SILVA, F. P. M. . A falácia do fim do poder do dólar.

July 17, 2017 | Autor: F. Prado (Economi... | Categoria: Economia
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A falácia do fim do poder do dólar Por Filipe Prado Macedo da Silva Onde estão os economistas, políticos, analistas financeiros e jornalistas que profetizaram o fim do poder do dólar, em 2008? Pelo visto, esses “profetas” desapareceram […], afinal, compreenderam a “bobagem” que falaram! Agora, mesmo diante de uma nova onda (global) de desvalorização do dólar, é difícil (ou melhor, impossível) acreditar que o dólar perca sua posição de destaque na economia global. Por diversas razões, precisamos ser inteligentes para compreender e, sobretudo, separar em nossas mentes, a impopularidade da política internacional americana da importância do valor social e econômico (global) de sua moeda, o dólar. Vamos enumerar alguns razões que reforçam tal argumento […] O primeiro fato, é que o dólar é a moeda mais antiga em circulação (do mundo), com mais de 200 anos de existência, conferindo confiança e segurança aos agentes econômicos, de que em momentos de crises, a instituição emissora (o Tesouro Americano) garantirá o valor de “face”, diferentemente de outros países (como, por exemplo, o Brasil), que em momentos de crises financeiras, tiveram suas moedas trocadas, substituídas ou invalidadas pela (sua própria) sociedade, como moeda de troca. O segundo fato, é que os próprios americanos acreditam na sua moeda. Ou, você já viu algum americano entesourando euros ou ienes? E se viu, a única razão é a especulação financeira de curto prazo. Enquanto isso, milionários e países estrangeiros acumulam suas riquezas em dólares (note, que é acumular e, não somente especular) – revogando assim sua própria confiança em outras moedas (e, até mesmo, na sua própria moeda nacional). O terceiro fato, é que o dólar “alimenta” muitas outras economias, além dos EUA, ou seja, a política monetária americana influência uma dezena de outros países, que não têm a mínima capacidade de emitir a sua própria moeda. Daí, surge uma pergunta: porque esses países não utilizam o euro? o iene? o iuan? O quarto fato, é que o dólar pertence à economia mais poderosa do mundo. Goste ou não, temos que admitir que os EUA, ainda têm o maior PIB do planeta, e que isso dá base para que sua moeda seja o centro das atenções nas relações de troca internacionais. O quinto fato, é que o dólar é utilizado nas relações de troca mais perigosas e ilegais do mundo – como o tráfico de drogas, de armas e de humanos – o que nos leva a acreditar, que o dólar confere confiança aos “negócios do submundo”. Ou, você já viu algum traficante aceitando peso mexicano? Isso sem contar, os bilhões de dólares “enterrados” e “escondidos em paredes”, ao longo das décadas. O sexto fato é que os EUA detêm a “senhoriagem” internacional, ou seja, faltou money no cofre, basta ligar a impressora, e tudo está resolvido! Finalmente, se conectarmos esses seis fatos descritos, chegamos a conclusão, de que fatalmente os EUA, mediante o dólar, controla a liquidez internacional, e consequentemente, pode manipular, a qualquer momento, o “humor” das economias. Isso se fortalece quando verificamos, operacionalmente, que o valor social e econômico do dólar é maior do que qualquer teoria e filosofia. Assim, se os traficantes e os banqueiros confiam no poder do dólar […] não somos nós que vamos confiar no rand sul-africano, no euro, no iene, no iuan, no real ou no peso mexicano. Infelizmente, não podemos ser mais ingênuos!

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