Semiocepção e Sincretismo: Modo de Contato Semioception and Syncretism: Mode of Contact

Gustavo Cardoso Bonin (ECA-USP)

Semiocepção e Sincretismo: Modo de Contato Semioception and Syncretism: Mode of Contact

Resumo: A partir das direções propostas pela epistemologia semiológica-discursiva, trabalho defendido por Waldir Beividas como uma epistemologia de cunho imanente à linguagem, este artigo busca uma aproximação entre o conceito de semiocepção e o conceito de sincretismo. Para as análises das linguagens sincréticas utilizaremos as direções propostas também por Beividas, e seguidas por Natalia Guirado, assim como propomos uma outra ferramenta, um modo de contato, a partir de aproximações com a semiótica tensiva de Claude Zilberberg. . Palavras-Chave: Semiótica Sincrética. Semiocepção. Teatro-Musical. Modo de Contato Abstract: From the directions proposed by semiological-discursive epistemology, Waldir Beividas's work as an epistemology immanent to language, this article seeks an approximation between the concepts of semioception and syncretism. For the analysis of the syncretic languages we will use the directions proposed by Beividas and followed by Natalia Guirado, and propose another tool, a mode of contact, from approaches with the tensive semiotics of Claude Zilberberg. Keywords: Syncretic Semiotics. Semioception. Musical theater. Mode of Contact.

1. Semiocepção: apreensão e compreensão A radicalidade empregada no princípio de arbitrariedade saussuriana levou os textos de Beividas (2015) 1 a defender o que ele chamou de uma terceira via do conhecimento, via essa imanente à linguagem. As defesas são práticas implicativas de uma pesquisa que se preocupou principalmente com duas proposições de base, i) "o estatuto de uma verdadeira epistemologia semiológica-discursiva do conhecimento do mundo e de si pelo homem"; ii) "e o conceito de semiocepção, deduzido diretamente do 1

BEIVIDAS, Waldir A Teoria Semiótica como Epistemologia Imanente (uma terceira via do conhecimento). São Paulo: Edição particular em meio eletrônico, 2015, p.260. Disponível em: