Schoology: Um sistema de Gerenciamento de Aprendizagem (SGA) nas aulas de inglês

June 6, 2017 | Autor: Ana Elisa | Categoria: LMS and E-Learning
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Anais do I Simpósio Interdisciplinar de Tecnologias na Educação [SInTE] – IFSP Câmpus Boituva 24 a 26 de junho de 2015 – Boituva SP – Capital Nacional do Paraquedismo

Schoology: Um sistema de Gerenciamento de Aprendizagem (SGA) nas aulas de inglês Ana Elisa Sobral Caetano da Silva Ferreira Mestranda Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE/UFSCar) Instituto Federal de São Paulo - Câmpus Cubatão {[email protected]}

Abstract. This article suggests the use of Schoology (LMS) as a complementary tool to help teachers interacting with their students and as a practical and efficient way for a continuous assessment. The presented discussion is based on the results of a survey done with High School students, studying an Integrated Technical course, at public school in the state of São Paulo (Brazil) in the second half of 2014. Keywords: Schoology; Curriculum and Education; Digital Technologies and Communication. Resumo. Este artigo propõe o uso do Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem (SGA) Schoology como uma opção complementar de apoio ao professor de Língua Inglesa na interação com os alunos e como um modo prático e eficiente para uma avaliação contínua. A discussão é baseada nos resultados de uma pesquisa feita com alunos do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio de uma escola pública do estado de São Paulo no segundo semestre de 2014. Palavras-chaves: Schoology; Currículo e práticas escolares; Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação (TDIC).

1. Sistemas de Gerenciamento de Aprendizado, Redes Sociais virtuais e seus pontos convergentes O SGA Schoology foi escolhido como ferramenta complementar nas aulas de Língua Inglesa para alunos do Ensino Médio (EM) com o intuito de inserir as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nas salas de aula, de um modo que despertasse a atenção desses estudantes, cuja familiaridade com as redes sociais é inquestionável. Essa plataforma gratuita (http://www.schoology.com), que teve início em 2007, oferece uma interessante mescla entre a agilidade de comunicação das Redes Sociais Virtuais (RSV) – como mensagens privadas, discussões em grupo e aplicativos para tablets e celulares – e a praticidade da troca de conhecimentos acadêmicos de uma forma eficiente e organizada, que é o principal objetivo de um SGA. A semelhança do layout dessa plataforma e a principal rede social da atualidade, Facebook1, foi uma das principais razões para a escolha desse SGA e não outras mais difundidas no Brasil, como o Moodle. O diálogo entre docentes, discentes e responsáveis se dá de maneira segura, rápida e organizada, uma vez que é possível entrar em contato com os pais por meio de mensagens 1

Segundo Tech Tools for Teachers By Teachers: Bridging Teachers and Students. MANNING et al., 2011

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privadas. Esses têm acesso direto às notas de seus filhos e a todos os exercícios produzidos na plataforma, o que é uma forma de otimizar o acompanhamento avaliativo, como apontam as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Básica (BRASIL 2013), em seu trigésimo segundo artigo, item c, em que se destaca essa necessidade: Art. 32 A avaliação dos alunos, a ser realizada pelos professores e pela escola como parte integrante da proposta curricular e da implementação do currículo, é redimensionadora da ação pedagógica e deve: [...] c) manter a família informada sobre o desempenho dos alunos;

Além da troca de informações, o discente acompanha seu desempenho por meio de uma planilha contendo notas, presenças e anotações de seu professor. Já o docente tem acesso a uma série de elementos, como: a)

Gráficos individuais e coletivos que comparam desempenho em cada atividade.

b) Dados do acesso diário dos alunos à plataforma e do período que cada discente levou para desenvolver uma tarefa. c) Exercícios que ofereceram maior grau de dificuldade, podendo assim revisar conteúdos específicos em sala de aula. É essencial destacar que os elementos apontados anteriormente seguem a lógica de ensino e aprendizagem que permite valorizar o registro e a sistematização do conhecimento construído pelos participantes, como indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Básica. Configurando-se em um processo de avaliação contínua, a qual “pode assumir várias formas, tais como a observação e o registro das atividades dos alunos” (BRASIL, 2013), já que a plataforma oferece uma maneira mais ampla de acompanhar a evolução do aluno. A metodologia adotada no desenvolvimento desse processo, utilizando o Schoology como ferramenta nas aulas de inglês dialoga com a proposta das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnico de Nível Médio, cujo principal foco é a formação para o mercado trabalho. A evolução tecnológica e as lutas sociais têm modificado as relações no mundo do trabalho. Devido a essas tensões, atualmente, não se admite mais a existência de trabalhadores que desempenhem apenas tarefas mecânicas. O uso das tecnologias de comunicação e da informação tem transformado o trabalho em algo menos sólido. (BRASIL, 2013)

Diante deste contexto, a utilização da plataforma durante as aulas de língua inglesa visava possibilitar independência e autonomia, para que os alunos pudessem procurar conteúdos que vão além da sala de aula e contribuir com o próprio aprendizado e com os demais colegas de sala. Ao final do semestre, setenta e sete alunos (77 alunos) responderam ao questionário descrevendo a experiência que haviam vivenciado. Dos 77 alunos, 62% identificaram a plataforma com a rede social Facebook, que já utilizam, porém apesar de tal semelhança, 49% afirmaram que o grau de dificuldade de interação com o Schoology era médio. Quando indagados sobre o benefício da RSE, 52% dos alunos responderam que foi muito benéfico para o aprendizado da língua, enquanto 14% disseram ser pouco benéfico. Um aspecto intrigante foi que 53% deles se posicionaram contra a utilização da plataforma em outra matéria escolar, mesmo afirmando que para o ensino de línguas foi benéfico. Apesar de parte não apresentar interesse em utilizar a rede em outra matéria, 77% dos 294

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alunos, na maioria do 1o ano do EM, afirmaram que gostariam de reutilizar o ambiente virtual em 2015, e esse foi o dado que obteve maior pontuação dentro de toda pesquisa. Diante de todos os pontos apresentados, pode-se concluir que a plataforma foi aceita de maneira positiva pelos alunos, os quais se prontificaram a reutilizá-la no ano seguinte, em língua inglesa. Entretanto, 63,64% dos alunos afirmaram que esse SGA é uma ferramenta complementar para as aulas expositivas e não uma opção para substituí-las.

2.

Surpresas e Conclusões

O último dado apresentado demonstra que apesar das TDIC serem parte do cotidiano dos alunos, muitos deles ainda apresentam resistência para substituir uma aula de sistema tradicional por uma de sistema mais atual, que contém novas tecnologias envolvidas, tornando a aula mais dinâmica e interativa. Uma parcela significativa apontou que a plataforma não deveria substituir as aulas e sim complementá-las. Esse aspecto dialoga com o seguinte excerto das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Básica: Apesar da importância que ganham esses novos mecanismos de aquisição de informações, é importante destacar que informação não pode ser confundida com conhecimento. O fato dessas novas tecnologias se aproximarem da escola, onde os alunos, às vezes, chegam com muitas informações, reforça o papel dos professores no tocante às formas de sistematização dos conteúdos e de estabelecimento de valores (BRASIL, 2013).

Pode-se concluir então, que o professor ainda expressa um papel significativo no processo de aprendizado e que os próprios alunos reconhecem a importância da escola na sistematização de conteúdos. Porém, é importante ressaltar que a implementação das TDIC, apesar de todos seus benefícios, pode gerar um maior desgaste para o professor como aponta Cunha (2001) e que “a aparelhagem técnica é considerada um mero instrumento a ser incorporado às práticas escolares” (SIBILIA, 2012), não garantindo necessariamente a melhora do sistema de ensino.

Referências BRASIL, Ministério da Educação. (2013) “Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Básica”. Brasília: MEC, SEB, DICEI. CUNHA, M. I. (2001) “Formatos avaliativos e a construção da docência: implicações políticas e pedagógicas”. Avaliação. Campinas; Sorocaba, SP, v. 6 n. 2, p. 7 – 15. MANNING, C., BROOKS, W., CROTTEAU, V., DIEDRICH, A., MOSER, J. e ZWIEFELHOFER, (2011) “Tech Tools for Teachers By Teachers: Bridging Teachers and Students”. Wiscosin English Journal, volume 53, number 1. SIBILIA, P. “Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão” Tradução. (2012) Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto.

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