Revista Brasileira de Geografia Física Variação da Linha de Costa na Região Adjacente à Foz do Rio Apodi-Mossoró por Sensoriamento Remoto

May 31, 2017 | Autor: Alfredo Grigio | Categoria: Environmental Risk Assesment, Geographic Information Systems (GIS)
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Revista Brasileira de Geografia Física, vol.08, n.03 (2015) 967-980.

Revista Brasileira de Geografia Física ISSN:1984-2295

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Variação da Linha de Costa na Região Adjacente à Foz do Rio Apodi-Mossoró por Sensoriamento Remoto ¹Maykon Targino da Silva, Alfredo Marcelo Grigio², Rodrigo Guimarães de Carvalho², Wendson Dantas de Araújo Medeiros³, Antonio Conceição Paranhos Filho4 ¹Mestrando em Ciências Naturais pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. 2Profs. do Programa de PósGraduação em Ciências Naturais na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. 3Prof. do Curso de Gestão Ambiental na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. 4Prof. do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. E-mail para correspondência: [email protected]

Artigo recebido em 16/07/2015 e aceito em 28/12/2015. RESUMO Os estudos sobre áreas litorâneas demonstram que a erosão costeira promove perdas econômicas onde esse processo é atuante. Haja vista a importância econômica da região adjacente à foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), por se tratar de uma importante região produtora de sal marinho no Brasil, emerge a necessidade de estudo sobre a evolução da linha de costa, no intento de compreender a sua dinâmica. O presente estudo tem como objetivo analisar a evolução da linha de costa da região adjacente à foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), em análise multitemporal de 1987 a 2014. Para alcançar esse objetivo foi realizado o processamento digital de imagens, confecção de mapas da variação da linha de costa e identificação e quantificação das áreas em erosão (retrogradação) e/ou acreção (progradação). A área total modificada pelos processos de acreção e erosão vem aumentando ao longo dos períodos analisados, bem como a erosão que cresceu nos dois últimos períodos (2001-2011 e 2011-2014), especialmente nas praias de Upanema, do Meio, do Pontal (Areia Branca) e de Pernambuquinho (Grossos). O estudo permitiu observar que o processo de erosão predominou para o período de 1987-2014. Contudo, quando é observado que a diferença entre os processos de acreção e erosão foi pequeno (8,16 ha) pode-se concluir que há um relativo equilíbrio no período analisado por este trabalho. Deste modo, surge à necessidade de um monitoramento contínuo dessa área no intuito de melhor compreender o comportamento da linha de costa. Palavras-chave: Erosão de linha de costa; análise multitemporal; geoprocessamento.

Coastline Change in the Region Adjacent to the mounth of the Apodi-Mossoró River by Remote Sensing ABSTRACT Studies on coastal areas show that coastal erosion promotes economic loss where this process is active. Given the economic importance of the region adjacent to the mouth of the river Apodi-Mossoró (RN), because it is an important salt-producing region in Brazil, emerges the need of study on the evolution of the coastline, in the attempt to understand its dynamics. This study aims to analyze the evolution of the coastline of the region adjacent to the mouth of the river Apodi-Mossoró (RN), multi-temporal analysis of 1987 to 2014. To achieve that goal was the digital processing of images, making maps of the coastline variation and identification and quantification of eroding areas (retreating coast) and/or accretion (advancing coast). The total area modified by accretion and erosion processes is increasing over the period analyzed, as well as the erosion that has grown in the last two periods (2001-2011 and 20112014), especially on the beaches Upanema, do Meio, Pontal (Areia Branca) and Pernambuquinho (Grossos). The study allowed to observe the process of erosion prevailed for the period 1987-2014. However, when it is observed that the difference between the processes of accretion and erosion was relatively small (8,16 ha) we can conclude that there is a relative balance in the period covered by this work. Therefore, there is the need for continued monitoring of this area in order to better understand the shoreline behavior. Keywords: coastal erosion, multitemporal analyses, geoprocessing.

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Introdução As áreas litorâneas são ambientes dinâmicos, complexos e sensíveis, tanto nos aspectos físicos como nos aspectos humanos. Um problema de ordem global que vem atingindo esses ambientes é a erosão costeira (Moura de Abreu e Abreu Neto, 2014). No Brasil os processos erosivos ocorrem ao longo de toda a zona costeira, contudo, predomina a situação de estabilidade (Muehe, 2006). No litoral potiguar são observados muitos trechos que estão sofrendo com a erosão costeira (Vital, 2006). Os fatores causadores da erosão nesse litoral são: construção de estruturas de concreto perpendiculares à linha de costa na zona de praia, fatores tectônicos, dinâmica da circulação costeira, evolução holocênica da planície costeira e suprimento sedimentar ineficiente (Vital et al., 2006). Os estudos de áreas litorâneas demonstram que a erosão costeira é um problema que resulta em perdas para as economias locais, como destruição de casas e hotéis próximos da linha de costa, ruas, avenidas (Silva et al., 2007; Nascimento et al., 2013), com a destruição desses ambientes várias medidas podem ser tomadas, desde a reconstrução da infraestrutura até a relocação da população local, implicando, assim, perdas econômicas e ambientais. Por isso, o estudo da erosão costeira assume papel de importância nas tarefas de planejamento e gestão ambiental, visando minimizar os prejuízos econômicos e ambientais. Nesse sentido, surge a necessidade de conhecer como se comportou a linha de costa da região adjacente à foz do rio Apodi-Mossoró (região compreendendo os municípios de Grossos e Areia Branca/RN), haja vista que atividades economicamente importantes estão localizadas próximas dessa área, tais como turismo, salinas e poços de extração de petróleo. Com base nos dados produzidos no presente estudo, é possível determinar qual processo foi mais atuante na linha de costa da região adjacente à foz do rio Apodi-Mossoró: erosão ou progradação. E, dessa forma, serve de subsídio ao poder público, para a adoção de políticas públicas aplicadas à zona costeira, com o intuito, por exemplo, de inibir a ocupação de áreas que apresentam uma dinâmica intensa, com especial atenção para as áreas que retrogradaram. Os estudos sobre o comportamento da linha de costa na região não são novidades (Amaro e Araújo, 2008; Boori, 2011). Contudo, o presente trabalho diferencia-se dos anteriores no sentido de possuir uma análise espaço temporal maior do que

a realizada por Boori (2011), que compreendeu o período de 2003 a 2010. Com relação ao trabalho de Amaro e Araújo (2008) toda a linha de costa dos municípios de Grossos e Tibau-RN foram estudadas, o que diferencia do presente estudo que abrange toda a linha de costa de Grossos e parte da de Areia Branca-RN. Assim, a pesquisa justifica-se tanto sob a ótica científica, por ser uma atualização de trabalhos anteriores do comportamento da linha de costa, como pelo viés social que o é de subsidiar o poder público com informações sobre os riscos com relação à erosão costeira. O objetivo deste trabalho foi analisar a evolução da linha de costa da região adjacente à foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), dentro da escala temporal de análise entre os anos de 1987 a 2014, por meio de técnicas de geoprocessamento para analisar a variação da linha de costa, identificar as áreas onde ocorreram mais erosão ou acreção e quantificar as áreas em erosão (retrogradação) e/ou acreção (progradação). Material e métodos Caracterização da área de estudo Os municípios de Areia Branca e Grossos estão localizados no litoral setentrional do Rio Grande do Norte. De modo mais preciso a área de estudo compreende da praia do Pontal até a praia da Baixa Grande no município de Areia Branca e todo o litoral do município de Grossos (Figura 1). Em coordenadas a área está localizada entre os paralelos 94261200 e 9451020 de latitude Sul e os meridianos 715451 e 697316 de longitude Oeste. As duas cidades ficam a cerca de aproximadamente 330 km de distância da capital do Estado – Natal. A área de estudo está inserida no contexto geológico da Bacia Potiguar e apresenta três unidades litoestratigráficas: Grupo Areia Branca, inicialmente depositado no Mesozoico Superior; Grupo Apodi, depositado próximo do Mesozoico Superior, e o Grupo Agulha, depositado no Mesozoico Superior e estendendo-se até o final do Cenozoico (Araripe e Feijó, 1994; Pessoa Neto et al., 2007). A geologia predominante no município de Grossos é constituída por estruturas sedimentares. As unidades geológicas que afloram nesse município são cinco, a saber: Depósitos Litorâneos; Depósitos Flúvio-Marinhos; Depósitos Flúvio-Lacustre; Formação Barreiras e Formação Jandaíra (Carvalho, 2011). 968

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Já no município de Areia Branca as unidades geológicas encontradas são: Formação Jandaíra; Formação Barreiras; Colúvios e Cascalheiras; Dunas Fixas; Dunas Móveis; Depósitos de

Planícies de Maré; Depósitos Aluvionares; Sedimentos de Praia Holocênicos e beach rocks (Rogério, 2004).

Figura 1 – Localizaçäo espacial da região em estudo. As seguintes unidades geomorfológicas são encontradas no município de Grossos: Planície Litorânea; Planície Flúvio-Marinha; Planície Flúvio-Lacustre; Tabuleiro Costeiro e Chapada do Apodi (Carvalho, 2011). Já no município de Areia Branca-RN as unidades geomorfológicas observadas são: Superfície de Aplainamento ou Superfície de Tabuleiro Costeiro; Planície de Inundação Flúvio-Estuarina; Planície de Maré; Campo de Dunas Móveis e Dunas Fixas; Zonas de Intermaré; e Barras longitudinais emersas na baixa-mar (Rogério, 2004). Na zona costeira de Grossos a direção dominante dos ventos é proveniente de E – NE do mês de setembro a abril, e de maio a agosto a direção é SE (Amaro e Araújo, 2008). Já para a zona costeira de Areia Branca-RN, Rogério (2004) constatou que, a direção dominante dos ventos é de NE com velocidades máxima de 34,4 km/h e mínima de 27,5 km/h, nos meses de verão, nos meses de inverno a média mensal é de 21,1 km/h. As ondas em Grossos possuem direção dominante E – NE com alturas que variam de 0,30,5m (Amaro e Araújo, 2008). Em Areia Branca o fluxo das ondas é de direção NE com alturas que variam de 0,22m a 0,39m (Rogério, 2004). As correntes marinhas são resultado da combinação da direção dominante dos ventos: E – W, e da direção do fluxo das ondas: ENE,

produzindo uma corrente de deriva litorânea que migra para WNW com velocidades que alcançam de 20 a 80 cm/s (Tabosa et al., 2001). As correntes possuem uma variação, em velocidade, no município de Areia Branca, quando está no inverno e no verão; neste a velocidade chega a 0,6-1,3 m/s para W e naquele 0,2 - 0,6 m/s para W (Rogério, 2004). Procedimentos Metodológicos Neste estudo utilizaram-se produtos digitais de sensoriamento remoto, tais como: Cena Landsat 5-TM 216-63 (20/08/1987); Landsat 5-TM 216-63 (31/08/1991); Landsat 5-TM 216-63 (25/07/2001); Landsat 5-TM 216-63 (06/08/2011) e Landsat 8-OLI 216-63 (11/06/2014) com as faixas multiespectrais do visível e do infravermelho onde foram utilizadas técnicas de processamento digital de imagens. Essas imagens foram baixadas dos sítios eletrônicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e do Serviço Geológico dos Estados Unidos – USGS. Essas cenas foram georreferenciadas no software SPRING 5.2.5 (INPE, 2014), bem como a utilização de técnicas de razão de bandas e confecção de composição colorida. As técnicas de processamento digital de imagens utilizadas consistiram em retificação e restauração de imagens através do aumento linear de contraste e realce de imagem com base na geração de composição colorida e na razão de 969

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bandas, observadas no algoritmo NDWI (Normalized Diferrence Water Index) que consiste na seguinte relação NDWI (verde – infravermelho / verde + infravermelho) estas faixas referentes ao espectro eletromagnético (Gao, 1996). A combinação do resultado desse algoritmo com a banda do verde e do infravermelho (RGBinfravermelho-verde-NDWI) proporciona uma clara distinção da linha de costa baseada nas cores com tons amarelos, quando a areia estiver seca, e amarelos azulados, quando a areia estiver com umidade, e as águas oceânicas que possuem cores variando de azul marinho e azul anil (Grigio et al., 2005). A definição da linha de costa com base no contato seco e úmido, mediante uso de imagens áreas, requer cuidados isso porque “a variabilidade morfodinâmica da praia pode implicar em variação de sua largura na ordem de dezenas de metros” (Muehe e Klumb-Oliveira, 2014, p. 124), não representando necessariamente

uma tendência. Todavia, uma forma de minimizar esse problema é aumentar o número de imagens utilizadas (Muehe e Klumb-Oliveira, 2014) o que foi realizado nesse estudo. A aplicação dessas técnicas deu-se da seguinte forma: selecionaram-se as faixais espectrais do verde e do infravermelho do Satélite Landsat 5TM e aplicou-se o aumento linear de contraste posteriormente, com as mesmas faixas espectrais, realizou-se a razão dessas bandas tendo como resultado o NDWI. Por último, aplicou-se o aumento linear de contraste na banda resultado do NDWI, em seguinte realizou-se a composição RGB-4-2-NDWI (Figura 2) e exportou-se o resultado para ser vetorizada a linha de costa, todos os processos anteriores foram realizados no software SPRING 5.2.5 (INPE, 2014) somente a vetorização que foi feita no software ArcGis 10.1 (ESRI, 2011).

Figura 2 – Composiçäo RGB-4-2-NDWI. Para as faixas espectrais verde (banda 3) e infravermelho próximo (banda 5) do satélite Landsat 8-OLI realizaram-se os mesmos procedimentos acima mencionados: aumento linear de contraste das bandas, razão das bandas produzindo o NDWI, aumento linear de contraste na banda resultado da razão, composição colorida RGB-5-3-NDWI e exportação do resultado dessa composição feita no SPRING 5.2.5 (INPE, 2014). Com os procedimentos anteriores obteve-se o resultado observado na figura 2, isto no ambiente do software SPRING 5.2.5 (INPE, 2014), contudo, no momento de vetorizar a imagem no software ArcGis 10.1 (ESRI, 2011) a mesma

apresentava umas faixas verdes na imagem que dificultava a visualização da linha de costa (Figura 3). No intuito de contornar esse problema pegaram-se as faixas espectrais do verde, infravermelho próximo e o NDWI, ambas com a aplicação do aumento linear de contraste, do Landsat 8 e fez-se a composição RGB-5-3-NDWI no software QGIS 2.0 (QGIS Development Team, 2014) onde a mesma não apresentou nenhum problema. O resultado da fase anterior foi exportado para o software ArcGis 10.1 (ESRI, 2011) para ser vetorizada a linha de costa. Com base na composição colorida RGB-4-2NDWI, para as cenas do Landsat 5, e RGB-5-3NDWI, para as cenas do Landsat 8, a linha de 970

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costa foi vetorizada em forma de polígono, para cada período de ano, em layers diferentes. Determinou-se um polígono base/referência, que compreende a área de interesse, utilizado para o corte dos layers de cada ano. Esse polígono auxilia no corte de modo que todos os layers possuem os limites inferiores na mesma linha de coordenadas (Figura 4). A fase posterior consistiu

na união entre dois anos consecutivos. No presente estudo realizou-se a união entre os anos de 1987-1991; 1991-2001; 2001-2011 e 20112014. Para o corte dos layers a partir do polígono base utilizou-se o software QGIS 2.0 (QGIS Development Team, 2014), para a união o software ArcGis 10.1 (ESRI, 2011).

Figura 3: Composição RGB-5-3-NDWI com problemas do Landsat 8.

Figura 4 – Figura 4: Polígono base utilizado como referência para o corte dos layers. Como resultado do processo de união entre os anos gera-se uma tabela, onde é observada a 971 Silva, M. T. da ., Grigio, A. M., Carvalho, R. G. de ., Medeiros, W. D. de A. ., Paranhos Filho, A. C.

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coluna com o nome de FID novo. A tabela 1 é um primeira coluna o valor for zero e na segunda um exemplo da união entre os anos 1987 – 1991. São negativo (-1) o processo atuante é a erosão, o exibidos, na primeira coluna, os polígonos inverso significa a atuação do processo de acreção vetorizados a partir da imagem Landsat de 1987 (Grigio et al., 2005). Uma terceira coluna é (FID novo 1), e na segunda, os da imagem introduzida para demonstrar a classificação final Landsat de 1991. O valor zero significa que não com base nos critérios acima mencionados ocorreu modificação, ao passo que quando na (Tabela 2). Tabela 1 - Tabela gerada pela união entre dois períodos (1987 – 1991)

Tabela 2 - Tabela gerada pela união entre dois períodos (1987 – 1991) acrescida da nova classificação

A partir da tabela 2 é possível se obter as áreas totais envolvidas nos processos de acreção e erosão. Todavia, não é possível pormenorizar esses processos, pelo fato dela unir polígonos próximos da mesma classe e realizar a soma, que é exibida na tabela como um registro único (Grigio et al., 2005). Uma alternativa a essa restrição e no intuito de conseguir dados de polígonos individuais, é realizar a vetorização das áreas de acreção e erosão, dos mapas frutos da união dos anos analisados. Assim conseguem-se os polígonos individuais e suas respectivas áreas (Grigio et al., 2005). Na primeira vetorização não se consegue obter o detalhamento quantitativo pontual, apesar disso, ela não deve ser depreciada, pois dependendo do objetivo do trabalho, pode-se realizar uma análise visual ligeira e consistente da evolução da linha de costa em uma dada área. No entanto, se estiver no escopo do trabalho à quantificação dos processos de acreção e erosão da área total envolvida, faz-se impreterível a segunda vetorização (Grigio et al., 2005). No intuito de diminuir o erro acumulado nessa segunda vetorização, admitiu-se um erro máximo de um pixel, isto é, somente variações superiores a 900 m² são consideradas. Assim, como observado por Grigio et al. (2005), os dados produzidos nessa segunda vetorização sofrerão uma pequena diferença, se comparado a primeira vetorização. Resultados e Discussão Análise da variação da linha de costa da foz do Rio Apodi-Mossoró para o período de 1987 a 2014

Os períodos utilizados para a avaliação da evolução da linha de costa apresentam duração em anos díspares. O primeiro período, 1987-1991 compreendem quatro anos; o segundo, 1991-2001, dez anos; o terceiro, 2001-2011, também dez já o último período, 2011-2014, três. Os resultados obtidos para o período 19871991 demonstram que os processos de acreção e erosão foram atuantes na evolução da linha de costa da região adjacente à foz do Rio ApodiMossoró (Figura 5). Na figura as letras indicam onde os processos foram mais atuantes. No ponto A, localizado a leste de Areia Branca e a sotamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, trecho compreendendo a Barra de Upanema neste período de análise, é observado um intenso processo de acreção. No ponto B, trecho da praia de Upanema, é perceptível a ação tanto do processo de acreção, aproximadamente 110 metros, quanto do processo de erosão, evidenciado pelo desaparecimento de uma barra arenosa existente, entre esta praia e a praia do Meio, no ano de 1987. No ponto C, trecho abrangendo a praia do Pontal, é observado à atuação dos processos de erosão e acreção. Este processo promoveu o avanço da linha de costa em direção ao mar de aproximadamente 84 m. A erosão observada em algumas áreas nessa praia foi intensa, modificando expressivamente a forma do pontal com um recuo de aproximadamente 267 m. O ponto D localizado a sotamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, extensão que compreende a praia de Pernambuquinho, área pertencente ao Município de Grossos-RN constata-se um intenso processo de acreção com um avanço em direção ao mar de 225 m. No ponto E, área a Noroeste do município supramencionado, é identificada a ação 972

Silva, M. T. da ., Grigio, A. M., Carvalho, R. G. de ., Medeiros, W. D. de A. ., Paranhos Filho, A. C.

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do processo de acreção com um avanço em torno de 97 m. Para os dois trechos D e E, Amaro e Araújo (2008), identificaram para o período de 19861989 a predominância do processo de acreção, no trecho D a progradação chegou a atingir 110 m, mas no trecho E ocorreu um pequeno recuo de 30 m. Apesar do período analisado por este estudo (1987-1991) ser diferente do trabalho de Amaro e Araújo (2008) (1986-1989) foi possível observar em ambos a predominância do processo de progradação para a praia de Pernambuquinho, já para o trecho E os autores citados perceberam um pequeno recuo, contudo, na análise de 1987 até 1991, realizada neste estudo, foi possível observar um avanço da linha de costa da ordem de 97 m. O mapa concebido para o período de 19912001 (Figura 6) demonstra uma predominância do

processo de acreção sobre o processo de erosão, todavia, esta ocorre de modo significativo na costa de Areia Branca-RN. O ponto A, trecho que neste período compreende a praia da Baixa Grande e situada a sotamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, demonstra a ação do processo de acreção adentrando o mar em aproximadamente 84 m. No ponto B, área que abrange a Barra de Upanema, observa-se um intenso processo de acreção, percebido, de modo especial, no crescimento de uma barra de sedimento arenosa. O ponto C, trecho que compreende a praia de Upanema, teve um intenso processo de acreção para o período, com um crescimento em média de aproximadamente 63 m e em algumas áreas dessa praia alcança a marca de 85 m, em direção ao mar.

Figura 5 - Evolução da linha de Costa da foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), período de 1987 a 1991.

973 Silva, M. T. da ., Grigio, A. M., Carvalho, R. G. de ., Medeiros, W. D. de A. ., Paranhos Filho, A. C.

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Figura 6 - Evolução da linha de Costa da foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), período de 1991 a 2001. 974 Silva, M. T. da ., Grigio, A. M., Carvalho, R. G. de ., Medeiros, W. D. de A. ., Paranhos Filho, A. C.

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O ponto D, trecho localizado na praia do Meio, foi o local onde mais ocorreu erosão de linha de costa pertencente ao Município de Areia BrancaRN, com um recuo de aproximadamente 75 m; na área situada entre a praia do Meio e praia de Upanema foi observado o surgimento de uma barra arenosa a uma distância aproximada de 117 m da linha de costa. No ponto E, área que compreende a praia do Pontal, os dois processos foram atuantes, com a observação de erosão de aproximadamente 75 m na parte Leste à praia mencionada, e acreção de 98 m, na parte Oeste à praia, modificando a sua forma. Na linha de costa pertencente ao Município de Grossos-RN, localizado a barlamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, no ponto F, trecho que abrange a praia de Pernambuquinho, é observada a ação tanto do processo de acreção como do processo de erosão, todavia, aquele foi mais atuante, em alguns pontos da praia, com um avanço em direção ao mar de aproximadamente 138 m em comparação a um recuo de 86 m. No ponto G, a Noroeste deste município, alguns trechos da linha de costa erodiram e outros acreceram, em média aproximadamente 92 m e 86 m, respectivamente. No período de 1989 até 2001, Amaro e Araújo (2008), constataram, no geral, a predominância da erosão nos trechos F e G. No período de 19891996 esses autores observaram a dominância do processo de erosão, este principalmente no trecho G situado a Noroeste de Grossos, contudo, ocorreu acreção na área pertencente à praia de Pernambuquinho, ponto F, de 40 m. Já no período de 1996-1999, os autores mencionados constataram a prevalência da erosão para a linha de costa de Grossos, mas a área erodida foi inferior ao período de 1989-1996. A linha de costa de Grossos (trechos F e G) para o período de 1999-2001 teve a dominância do processo de erosão. Por existir uma escala temporal diferente entre este trabalho e o desenvolvido por Amaro e Araújo (2008), 1991-2001 e 1989-2001, respectivamente, pode ter sido uma variável que interferiu na diferença dos resultados em parte, haja vista, o presente estudo ter observado a predominância do processo de erosão em alguns trechos. O resultado do cruzamento dos períodos de 2001 e 2011 permite observar que tanto o processo de acreção como o de erosão foi atuante na linha de costa da área de estudo (Figura 7). No ponto A, trecho que compreende a praia da Baixa Grande e localizada a sotamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, a erosão ocorreu em quase toda a extensão dessa praia, o recuo foi de aproximadamente 51 m. Já no trecho que abrange

a Barra de Upanema, ponto B, observam-se a atuação de ambos os processos, em especial a erosão, que imprime uma nova forma à linha de costa esta, por causa da erosão, faz com que a barra de sedimentos arenosa passe a ter um ângulo mais fechado em relação à feição observa no anterior. No trecho C, área que abrange a praia de Upanema, o processo erosivo atuou em quase toda a sua extensão, com exceção de pequenos pontos onde ocorreram a acreção. A retrogradação nessa praia chegou a atingir 90 m em alguns locais, já a progradação teve cerca de 40 m de avanço em direção ao mar. A barra arenosa que surgiu no ano de 2001 entre a praia de Upanema e a praia do Meio desapareceu, ponto D. Neste trecho, situado em uma área que compreende a praia do Meio e a Praia do Pontal, também é possível observar o intenso processo de acreção com um avanço de aproximadamente 170 m em direção ao mar. A praia do Pontal, em sua face Oeste, teve o processo de erosão atuando promovendo um recuo de aproximadamente 97 m. Para o litoral de Areia Branca Boori (2011) identificou, no período de 2003-2010, a predominância do processo de erosão sobre a acreção com taxas máximas de 313 m e 80 m, respectivamente. O presente estudo constatou a predominância da erosão em alguns pontos, contudo, ocorreu forte ação do processo de acreção em especial no trecho que compreende a Praia do Meio e a Praia do Pontal. Novamente, a disparidade temporal pode ter sido a variável que promoveu diferença entre os dois trabalhos, haja vista, a grande dinâmica do ambiente costeiro. Na praia de Pernambuquinho trecho que está situado a sotamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, ponto E, os processos de acreção e erosão interferiram na forma da linha de costa. Contudo, a acreção agiu de forma mais intensa nessa praia como pode ser evidenciada por uma grande área que avançou em direção ao mar. Na área à Noroeste da linha de costa de Grossos, ponto F, a erosão ocorreu em mais pontos do que a acreção. A erosão atingiu em alguns pontos de 40 m a 106 m, já a acreção, na área em que mais progrediu, alcançou 110 m. O cruzamento do último período (2011-2014) destaca-se dos demais pelo intenso processo de erosão ao longo de quase toda a linha de costa da área de estudo (Figura 8). No ponto A, trecho que abrange a praia de Baixa Grande e localizada a barlamar da foz do Rio Apodi-Mossoró, a linha de costa chegou a retrogradar aproximadamente 84 m no local onde ocorreu mais recuo. No ponto B, trecho que compreende a Barra de Upanema, sofreu com o processo de erosão que reduziu o 975

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tamanho da barra de sedimentos arenosos. Já na área pertencente à praia de Upanema, ponto C, volta novamente a sofrer com a erosão, o recuo chega a atingir aproximadamente 107 m, no local onde mais retrogradou. Apesar da predominância da erosão, em um determinado local, a linha de costa progradou em direção ao mar com aproximadamente 97 m. Para o período anterior

(2001-2011) a praia do Meio e a praia do Pontal observaram intenso processo de acreção, já para o período de 2011-2014 ocorreu à predominância da erosão, ponto D. O recuo observado na praia do Meio chegou a atingir 140 m. Na praia do Pontal, além de ter sofrido com a erosão, teve um local com progradação de aproximadamente 56 m.

Figura 7 - Evolução da linha de Costa da foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), período de 2001 a 2011.

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Figura 8 – Evolução da linha de Costa da foz do Rio Apodi-Mossoró (RN), período de 2011 a 2014. 977 Silva, M. T. da ., Grigio, A. M., Carvalho, R. G. de ., Medeiros, W. D. de A. ., Paranhos Filho, A. C.

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resultado da divisão, por período, entre o processo A linha de costa ao longo de todo o litoral de de acreção e de erosão, ou seja, a proporção Grossos sofreu com o processo de erosão. desses dois processos. A utilização da razão é Sobressai-se a intensa atividade erosiva no trecho feita para se comparar os resultados das duas pertencente à Praia de Pernambuquinho, ponto E, vetorizações. Segundo Grigio et al., (2005) a que chegou atingiu a marca de 260 m. Ainda em similaridade das razões, por período, permite uma Grossos, em um trecho a Noroeste, ponto F, a confiança nos resultados que constam nas duas retrogração chegou a alcançar 150 m. vetorizações. É possível perceber pela tabela 3 Na tentativa de se defrontar os dados que o nível de confiança é significativo, haja vista realizaram-se duas vetorizações, onde os valores não existir uma diferença muito grande entre as podem ser observados em hectares na tabela 3. razões observadas. Esta apresenta o item razão, que consiste no Tabela 3 - Comparação dos resultados obtidos das duas vetorizações para análise da linha de costa da área de estudo e seus respectivos índices de razão, em hectares.

1987 a 1991, de 1991 a 2001, de 2001 a 2011, e Os resultados apresentados na tabela 4 de 2011 a 2014. Os dados são referentes à referem-se às áreas, em m² e em hectares, dos segunda vetorização e apresentam a dinâmica da processos de acreção e erosão, para os períodos de linha de costa. Tabela 4 - Área de acreção e erosão, em m2 e em hectares, da linha de costa de região adjacente à Foz do Rio Apodi-Mossoró (RN).

Analisando os dados da tabela, percebe-se que a atuação de ambos os processos foram intensos para os períodos analisados. Contudo, nos últimos períodos (2001-2011 e 2011-2014, respectivamente) a dinâmica foi mais intensa do que os dois períodos anteriores, em especial o último que alterou uma área de 1.646.499,42 m² ou 164,64 ha. Se os processos atuantes na dinâmica da linha de costa forem distribuídos anualmente para cada período, no primeiro período (1987-1991), a linha de costa da região sofreu uma erosão de 8,14 hectares/ano e uma acreção de 19,22 hectares/ano. Para o segundo período (1991-2001), a erosão e a acreção foram de 2,77 e 7,78 hectares/ano, respectivamente, observando-se a prevalência da acreção sobre a erosão, porém, em uma área menor, em termos de áreas modificadas pelos processos, em relação ao período anterior. No terceiro período (2001-2011) verificou-se 6,79 e 7,67 hectares/ano para erosão e acreção, respectivamente, constatou-se uma diferença pequena na contribuição dos processos. O último período (2011-2014) foi o que apresentou maior área alterada com 8,88 e 46 hectares/ano para

acreção e erosão, respectivamente, em especial o processo de erosão, que foi o maior observado entre os períodos analisados. Os dados anteriores são observados de forma melhor na figura 9, onde são demonstradas as áreas de acreção e erosão, acumuladas para cada período. No primeiro período (1987-1991) ocorreu alteração em 109,45 ha onde a acreção prevalece sobre a erosão. Já no segundo período (1991-2001) verificou-se uma redução na área total (105,59 ha), observou-se uma pequena diminuição do processo de erosão e novamente a prevalência do processo de acreção. Para o terceiro período (2001-2011) tem-se um aumento significativo da área total alterada 144,64 ha – aumento de 39,05 ha. A acreção ainda predomina, entretanto, a diferença em termos de áreas alteradas entre ambos os processos diminuiu significativamente. O quarto período (2011-2014) foi o que registrou a maior área alterada para os períodos analisados (164,64 ha). O processo mais atuante foi a erosão que predominou de forma avassaladora com uma diferença de 111,32 há. O cômputo geral da atuação de todos os processos explicita que a erosão predominou no período de 1987 a 2014 (266,24 ha) sobre o 978

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processo de acreção (258,08 ha). Evidencia-se uma crescente erosão, observada de forma

especial nos dois últimos períodos (2001-2011 e 2011-2014).

Figura 9 - Áreas de acreção e erosão, em hectares, da linha de costa da Foz do Rio Apodi-Mossoró (RN).

Conclusões Para a análise da variação da linha de costa foram necessárias duas vetorizações. A primeira permitiu uma avaliação rápida para se detectar a ação dos processos de acreção e erosão, contudo, não permitiu uma quantificação segura das superfícies envolvidas nos processos, papel desempenhado de forma eficaz pela segunda vetorização. Na primeira vetorização quando não é levado em consideração o erro máximo de um pixel, ou seja, 900 m², os resultados dos dois processos, em comparação com a segunda vetorização, tendem a apresentar uma diferença às vezes significativa. A área total modificada pelos processos de acreção e erosão vem aumentando ao longo dos períodos analisados, bem como a erosão que vem crescendo nos dois últimos períodos (2001-2011 e 2011-2014), em especial em algumas praias como Upanema, do Meio, Pontal (Areia Branca) e de Pernambuquinho (Grossos). A análise da variação da linha de costa da região adjacente à foz do Rio Apodi-Mossoró permitiu observar que o processo de erosão predominou para o período de 1987 – 2014. Contudo, quando é observado que a diferença entre os processos de acreção e erosão foi pequena (8,16 ha) pode-se concluir que há um relativo equilíbrio no período analisado por este trabalho. O presente estudo contribuiu com uma atualização de informações sobre o comportamento da linha de costa da região adjacente à foz do Rio Apodi-Mossoró. Todavia, diante das informações levantadas emerge a necessidade de um monitoramento contínuo no

intuito de compreender melhor a dinâmica costeira desta região. Este monitoramento contínuo faz-se impreterível quando é observada a importância social, econômica e ambiental dessa região e os riscos e prejuízos associados à erosão costeira. Agradecimentos Ao Núcleo de Estudos Socioambientais e Territoriais (NESAT) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte pelo apoio logístico. CNPq pela Bolsa Pq de ACPF (processo 305300/2012-1). Referências Amaro, V.E., Araújo, A.B., 2008. Análise Multitemporal da Dinâmica da região Costeira Setentrional do Nordeste do Brasil entre os Municípios de Grossos e Tibau, Estado do Rio Grande do Norte. Revista da Gestão Costeira Integrada 8, 77-100. Araripe, P.T., Feijó, F., 1994. Bacia Potiguar. Boletim de Geociências da PETROBRÁS 8, 127-141. Boori, M.S., 2011. Avaliação de Impacto Ambiental e Gestão de Recursos Naturais do Estuário Apodi-Mossoró, Nordeste do Brasil. Tese (Doutorado), Natal, UFRN. Carvalho, R.G., 2011. Análise de Sistemas Ambientais Aplicada ao Planejamento: estudo em macro e mesoescala na região da bacia hidrográfica do rio Apodi-Mossoró, RN\BRASIL. Tese, Fortaleza, UFC. ESRI. Environmental Systems Research Institute., 2011. Software ArcGis Desktop, License Type Arcinfo, version 10.1. 979

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