Rio das Antas guarda relíquia de Santo Antônio

Rio das Antas guarda relíquia de Santo Antônio http://www1.an.com.br/2003/abr/15/0ger.htm Terça-feira, 15 de Abril de 2003 Jornal A Notícia Repórter: Angela Cardoso Caçador-SC Documento oficial da Igreja Católica atesta que se trata de pequeno pedaço do crânio Caçador - Catarinenses admiradores do Santo Antônio de Pádua - ou de Lisboa - têm bem próximos, em um pequeno município do Meio-oeste, uma preciosidade. Na Paróquia Santo Antônio, em Rio das Antas, está guardada, há mais de meio século, uma relíquia do santo nascido em Lisboa em 1195. Protegido em uma teca metálica está o que, segundo documento da Igreja Católica, seria um pequeno pedaço do crânio do santo. Documento assinado pelo bispo italiano Jerônimo Bertignon prova a autenticidade. Segundo o documento oficial, a relíquia saiu da Itália em 7 de novembro de 1949 e chegou em Rio das Antas em 26 de julho de 1950. O padre da paróquia, Elizeu Osinski, diz que veio a pedido do então pároco Cristóvão Termehr. O documento do bispo Bortignon declara que "são autênticos estes pedaços de adornos sagrados de Santo Antônio de Pádua". Foi trazida por dois delegados de Pádua e o bispo de Lages na época Daniel Hostin, e o documento que acompanhava a relíquia pedia que ficasse em qualquer igreja, oratório ou capela, para veneração pública. Osinski lembra que não foi bem isso que aconteceu. O bispo Hostin também abençoou a pedra fundamental para a construção da atual Paróquia de Santo Antônio, e a relíquia deve ter ficado um tempo na antiga. O padre acredita que, talvez em função da mudança, a relíquia não tenha ficado mais exposta. "Na inauguração da igreja nova, na hora de se trazerem os objetos litúrgicos para a nova sede, as relíquias foram para a torre da atual igreja sem que ninguém se desse conta", comenta. Lá, a peça ficou guardada por mais de meio século, sendo encontrada pelo padre somente há três anos. "Em 2000, nas vésperas da Festa de Santo Antônio, eu procurava um pedaço de madeira e como sabia que na torre tinha subi até lá. Foi aí que encontrei a relíquia guardada na mesma caixa de madeira que veio da Itália", conta. Osinski lembra que notou a inscrição Santo Antônio na peça, mas não deu muito valor e deixou guardada em uma estante. A revelação se deu somente quando uma pessoa da comunidade precisou de uma informação, e o pároco foi procurá-la no "Livro do Tombo", documento histórico de uma paróquia. "Abri o livro exatamente na página em que estava o documento sobre a relíquia", comenta. A partir da tradução de seu conteúdo se soube do valor religioso da relíquia. Lembra que na Festa de Santo Antônio de 2000 a peça foi reapresentada para a comunidade, e em 2001 foi colocada para visitação.