Semi-revisionista: jornalista irlandês ilustra as diferentes gradações da \"negação do Holocausto\"
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Semirevisionista: jornalista irlandês ilustra as diferentes gradações da "negação do Holocausto" 17 de abril de 2015
Conforme já exposto anteriormente, e ao contrário do que esperneiam os afirmacionistas, a Revisão Histórica do Holocausto compreende diversas gradações e é apoiada pela mais variada gama de pessoas. Destacamos abaixo um artigo publicado no jornal irlandês Independent, em 2009, por ocasião da polêmica prisão do bispo Richard Williamson na Inglaterra. Tratase de uma opinião em grande parte contraditória e excêntrica, não obstante sirva, estritamente dentro daquilo que propomos demonstrar, como perfeita exemplificação de que o estigma extremista que carregam os “negadores do Holocausto” não se sustenta. Sou um negador do Holocausto, mas, por outro lado, acredito que os nazistas planejavam o extermínio do povo judeu Deixeme dizer: estou, desde o início, com o Bispo Richard Willianson nesse ponto. Não houve um holocausto (ou Holocausto, como meu computador insiste em corrigir) e seis milhões de Judeus não foram assassinados pelo Terceiro Reich. Essas minhas duas afirmações são verdades irrefutáveis, ainda que este discurso possa fazer com que eu seja preso em metade dos países da União Europeia. Então, nas circunstâncias certas eles poderiam até me extraditar para a Suécia para o julgamento, um país que heroicamente supriu o Terceiro Reich com reservas de minério de ferro, até mesmo quando as últimas vítimas do genocídio nazista estavam sendo mortas. O quê? Eu admito que houve mortes e genocídio (ou Genocídio, como meu corretor quer que eu chame), mas quase que com a mesma força eu insisto que não houve um holocausto? Como isso é possível? Bem, se você transformar eventos históricos em dogmas políticos atuais (que até meu computador acredita), você estará então criando um tipo de religião secular, sem nenhum deus, que se torna obrigatória para qualquer um que queira participar da vida pública. Mesmo que os dogmas, por definição, sejam tão simplistas e grosseiros que não apenas são habitualmente falsos, como de fato provavelmente o são. De acordo com a lei alemã é uma ofensa dizer que seis milhões de judeus não morreram em um holocausto. Muito bem então. Eu sou um criminoso na Alemanha. Por mais eficientes que fossem os nazistas, eles não eram tão cirurgicamente precisos a ponto de matar seis milhões de judeus – nenhum judeu a mais ou a menos. Acontece que a quantia de “seis milhões’’ era originalmente uma estimativa do número total de vítimas dos campos de concentração do Terceiro Reich: este número se tornou então a percepção popular sobre as baixas judaicas, e se manteve entre as massas com a ajuda de ativistas como o Simon Wiesenthal Centre. Mas, na verdade, não existe nem mesmo uma base científica ou documental para esse número. O apelo duradouro do dígito seis, com os seis zeros que o seguem, depende de uma predileção humana básica justamente por “números cabalísticos”. Puxa para uma vontade até ‘ fantasiosa’ que o ser humano possui
de envolver numerologia e mágica. É bem provavél que seja a tentativa de apelar, subconscientemente, para o diabólico 666. Além do mais, não houve um holocausto. Para essa palavra ter alguma validade real, ela deve estar relacionada com o seu significado real. O qual vem do grego “holos” (buraco) e “caust”(fogo). A maioria dos judeus mortos pelo Terceiro Reich não foram queimados nos fornos de Auschwitz. Centenas de milhares foram fuzilados no “espaço vital” do leste, trabalharam até a morte, ou morreram de fome em centenas de outros campos pelo Reich. Este programa foi executado por tropas nazistas em 1941, mas apenas informalmente. Estas ações se tornaram organizadas após a Conferência de Wannsee em janeiro de 1942. Apesar de aí ter nascido uma das operações mais satânicas da história, na qual milhões de judeus morreram, você pode usar o nome holocausto apenas como metáfora para descrever este fato. No entanto, transformar esta metáfora em um dogma político, ou uma negação que pode levar à prisão, é criar um código penal/religioso que apenas pessoas como Torquemada (inquisidor espanhol) aprovariam. Eu fiz uma longa pesquisa sobre o bispo Williamson, e na verdade eu não tenho a menor ideia do que ele disse sobre o Terceiro Reich (apesar dele estar sendo chamado de ‘’negador do holocausto’’ para todo lado); parece até que este termo tem algum significado universal. Eu sou um negador do holocausto, mas eu acredito também que os Nazistas planejavam o extermínio do povo judeu até onde seu poder maléfico pudesse chegar. E por causa dos nazistas terem perdido a guerra, o “partido da liberdade de expressão’’ ganhou. Sendo assim, o Bispo pode acreditar no que bem entender, e se quiser, pode até dizer que Auschwitz era uma sorveteria e que a SS era um grupo de dança. Essa é a natureza da liberdade de expressão. Qualquer um de nós pode contradizer qualquer episódio antigo e sem base factual ou até mesmo uma besteira ofensiva sem ser mandado para a cadeia, de forma que não incitemos o ódio a qualquer um. Tratase de mundo livre e igualitário. Será mesmo? Por toda a Europa existem incontáveis Madrasahs Islâmicas (Escolas) onde os Imams vivem propagando o ódio aos judeus e também onde o holocausto é negado rotineiramente. Qual estadomembro da União Européia persegue os comissários do ódio, ou tentam extraditar um Imam que diz que o holocausto é uma farsa sionista? Nenhum. Nós sabemos disso. A União Européia tolerou a criação de um “apartheid historiográfico”. Então por um lado temos um único, excêntrico (e possivelmente perturbado) bispo cristão sendo perseguido por suas crenças anormais: mas por outro lado, existe um grande e incômodo silêncio sobre as distorções do “holocausto” que são feitas pelos oradores Islâmicos. Se o bispo Williamson faz parte de algum grupo, esse grupo é tão maluco que pode ser comparado ao “The Lunar Cheese Society”. Ainda que ele, e outros cristãos chatos como ele, possam ser presos por expor suas crenças, mas ao mesmo tempo, outros ‘’homens de Deus’’, trabalhando em prol de um ideal infinitamente mais sinistro e politizado, são completamente ignorados.
A disparidade é agora uma regra efetiva dentro da União Européia. Voce pode, razoavelmente, chamar isto de “dois pesos e duas medidas”, mas as palavras “racional”, “esperto” e “consistente” não podem de forma alguma descrever esta situação. “Suicida” e “insano”, por outro lado, se encaixam perfeitamente no contexto. Por Kevin Myers FONTE: The Independent Tradução: Antonio Caleari
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