Sintomas depressivos em adolescentes usuários de drogas institucionalizados e não-institucionalizados

June 7, 2017 | Autor: Marcia Fortes Wagner | Categoria: Rio Grande do Sul, Conduct Disorder, Beck Depression Inventory, Depressive Symptoms
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Sintomas depressivos em adolescentes usuários de drogas

Sintomas depressivos em adolescentes usuários de drogas institucionalizados e não-institucionalizados Margareth da Silva Oliveira 1 Márcia Fortes Wagner 2 Luís Fernando Zambom 3 Paulo Renato Vitória Calheiros2 Resumo Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa acerca dos sintomas depressivos em adolescentes usuários de maconha. O Inventário de Depressão de Beck (BDI) foi aplicado em 62 adolescentes usuários de maconha atendidos em clínica-escola, encaminhados pelo sistema de justiça do Rio Grande do Sul. Do total de indivíduos da amostra, 23 são institucionalizados e 39 não são institucionalizados. O objetivo do estudo foi investigar a presença de sintomas depressivos em adolescentes abusadores ou dependentes de maconha, considerando-se as três subescalas do BDI: sintomas afetivos, preocupações e desinteresse pela vida. Os achados dessa pesquisa revelaram a presença de sintomas depressivos relacionados à utilização da maconha e apontaram para a presença de comorbidades tais como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e Transtorno de Conduta. Na subescala sintomas afetivos, foi possível encontrar diferença estatística significativa entre os pacientes institucionalizados e não institucionalizados, havendo presença de maiores escores para a depressão nos pacientes institucionalizados.

Palavras-Chave: Sintomas depressivos; adolescentes; maconha.

Depressive Symptoms in adolescents drug users institutionalized and not institutionalized Abstract This article presents the results of a research about the depressive symptoms in using marijuana adolescents. The Beck Depression Inventory (BDI) was applied in 62 adolescents users of marijuana in clinic-school directed by the system of justice of the Rio Grande do Sul. Of the total of individuals of the sample, 23 are institutionalized and 39 are not institutionalized. The objective of the study was to investigate the presence of depressive symptoms in adolescent abusers or dependents of marijuana, considering itself three subescalas of the BDI: emotion symptoms, concerns and disinterest for the life. The findings of this research had disclosed the presence of related depressive symptoms to the use of marijuana and had pointed with respect to the presence of comorbidades such as Attencion-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) and Conduct Disorder. In the sub-scale emotion symptoms, were possible to find difference significant statistical between the institutionalized patients and not institutionalized, having presence of greaters scores of depression in the institutionalized patients.

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Doutora em Ciências, Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS. E-mail: [email protected]. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Avenida Ipiranga nº 6681, Prédio 11, 9º andar, Sala 932, Porto Alegre, CEP 90619-900 Fone: (51) 3320-3633 R: 7742. 2 Mestranda em Psicologia Clínica, Bolsista CNPq, PUCRS. 3 Psicólogo, PUCRS. 2 Doutorando em Psicologia, Bolsista CAPES, PUCRS.

Revista de Psicologia da UnC, vol. 3, n. 1, p. 21-29 www.nead.uncnet.br/revista/psicologia

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Key-Words: Depressive symptoms; adolescents; cannabis.

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Na adolescência, o abuso de substâncias vem aumentando e tornando-se um grave problema, acarretando prejuízos em esferas importantes da vida dos jovens, tais como área social, familiar, acadêmica, profissional, entre outras.

Segundo Pinsky e Bessa (2004), a depressão tem especial importância, porque é o transtorno mental mais freqüentemente associado ao uso de substâncias, como aponta um importante estudo da Área de Coleta Epidemiológica, realizado nos EUA. Nesse estudo, verificou-se que um terço das pessoas com transtornos de humor tem também um transtorno co-mórbido por uso de drogas.

Os dados epidemiológicos encontrados por Carlini, Galduróz, Noto e Napo (2001) constataram um aumento no consumo de drogas na grande maioria das cidades brasileiras. Da população estudada, 19,4% já fez uso de drogas na vida. Em relação aos estudantes na faixa etária entre 12 a 17 anos, 3,5% elegeram a maconha como a droga de escolha. Nos jovens de 18 a 24 anos, 9,9% confirmaram o uso da maconha, sendo que 1% da população deste estudo foi considerada dependente, correspondendo a um total de 451.000 pessoas. A maconha, entre as drogas ilícitas, é a mais usada no Brasil. Como ocorre com a maioria das outras drogas ilícitas, a maconha é mais freqüentemente utilizada por homens (American Psychiatric Association, 2002). Tavares, Béria e Lima (2001), confirmaram estes dados num estudo de prevalência do uso de drogas entre adolescentes de escolas de Ensino Médio, constatando que, entre as drogas de uso ilícito usadas, a maconha apareceu em primeiro lugar e com maior uso por meninos. Segundo Noto (2004), foi feito um levantamento em 1997 entre estudantes e 7,6% desses jovens relataram já ter experimentado maconha ao menos uma vez na vida. As capitais que mais apresentaram consumo estão na região Sul, sendo 11,9% em Curitiba e 14,4% em Porto Alegre. Na prática clínica, é bastante freqüente que adolescentes abusadores ou dependentes de drogas apresentem comorbidades, ou seja, um transtorno por uso de substância psicoativa combinado com outro transtorno, tais como ansiedade e depressão, situação na qual um influenciará negativamente o curso e a evolução do outro (Bessa, 2004; APA, 2002).

A literatura vem levantando essa questão, se o abuso de maconha aumenta a incidência de depressão, ou se a depressão aumenta a incidência do uso de maconha. De qualquer forma, alguns estudos afirmam que, em adolescentes, os episódios depressivos freqüentemente estão associados com comorbidades, entre elas, o Transtorno Relacionado a Substâncias, que se caracteriza pelo uso ou abuso de substâncias psicoativas, o Transtorno do Comportamento Disruptivo, o Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade e os Transtornos de Ansiedade, entre outros (Wagner, 2003). Há duas teorias principais para explicar o surgimento de depressão em usuários de maconha. Do ângulo biológico, o THC (TetraHidroCanabinol) ocasionaria uma deficiência de serotonina e outros neurotransmissores, mas ainda não há um modelo animal que suporte essa hipótese. Outra possível explicação é a de que o uso da maconha ocasionaria uma seqüência de eventos desencadeadores de estresse na vida que predisporiam à depressão, evasão escolar e dificuldades cognitivas (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2005). Os achados de Oliveira (2005) vêm confirmar algumas questões a respeito da associação do uso de substâncias psicoativas com outros transtornos. Em uma avaliação realizada com 39 adolescentes usuários de maconha, foi constatada a presença de comorbidades, sendo que 37% da amostra preenchiam critérios para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, 30% para Transtorno de Conduta e 17% para Transtorno Desafiador de Oposição. Da população estudada, 83% usavam tabaco e 54% álcool.

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Ao realizarem uma revisão sobre o tema, Degenhardt, Hall e Lynskey (2003) e Bovasso (2001) concordaram que existe alguma associação entre o uso de maconha e a depressão. Relatam que evidências de estudos longitudinais sugerem que o uso pesado de maconha pode aumentar os sintomas depressivos em alguns usuários, mas que é ainda cedo para excluir a hipótese de que essa associação é causada pelo meio social, família e fatores contextuais, os quais aumentam o risco para o uso de maconha e depressão. Sugerem novos estudos, mas referem que é inegável que os padrões de uso de maconha nas sociedades desenvolvidas trazem, pelo menos, uma modesta contribuição na prevalência de depressão na população.

aplicação do Inventário de depressão de Beck – BDI, os resultados mostraram que 25% dos jovens apresentaram sintomas depressivos moderados e 22% sintomas depressivos severos, concluindo que jovens institucionalizados apresentam uma alta prevalência de transtornos mentais, usualmente não diagnosticados, sendo comum as comorbidades. Da amostra estudada, 41% apresentaram abuso de drogas, 27% abuso de álcool e 29% algum outro transtorno.

Corroborando com esses estudos, Patton, Coffey, Carlin, Degenhardt et al (2002) pesquisaram 1601 estudantes com idade entre 14 a 15 anos por um período de sete anos e relatam em seus achados que o uso semanal, ou mais freqüente, de maconha em adolescentes pode ser preditivo para o aumento do risco para depressão tardia e ansiedade, com usuários diários correndo um risco maior. Abordando a questão do uso de maconha e desajuste da população jovem, Fergusson, Horwood e Swain-Campbell (2002) fizeram um estudo longitudinal com 1265 adolescentes da Nova Zelândia dos 15 aos 21 anos. Concluíram que o uso de maconha, particularmente o uso regular ou pesado, está associado com aumento dos índices de problemas de desajustes nos adolescentes e adultos jovens, como por exemplo, uso de outras drogas ilícitas, envolvimento em crimes, depressão e comportamentos suicidas, sendo que esses efeitos adversos iniciam de forma mais evidente nos usuários regulares que estão em idade escolar, tendo declínio com o aumento da idade. Domalanta, Risser, Roberts, e Risser (2003), realizaram um estudo com 1024 sujeitos para determinar a prevalência de transtornos mentais em adolescentes institucionalizados. A partir da

Jaffee (2004) relata que o uso de substância em adolescentes é altamente relacionado com transtornos de conduta, e que estes jovens raramente procuram ajuda espontaneamente, mas, geralmente, são forçados pelo sistema de justiça. Este fator faz muita diferença quanto à ambivalência com relação ao uso de drogas, pois quando se procura ajuda para lidar com as drogas há um certo grau de consciência que leva a isso, enquanto que quando se é forçado a participar de um tratamento, isso não ocorre. Segundo Gonzalez e Mendonça (2003), sem dúvida a coexistência do Transtorno de Conduta com a Dependência de Drogas é uma das mais freqüentes patologias comentadas. Esta concomitância muitas vezes é difícil de discriminar, visto que o dependente de drogas geralmente resiste em pedir ajuda quando está consumindo e, possivelmente, é obrigado por outras pessoas que estão ao seu redor. O uso de drogas e sua repercussão na sociedade é motivo de muitas pesquisas e debates no mundo inteiro, e muitos de seus fatores associados permanecem desconhecidos. Por isso, são necessários estudos que possam trazer um maior esclarecimento sobre a relação entre uso de drogas, depressão e outras comorbidades. O objetivo deste estudo foi investigar a gravidade dos sintomas depressivos nos adolescentes usuários de drogas, considerando-se as três subescalas do BDI: sintomas afetivos, preocupações e desinteresse pela vida, e a prevalência de comorbidades quando ingressavam num programa de recuperação psicossocial decorrente do uso de substâncias psicoativas.

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MÉTODO

Escalas Beck de Depressão e Ansiedade (Cunha, 2001).

Participantes A amostra foi constituída por 62 adolescentes do sexo masculino abusadores ou dependentes de maconha que foram encaminhados pelo sistema de justiça por terem cometido ato infracional e ingressaram no atendimento psicológico da clínica-escola da Faculdade de Psicologia da PUCRS, no programa de atenção especial aos adolescentes usuários de drogas. A amostra foi dividida em dois grupos: 23 adolescentes institucionalizados e 39 não institucionalizados. Critérios de inclusão Os critérios de inclusão nesse estudo foram os seguintes: ter cometido um ato infracional, estar vinculado ao sistema de justiça, ser usuário de maconha e/ou outras drogas, estar cursando ou ter cursado no mínimo a 5ª série do Ensino Fundamental e idade entre 13 a 21 anos. Critérios de exclusão Foram excluídos da amostra sujeitos que apresentaram síndrome de privação grave, que possibilitaria a alteração do desempenho nos instrumentos e com patologia grave, que tornaria difícil a compreensão do tratamento, bem como estar em tratamento terapêutico sob a forma de internação ou ambulatorial, exceto controle de medicação. Também foram excluídos os sujeitos que apresentaram déficits cognitivos medidos pelo screening do WIS-III ou WAIS-III e escolaridade inferior a 5ª série do Ensino Fundamental. Instrumentos Na presente pesquisa, foram utilizados os seguintes instrumentos: protocolo de dados sóciodemográficos, entrevista semi-estruturada baseada no DSM-IV-TR (APA, 2002) para identificar dependência ou abuso de substâncias, padrão de consumo e diagnóstico de comorbidades e as

O Inventário de Depressão de Beck (BDI) tem como objetivo avaliar a intensidade de sintomas depressivos, tratando-se de um questionário com 21 grupos de informações com quatro alternativas, que podem ter escore 0, 1, 2 ou 3. As normas da versão brasileira classificam a intensidade da depressão em mínimo (0-11), leve (12-19), moderado (20-35) e grave ( 36-63). Nesse estudo, utilizaremos também as subescalas que envolvem itens cognitivo-afetivos, queixas somáticas e de desempenho, as quais consistem nas seguintes subescalas: sintomas afetivos; preocupações e desinteresse pela vida (Cunha, 2001). A versão em português do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) tem por objetivo identificar a intensidade de sintomas de ansiedade, tanto em pacientes psiquiátricos como na população em geral. Consiste num questionário de 21 sintomas, numa série escalar de 0 a 3 pontos, sendo que, nas normas brasileiras, a pontuação obtida pode ser classificada em mínimo (010), leve (11-19), moderado (20-30) e grave (31-63) (Cunha,2001). Procedimentos Os adolescentes foram encaminhados pelo sistema de justiça do Estado do RS para execução de medida sócio-educativa ao Serviço de Atendimento Psicológico e Pesquisa (SAPP) da Faculdade de Psicologia no LABICO (Laboratório de Intervenções Cognitivas) para o programa especializado no atendimento a essa clientela e foram avaliados individualmente, para obtenção de dados pessoais, diagnóstico e screening cognitivo. Os 62 adolescentes foram divididos em dois grupos: Institucionalizados (GI): Adolescentes que, por medida de execução sócio-educativa, necessitam cumprir a pena em regime fechado nas instituições abrigadas do estado do RS. Não institucionalizados (GNI): Adolescentes que recebem uma medida de execução sócio-educativa para tratamento sem necessidade de reclusão social. Revista de Psicologia da UnC, vol. 3, n. 1, p. 21-29 www.nead.uncnet.br/revista/psicologia

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O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS. Os adolescentes maiores de 18 anos assinaram termo de consentimento livre e esclarecido e os menores tiveram o termo assinado também por seus responsáveis. O termo assegura sigilo e confiabilidade sobre a identidade dos participantes e permite que os dados obtidos no atendimento sejam usados para pesquisa.

Na avaliação do desempenho escolar foi observado que 61,5% dos sujeitos não-institucionalizados cursam o ensino fundamental e 38,5% estão no ensino médio, já no que se refere aos indivíduos institucionalizados, 91,3% estão no ensino fundamental e apenas 8,7% cursam o ensino médio.

RESULTADOS

Quanto à intensidade dos sintomas de ansiedade no GI, a média obtida foi de 9,78 (DP= 7,966) e no GNI, a média foi de 11(DP= 10,390), não evidenciando diferenças significativas entre os grupos.

A maconha era a principal droga utilizada por esses adolescentes. O consumo diário relatado era de pelo menos um cigarro de maconha. A idade média do início do uso foi de 13,65 (idade mínima de 9 anos e idade máxima de 17 anos). Do total de adolescentes que participaram do estudo, 41,9 % apresentam um nível sócioeconômico baixo, 27,9% médio-baixo, 20,9% na faixa média, enquanto 7% encontram-se no nível médio-alto e apenas 2,3% no nível alto. Do total de adolescentes, 14 (22,6%) apresentaram Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), 21 (33,9%) apresentaram transtorno de conduta, dos quais 1 (4,8%) com sintomas graves de depressão, e 7 (33,3%) apresentaram sintomas moderados de depressão. Estes dados mostram a presença de comorbidades em adolescentes abusadores ou dependentes de maconha, com a presença de sintomas depressivos associados a transtorno de conduta (p = 0,008). Não apresentaram transtorno de conduta 66,1% da amostra, sendo que destes, 2,4% com sintomas depressivos graves e 22% com sintomas depressivos moderados.

Na escala de ansiedade, a média foi de 10,55 (DP= 9,512), sendo que o resultado da média representa sintomas mínimos de ansiedade.

Na escala de depressão, a média foi de 14,9 (DP= 9,104), considerada com predominância de sintomas leves. No GNI, os resultados do BDI comprovaram que 2,6% dos adolescentes apresentaram sintomas graves de depressão e 17,9% sintomas moderados. Já no GI 4,3% apresentaram sintomas graves e 39,1% sintomas moderados de depressão. Do total da amostra, 3,2% com sintomas graves de depressão e 25,8% com sintomas moderados. As subescalas, sob ponto de vista clínico, indicam um dado promissor. Utilizando as normas brasileiras para classificar a intensidade da depressão, verificou-se que as três subescalas têm o poder de discriminar adolescentes com menos depressão (nível mínimo e leve: de 0 à 19 pontos) e mais depressão ( nível moderado e grave: de 20 à 63 pontos). Foram estudados os sintomas de depressão do GI e GNI, no que se refere aos escores das subescalas do BDI. Os achados do GI são ilustrados no tabela 1. No que se refere às subescalas no grupo de adolescentes não institucionalizados (GNI), os dados são ilustrados na tabela 2.

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Tabela 1. Médias e desvios padrão de adolescentes institucionalizados (GI) com menos sintomas de depressão (n=13) e mais sintomas de depressão (n=10) nas três subescalas do BDI.

Subescalas

Sintomas de depressão

Média

DP

t

p

Sintomas afetivos

Menos Mais

6,4615 13,1000

4,215 1,969

-5,012

0,000

Preocupações

Menos Mais

4,5385 9,3000

2,787 3,560

- 3,486

0,003

Desinteresse pela vida

Menos Mais

1,2308 4,200

1,363 1,549

-4,798

0,001

Tabela 2. Médias e desvios padrão de adolescentes não institucionalizados com menos sintomas de depressão (n=32) e mais sintomas de depressão (n=7) nas três subescalas do BDI

Subescalas

Sintomas de depressão

Média

DP

Sintomas afetivos

Menos Mais

3,0313 11,1429

2,767 2,340

-8,027

0,000

Preocupações

Menos Mais

4,500 9,142

2,994 4,220

-2,763

0,027

Desinteresse pela vida

Menos Mais

1,406 4,571

1,291 2,299

-3,536

0,010

Foi aplicado o teste estatístico não paramétrico Mann Whitney U para comparar as subescalas do BDI nos grupos institucionalizados e não institucionalizados. Salienta-se que, na subescala sintomas afetivos, houve diferença

t

p

estatisticamente significativa. A comparação dos escores das subescalas no grupo institucionalizados (GI) e no grupo não institucionalizados (GNI) parece útil para uma avaliação da depressão. Na tabela 3 são apresentados os achados.

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Tabela 3. Comparação das subescalas entre os adolescentes institucionalizados (GI) e não institucionalizados (GNI).

Subescalas

Média Rank (GI)

Média Rank(GNI)

p

Sintomas afetivos

42,20

25,19

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