da época, advinda da crise econômica, deixou os governantes temorosos em relação aos bairros operários de elevada densidade integrados ao espaço urbano, devido a facilidade gerada às organizações de sublevação. Daí surgiu o apoio a colônia rural (1931).
O apoio dos arquitetos às casas altas ou baixas tornou-se uma pronuncia virtual a favor ou contra à integração operária na cidade moderna.
A chegada dos nazistas ao poder encerra as experiências alemãs.
A urbanística de Le Corbusier
A pesquisa de Le Corbusier é distante dos programas urbanísticos contemporâneos.
Cidade moderna: la ville radieuse: projeto em dezessete pranchas que leva consigo para mostra-la em várias ocasiões. Tem como ponto de partida a residência, a cidade extraída da residência.
Nem uma das propostas de Le Corbusier foi aceita. Ele reúne-as em livro intitulado La ville radiuse, publicado em 1935.
Entre 1930 e 1933, com o abrandamento da crise na França, Le Corbusier constrói alguns edifícios de destaque: o pavilhão suíço na Cité Universitairie de Paris, a casa de aluguel Clarté em Genebra e a Cité du Refuge para o exército da salvação também em Paris.
Os edifícios mostram- se no tecido urbano como violenta solução de continuidade.
1.4 A urbanística dos CIAM
As reuniões de 1929 a 1933 focam problemas urbanísticos.
A reunião de 1929, em Frankfurt, visa definir o conceito de alojamento mínimo.
Problema econômico Problema da construção Problema do bairro 1930 III Tratado de Bruxelas.
Solo independente da propriedade privada.
O IV congresso ocorre em 1933 em navio que vai de Marselha à Atenas. Não foi publicado nenhum documento oficial. Apenas em 1941 em Paris imprime-se um documento anônimo com prefácio de Jean Giradoux, a Carta de Atenas.
Conclusão da Carta de Atenas
O projeto urbanístico deve projetar no espaço e controlar as quatro funções básicas: m orar, trabalhar, divertir-se (tempo livre) e circular.
Cada cidade deve ter seu programa baseado em análises técnicas.
A dinâmica desses elementos constitui a célula de habitação, da qual partirão as demais relações com a área.
Paradoxo entre urgência do início dos trabalhos e fracionamento da propriedade privada.

O compromisso político e o conflito com os regimes autoritários
Em junho de 1931, no encerramento da Bauhausstellung de Berlim, Ernest May profere perante o Senado da cidade, uma conferência sobre A construção de cidades na URSS e anuncia a intenção dos Ciam de organizar o IV Congresso na União Soviética.
Rússia: local adequado pá realização de programas da arquitetura moderna.
Condições políticas: a Revolução de 1917 criou um novo espaço político o qual parece aberto ás experiências internacionais.
Durante as discussões em 1925, da transferência da Bauhaus de Weimar para Dessau, Gropius declarou-se independente de qualquer pesquisa arquitetônica.
O avanço do autoritarismo ameaça as oportunidades de trabalho.

A União Soviética
Início dos debates sobre as relações entre arquitetura e política.
19 de fevereiro de 1918: abolição da propriedade privada.
20 de agosto de 1918: abo lição da propriedade privada das construções.
4 de novembro de 1922: planificação obrigatória das cidades.
Premissas políticas para uma arquitetura e uma urbanística independentes da especulação particular, conquistada pela URSS em cinco anos.
Condições econômicas e de civilização atrasadas.
O Classicismo foi estilo oficial do estado russo nos últimos dois séculos.
Em um primeiro momento a pesquisa modernista é frenética, porém é abandonada.
Formação da ASNOVA- associação de arquitetos que provem da experiência construtivista.
1925: nova associação OSA
Os arquitetos modernos definem tipos urbanísticos de edificação como condensadores sociais: A casa coletiva; o clube operário; a indústria.
A lógica de concentração da cidade tradicional impede a fixação de elementos de construção com essas características. Surgem duas possibilidades:
Complicar a unidade habitacional para integrá-la ao espaço urbano_ urbanistas.
Difundir as unidades no território_ desurbanistas.
Ambos estruturavam-se na reorganização das cidades existentes e na idealização das novas, pela localização das instalações industriais.
1930: Ginzburg e Bartch plano para descentralização de Moscou.
Projeto da "cidade verde" que propõe transformar em blocos o organismo centralizado de Moscou.
Por alguns anos os arquitetos trabalharam com certa liberdade, porém o governo volta atrás e passam a valorizar novamente os esquemas tradicionais e após a ascensão do stalinismo, essas liberdades são totalmente anuladas.
Lenidrov, arquiteto da Osa termina sua carreira com menos de vinte anos.
As associações livres reúnem- se na VANO que é dissolvida em 1932, seus membros são incorporados à SSA que dirige toda atividade de construção no país.
1935: Plano Regulador de Moscou
A construção civil oficial é dirigida por velhos sobreviventes tradicionalistas ou por jovens oportunistas.
A Alemanha e a Áustria
Na Alemanha e na Áustria o movimento modernista encontra condições favoráveis. Os adversários atacam o movimento.
Em contraposição aos movimentos tradicionais o modernismo não oferece soluções prontas, mas sim, caminhos a serem pesquisados em busca de soluções diversas.
Os alemães pela discussão do estilo arquitetônico adequado em um período difícil, entre o advento da inflação e a chegada de Hitler ao poder(1933), que esteve no plano de fundo durante a derrota aliada, a crise econômica e é totalmente estancada com a ascensão do nazismo, o qual força uma volta ao neoclassicismo.
Fracasso da experiência iniciada por Gropius.
Os mestres da antiga vanguarda tornam-se importantes no cenário profissional e acadêmico: Peter Behens, Hans poelzig(1869-1936), Fritz schumacher(1869-1947).
Na Austria domina a Figura de Hoffmann.
Sensíveis ao clima de batalha do pós guerra e acolher contribuições das novas correntes.















Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.