Saconabo em almeirim

June 13, 2017 | Autor: Jose Manso | Categoria: Urbanismo e Ordenamento do Territorio
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Descrição do Produto


Workshop de Gestão Territorial
5º Semestre
2012/2013

As Hortas Urbanas em Portugal – O Sachonabo em Almeirim



Trabalho Realizado por:
José Manso Nº70842820
Nelson Ferreira Nº70838255
Ricardo Reis Nº70842828
As cidades concentram atualmente mais de metade da população mundial, e continuam a influenciar fortemente os espaços periurbanos e rurais. Com a industrialização e a urbanização ao longo do seculo XX , o binómio ambiente urbano , ambiente rural tornou-se cada vez mais contrastado no ocidente, e por ação do planeamento e das suas regras , os espaços intersticiais na cidade foram sendo objeto de diferente tratamento , primeiro olhados com desinteresse, depois como áreas de potencial urbanização, posteriormente como estruturas fundamentais no bom ordenamento da cidade e dos seus ecossistemas, na perspetiva da cidade sustentável. As hortas urbanas planeadas com os princípios da agricultura biológica são uma realidade que importa estudar pelos serviços ambientais, económicos , sociais e bom ordenamento que proporcionam. O objetivo deste trabalho centra-se na avaliação dos serviços prestados pelo projeto de horta urbana "sachonabo de Almeirim " nestas quatro perspetivas , de um ponto de vista local e regional e definindo em cada uma delas um recurso estratégico que importa valorizar , nomeadamente o solo, o tempo dos participantes , os talhões como novo território individual, o ordenamento do espaço da horta. As politicas publicas de desenvolvimento socio económico cujos resultados finais são incertos justificam um sistema de avaliação como parte do processo de decisão, que deve ser equilibrado e pragmático. No caso do "sachonabo" a avaliação foi feita na fase intercalar do projeto, caracterizando-se previamente o perfil socioeconómico dos proprietários e usando-se como metodologia um sistema em 4 passos com a respetiva ferramenta : estruturação através de quadro logico, observação através de inquéritos e entrevista , analise com instrumento GIS e grupos de comparação e julgamento com analise custos benefícios . Os resultados revelaram uma participação significativa das classes etárias mais idosas, com expressivo numero de desempregados e inativos. Na perspetiva ambiental , obtiveram-se bons resultados na manutenção de bons hábitos alimentares, mas a fertilidade do solo é problemática. Na perspetiva económica o auto consumo é a principal função da horta , não havendo produção para venda enquanto o projeto inicial de ter produção suficiente para fornecer parcialmente as cantinas escolares foi cancelado. O recurso estratégico tempo dos participantes é grande mas está muito concentrado nas faixas etárias mais idosas. A coesão social local é significativa , ao nível familiar , vizinhança e estrato social , é inclusiva para os grupos mais vulneráveis , mas o associativismo e a participação ambiental e social são fracas. O recurso estratégico é a territorialização dos talhões, com investimento significativo em alguns deles . O espaço da horta está dividido em áreas funcionais e a biomassa exterior é um recurso importante mas o conhecimento dos planos de ordenamento municipais é fraca assim como a relação com os espaços envolventes á horta. Sugerem –se finalmente dois cenários alternativos
Palavrras chave : Avaliação , hortas urbanas , ordenamento, sustentabilidade.

Segundo o Millenium Ecosistem Asessement (MEA 2007) ao longo do seculo XX o impacte das atividades humanas provocou profundos desiquilibrios nos serviços prestados pelos ecossistemas naturais , especialmente nos serviços de suporte ( ciclos geoquímicos, formação do solo , produtividade primária , produção de oxigénio ), e , por sequência , nos serviços deles dependentes ; os serviços de aprovisionamento ( dos qual depende a civilização humana ), os serviços de regulação e os serviços culturais . Estes impactes podem ter uma escala local , bem visível e identificada como a expansão urbana ou a introduçãoo de espécies exóticas ( proximate factors ), ou podem ser de caracter mais difuso e global como o aquecimento global ou fenómenos económico culturais como a recente globalização ( ultimate factors ). No terceiro quartel do século XX , foram sendo criados vários mecanismos e tomadas varias iniciativas com o objetivo de mitigar estes efeitos. As cidades são o centro da atividade humana atual, e a par das suas muitas virtudes, também os sues inconvenientes , designadamente a degradação ambiental e o desordenamento do território, criando problemas de saúde e tensões sociais( Su 2010) .O ecossistema urbano deve ser sustentável, devendo ser promovida a conservação e expansão de espaços verdes naturais e artificializados , pelos serviços ecológicos que fornecem ( Davies et all 2011 ) e sociais nomeadamente atividades de recreio e veraneio, contemplação e bem estar psicológico( Chiesura , 2004 ). O ordenamento dos espaços intersticiais urbanos é assegurado atualmente pela existência do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial , que obriga á criação em cada município de uma estrutura verde de âmbito regional , urbano e local , com o obejetivo de de reunir e integrar todos os espaços necessários à conservação dos recursos naturais ( Magalhães 2007 ), à sua dinâmica , com características paisagísticas e culturais próprias , em continuum os dispersos( telles 1997 ).
As hortas urbanas tradicionalmente fazem parte dos espaços intersticiais abandonados ou menos cuidados das cidades, espaços periféricos ou com uso condicionado .A estrutura ecológica deve por isso ordenar esta atividade, evitando os malefícios do seu uso desregrado. As hortas são sobretudo uma atividade que permite uma provisão suplementar alimentar e aumentar o rendimento familiar ( Boukharaeva ), e primam pelo fornecimento de alimentos frescos e biológicos . Esta atividade pode estender-se desde o tecido urbano consolidado até às periferias limitrofes periurbanas, onde a atividade hortícola é mais extensiva , profissional, comercial , beneficiando de mão obra mais barata e menor poluição mas sujeita a maior pressão urbanistica ( Drescher 2003 ). Tem um aspeto cultural e histórico muito marcado, valorizando as tradições locais e práticas agrícolas ancestrais e o seu papel social de reforço das relações de vizinhança e familiares , juntamente com o efeito benéfico sobre o equilíbrio psicológico dos seus praticantes( parr 200 ).
Estas praticas agrícolas, valorizando o solo, ajudam a gerir o espaço urbano ( casabianca 1998 ) , e os ecossistemas associados , nomeadamente os ciclos geoquímicos, nutrientes , da agua, do CO2 , controle do ambiente urbano , combate à erosão dos solos entre outras ( Drescher 2003 ).
As instituições publicas, nomeadamente as camaras municipais, têm um papel muito importante no desenvolvimento das hortas urbanas nos espaços intersticiais das suas aglomerações urbanas , seja através do apoio a pequenas explorações já existentes ,ou através de projetos criados de raiz em espaços propriedade municipal, devidamente enquadrados nos PDM , e outros instrumentos de gestão do território, com regulamentação e supervisão técnica adequada , com vários objetivos , nomeadamente provisão alimentar , coesão social , regulação ecológica e ordenamento do território .
No entanto , a avaliação de programas socio económicos com resultados incertos é uma necessidade inegável nas politicas publicas setoriais e deve fazer parte da estrutura de tomada de decisões e de gestão ( Elsever r 1999 ) . A elaboração de uma política publica ou projeto consequente é formada por vários passos sequenciais , a agenda , a decisão ( quadro de eleitos ) , a escolha de meios , a implementação, realizações e resultados e avaliação (Newton 2005 ). Esta avaliação deve ser feita em três fases : a´ priori (ex ante) antes da fase de implementação, centrada numa analise SWOT assegurando a coerência do programa ; uma fase de avaliação intercalar permitindo correção de rumo da implementação da politica, monitorizando os resultados intermedios , comparando-os com os resultados iniciais e reavaliando a relevância do projeto e seus objetivos ; uma fase de avaliação final (ex post ) verificando se os objetivos iniciais foram alcançados ( eficacia ) ,se foram apenas eficientes ( rácio custos benefícios) e quais os impactes causados . Os ciclos das politicas publicas têm um timing de avaliação muito especifico, que deve alimentar o ciclo politico seguinte , sendo que nem sempre há coincidência entre a avaliação ex post de um ciclo finalizado e a avaliação ex ante de um ciclo em preparação ( wholey 1986 ). Esta coordenação, especialmente em politicas ou projetos que têm efeito prolongado no tempo, permite periodicamente aos responsáveis pela implementação e gestão terem um feed back do efeito do programa e corrigir eventualmente a trajetória definida inicialmente com base em nova informação. Deve haver uma relação forte entre os objetivos propostos e as intervenções , e entre esses objetivos e o sistema de avaliação.
A abordagem usada na construção do modelo de avaliação da horta sachonabo foi pragmática , com múltiplas perspetivas , centrada na practibilidade , enfatizando as problemáticas, combinando métodos quantitativos e qualitativos ( creswell 2009 ).

No caso do sachonabo pretende-se avaliar o desempenho da horta em quatro perspetivas fundamentais , a perspetiva ambiental , a perspetiva económica , a perspetiva social e a perspetiva do ordenamento.
Metodologia
A metodologia consistiu em separar o procedimento em quatro fases fundamentais : primeiro a estruturação , definindo através do instrumento/ tecnica quadro logico quais os efeitos a avaliar e que critérios usar ; numa segunda fase a observação definiu –se ,atraves da tecnica inquéritos com perguntas fechadas e semi fechadas o perfil dos participantes na horta, tendo-se usado igualmente a entrevista a técnico especializado e a observação direta subjetiva da qualidade dos talhões ; numa terceira fase de analise , integraram-se os dados numa matriz e fez-se uma comparação entre o atributo considerado o mais relevante ( a idade) e os outros resultados, tendo realizado igualmente uma analise SIG , estimando-se o efeito do projeto sachonabo, na quarta fase tiraram se conclusões sobre a evolução do projeto , de que forma está a corresponder aos objetivos iniciais , recorrendo à entrevista com o tecnico da camara e avaliando a matriz inicialmente criada .
A fase de estruturação foi dividida em quatro perspetivas ambiental económica, social identitária e ordenamento do território , tendo sempre como base o objetivo inicial do projeto , ou seja , o fornecimento parcial de alimentos para as cantinas das escolas de Almeirim numa base quinzenal . Nas varias perspetivas associaram- se a cada elemento sequencial do quadro logico uma pergunta do inquérito ( conforme quadro 1 ), sendo que algumas questões podem ter uma dupla leitura e serem usadas em diferentes elementos. As questões e respetivos quadros em cada perspetiva podem ser divididos ainda nas que se relacionam diretamente com o sachonabo e nas que indiretamente lhe dizem respeito, enquadradas numa visão mais abrangente da questão das hortas urbanas biológicas. Definiu-se para cada perspetiva aquilo que seria um objetivo inicial a atingir e um objetivo social. Finalmente em cada perspetiva identificou-se um elemento estratégico que importa realçar e reforçar no futuro, na hipótese do programa alimentar para as escolar ser implementado.
A analise foi feita com recurso a cruzamento de dados usando a idade como pivot com as outras variáveis inquiridas, recorrendo-se igualmente à entrevista feita ao técnico da camara . Cada elemento do quadro logico foi preenchido com os resultados desse cruzamento.
A conclusão procurou avaliar o projeto inicial e quais os resultados conseguidos , numa perspetiva de eficácia , eficiência , sugerindo eventuais modificações ao projeto inicial.







Quadro 1

























O Sachonabo em Almeirim:
Enquadramento:
O projecto Sachonabo foi uma iniciativa que partiu da Câmara Municipal de Almeirim. A horta está dividida em sessenta parcelas que foram entregues a sessenta pessoas que se inscreveram (em apenas quinze dias receberam mais candidaturas do que o número de terrenos) para receber um talhão. Antes de abrigar o projecto Sachonabo, aquele espaço em Almeirim era coberto de eucaliptos e existiam também depósitos de lixo, dai o local ter de ser limpo antes de se dar o arranque do projecto. Foi realizada uma análise ao solo por parte da empresa Agro-bio, uma empresa que em parceria com a câmara acompanha o projecto . Os futuros donos dos talhões também colaboraram e foi aqui que muitos dos proprietários mais novos tiveram o contacto com o trabalho da terra pela primeira vez. Além de ter ajudado no inicio do projecto com a fertilização do solo, a agro-bio fez formações em agricultura biológica junto dos proprietários.
Actualmente encontram-se dezasseis pessoas inscritas em lista de espera o que faz do Sachonabo um projecto bem sucedido por parte da câmara que pretende expandir a horta até ao parque de manutenção, construir um telheiro para o convívio entre os proprietários dos talhões e fazer uma casa de banho.




Sachonabo
























Analise dos inqueritos

Perfil dos Proprietários:

Fig.1 Fig.2

Como se pode constatar pelo gráfico da figura 1 a faixa etária dos sessenta ou mais anos é aquela que apresenta uma percentagem maior de indivíduos ligados ao projecto, com cerca de vinte e oito por cento. As restantes faixas também apresentam uma percentagem de indivíduos acima dos vinte por cento, excepção feita à faixa dos vinte aos trinta anos que apresenta uma percentagem bastante reduzida. Quanto às habilitações literárias, dominam as pessoas apenas com o ensino primário, seguido de perto pelo ensino superior. Relacionando a idade com as habilitações, é possível verificar que são as pessoas mais velhas que têm apenas o ensino primário enquanto as classes mais jovens apresentam um grande número de pessoas com um curso superior (7 pessoas das 10 pessoas com ensino superior têm entre vinte e os quarenta anos).

Fig.3



Tipo habitação










Quanto ao tipo de habitação, existe uma maior percentagem de pessoas que habitam em apartamentos e por isso não dispõem de jardim. As pessoas mais velhas tendem a viver em moradias unifamiliares enquanto as pessoas com idade inferior aos sessenta tem uma tendência em viver em apartamentos. Apenas uma reduzida parte da população inquirida diz ter jardim em casa. É na faixa dos trinta aos sessenta que se encontram aqueles que têm jardim em casa (são 7 dos 9 que responderam afirmativamente) e vivem maioritariamente nas zonas E e K segundo a nossa divisão da cidade de Almeirim, feita pelo tipo da construção de edifícios, tal como podem verificar na figura 8.

Fig.6Fig.7
Fig.8


Atividade e profissão





Cerca 55% dos proprietários está atualmente reformado, desempregado ou é doméstica ou estudante. Os restantes apresentam os mais diversos ramos de actividade. O desemprego acentua-se nas faixas dos trinta aos quarenta anos e na faixa dos cinquenta aos sessenta. As famílias mais numerosas encontram-se maioritariamente na faixa dos quarenta aos cinquenta anos.






















Propriedade agrícola

Quando questionados se tinham propriedades agrícolas a maior parte respondeu que não, sendo apenas três as respostas afirmativas. O mesmo se sucedeu com a propriedade florestal, em que apenas um dos proprietários de um talhão do Sachonabo afirmou ter. Quanto a caçadores, apenas um proprietário afirmou praticar a actividade.



Fig.12 Fig.13

Fig.14 Fig.15

Muitos dos inquiridos disseram ter algum familiar ligado ao ramo da agricultura. Além dos mais velhos, que responderam sim maioritariamente quando lhes foi questionado se tinham alguma experiencia como agricultor antes do arranque do projecto, também as classes mais jovens, em especial a dos trinta aos quarenta anos. A faixa dos quarenta aos cinquenta anos foi a faixa etária que teve um maior número de respostas negativa.

Fig.16 Fig.17



Interacção com Sachonabo:

A maior parte da população inquirida teve conhecimento da iniciativa através da câmara municipal de Almeirim. Nas faixas mais novas, nomeadamente na faixa dos trinta aos cinquenta anos ainda responderam internet como mecanismo de conhecimento do projecto. Os amigos foi a terceira forma mais mencionada pelos inquiridos.

Fig.18 Fig.19
Os principais motivos que levaram os proprietários a concorrer a um talhão no Sachonabo foi essencialmente para consumo e ocupação dos tempos livres. As faixas mais novas mencionaram também como motivo o interesse numa prática biológica. A maioria dos proprietários encontram-se envolvidos no projecto desde o inicio, exceptuando duas pessoas.

Fig.20 Fig.21
Fig.22
Mobilidade
A forma como a maior parte se desloca até à horta de carro ou a pé. As faixas mais jovem utilizam única e exclusivamente o carro, enquanto os mais velhos se deslocam maioritariamente a pé. Olhando de um ponto de vista diferente, nomeadamente em relação à profissão, a população os reformados e as domésticas têm uma tendência em vir a pé enquanto com a população activa acontece precisamente o contrário. Utilizando novamente a divisão da cidade feita pelo estilo de urbanização realizada um pouco atrás, podemos verificar também que dos locais A e X as pessoas costumam utilizar maioritariamente o carro, enquanto a pé se deslocam as pessoas de I, C e K.

Fig.23
Fig.24





Horas sachonabo

Quanto ao número de horas que passam na horta, estima-se que seja cerca de trezentas e cinco horas por semana. Quanto à idade é sem sombra de dúvidas a faixa dos sessenta anos aquela que dedica um maior número de horas à sua parcela de terreno e são aqueles que não passam um dia sem se dirigir ao Sachonabo. A classe etária mais jovem é aquela que dedica um menor tempo ao projecto. Outra faixa etária com algum destaque é a faixa dos quarenta aos cinquenta anos, que também apresenta um bom número de horas de dedicação à sua parcela de horta.

Fig.25Fig.26


































Cerca de sessenta por cento dos inquiridos respondeu que necessita comprar mais produtos pois o que produz na sua parcela de terreno não chega para o que o agregado familiar consome. Desses sessenta por cento, cerca de dezoito dizem apenas precisar de comprar batatas. Os que dizem que o que é produzido no talhão são maioritariamente pessoas com mais de sessenta anos, talvez devido ao agregado familiar ser mais pequeno do que nas faixas mais novas que responderam maioritariamente que o que produziam não era suficiente. Quando questionados sobre onde compravam os restantes produtos vegetais, a maioria respondeu que opta pelos hipermercados.

Chega o que produz?Chega o que produz?Fig.28Fig.29
Chega o que produz?
Chega o que produz?
Fig.30Fig.31















Quanto à dimensão dos talhões, quase sessenta por cento dos inquiridos mostrou não estar satisfeito com a dimensão actual. Esse desagrado vai crescendo à medida que a idade aumenta. Aqueles que responderam que queriam ter um talhão maior mencionaram ainda que deveria ter mais entre cinquenta a cem metros quadrados.

Fig.32 Fig.33



























Produção

A maioria dos proprietários do Sachonabo produz essencialmente legumes como couves e Alfaces. Destacam-se também o cultivo de feijão verde e batata. O menos produzido é essencialmente frutas, courgetes, beringelas, especiarias e ervas aromáticas. Verifica-se também uma sazonalidade em alguns talhões, sendo produzidos alguns tipos de produtos apenas numa determinada parte do ano.
Em média cada um dos proprietários dos talhões produz quatro tipos de produtos na sua horta, excepção feita a três dos inquiridos que produzem mais de oito produtos diferentes. Apenas quatro dos inquiridos produzem menos de três plantações. Dois desses quatro inquiridos dedicam-se a uma produção especializada em ervas aromáticas.















Vantagens da horta

Quanto às principais vantagens da horta as pessoas mencionaram especialmente o consumo como a maior vantagem do projecto. A produção biológica foi mencionada no caso dos mais novos enquanto a ocupação dos tempos livres foi muito mencionada pelos mais velhos. Muita gente salientou ainda que não encontra desvantagens no espaço. As desvantagens apresentadas pelos proprietários foram especialmente a fraca qualidade do solo, a má assistência técnica e a falta de segurança.

Fig.36Fig.37
Fig.38 Fig.39



Beneficios /custos

Para os utilizadores do Sachonabo os beneficios sãi iguais aos custos. Apenas quatro pessoas mencionaram que a horta apresentava mais custos que beneficios e três disseram que os beneficios ultrapassavam os custos.



















Vizinhança

A grande maioria dos proprietarios dos talhões já se conhecia antes do arranque do projecto. Os utilizadores mais novos foram aqueles que mais disseram não conhecer os colegas da horta. Actualmente, à excepção de três dos inquiridos, todos afirmaram conhecer-se melhor.








Fig.43
Fig.42





Alterações regulamento

A maioria não introduziria alterações no regulamento estipulado pela câmara municipal. As alterações mencionadas foram sobretudo a permissão do uso de pesticidas e adubos químicos, a substituição dos agricultores quando não cumprido o sua função deixando o talhão num estado visível de degradação e um aumento da segurança no Sachonabo.






Questões Identitárias
A grande maioria dos inquiridos conseguiu identificar correctamente três dos ingredientes da Sopa da Pedra. De salientar que nenhum deles mencionou a Pedra como ingrediente, mesmo sendo ela a dar o nome à sopa e a torná-la um produto tipico da região. Em vez disso, a maioria citou os enchidos e os legumes como ingredientes. Quanto ao restaurante com enguias no menu, a faixa etária mais jovem não conseguiu responder, as restantes faixas evocaram alguns restaurantes na zona que continham enguias no menu.













Ambiente

Quanto ao problema do fósforo, os mais novos têm mais a percepção desse problema que os mais velhos.









Ambiente

Quase todos os inquiridos conhecem a quinta dos patudos e muitos deles já se deslocaram até ao local. Quanto ao parque da cidade, os mais velhos têm o hábito de se deslocar até lá, os mais novos nem tanto. O mesmo se sucede com o circuito de manutenção, que é mais utilizado pelas pessoas mais velhas e não tanto pelas faixas etárias mais jovens.






Conhecimento de Programas sobre a Agricultura:

Fig.50 Fig.51
À excepção de dois inquiridos ninguem participa em associações agricolas ou ambientais. Também não conhecem o PORTAU (Portal da agricultura urbana e Peri-urbana), exceptuando quatro dos inquiridos. O programa da União Europeia Leader + também é pouco conhecido para os proprietarios das hortas e os participantes do blogue sachonabo ou outro site ligado à agricultura são maioritariamente jovens.

Fig.52 Fig.53

Conhecimento de Instrumentos de Planeamento Territorial:
Fig.54 Fig.55

A maioria também não está familiarizada com o Plano Director Municipal da Cidade de Almeirim, embora os participantes mais novos comecem a ter uma pequena percepção do que se trata. Quanto ao Plano Regional de Ordenamento do Territorio do Oeste e Vale do Tejo as pessoas dizem não conhecer.































Qualidade dos Talhões:
Constatátou-se que os talhões que se encontram à entrada do Sachonabo apresentam um maior cuidado enquanto os que se encontram no fundo têm um maior grau de abandono.

Talhões com maior qualidade:








Talhões com maior grau de degradação:





A grande maioria dos talhões do Sachonabo possui qualidade, isto é, estão bem cuidados. Pouco são aqueles que apresentam um estado visivel de degradação.





Analise geral Quadro 3
Na perspetiva ambiental , os objetivos pretendidos ( melhoria do solo ) foram atingidos com limpeza e correção dos solos
Os elementos do fluxograma logico com o objetivo social de criar habitos de consumo responsavel alternativo foram os segunites : a alimentação é mais saudavel , mas o control de qualidade dos alimnetos não se efetua ( pinto 2008 ). O objetivo melhorar a qualidade do ar fica aquem do pretendido , com 70% dos proprietarios a usar automovel ; o consumo de horticolas é elevado 60% produz couves e alfaces , a mobilidade tem uma diferenciação social ( uso pedonal classe mais baixa) , difernciação espacial ( zona Aa e X usam especialmente carro )
; os valores da biodiversidade local regional são bem conhecidos ( quinta dos patudos ); o conhecimento do problema global das reservas de Fosforo ( P ) é pouco conhecido, no entanto apratica de compostagem promovendo ciclos curtos de nutrientes e amplamente aplicada; preservação da base genetica da flora e fauna local ( quinta patudos , enguias na ribeira de muge ), apesar de não ser explicitamente referida como uma preocupação e um valor a preservar , tem algum impate nos habitos dos almeirinenses; a racionlização de fluxos atraves da compostagem e praticas/tecnicas sugeridas pela agrobio tem bons resultados , no entanto alguns adubos organicos comprados têm um ciclo comercial longo ( alguns são espanhois); a alimentação mediterranica à base de vegetais é uma realidade ; a estrumação foi uma pratica inicial estendida a toda a horta , no entanto passou a ser praticada apenas por alguns proprietarios, sendo a opção compostagem a mais usada atualmente, refletindo-se na qualidade do sol( menor que a dos proprietarios que investiram na estrumação ). Objetivo social consumo responsavel foi conseguido em termos alimentares , mas os produtos vendidos nas mercearias locais são preteridos a favor dos hipermercados e o uso automovel é pratica corrente.
Para manter a razoavel qualidade já comseguida , o solo tem de continuar a ser melhorado, seja com estrumação ( opção mais limitada),seja atraves de compostagem
Na perspetiva economica os objetivos pretendidos ficaram aquem do pretendido uma vez que o projeto de fornecimento alimentar as escolas foi cancelado, no entanto o consumo privado é aparentemente grande . Os elementos do fluxo grama logico para aumentar a produção foram os seguintes : o auto consumo é considerado uma vantagem da horta , significando que os proprietarios estao dispostos a investir tempo e recursos na melhoria da sua produtividade; em relação ao menor custo alimentar a horta é uma fonte de rendimento suplementar , chegando a sua produção para um terço dos proprietarios ( sobretudo idosos) ; mercado em principio não há produção , mas existe a vontade( relatado pelos proprietraios), as mercearias locais têm forte competição dos hipermercados locais perspetivando talvez algumas dificuldades na venda , e a não certificação dos produtos poderá ser um problema ; os produtos locais são amplamente cultivados ( melão, vegetais), a economia local alimentar como se disse não é muito apoiada pelos proprietarios , a agrobio oferece algum dinamismo economico à economia local, atraves de emprego , vendas, mas nem todos os seus produtos são locais.
Para aumentar a produção , o recurso importante identificado é o tempo total disponibilizado por todos os proprietarios da horta ( + - 305 horas semanais ), oque dividido pelos 33 talhoes inquiridos dá uma media de cerca de 9 horas semanais por talhão , oque é um numero razoavel, no entanto a distribuição desse tempo , como se viu está concentrada nas idades mais avançadas; outro problema acrescido seria o eventual uso desse tempo extra para uso no espaço comunitario do projeto escolar, com possivel resistencia dos participantes.Uma solução bastante pratica ( mas dispendiosa) usada para melhor gerir o tempo individual foi o recurso à rega gota a gota.

Na perspetiva social os objetivos pretendidos , aumentar o nivel vizinhança e sentimento de identidade foram amplamente alcançadosuma vez que uma parte significativa dos proprietarios vivem na mesma rua e bairro .Os resultados dos elementos do fluxograma logico para avaliar esta vertente foram os seguintes : na formação tecnica/transmisssão de conhecimentos tradicionais as tecnicas modernas são complemetadas com a experiencia agricola tradicional (entrevista, relato); o relacionamento intergeracional pais filhos avos é intenso ( não inquirido mas observado erelatado) com transmissao de saberes; a horta tem participantes de vários estratos sociais; a conexão com projetos ambientais regionais e blogues locais é fraca, mas o sachonabo recebe visitas de outros particpantes noutras hortas urbanas ( cartaxo ); a saude mental é uma vertente da horta uma vez que serve de ocupação de tempos livres e distração; a qualidade alimentar , associada à auto produção e aos produtos frescos promovem a saude mas como referido existe a questão do controle qualidade; os valores identitarios sopa da pedra são referidos e reconhecidos mas a referencia à pedra e ao simbolismo da sopa não e os restaurantes de enguias são igualmente reconhecidos. A vizinhança é forte com a maior parte dos participantes a conhecer antecipadamente os outros; a conexão local regional é forte com viagens e contactos com as hortas urbanas de Santarem e Cartaxo; O convivio e uso dos espaços sociais da cidade é razoavel no parque da cidade e menor no circuito de manutenção ; a coesão familiar em torno dos valores agricolas é elevada com muitos individuos a terem familiares ligados à agricultura e com filhos a tratarem das hortas dos pais nas ausencias destes; a inclusão social é patente pela presença de grupos vulneraveis e de gerações diferentes; o ativismo social é diminuto , com fraca participação em associações ambientais ou sociais.
O recurso importante identificado é a crescente territorialização dos talhões , com os proprietarios a investirem recursos e tempo significativo, afeiçoando –se ao seu quinhão ( fotos ), com o reforço dos espaços individuais. Uma eventual divisão ou redistribuição dos talhoes seria dificil.
Na perspetiva do ordenemento da horta , o espaço encontra-se dividido claramente em duas areas, um de uso individual ( os talhoes ) e outra comunitaria (zona de compostagem .
A area encontrava-se ocupada por uma lixeira e entulho e foi recuperada.
A relação da horta e dos seus proprietarios com os espaços envolventes ( cidade, area de reserva de caça , REN, RAN , caça ), não é muito forte , com cerca de metade dos participantes a viver em apartamentos , sem quintal , numa cidade caraterizada pelas hortas urbanas privadas; os proprietarios agricolas e florestais ( RAN e REN inclluida )são quase inexistentes. A rea de proteção de caça prolonga-se até junto do eucaliptal , servindo de refugio a coelhos , com a expansão do projeto para o cirtuito de manutenção essa relação estará mais fraca. A produção de biomassa aproveitando os restos vegetais da propria horta e das aeras circundantes e da cidade é positivo , mas a relação com a caça ( coelhos ) deve ser preservada ( horta como interface ).
O recurso importante identificado é a relação entre a horta e o espaço circundante ( area agricola , area florestal, area de caça , a cidade ); a maioria dos talhoes estão bem cuidados havendo alguns com relativo abandono.

Conclusão
O peso dos proprietários mais idosos ( 50 60 anos ) é significativo ,assim como o dos inativos ( por desemprego ) , havendo claramente uma clara mudança de hábitos sociais. O projeto inicial , que envolvia a participação dos proprietários numa eventual produção comunitária , orientada para as escolas , envolveria recursos que atualmente não fará muito sentido a camara mobilizar. Como se disse , teria de se aumentar significativamente a qualidade do solo , uniformizar essa qualidade , mante la indefinidamente , reorganizar os talhões e redistribui-los , com provável resistência dos proprietários, programar , ordenar horários , distribuir responsabilidades e ter uma gestão mais rigorosa e profissional.
Desta forma , e no sentido da metodologia , o projeto teve uma eficiência elevada ( recursos/ resultados), estando de uma forma geral todos os proprietários satisfeitos , mas a eficácia foi menor, uma vez que objetivo principal não foi atingido.
Sugurem-se duas alternativas a seguir , adaptando o projeto mais á realidade atual da horta e da conjuntura regional e nacional ( alias , já seguido pela camara ).
Adaptar o projeto e retomar a preocupação social mas adaptada á situação dos potenciais futuros participantes. Ou seja maior seletividade na entrada na horta , em 2013 e na futura horta , vocacionando-a para quem mais precisará , desempregados e reformados , limitando a entrada à classe media alta. Concentrar esforços na produção alimentar , reforçando a componente solo e promover um eventual mercado para produtos agrícolas do sachonabo ( com certificação de qualidade). Mais informação sobre alguns aspetos da horta ( consumo de agua , eletricidade ) .
Manter as regras de admissão iguais ás atuais .
Dois jovens inquiridos têm projetos experimentais de produção agrícola especializada ( aromáticas) , com formação técnica superior na área agrícola. Seria interessante verificar que tipo de contatos poderão conseguir junto de ex colegas ou amigos interessados na mesma área . A escola profissional agricola mais próxima poderá também ser um potencial nó de ligação para outros projetos .
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European commission 199 evaluating socio economic programmes ed OOPEC









































































Anexos





















Entrevista à Engenheira Vera Nunes
Local: Estaleiros da Câmara de Almeirim
Data/Hora: 30 de Novembro/10:30h

1 – Génese do Projecto:
Foi da parte do município que partiu a ideia do projecto. Teve uma grande adesão. As inscrições foram lançadas em Março, e em apenas quinze dias os sessenta talhões estavam ocupados. A Agro-bio fez formações àqueles que vieram a ser os proprietários das parcelas de terreno e houve um compromisso das pessoas com a câmara para que não fossem colocados produtos químicos nas hortas. A lista de espera das pessoas que querem um talhão no Sachonabo continua a aumentar e está prevista a sua expansão para além do parque de manutenção para que toda a área se torne mais segura e mais bela do ponto de vista paisagístico.

2 – Projectos Previstos para o Sachonabo:
Está prevista a construção de uma casa de banho para os proprietários das hortas e também a construção de um telheiro para o convívio entre eles. Muitos dos proprietários aspiram também a criação de um passeio entre os talhões mas nada disso ainda foi projectado pelo município de Almeirim.

3 – Fertilidade do Solo:
No inicio do projecto foi feita imediatamente uma analise ao solo. Foi colocado estrume em todo o terreno para que todas as pessoas ficassem com os talhões com as mesmas condições. Todos os proprietários ajudaram neste processo, e por isso, os proprietários mais jovens ficaram com uma percepção do inicio do trabalho agrícola. Foi ainda aconselhado pelo vereador a ir-se buscar mais terra devido ao facto dos terrenos onde se localiza o Sachonabo serem demasiado arenosos.

4 – Destino das produções:
Está a ser estudado por parte da câmara ser doado às escolas ou a outras instituições do município parte do que é produzido nas hortas, mas por enquanto essa ideia ainda não está a ser concretizada. Actualmente é prioritário corrigir os erros que se verificaram neste primeiro ano de projecto. Para que fosse possível a existência desta horta comunitária para oferenda às instituições de ensino era necessário a ajuda de grande parte dos proprietários, por isso era preciso que cada um dissesse a sua disponibilidade para o projecto avançar e gerar frutos. Muitas são as pessoas que têm falado em vender os produtos que são produzidos nas suas hortas, pois muitas delas estão desempregadas e não têm grandes posses económicas. Ao vender os produtos produzidos sempre existia um complemento no rendimento mensal. Não existe nenhuma empresa que faça testes de verificação dos produtos. Actualmente o solo não é cem por cento biológico mas segundo a Agro-Bio será daqui a cerca de dois a três anos.




5 – Os talhões "abandonados":
Todas as semas os proprietários que dedicam um maior tempo à sua parcela de terreno no Sachonabo telefonam para a câmara a queixarem-se de alguns dos talhões que se encontram com um visível grau de abandono. As pessoas a quem pertencem esses talhões são contactadas e costumam deslocar-se ao talhão pouco tempo após a chamada da câmara.

6 – Grupos Etários:
Existe um equilíbrio e uma grande diversidade entre as faixas etárias que podemos encontrar na horta urbana. Existe um grande número de pessoas dos trinta aos quarenta anos porque é uma das classes mais atingidas pelo desemprego na região. Existe muita gente do bairro social perto da horta dedicando muito do seu tempo ao projecto, muito devido ao facto de estarem, muitos deles na situação mencionada acima. No processo de oferenda das parcelas houve uma espécie de selecção para que os talhões não fossem oferecidos a pessoas que, o mais certamente, iriam abandonar o espaço.

7 – Local antes do Sachonabo:
Antes de ser instalado o Sachonabo, toda aquela área estava coberta por eucaliptos. Havia na área um depósito de lixo que teve de ser limpo antes de se dar inicio à horta. Não existe qualquer tipo de confirmação ou ligação comprovada de que fossem deitados dejectos no local por parte da vacaria que existe ali perto.

8 – A Lista de Espera:
Tal como foi dito no inicio da entrevista o projecto teve uma grande adesão e muitas foram as pessoas que quiseram a sua parcela de terreno. Actualmente encontram-se dezasseis pessoas em fila de espera e a tendência é para crescer o número de interessados. Daí o interesse da câmara em expandir o Sachonabo para além do parque de manutenção.

9 – Ligações às hortas dos outros concelhos:
A câmara do Cartaxo teve uma troca de experiencia com a horta de Almeirim. Foi a partir daí que provavelmente foi criada a ideia de adaptar o projecto pois são um projecto mais recente.

10 – Segurança no Sachonabo:
Até ao momento nunca ocorreu qualquer tipo de situação de roubo na horta. Nunca existiu qualquer tipo de problema. O cadeado que se encontra na porta de entrada foi colocado a pedido dos proprietários mas não por insegurança, apenas por precaução.




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