SEDENTARISMO: O vilão do século XXI

June 6, 2017 | Autor: L. Baratieri Fran... | Categoria: Obesity, Educação Física, Sedentarism
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CURSO E COLÉGIO PVSINOS

LUCAS BARATIERI FRANCISCO

SEDENTARISMO: O VILÃO DO SÉCULO XXI      

SÃO LEOPOLDO, RS 2015

LUCAS BARATIERI FRANCISCO

SEDENTARISMO: O VILÃO DO SÉCULO XXI

Trabalho de pesquisa elaborado com orientação à distância do docente Evandro Capitanio, especialista pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em Educação Física Escolar, no Curso e Colégio PVSINOS localizado em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, como trabalho para o quarto bimestre do ano letivo de 2015.       SÃO LEOPOLDO, RS 2015

RESUMO Muitas pessoas sentem-se indispostas a realizar atividades físicas, inclusive em sala de aula, mesmo a disciplina sendo de caráter obrigatório no ensino regular brasileiro, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996. Muitas vezes essa desmotivação acerca do esporte físico pode ser atribuída a inúmeros fatores, no entanto, nesse projeto, houve a pesquisa acerca desse sedentarismo mais jovem, que acomete os jovens do ensino básico, ligado com o avanço incontrolável da tecnologia. Levou-se em conta dados de pesquisa do Ministério do Esporte e artigos acadêmicos, o qual foi retirado de instituições renomadas como a Universidade de São Paulo (USP) até artigos publicados internacionalmente, com amplo teor de importância a respeito da saúde do sedentário. Além do mais, doenças relacionadas a esse modo de vida, também serão abordadas nesse projeto, o qual visa estimular o aluno a realizar as atividades físicas e a criar em si um espírito competidor. PALAVRAS-CHAVE: Educação. Ensino Médio. Sedentarismo.

ABSTRACT Many people have little appetite or even feel unwilling to perform physical activities, including in the classroom, even the same being mandatory in the Brazilian regular education, as envisaged in the Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) of 1996. Often this motivation can be attributed to numerous factors, however, this project was the research about this younger sedentary lifestyle, one that affects young people of basic education. It took into account survey data from the Ministério do Esporte to the Ministério da Educação, academic articles are also part of this work, which departed from renowned institutions such as the Universidade de São Paulo (USP) to articles published internationally, with ample content of importance regarding the sedentary health. Moreover, diseases related to that way of life, will also be addressed in this project, which aims to encourage students to perform physical activities and create in them a competitive spirit. KEYWORDS:Education. High School. Sedentary.

   

SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6 HISTÓRICO DO SEDENTARISMO .................................................................. 7 ATIVIDADE FÍSICA .................................................................................................................... 9 SEDENTARISMO ..................................................................................................................... 10 PROBLEMA SOCIAL ............................................................................................................... 11

CONCLUSÃO ................................................................................................. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 13

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INTRODUÇÃO Este trabalho de pesquisa tem por motivo aumentar o conhecimento do discente acerca do sedentarismo e seus fatores, além de promover uma conscientização do fator sedentário e suas principais consequências, além de mostrar o se avanço em torno da história e como o homem e sua tecnologia tem ajudado para a proliferação do sedentarismo na humanidade, principalmente, nas crianças e jovens.

 

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HISTÓRICO DO SEDENTARISMO Inicialmente, Martins e Freire (2013) abordam o tema da participação do estudante nas atividades relacionadas ao físico, em ambiente escolar, o qual não é tão presente em séries finais do Ensino Fundamental e ao longo de todo o Ensino Médio, visto que os mesmos demonstram grande desinteresse por essa grande ciência e, tão logo, acabam por iniciar sua jornada de trabalho. No entanto, Gulano e Tinucci (2011) já enaltecem que a atividade física vem sendo propagada há séculos como um potente fator de promoção à saúde. Na mesma linha de raciocínio, Platão, grande filósofo da Grécia antiga, aborda a importância do exercício físico, observando-o como fundamento para manutenção do equilíbrio do corpo e mente. Tão logo, com o avanço incontrolável da tecnologia e o seu incremento na educação, é evidente a ausência de vontade por parte dos alunos a praticar exercícios físicos, embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em seu artigo 26, parágrafo 3, aborda que: § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica [...] (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996).

O qual deixa claro que o ensino da educação física, bem como sua prática são obrigatórias, salvo em casos especiais, tratados nos incisos de I a VI, como: I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; II – maior de trinta anos de idade; III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar estiver obrigado à prática da educação física; IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; V – (VETADO); VI – que tenha prole. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996).

Uma vez que o número de pessoas que não praticam nenhum exercício físico tem aumentado conforme a faixa etária, sendo 32,7% entre jovens de 15 a 19 anos chegando até 64,4% entre os brasileiros de 65 a 74 anos, como mostra um estudo realizado pelo Ministério do Esporte, chamado de Diagnóstico Nacional do Esporte, o qual apontou que 45,9% dos brasileiros — ou seja, 67 milhões de pessoas — não  

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realizaram nenhuma atividade física em 2013. Esse mesmo estudo analisou e comparou os dados obtidos com outros países do mundo, o qual apontou que a taxa brasileira quase se compara com a do norte-americano, em contra partida o indiano tem apenas 15,6% da população sedentária. Assim, o sedentarismo — falta de atividade física suficiente para o corpo e que também acaba afetando a saúde e atrofiando os músculos — o qual é o principal fator de risco para desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas e eleva os custos de saúde pública a índices inconcebíveis. (Carmo et al., 2013, p. 21), acaba sendo um grande problema nos dias atuais. Grande médico Grego Hipócrates, conhecido até hoje como “pai da medicina” e o biólogo francês Jean-Baptiste de Lamarck, compartilham de um mesmo pensamento, uma vez que o que Hipócrates abordava em seu cotidiano, poderá ser aplicado num futuro próximo: “O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se… se houver alguma deficiência de alimentos e exercício, o corpo adoecerá” ou a famosa lei do uso e desuso do naturalista e biólogo francês Lamarck, a qual diz que: [...] no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso fazem com que se atrofiem. E essas características seriam transmitidas a próxima geração (Só Biologia, 2015).

Nesse contexto, para Carmo et al. (2013) a Educação Física tem sido levada a romper padrões descompromissados através de um viés de promoção de saúde na escola. Uma vez que a atividade física regular é um grande fator para prevenir doenças crônicas e até mesmo a obesidade tanto na juventude, quanto mais tarde.

 

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ATIVIDADE FÍSICA Segundo Gulano e Tinucci (2011) nas classes menos favorecidas os exercícios físicos acabam sendo desconhecidos, ou até mesmo esquecidos, uma vez que esses acabam por não adquirir conhecimentos acerca dessa ciência e se perdem na vida sedentária, a qual quase metade da população brasileira se encontra. Então, a prática regular de exercícios físicos é fundamental, mesmo que uma única vez pela semana, visto que isso já colabora para um melhor comportamento do nosso organismo. Assim, além de se exercitar e prevenir várias doenças, a prática de atividades físicas diminui o risco de: •

Aterosclerose e suas consequências (angina, infarto do miocárdio, doença vascular cerebral);



Obesidade;



Hipertensão arterial;



Diabetes;



Doença pulmonar obstrutiva crônica;



Osteoporose; e, inclusive;



Auxilia no controle da ansiedade, da depressão;

No entanto, diminuir os níveis de atividades físicas, conforme Carmo et al. (2013) pode favorecer o aparecimento de disfunções crônico-degenerativas [...] também em jovens e crianças em fase escolar.

 

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SEDENTARISMO Em uma sociedade capitalista, como a qual vivemos, as pessoas, inclusive estudantes, estão mais ocupados com os estudos, trabalhos e vida social. E, dessa maneira, acabam por esquecer-se do seu corpo, em sua grande maioria, como visto na pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte (2015). A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2003, observou que aparelhos que propiciam a população para um comportamento sedentário, são cada vez maiores, como: •

Transporte motorizado;



Tempo excessivo em frente da televisão;



Atividades mais paradas; dentre outros.

Em contrapartida, dos mais de 45% dos brasileiros que não realizam atividades físicas (como jogos, por exemplo), cerca de 70% da população é sedentária, ou seja, não atinge os níveis mínimos recomendados de atividade física, isso é maior que números de diabéticos e outras patologias (ALVES, 2007). Outro estudo epidemiológico aponta que a inatividade física aumenta significadamente o risco da população a uma série de doenças, tais como: •

Doença arterial coronariana (45%);



Infarto agudo do miocárdio (60%);



Hipertensão arterial (30%);



Câncer de cólon (41%);



Câncer de mama (31%);



Diabetes tipo II (50%);



Osteoporose (59%); entre outras.

Esse mesmo estudo analisou e apontou que a inatividade física em população jovem, ou seja, o sedentarismo está diretamente relacionado com o aumento pandêmico na incidência da obesidade juvenil. (Gulano e Tinucci, 2011, p.38).

 

 

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PROBLEMA SOCIAL O sedentarismo, ao longo das inúmeras revoluções industriais e alimentícias vem se tornando um hábito comum dentre a sociedade capitalista. Assim, temos a todo lugar e abundantemente alimentos, restaurantes, fast-foods e inúmeras propagandas que incitam o público a se alimentarem mais. Exercícios físicos são algo dispensável na atualidade em que vivemos, visto que poucas são as pessoas que se preocupam com seu bem-estar. Então, podemos perceber que ao invés de progredirmos frente aos avanços tecnológicos, estamos retrocedendo frente à saúde, uma vez que quando éramos ativos e nômades, éramos mais saudáveis, no entanto, na atualidade somos praticamente todos sedentários. Com isso, pode-se observar que: [...] substratos energéticos como glicogênio e triglicerídeos estocados no músculo esquelético e tecido adiposo, que flutuavam constantemente em função do ciclo “caça/jejum-alimentação/repouso”, tornam-se estáveis (e em níveis elevados). Como conseqüência, condições como síndrome metabólica e obesidade emergiram (GULANO e TINUCCI, 2011).

Com tudo, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma propaganda para conscientizar a população de como o sedentarismo pode trazer malefícios a longo prazo, e o resultado será na geração que está chegando, visto que essa nova população viverá cerca de 5 anos a menos que seus país, conforme diz a propaganda e seu slogan “as crianças de hoje podem ser a primeira geração a ter uma expectativa de vida menor que a de seu pais”. De acordo com o sítio, a realização de atividades física proporciona a descoberta de: [...] maneiras positivas de combater pressões emocionais, o que as ajuda a desenvolver uma gama maior de habilidades sociais se comparadas às crianças inativas (ONU, 2015).

 

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CONCLUSÃO Diante dos fatores apontados nesse trabalho de pesquisa e de artigos acadêmicos pesquisados para conhecimentos acerca do assunto, pode-se afirmar que o meio em que se vive, interfere ao avanço do sedentarismo, uma vez que em propagandas midiáticas são comuns a presença de alimentos e a incitação à alimentação em fast-foods, uma vez que esses estabelecimentos realizam o comércio de comidas rápidas e práticas, porém, possuem em seus alimentos alto teor de calorias os quais a população atendida não irá queimá-las após sua ingestão, provocando assim, um sedentarismo a curto prazo. Isso fica evidente quando vemos a ausência da disposição à realização de atividades físicas principalmente em crianças e jovens, como demonstra Carmo et al. 2013. Gulano e Tinucci (2011) também afirmam em sua pesquisa relacionando o sedentarismo com doenças crônicas, ou seja, algo que vem acometendo a sociedade e algo que tende a se alastrar ano a ano como demonstram pesquisas realizadas no Brasil por diversos órgãos.

 

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Ubiratan Silva. Não ao sedentarismo, sim à saúde: contribuições da Educação Física escolas e dos esportes. O Mundo da Saúde, v.3, p. 564-469, out./dez. 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394. Brasília, 20 dez. 1996. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. BRASIL. Ministério do Esporte. Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não praticam esporte ou atividade física. Brasília, 22 jun. 2015. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. BRASIL. Ministério do Esporte. A prática de esporte no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. CARMO, Natasha do; GRINGER, Cindy; NETO, João Bento de Souza; FRANÇA, José Correia; VICTORINO, Ricardo; PEREIRA, Cynara Cristina Domingues Alves. A importância da educação física escolar sobre aspectos de saúde: sedentarismo. Revista Educara CEUNSP, S ão Paulo, v.1, n.1, p.21-29, 2013. GUALANO, Bruno; TINUCCI, Taís. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.25, p.37-43, dez.2011. LIMA,

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As

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