SILVA, V.M.F. & PINTO, A.K.C., “Castro de S. Caetano. Um importante povoado central nos finais da IIª Idade do Ferro (Monção, Norte de Portugal)”. Férvedes 8.

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Férvedes

Vilalba (Lugo)

Número 8

Año 2015

Pp.: 201 - 208

ISSN 1134-6787

CASTRO DE S. CAETANO. UM IMPORTANTE POVOADO CENTRAL NOS FINAIS DA IIª IDADE DO FERRO (MONÇÃO, NORTE DE PORTUGAL). S. CAETANO HILLFORT. AN IMPORTANT SETTLEMENT IN THE LATE IRON AGE (MONÇÃO, NORTH OF PORTUGAL). Anna Katherine PINTO CAMPOS

Vítor Manuel FONTES SILVA Lab2 PT - Univ. do Minho [email protected]

Univ. do Minho [email protected]

RESUMO A finalidade deste trabalho é dar a conhecer a importância do Castro de S. Caetano, pertencente à freguesia de Longos Vales, concelho de Monção e distrito de Viana do Castelo, especialmente entre o séc. I a.C. e séc. I d.C. Dadas às características proto-urbanas semelhantes às verificadas noutros povoados existentes no Noroeste da Ibéria, este sítio arqueológico desempenhou, nesta região, as funções de um lugar central nos finais da IIª Idade do Ferro. O reconhecimento de minas de época romana, em coarticulação com este locus, leva-nos a admitir que este terá funcionado como ponto de controlo sobre as mesmas. Teremos em atenção os trabalhos arqueológicos realizados no povoado, assim como, a identificação das alterações paisagísticas ocorridas, desde as particularidades urbanísticas até aos trabalhos de mineração desenvolvidos. ABSTRACT The purpose of this work is to demonstrate the importance of S. Caetano hillfort, belonging to the Longos Vales parish, Monção county and the Viana do Castelo district, especially between the 1st century BC - 1st century AD. According to the proto-urban characteristics verified in other settlements in the Northwest of Iberia, this locus held the role of a central place in this region at Late Iron Age. The recognition of romans mines, in association with this site, leads us to admit that this one controlled the mines. We will have in attention the archaeological works developed in the settlement, as well as, the identification of landscape alterations, since the urbanistic particularitities until the mining works that were developed. Palavras-chave: Keywords:

1.-

Castro de S. Caetano, IIª Idade do Ferro e Romanização, exploração mineira. S. Caetano Hillfort, Late Iron Age and Romanization, mining exploration.

INTRODUÇÃO.

O Castro de S. Caetano é um sítio arqueológico localizado no lugar do Outeiro, na freguesia de Longos Vales, concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo, antiga província do Alto Minho, noroeste de Portugal. Segundo a Carta Militar de Portugal, folha nº 69, na escala 1:25 000, as coordenadas geográficas em graus, minutos e segundos, no sistema WGS 84, são as seguintes: Latitude 42º 02’ 19’’ N; Longitude 8º 39’ 25” W (Fig.: 1). O povoado foi implementado num pequeno planalto de planta subcircular, a uma altitude de 342 m, possuindo consideráveis dimensões e com boas condições de defesa natural e uma excelente visibilidade sobre o espaço envolvente, em particular sobre a bacia do rio Minho. A cerca de 350 m para este e para oeste deste local existem duas linhas de água que drenam para

a ribeira de Silvas, parte integrante da bacia hidrográfica do rio Minho. O coberto vegetal do monte é do tipo arbóreo e arbustivo, onde há o predomínio do pinheiro bravo, eucalipto e a ocorrência de fetos, tojo e giestas. Em termos de recursos minerais exploráveis, destaca-se o granito que constitui o substrato geológico predominante no concelho de Monção (Cruz, V., s.d.). A área específica de S. Caetano corresponde a uma zona granítica sin-tectónico varisco de duas micas, de grão médio a fino e lencocrático (granito de Longos Vales) (Cruz, V., s.d.). 2.-

MORFOLOGIA DO POVOADO.

 Sistema defensivo. O Castro de S. Caetano possui três linhas de muralha (Fig.: 2). A primeira linha cintava a zona

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Fig.: 1. Localização do Castro de S. Caetano na freguesia de Longos Vales (elaborado por Carla Martins).

da acrópole e a segunda envolvia o cabeço do monte, contornando o local onde hoje está implantada a capela de S. Caetano. A hipótese da existência da terceira linha de muralha foi apresentado por José Luís Vasconcelos e Abel Viana e Leandro Quintas Neves, na qual apresentam nas suas publicações um esboço topográfico do povoado, desenhado por Diocleciano Torres (Viana, A., 1902; Neves, L.Q, Viana, A., 1959). Maia Marques (1983; 1991) nos seus trabalhos publicados defende a existência desta, no entanto, nunca comprovou em terreno. Nos trabalhos executados por Francisco Sande Lemos e Manuela Martins (Lemos, F.S., et al., 2008; Martins, M., 2013), menciona-se a existência de apenas duas linhas de muralha. No decurso dos trabalhos foi detetada uma possível entrada da muralha exterior do povoado, localizada a norte, no atual parque de estacionamento da capela. Estes interpretaram-na como sendo uma das entradas da segunda linha de muralha (Lemos, F.S., et al., 2008). Porém, com os trabalhos de prospeção realizados pelos autores foi possível detetar os vestígios do troço da terceira muralha, localizada a oeste do monte, assim como, um possível fosso defensivo, localizado a sul (Campos, A.K.P., Silva, V.M.F., 2015; Silva, V.M.F., Campos, A.K.P., 2015). Desta maneira, analisando este conjunto de dados percebeu-se que a porta detetada não corresponderia à

segunda muralha, mas sim, à terceira. No que se refere às dimensões do povoado, inicialmente estimava-se 7 hectares (Lemos, F.S., et al., 2005; Lemos, F.S., et al., 2008; Barra, O., 2006; Martins, M., 2013), com estes novos dados, aponta-se para os 12 hectares aproximadamente. Quanto à construção dos aparelhos defensivos do locus pouco se sabe. Com os trabalhos de escavação realizados na primeira linha de muralha (Silva, V.M.F., Campos, A.K.P., 2015), foi impossível tirar grandes ilações, uma vez que, a área intervencionada encontrava-se bastante perturbada pelas raízes dos pinheiros. No entanto, foi possível compreender que as comunidades aproveitaram as características do terreno da acrópole para implementar o aparelho, o que terá facilitado a sua construção. Esta muralha seria faceada por pedra granítica, sendo o seu preenchimento de terra e cascalho. Teria aproximadamente 2, 50 m de largura e seria, consideravelmente alta com mais de 3 m, dado ao grande derrube escavado próximo deste aparelhoRelativamente à datação do aparelho não se conseguiu determinar, o que será importante em trabalhos futuros alargar esta zona intervencionada (Silva, V.M.F., Campos, A.K.P., 2015). Avaliando, também, as características das outras duas linhas de muralha, consideramos que estas seriam bastante semelhantes no que se refere às técnicas construtivas.

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Fig.: 2. Hipótese do circuito das linhas de muralha do Castro de S.Caetano (elaborado por Ricardo Martins).

 Núcleo habitacional. Apesar das poucas intervenções arqueológicas realizadas, temos conhecimento que as estruturas habitacionais apareciam agrupadas em núcleos de três ou mais construções ligadas por um espaço comum, frequentemente lajeado, definido e separado por muros (Barra, O., 2006; Martins, M., 2013). Os pavimentos destas habitações eram de terra batida (Barra, O., 2006, Martins, M., 2013) ou em argila (Silva, V.M.F., Campos, A.K.P., 2015). As coberturas seriam em colmo, sendo, possivelmente, introduzida a tégula durante a fase da romanização. As estruturas residenciais são, na sua maioria, de planta circular, típicas do período da Idade do Ferro. A circulação entre os núcleos seria efetuada por arruamentos lajeados de grandes extensões (Martins, M., 2013). Igualmente, existiam estruturas que desempenhavam funções de armazenagem de alimentos ou destinadas ao abrigo dos animais. Na zona do pátio residencial as populações poderiam desempenhar tarefas do quotidiano, como a olaria, a metalurgia e a tecelagem (Martins, M., 2013). 3.-

ESPÓLIO.

Do material cerâmico, aponta-se o aparecimento de grande diversidade de fragmentos de cerâmica indígena desde o Bronze Final (Fase I) 1 à

Idade do Ferro (Fase II e III)2. Todavia, destaca-se a cerâmica típica da IIª Idade do Ferro (Fase III), onde as formas mais representativas são os potes, os potinhos, as panelas de asa interior e as talhas (Martins, M., 2013). Igualmente se destaca os numerosos fragmentos de ânforas das formas Haltern 70, e ainda, as Dressel 14 e Dressel 20. Exumou-se também algumas peças de sigillata itálica e gálica (Martins, M., 2013). Estes materiais evidenciam que o povoado deteve contactos comerciais com mercadores mediterrânicos, que navegavam ao longo da costa atlântica e cujas mercadorias chegavam a este locus, através da navegação fluvial do rio Minho. Relativamente aos metais, há conhecimento do aparecimento de um impressionante número de escórias, pregos e um pingo de fundição (Marques, J. A.T.M., 1991; Lemos, F.S., et al., 2005; 2008). 4.-

CRONOLOGIA.

Até ao momento, defende-se que a ocupação do povoado situa-se entre o Bronze Final (finais do II milénio a.C.) ao Alto Império (meados do século I d.C.) (Marques, J.A.T.M., 1991; Martins, M., 2013). Maia Marques (1991) e Manuela Martins (2013) apresentam a hipótese da origem do povoado no Bronze Final, dado ao aparecimento de ce-

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râmicas típicas. Contudo é necessário frisar que estes materiais estão descontextualizados. Manuela Martins (2013) refere que o núcleo primitivo do povoado deveria situar-se na zona da acrópole, que definirá a Fase I da sua ocupação, cujo fim poderá situar-se nos séculos VII-VI a.C., tendo em conta aos dados conhecidos noutros povoados do noroeste português (Silva, A.C.F., 1983; Martins, M., 1990; Bettencourt, A.M.S., 1999; González Ruibal, A., 2006-07; Bettencourt, A.M.S., 2009; Martins, M., 2013). Todavia, nas últimas intervenções foram exumadas no derrube da primeira linha de muralha, um fragmento de vaso campaniforme de tipo “pontilhado geométrico” e um fragmento de pote atribuíveis a uma cronologia do Calcolítico/ Bronze Inicial (?). No entanto, estas não se encontravam in situ (Silva, V.M.F., Campos, A.K.P., 2015). Porém, com o surgimento destes materiais no povoado podemos levantar a hipótese de uma ocupação mais antiga. Há conhecimento da existência de grandes povoados da Idade do Ferro no Minho, com manifestações de ocupação no Calcolítico, como o exemplo de São Julião (Vila Verde), Santa Marta da Falperra (Braga) e Castro de Lanhoso (Póvoa de Lanhoso) (Bettencourt, A.M.S., 2009). Desta forma, só com trabalhos futuros incidentes especificamente na zona da acrópole poderemos responder a estas questões. O povoado terá alcançado um grande dinamismo urbanístico na Fase III, especialmente entre

Fig.: 3. Desmonte localizado no lugar de Serzedo (ID 81).

os séculos I a.C e I d.C., tendo em conta a reorganização interna de determinados grandes povoados no noroeste da Ibéria, devido aos crescentes contactos da Galécia meridional com o mundo romanizado do sul da Península Ibérica, na sequência das campanhas de Decimus Junius Brutus em 138-136 a.C. Defende-se que a partir deste momento se regista uma maior integração das comunidades nativas, que estará na origem da criação de unidades sociopolíticas mais amplas que o próprio castro, sugestivas da passagem de sociedades de tipo segmentário para sociedades hierarquizadas (Martins, M., 1990; Martins, M., Lemos, F.S., Pérez Losada, F., 2005; Martins, M., 2013). 5.-

Fig.: 4. Galeria localizada no lugar de Paradela (ID 69).

A MINERAÇÃO EM ÉPOCA ROMANA E O SEU ENQUADRAMENTO.

O conhecimento da exploração mineira de época romana no concelho de Monção é escassa, havendo apenas alguns trabalhos publicados que aludem a existência de minas nesta região nas proximidades do rio Minho (C. Domergue, 1987: 531; 1990; Pérez Losada, F., 2002; Currás Refojos, B.X., López González, L.F., 2011; Currás Refojos, B.X., 2014). Há referências de exploração aurífera na zona do rio Minho e em vários rios subsidiários, especialmente, em torno de Salvaterra do Minho (Galiza), onde se constatou a aparição de partículas de ouro com um tamanho considerável, entre 380 e 470 μm (Fernández Piñeiro, J.L., Ruiz Mora, J.E., 2003). Dado a estes dados e à proximidade territorial com Monção, parece-nos que já em tempos remotos, particularmente na Idade do Ferro, as comunidades existentes nas imediações do rio Minho, realizariam exploração dos depósitos primários. As comunidades da Idade do Ferro detinham tecnologia necessária para identificar as zonas mineralizadas e a capacidade de realizar extração da rocha para obter o minério, dado à quantidade significativa de materiais metálicos detetados nas maiorias dos povoados do noroeste da Ibéria.

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ID

Designação

Tipo de sítio

ID

Designação

Tipo de sítio

1

Castro de S. Caetano

Povoado

40

Minas de Cortes

Mina

2

Castro da Sr.ª da Assunção

Povoado

41

Minas de Cortes

Mina

3

Castro de Cambeses

Povoado

42

Minas de Cortes

Mina

4

Castro de Lara

Povoado

43

Minas de Ruivas

Mina

5

Monte dos Penedos

Povoado

44

Minas de A Graña

Mina

6

Couto de Trute

Povoado

49

Minas de A Graña

Mina

7

Cividade de Anhões

Povoado

50

Minas de Seixegal

Mina

8

Castro do Outeiro da Torre

Povoado

51

Medáns III

Mina

9

Castro da Sr.ª da Vista

Povoado

52

Medáns III

Mina

10

Crastêlo (Tangil)

Povoado?/Atalaia?

53

A Corga da Zorra

Mina

11

Monte Redondo

Povoado

54

A Corga da Zorra

Mina

13

Castro da Sr.ª da Graça

Povoado

55

Galeria do Reguengo 1

Mina

14

Quintenda

Povoado

56

Galeria do Reguengo 2

Mina

15

Cividade de Riba de Mouro

Povoado

57

Galeria do Reguengo 3

Mina

16

Bustavade

Povoado?

58

Corta do Reguengo 1

Mina

17

Côtos Aguçados

Povoado

59

Galeria do Reguengo

Mina

18

Coroa

Povoado?

60

Galeria de Cavenca 1

Mina

19

Monte das Barrocas

Povoado?/Atalaia

61

Galeria de Cavenca 2

Mina

20

Castro do Mendoeiro

Povoado

62

Galeria de Cavenca 3

Mina

21

Penha da Rainha

Povoado?/Castelo medieval

63

Mina

22

Castro de Monção

Povoado?

64

23

Povoado da Subidade

Povoado

24

Necrópole de Cortes

Mina

66

Desmonte de Outeiro 4

Mina

25

Reiriz

67

Desmonte de Outeiro 5

Mina

26

Ponte de Troporiz

Necrópole Indeterminado/ Epigrafia votiva Ponte

65

Trincheiras de Outeiro 1 Galeria/Trincheiras de Outeiro 2 Galeria do Outeiro 3

68

Galeria de Outeiro 6

Mina

27

Necrópole de Outeiro

Necrópole

69

Galeria de Paradela 1

Mina

28

Mosteiro de Longos Vales

Povoado?

70

Galeria de Cavenca 4

Mina

29

Côtos Aguçados

Sítio fortificado Tardo antigo

71

Galeria de Cavenca 5

Mina

30

Corôa

Sítio fortificado Tardo antigo

72

Desmonte de Cavenca 6

Mina

31

Cristêlo

Indeterminado

73

Galeria da Costa 1

Mina

32

Lara

Indeterminado

74

Corta do Reguengo 6

Mina

33

Lordelo de Baixo

Indeterminado

75

Galeria de Castelo 1

Mina

34

Torre de Lapela

Indeterminado

76

Galeria de Passos 1

Mina

35

Indeterminado

77

Galeria de Passos 2

Mina

Indeterminado

78

Trincheira de Passos 3

Mina

37

Monte das Barrocas Castelo de A Moura/Cova da Moura Minas de Cortes

Mina

79

Galeria da Costa 2

Mina

38

Minas de Cortes

Mina

80

Galeria de Samarão 1

Mina

39

Minas de Cortes

Mina

81

Complexo de Serzedo

Mina

36

Mina

Quadro 1. Inventário do concelho de Monção.

Porém, em época romana a exploração foi sistemática e intensiva, tanto através da exploração primária e por aluvião, como pelos depósitos secundários. Dada a uma tecnologia de extração mais complexa, os romanos adotam, maciçamente, a metodologia de extração a céu aberto e/ou por galerias, o que veio alterar por completo a paisagem, deixando até aos dias de hoje essas marcas. Com os consecutivos trabalhos de prospeção realizados pelos signatários na freguesia de Longos Vales, especialmente nas envolvências do Castro de S. Caetano, foram detetadas uma concentração de vestígios de exploração mineira de época romana considerável. Desta maneira, podemos apontar que a exploração mineira não ocorreu exclusivamente nas margens do rio Minho. Na dita freguesia, foram inventariadas até ao momento 27 vestígios dessa atividade, desde desmontes (Fig.: 3), trincheiras, poços e galerías (Fig.: 4) (Campos, A.K.P., Silva, V.M.F., 2015). Destas áreas de mineração romana procurou

recolher-se amostras de encosto e/ou filão quartzoso, de modo a concretizarem-se análises para identificação dos elementos químicos dominantes através do método de fluorescência de raios X (XRF). As mesmas foram levadas a cabo na Contrastaria do Porto, utilizando-se o Spectro X-Test com uma profundidade de campo de 3 μm. O resultado das análises apontam os seguintes elementos: ouro, ferro e chumbo. Para comprovar a autenticidade das análises anteriores, recolheu-se, igualmente, uma amostra de água de uma mina localizada junto ao castro, na qual esta é utilizada para regadio e consumo. Esta revelou uma percentagem elevada de metais pesados, nomeadamente alumínio (
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