\"S. Francisco de Évora - A igreja e a Galeria das Damas, o que resta de um Paço Real”.

August 29, 2017 | Autor: M. Lopes Aleixo F... | Categoria: Heritage Conservation
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Ruinas dos Paços Reais e Convento de São Francisco. Pintura a óleo sobre ferro da autoria de Dores Castro. 1862. Na página anterior Fachada poente da igreja, troço do aqueduto e da caixa demolidos em 1873.

A igreja e a Galeria das Damas. O que resta de um paço real… Maria Fernandes

Pelo desapêgo de um rei estrangeiro e ignorancia de uns

ordem religiosa que ocupava o convento. A ignorância, deve-se

franciscanos, se perdeu uma das maiores e mais ricas residencias que, fóra da capital do reino tiveram os monar-

à forma como os religiosos se aproveitaram desta concessão destruindo as grandezas do palacio, e exertando no convento os

chas portuguezes…

marmores, as madeiras e todos os ricos despojos que ali encontraram2.

SIMÕES, Augusto Filippe, 18681

O tempo encarregou-se do resto. Totalmente ao abandono, o que restava do extenso Paço Real depressa entrou em decadência. Os jardins, que há muito haviam desaparecido, passaram a Os edifícios históricos provocam ao mais desinteressado dos mortais sentimentos diversos. A revolta e a indignação, patente

hortas e pomares dos Franciscanos, o quarto da rainha foi substituído por um dormitório, e o conjunto que incluía, igreja, paço

no tom caústico de Augusto Simões, são o exemplo de como a

e cerca depressa entrou em ruína, dando lugar ao decadente

história e o desinteresse podem ser fatais para os monumentos

convento, parcialmente ocupado.

que nos são queridos. Longe desta visão pessimista, a resistência física das construções históricas e sobretudo a magia da con-

Assim nesse estado de agonia, o encontraram os Franceses em 1808, quando abruptamente entraram na cidade, após um cerco

servação arquitectónica, nunca pararam de nos surpreender.

violentíssimo3. Por ironia do destino, foram as portas fortifica-

A morte que parecia inevitável para muitos edifícios, é por vezes contrariada, dando lugar à reparação e consolidação de estru-

das de São Francisco que cederam ao invasor, cabendo o primeiro saque e pilhagem ao convento que já sobrevivia, como

turas que se julgavam irremediavelmente perdidas, à reutiliza-

podia. O que se seguiu foi o previsível. Aquilo que os Franceses

ção de espaços que se encontravam abandonados e, às vezes, mas só às vezes, à sua substituição ou demolição parcial. Tudo isto

não levaram no início de Oitocentos, desapareceu em 1834, com o seu encerramento, devido à extinção das ordens religiosas.

aconteceu em São Francisco.

Nessa época, as fendas nas abóbadas e paredes eram mais que muitas e os volumes, num equilíbrio instável, arrastavam consigo a restante construção. As imagens, paramentos e outros bens do convento foram trans-

A decadência

portados e depositados na Sé, como sucedeu com todos os bens móveis pertencentes às casas religiosas de Évora, que fecharam nessa data4.

O desapego deve-se ao rei D. Filipe II, quando decidiu não usar o Paço Real de São Francisco, cedendo as suas instalações à

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Planta de um projecto urbano que destruiria todo o Convento e Paço de São Francisco. 1835.

Três anos após o seu o encerramento, a Ordem Terceira de São

audiências, dividindo para o efeito a Sala do Capítulo. Conhe-

Francisco requereu com êxito as chaves do edifício, por ali se

cido o avançado estado de degradação em que se encontrava

encontrarem as suas dependências e altares e por ser ela a responsável pelo culto do Senhor dos Passos, cujo altar se situava

toda esta zona, a autarquia teve de proceder a obras de reparação nas coberturas em 1839.

na Capela dos Ossos. Quase por milagre a respectiva imagem

Do outro lado deste conjunto, a igreja permanecia silenciosa-

permanecia na Sé, não conhecendo o destino incerto, que a maioria dos bens religiosos eborenses tiveram. Por esse motivo,

mente encerrada. Assim esteve até 1840, ano em que foi promovida a paróquia de São Pedro, beneficiando da nova reorga-

em 1838, regressou à sua capela, num edificante acto religioso

nização de freguesias da cidade e, consequentemente, reaberta

a que compareceram as individualidades

locais5.

ao culto.

Não se sabe

se foi a devoção ao Senhor dos Passos, se o apelo laico da Ordem, que moveu os governantes, mas foi seguramente, o reconhecimento do valor histórico e arquitectónico destas

Antes da DGEMN

capelas e dependências que inviabilizou o seu desaparecimento. Assim foi abandonado o projecto que previa a abertura de

Coube ao destino, por influência divina seguramente, ser

uma rua, com destruição de toda a construção do convento, e

nomeado para a paróquia, o Reverendo Prior António Telles.

retiradas de venda em hasta pública as dependências mencionadas.

Este pároco moveu o Céu e a Terra, para recuperar a igreja, criando com esse propósito, em 1859, uma comissão. Em

Ironicamente uma Capela de Ossos, salvou da morte a Igreja de

1860, após a angariação de fundos necessários e diligências

S. Francisco. Como não apareceu comprador o extinto convento

várias, é assinado o contrato que, entre outros trabalhos, pre-

foi cedido ao Município, que ali instalou, o tribunal e a sala de

via que:

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– a abóbada da nave fosse picada, incascada e rebocada;

nexação e venda dos terrenos, que ocorreu para quase todo o Paço Real. Entre 1860-1863, foram construídos na cerca a sul e

– a capela-mor estucada e marmoreada; – a reparação das capelas laterais e das do cruzeiro;

nascente, o palácio do casal Ramalho Perdigão (que incluiu nos

– a substituição do ladrilhado pertencente aos pavimentos dos

seus terrenos o celeiro de São Francisco) e o jardim público, no qual ficou integrado a Galeria das Damas. Foi projectista destas

terraços e interior; – a reparação dos telhados, que incluía a construção de passa-

obras o cenógrafo italiano Guiseppi Cinatti. Os terrenos situa-

deiras;

dos a Poente e também pertencentes à cerca, foram cedidos ao

– a reconstrução da torre sineira;

Município para, entre outros fins de utilidade pública, ali se abrir uma praça que desafrontasse a igreja. Com esse objectivo e após

– a substituição da cantaria degrada; – picar e rebocar de novo todas as paredes externas ficando no

uma alteração substancial das cotas do terreno que envolveu um

mesmo gosto antigo e com que oram estas as paredes e tecto…

dramático movimento de terras, foram destruídos, em 1873, o troço e a caixa de água pertencentes ao aqueduto. Esta destrui-

interna6.

na parte As obras decorreram entre 1860-1862, cabendo a inspecção e

ção apanhou de surpresa os Eborenses, que protestaram violen-

o acompanhamento dos trabalhos ao director das obras públicas e à comissão, que se socorreu de diversos

tamente perante um acto consumado, à sua revelia. Um ano depois é apresentado o projecto para a construção na

consultores7.

O resultado foi positivo e a conclusão da obra foi celebrada com diversas festividades, nas quais participou em massa a

zona sul do Convento, do Tribunal Judicial da Comarca de

população.

mau estado em que se encontrava o claustro, temendo-se que as demolições arrastassem a sua construção.

Évora8. O projecto nunca se veio a concretizar, talvez devido ao

Mas se a igreja recuperou a sua dignidade, o que restava do Paço e terrenos da cerca modificou-se irreversivelmente. A Coroa já

Em 1880, enquanto a Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos Portugueses apresentava o primeiro relatório dos edifícios a classificar ao governo do reino, no qual se incluíam

havia cedido a Galeria das Damas, ainda antes de 1834, ao Conselho de Guerra para ali instalar um depósito militar. Esta função salvou aquela ala da demolição certa, em virtude da desa-

o que restava do Paço Real e a Igreja de São Francisco9, o Muni-

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Fachada poente da igreja, troço do aqueduto e da caixa

4

O mesmo local em 1998. Já com o aumento colocado.

demolidos em 1873.

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Vista poente do Convento e Paço antes da sua total demolição. 1880-1894.

6

O mesmo local em 1997.

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Anteprojecto de um edifício para Tribunal Judicial e suas dependências, a construir nas ruínas do Convento de São Francisco da cidade de Évora. 1874.

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O claustro antes da sua completa demolição em 1894-1895. Vista sul.

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Vista da ruína do claustro em 1998.

cípio Eborense construía, sobre a cisterna do convento, o Mer-

equilíbrio frágil da igreja e convento e as consequências fizeram

cado de D. Manuel, instalava um gradeamento defronte à igreja,

sentir-se de imediato. Será o mesmo engenheiro que, em 1884,

e concluía a praça ou largo de São Francisco, como ainda hoje é conhecido.

elabora o Relatorio da inspecção ao estado de conservação do templo de S. Francisco11, onde se apontava, entre outros pro-

Um ano depois deu-se a ruína das coberturas da Galeria das

blemas, para a existência de grandes fendas na fachada poente,

Damas10, o que obrigou em 1882 ao projecto e posterior construção da sua ampliação com adaptação a sala de espectáculos.

na abóbada da nave e para o avançado estado de ruína em que se encontrava o claustro e o que restava do Paço Real.

Foi autor desta modificação o engenheiro Adriano Monteiro,

Só mais tarde e após a venda do que restava do convento foi a

chefe da 1.a secção das Obras Públicas. As alterações operadas

igreja de novo objecto de obras. Por intervenção directa do

na envolvente a todo este conjunto foram desastrosas para o

benemérito eborense, Francisco Barahona, foi outorgada aos

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mestres Olímpio Coelho e José Maria da Costa a empreitada que decorreu entre 1894-512. A intervenção levada a cabo foi

cipais (secretaria e presidência). Nessa ocasião, o imóvel encontrava-se em lamentável estado de ruína e já sem coberturas. Este

muito condicionada pelos problemas estruturais da igreja e pelas prescrições impostas pela venda do edifício. Assim se

novo uso parece ter estado na origem da demolição da escadaria exterior em 1947 e na construção de uma outra, no interior

reforçaram os apoios da torre sineira, construída em 1861, que

do imóvel, de forma que o primeiro e segundo pisos fossem aces-

sobrecarregava as abóbadas e paredes dos compartimentos sub-

síveis sem interferir com o funcionamento das instalações cama-

jacentes, se remodelou a sacristia, se reparou a capela denominada do Senhor Jesus da Casa dos Ossos e se construíram,

rárias. Entre 1948-54 o projecto de adaptação do imóvel prosseguiu e foi finalmente concluído. Porém os serviços municipais

sacrificando o claustro e as construções anexas, um quarteirão

acabaram por nunca ali se instalarem, funcionando o edifício

de edifícios e suportes em alvenaria e cantaria, os contrafortes. O que se temia aconteceu e o claustro não sobreviveu à passa-

como sala de recepções e exposições da autarquia até hoje. A década de cinquenta e sessenta, foi marcada por um fervilhar

gem do século.

de obras na igreja e dependências. Com uma regularidade quase anual, todas as coberturas foram revistas, utilizando-se com alguma frequência a telha romana. Foram ainda reparados os caixilhos e pavimentos, renovados os rebocos interiores e ins-

Depois da DGEMN

talada a rede eléctrica. Em 1910, a Galeria das Damas (conhecida como Palácio de D. Manuel), e a Igreja de São Francisco que incluía, a Capela dos

Os anos setenta marcam uma nova era na recuperação da igreja e nas dependências de São Francisco. Dois grandes projectos

Ossos e dependências foram classificados, separadamente, como

marcantes neste contexto: o Claustro e a Capela de São Joãozi-

Monumentos Nacionais. O mundano teatro eborense, instalado na Galeria das Damas, onde ocorreram com sucesso inúmeras

nho. No primeiro caso, o arquitecto Rui Couto recriou com alguma nostalgia uma ruína e, no segundo, de uma forma mais

exposições, sessões cinematográficas e diversas festas, acabou

violenta, reabilitou a capela, com alteração significativa da estru-

por sucumbir a um incêndio, em 1916.

tura construtiva existente. As obras de manutenção no restante

Terá sido nos anos trinta que, cumulativamente, a autarquia procede a diversas demolições nesta galeria e a DGEMN, através da Direcção dos Monumentos do Sul, inicia um plano de restauros para a Igreja de São Francisco. Coube aos arquitectos Filipe Vaz Martins e Humberto Reis a responsabilidade dessa intervenção a partir de 1937, onde é consolidada a abóbada da nave, reconstruídas as ameias de coroamento, reparadas as coberturas e demolidos os anexos a norte

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para desobstrução de uma porta primitiva. Foram removidos os rebocos da galilé, e descobriram-se, com surpresa, janelas pertencentes à primitiva igreja mendicante. Nos anos quarenta o arquitecto Rui Couto, da 3.a secção da Direcção dos Monumentos Nacionais, elaborou, para a Galeria das Damas, um primeiro estudo para instalação de serviços muni-

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Galeria das Damas e Igreja de São Francisco. Vista superior antes da intervenção da DGEMN. Após remoção da cobertutra pela auitarquia. Entre 1931 e 1947.

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A igreja e o Paço Real antes da sua total demolição. Entre 1864 e 1894.

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O mesmo local em 1998.

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edifício prosseguem, mas com menor regularidade. Foi também nesta altura que a Direcção dos Serviços dos Monumentos do

A partir de 1995, a Direcção Regional dos Edifícios e Monumentos do Sul, para além de continuar com os trabalhos de

Sul, actuou pela última vez na Galeria da Damas, com traba-

manutenção nas coberturas e caixilhos, procurando corrigir sem-

lhos de simples manutenção. Sem alteração ao existente e mantendo-se ainda hoje com a traça do projecto dos anos quarenta,

pre que possível o complicado sistema arquitectónico de drenagem de águas pluviais, foi ainda mais longe. Em estreita cola-

este corpo, o único que resta do Paço Real, é usado e conser-

boração com o Laboratório de Engenharia Civil e o Instituto

vado pela autarquia em boas condições. A década de oitenta incide, mais uma vez, num compartimento

Superior Técnico, iniciaram-se estudos relativos à análise do estado de conservação estrutural do imóvel. A ruína parcial do

específico – a dividida Sala do Capítulo. A afluência à Capela

topo do altar-mor em 1995 e a derrocada da Estalagem do

dos Ossos aumentava de dia para dia e a morbidez da sua cons-

Cavalo, que se situava defronte à capela-mor, em 1996, preci-

trução tinha-la transformado num

pitaram os acontecimentos, a que não foram

dos monumentos

estranhos o aumento e

mais visitados e turísticos da cidade.

posterior diminuição do tráfego de pesados na zo-

Este sucesso preci-

na, assim como a forte

pitou os aconteci-

pluviosidade que se fez

mentos e houve que intervir na sua ante-

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sentir em 1997. As preocupações ao nível estru-

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câmara, de forma a

tural mantêm-se, com as

receber os curiosos… A Sala do

recentes alterações na zona envolvente, decor-

Capítulo é também

rentes dos projectos de

reabilitada, de uma forma menos vio-

alteração da rua da República e largo de São

lenta é certo, mas

14

Galilé da Igreja da São Francisco após a descoberta

15

das janelas. 1947.

na mesma forte-

Claustro. Restauro dos frescos por uma aluna da

Francisco.

Escola de Recuperação do Património de Sintra.

Entre 1997-1998 foram

mente intervencionada, como era

intervencionadas sucessivamente as pinturas mu-

comum. Nas diver-

rais do interior e exterior

sas intervenções houve o cuidado de

do imóvel. A forte pluviosidade de 1997 pôs a

restaurar os azule-

descoberto vestígios de

jos e os quadros em estreita colabora-

fresco na fachada norte do imóvel, ao mesmo

ção com o então

16

tempo que contribuía

17

Instituto José de

fortemente para o agra-

Figueiredo, de renovar os rebocos

vamento da humidade nas pinturas interiores.

assim como os

Assim, foram restaura-

pavimentos e caixilharias e construir

das, consolidadas e limpas as pinturas dos tectos

uma instalação sanitária junto ao corredor de acesso. Tal como sucedeu

e paredes da Sala da 16

Tribuna Real da igreja. Vista do reforço feito à torre

17

sineira, em 1894.

Galeria das Damas antes da transformação para

Ordem Terceira, Capela

teatro. 1861 – 1881.

dos Ossos, altar-mor e frescos do claustro e

na década anterior

fachada norte. Numa pri-

as obras de manutenção mantinham-se, mas com menos frequência.

meira fase, e sob a orientação da equipa restauradora, estagiaram nessas intervenções dois alunos da Escola de Recuperação

Os anos noventa suscitaram outros rumos. Em 1991, a Expo-

do Património de Sintra.

sição Europália exibia em Bruxelas, o magnífico altar em talha pertencente à Sala da Ordem Terceira de São Francisco de Évora,

No mesmo período, o claustro foi de novo intervencionado e a antiga pretensão paroquial de aceder à Capela dos Ossos por

que havia sido restaurado para o efeito.

essa zona foi finalmente realizada. Este novo percurso, pela MONUMENTOS 17 94

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Galeria das Damas, antes do incêndio de 1916.

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O mesmo local em 1998.

21

Capela da Ordem Terceira de São Francisco. Pormenor da limpeza das pinturas do tecto. 1997.

20

21

O mesmo pormenor, com o detalhe da assinatura do pintor.

Maria Fernandes

ruína do claustro, só foi possível após a abertura do logradouro

Arquitecta DGEMN/DREMC

aberto agora para o largo, e após a reabertura da antiga porta,

Imagens: Abertura, 3, 7, 8 e 17: Arquivo Fotográfico. Câmara Municipal de Évora;

existente entre a Sala do Capítulo e o claustro. Longe do destino fatídico, do desapego e da ignorância, o que

1: José Pessoa. Divisão de Documentação Fotográfica. IPM.

resta do Paço Real de São Francisco de Évora, renasce em

5, 9 e 11: Boletim A Cidade de Évora;

2: Biblioteca Municipal de Estremoz. Estúdios Correia; 4, 6, 10, 13 e 19: Autora; 12: Conselho de Turismo. Fundo Documental do SPN. Arquivo de Fotografia de Lisboa. CPF;

reforço crescente dos fluxos turísticos, voltando a congregar

14, 15, 18, 20 e 21: DGEMN.DREMS;

atenções como quando Gil Vicente dele fez palco13.

16: DGEMN. Manuel Ribeiro. 2002.

NOTAS:

José Joaquim da Silva, na sua obra Évora

9

* As informações relativas às intervenções nos

Lastimosa.

devem ser classificados Monumentos Nacionaes,

de 1884, n.os 378-402.

Francisco VARGAS, appuc. por Manuel Carvalho

Rellatorio e Mappas acerca dos edificios que

Francisco em Évora”. Sul. Setembro a Novembro

imóveis, foram extraídas dos processos

4

Publicado no Boletim dessa Associação em 1882.

12

Manuel Carvalho MONIZ – ob. cit., pp. 34-5 e 70-1

admnistrativos e fotográficos n.os 07 05 0017

MONIZ – O Convento e a Igreja de S. Francisco de

Neste relatório, a igreja de S. Francisco e o que

13

Gil Vicente estreou para a Corte, nos Paços a

(Igreja de São Francisco) e 07 05 21 0022 (Paços

Évora. 1959, p. 31.

restava do Paço Real, são incluídos entre outros,

par de S. Francisco, diversas farsas e Autos.

Terá sido nessa ocasião, que a maqueta em

de Évora / Palácio de D. Manuel).

5

no grupo da segunda classe dos edíficios

Contam-se entre eles os seguintes: Auto das

** A autora agradece à Dr.a Carmen Almeida e ao

madeira da capela-mor da Sé, que se encontrava

importantes para o estudo da historia das artes

Ciganas, Auto Pastoril Português, Auto de Mofina

Director do CENDREV José Carlos Faria a ajuda e

depositada na Igreja da Graça em Évora, foi

em Portugal ou sómente historicos, mas não

Mendes, Romagem de Agravados (recentemente

disponibilidade de informação, sem as quais o

transportada para a Igreja de São Francisco e

grandiosos, ou simplesmente recomendados por

posta em cena pelo Centro Dramático de Évora e

texto não seria possível.

mais tarde adaptada para altar do Senhor dos

qualquer excelência da arte.

representada na Galeria das Damas), A Floresta

Passos.

10

1

Augusto Filipe SIMÕES – “Paços Reaes de

Évora”. Archivo Pittoresco, p. 9.

Por essa altura, no seu piso térreo encontrava-se

dos Enganos e ainda as tragicomédias Amadis de

6

Entre eles Cinatti.

instalado o Museu Arqueológico do Cenáculo,

Gaula e Frágua de Amor. O autor, foi sepultado

Projecto da responsabilidade do Eng.o Caetano

possivelmente a colecção de Frei Manuel do

na Igreja de São Francisco em Évora com o

Cenáculo que até 1864 estivera no Templo Romano.

seguinte epitáfio, que curiosamente, fecha a

2

Ibidem.

7

3

A divisão Francesa entrou na cidade em 29 de

Câmara Manuel.

Julho de 1808. O general Loison era seu

8

comandante. O relatório das violências e

Igreja de S. Francisco de Évora. 1959,

“Relatorio da inspecção feita em maio de 1884,

esperando / Jazo aqui nesta morada / Desta Vida

roubos cometidos foram descritos pelo padre

pp. 63-7.

ao estado de conservação do templo de S.

tão cançada / Descançando.

Manuel Carvalho MONIZ – O convento e a

11

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Adriano Augusto da Silva MONTEIRO –

compilação das suas obras: O grão juízo

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