SISTEMAS DINÂMICOS E TEORIA DO CAOS: Uma abordagem aplicada a Mecânica da Fratura,
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA/SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL/ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA
SISTEMAS DINÂMICOS E TEORIA DO CAOS: Uma abordagem aplicada a Mecânica da Fratura, por Lucas Máximo Alves
CURITIBA – PARANÁ MARÇO – 2007
LUCAS MÁXIMOALVES
SISTEMAS DINÂMICOS E TEORIA DO CAOS: Uma abordagem aplicada a Mecânica da Fratura,
CURITIBA – PARANÁ MARÇO – 2007 LUCAS MÁXIMOALVES
SISTEMAS DINÂMICOS E TEORIA DO CAOS: Uma abordagem aplicada a Mecânica da Fratura,
Apostila organizada como resultado do estudo das aulas para obtenção de créditos da Disciplina de SISTEMAS DINÂMICOS E TEORIA DO CAOS do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos do Setor de Tecnologia/Setor de Ciências Exatas, Departamento de Engenharia Civil/Departamento de Matemática da Universidade Federal do Paraná
Orientador: Prof. Dr. Maurício Gobbi Orientador: Prof. Dr.
CURITIBA – PARANÁ MARÇO – 2007
Dedicatória
Dedico,
Agradecimentos Agradeço a Deus pelo seu imenso amor e misericórdia revelado nas oportunidades que a vida me trouxe. Quero também agradecer: À minha Família pelo apoio emocional e espiritual, ao meu orientador o Prof. Dr. ....., ao meu Co-Orientador o Prof. Dr. .... , a Maristela Bradil pela amizade e dedicação com que nos atende, aos amigos, ...., .... ...., ......., e toda a galera do CESEC.
Epígrafe
“vida é um algo multidimensional cuja imprevisível curvatura temporal só é conhecida quando se experimenta os fatos a cada dia e, mesmo assim, não se consegue prever com exatidão a curvatura temporal dos fatos seguintes, mesmo que se expanda esta (a curvatura futura) numa vizinhança em torno do fato no instante presente” (Lucas M. Alves)
Sumário Capítulo – I ...............................................................................................................................14 INTRODUÇÃO........................................................................................................................14 1. 1 – Apresentação do curso...................................................................................................14 1. 2 – Conceitos Básicos..........................................................................................................15 1.2.1 – Graus de Liberdade....................................................................................................... 15 1.2.2 – Sistema ......................................................................................................................... 15 1.2.3 – Sistema Autônomo ....................................................................................................... 15 1.2.4 – Sistema Não-Autônomo ............................................................................................... 15 1.2.5 – Sistema Conservativo ................................................................................................... 15 1.2.6 – Sistema Dissipativo ...................................................................................................... 15 1.2.7 – Equilibro Estável .......................................................................................................... 15 1.2.8 – Equilíbrio Instável ........................................................................................................ 15 1.2.9 – Estabilidade Estrutural.................................................................................................. 15 1.2.10 – Diagrama ou Retrato de Fases ................................................................................... 15 1.2.11 – Linhas de Fluxo .......................................................................................................... 16 1.2.12 – Ponto Fixo ou Estacionário ........................................................................................ 16 1.2.13 – Atrator......................................................................................................................... 16 1.2.14 – Bifurcação................................................................................................................... 16 1.2.15 - Bacia de Atração ......................................................................................................... 16 1. 3 – Exemplos e Simulações .................................................................................................24 1. 4 – Oscilador de Duffing .....................................................................................................25 1. 5 – Oscilador com excitação vertical no suporte.................................................................29 1. 6 – Conclusão ......................................................................................................................39 1. 7 – Referências Bibliográficas.............................................................................................40
Lista de Figuras Figura - 1. 1. Representação esquemática de um oscilador......................................................25 Figura - 1. 2. Plano de fase x1 x x2 para o sistema (50) , 0.16 , 0,4 , 0.2 e c 0.04 ....................................................................................................................................27 Figura - 1. 3. Mapa de Poincaré para o sistema (50) 0.16 , 0.4 , 0.2 , e c 0.04 .. ...................................................................................................................................27 Figura - 1. 4. Diagrama de bifurcação do sistema (50) 0.16 , 0.4 , 0.2 e c 0.04 ....................................................................................................................................28 Figura - 1. 5. Representação esquemática de um oscilador com excitação vertical no suporte e com um amortecimento c . .....................................................................................................29 Figura - 1. 6. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada para a obtenção da energia cinética.....................................................................................................29 Figura - 1. 7. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada u para a obtenção da energia cinética. ...................................................................................................................30 Figura - 1. 8. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada para a obtenção da energia potencial...................................................................................................31 Figura - 1. 9. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada u para a obtenção da energia potencial. .................................................................................................................32 Figura - 1. 10. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.....................34 Figura - 1. 11. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.....................35 Figura - 1. 12. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.....................36 Figura - 1. 13. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.....................37 Figura - 1. 14. Diagrama de bifurcação para diferentes intervalos de b. (a) b=1.7 até b=2.2. (b) b=2.2 até b=3. ...........................................................................................................................37
Lista de Tabelas
Lista de Siglas
Lista de Símbolos
Resumo
Abstract
Capítulo – I INTRODUÇÃO RESUMO
1. 1 – Apresentação do curso
1. 2 – Conceitos Básicos
1.2.1 – Graus de Liberdade
1.2.2 – Sistema É todo objeto cujas partes exibem um comportamento depende ou interelacionado com o todo gerando uma estrutura organizada.
1.2.3 – Sistema Autônomo
1.2.4 – Sistema Não-Autônomo
1.2.5 – Sistema Conservativo
1.2.6 – Sistema Dissipativo
1.2.7 – Equilibro Estável
1.2.8 – Equilíbrio Instável
1.2.9 – Estabilidade Estrutural Um sistema é estruturalmente estável se campos vetoriais suficientemente próximos têm retratos de fases equivalentes
1.2.10 – Diagrama ou Retrato de Fases
1.2.11 – Linhas de Fluxo
1.2.12 – Ponto Fixo ou Estacionário
1.2.13 – Atrator Ë o ponto para o qual convergem as trajetórias no espaço de fases depois de um tempo suficientemente longo
1.2.14 – Bifurcação
1.2.15 - Bacia de Atração É o conjunto de toadas as possíveis condições iniciais que converge para o mesmo atrator.
Capítulo – II FLUXO NO ESPAÇO DE FASE RESUMO
2. 1 – Introdução
2. 2 – Determinismo, Fluxo de Fase e Teorema de Liouville
2.2.1 – Estado Dinâmico de um Sistema O Estado Dinâmico de um Sistema é definido por n variáveis no tempo, t,
X ( t ) x1 ( t ) , x 2 ( t ),..., x n ( t )
(2. 1)
geometricamente este é um ponto em um espaço n-dimensional chamado de Espaço de Fase. Pelo determinismo isto significa que existe uma regra definitiva. Se o estado X(t) ocorre então este surge por uma seqüência de passos de um estado definido X(to) a um tempo anterior to < t. Em outras palavras, se X(t) ocorre então X(to) deve ter ocorrido anteriormente. Como pode acontecer em um sistema não-linear, uma não-unicidade pode surgir. Uma condição inicial X(to) pode dar lugar a duas ou mais soluções. Mas isto é somente uma complicação. O principal ponto é que não existe aleatoriedade ou possibilidade de livre escolha na evolução temporal de um estado para outro. O futuro é fixado uma vez e para todo pelo passado. Define-se um sistema dinâmico por um sistema de equações diferenciais.
x i ( t ) V i x1 ( t ) , x 2 ( t ),..., x n ( t ), t ,
(2. 2)
Com um parâmetro de controle ( pode também denotar uma seqüência de parâmetros de controles). O determinismo está implícito no fato de que as soluções dependem apenas das condições iniciais, bem como apenas de t e .
x i ( t )
i
x1 ( to ), x 2 ( t o ),...,
x n ( t o ), t o ,
(2. 3)
Dado que iniciou-se o assunto com Equações Diferenciais, é natural tentar pensar na coleção de trajetórias no Espaço de Fase como um fluxo análogo ao fluxo de um fluido. Por sua vez, supões-se que o lado direito de (2. 2) é independentemente do tempo t, o que significa que nós restringimos nossas considerações para sistemas auto-reguláveis (autônomo), por onde a solução (2. 3) dependem somente e apenas da diferença de tempo t – to. A extensão para sistemas com uma contribuição para o lado direito que varia periodicamente com t é dado na secção 1.4. Uma linha de corrente do fluxo e uma trajetória do sistema dinâmico, e o campo de velocidades
V V i V 1 , V 2 ,..., V n
(2. 4)
é em todo o ponto tangente as linhas de corrente. O análogo do fluxo de uma massa finita do fluido é o tubo de linhas de corrente traçada pelo desenvolvimento do tempo, começando de um elemento de volume finito do espaço de fase.
( t o ) x1 ( t o ) , x 2 ( t o ),..., x n ( t o )
(2. 5)
Todo ponto neste elemento de volume é uma condição inicial de (2. 2) e assim para cada ponto de fase existe uma trajetória conforme t aumenta a coleção destas trajetórias formam um cilindro, ou tubo, no espaço de fase conforme mostra a Figura - 2. 1.
Figura - 2. 1. Tubo de linhas de corrente no espaço de fase emananado de uma bola de condições iniciais.
Na natureza, nós nunca podemos especificar a localização de um ponto com precisão infinita, tal que um valor finito de
(t o ) geometricamente representa a ignorância
finita que é presente no início de todo experimento ou seqüência de observações. Será visto nos capítulos subseqüentes que a diferença qualitativa entre a evolução de trajetórias de sistemas caóticos e não-caóticos estende-se na maneira com que a forma de
(t o ) varia
conforme o tempo passa. Vamos por sua vez estabelecer ao lado da questão de como diferenciar significativamente da forma de
(0) pode
(t ) e concentrar, ao invés disso, apenas na
questão mais fácil. Como o tamanho do elemento de volume varia com o tempo? Porque:
( t o ) J ( t o ) ( 0 )
(2. 6)
onde nós tomamos to = 0, e onde
J (t )
x1 ( t ) , x 2 ( t ) ,..., x n ( t ) x1 ( 0 ) , x 2 ( 0 ) ,..., x n ( 0 )
(2. 7)
é o determinante de Jacobi da transformação (2. 3) (nós queremos pensar de (2. 3) como uma transformação de coordenadas de um par6ametro com t) nós precisamos somente estudar a derivada.
dJ ( t ) x1 ( t ) , x 2 ( t ) ,..., x n ( t ) x 1 ( t ) , x 2 ( t ) ,..., x n ( t ) .. dt x 1 ( 0 ) , x 2 ( 0 ) ,..., x n ( 0 ) x1 ( 0 ) , x 2 ( 0 ) ,..., x n ( 0 )
(2. 8)
Pela regra da cadeia para o determinante de Jacobi, pode-se escrever:
x 1 ( t ) ,.. x i ( t ) ,..., x n ( t ) x 1 ( t ) ,.. x i ( t ) ,..., x n ( t ) J (t ) x 1 ( 0 ) , x 2 ( 0 ) ,..., x n ( 0 ) x 1 ( t ) , x 2 ( t ) ,..., x n ( t )
(2. 9)
Este se reduz a
x1 ( t ) ,.. x i ( t ) ,..., x n ( t ) x i ( t ) J (t ) x1 ( 0 ) , x 2 ( 0 ) ,..., x n ( 0 ) x i ( t )
(2. 10)
Por causa das variáveis x1 (t ),..xi (t ),..., xn (t ) são independentes. Observa-se que: n
.V
i 1
x i ( t ) xi (t )
(2. 11)
É a divergência do campo de fluxo V, então nós obtemos a equação diferencial de primeira ordem
J J .V
Para o tempo do desenvolvimento do Jacobiano.
(2. 12)
2.2.1 - Sistemas Conservativos Os sistemas conservativos são definidos pela condição de divergência livre
.V 0 , e isto significa que o fluxo no espaço de fase é incompressível Pensando-se do fluxo como sendo aquele de um fluido com densidade de massa
( x1 , x2 ,..., x2 , t ) então a
conservação local de massa (ou a conservação da probabilidade) corresponde a equação da continuidade:
. V
0 t
(2. 13)
Onde é o gradiente n-dimensional no espaço de fase (veja a equação (2. 11)). Se o divergente do campo de velocidades se anula, então nós podemos reescrever (2. 13) na forma:
V . .V
t
(2. 14)
E
V .
0 t
(2. 15)
a qual é exatamente a condição para d / dt 0 ou = constante no tempo ao longo de uma linha de corrente, porque d / dt é a densidade no tempo ao longo de uma linha de corrente no fluxo. Isto é, o fluxo é incompressível.
2. 3 – Introdução à Teoria da Estabilidade
2. 4 – Equilíbrio, Estabilidade Linear e Limite Cíclicos
2. 5 – Exemplos e Simulações
2. 6 – Oscilador de Duffing Neste exemplo aplica-se todas as técnicas de análise apresentadas nesse trabalho, começando pela modelagem física do oscilador usando a função de Lagrange para obter as equações do movimento e por fim fazendo a análise sua estabilidade e instabilidade de acordo com a variação dos parâmetros do sistema [3].
Figura - 2. 2. Representação esquemática de um oscilador
A energia cinética do sistema representado pela Figura - 2. 2 é da forma
T
1 m x 2 2
(2. 16)
e a energia potencial do sistema é da forma
V f ( x)dx
(2. 17)
A força elástica da mola não linear pode ser escrita por
fel ( x x 3 ) sendo
(2. 18)
o coeficiente de rigidez da mola. De acordo com a seção 2.1.2 eq.(15), o amortecimento f d e a força externa f c
são somadas, pois não entram nas energias cinética e potencial do sistema, e por isso não entram na função de Lagrange, então
Qi = fd + fc = cx + cos( t )
(2. 19)
Calculando a energia potencial do sistema temos que
f el dx
(2. 20)
( x x 3 ) dx
(2. 21)
V= Substituindo (2. 18) em (2. 20) V= resultam em
V=
x2 x4 2 4
(2. 22)
Calculando o Lagrangeano L T V temos, L=
x2 x4 1 2 mx ( ) 2 4 2
(2. 23)
A função Lagrangeana apresentada em (15) é repetida a seguir para fácil referência,
L d L Qi x dt x
(2. 24)
Substituindo (2. 19) em (2. 24), temos
L d L c x cos( t ) x dt x
(2. 25)
x x 3 m x c x cos( t )
(2. 26)
e
A equação diferencial para o oscilador de Duffing é dada por
m x c x x x 3 cos(t )
(2. 27)
Considere a equação do oscilador de Duffing na forma espaço estado, definindose as variáveis de estado x1 x e x 2 x .
dx1 x2 dt dx2 x1 x13 c x2 cos(t ) dt
(2. 28)
O plano de fase x1 x x2 do sistema (2. 27), é mostrado na Figura - 2. 3.
Figura - 2. 3. Plano de fase
x1
x
x2
para o sistema (50) ,
0.16 , 0,4 , 0.2 e
c 0.04 .
Observando a Fig.9 nota-se que o sistema apresenta, uma órbita caótica ou uma órbita com muitos períodos. O mapa de Poincaré para um período fixo T =
2 , é mostrado
na Figura - 2. 4,
Figura - 2. 4. Mapa de Poincaré para o sistema (50) 0.16 ,
0.4 , 0.2 , e c 0.04 .
No mapa da Figura - 2. 4 observa-se uma distribuição irregular de pontos, o sistema não é periódico. Foram plotados 50000 pontos nesse mapa. Para observar a transição de estabilidade e instabilidade constrói-se o diagrama de bifurcação, variando-se o parâmetro de controle (coeficiente de rigidez da mola) em função da posição x1 como é mostrado da Figura - 2. 5.
Figura - 2. 5. Diagrama de bifurcação do sistema (50) 0.16 ,
0.4 , 0.2 e c 0.04 .
Observa-se que na região entre 0.6 e 0.8 ocorrem bifurcações, ou seja, quando o (coeficiente de rigidez) aumenta, o sistema deixa de ser estável e começa a ficar instável e
ter regiões caóticas, como mostra o diagrama.
2. 7 – Oscilador com excitação vertical no suporte Neste outro exemplo se faz a mesma análise feita no exemplo anterior, só que agora, excita-se o suporte verticalmente e, para simplificar, retira-se a mola não linear, como mostra a Figura - 2. 6 [5].
Figura - 2. 6. Representação esquemática de um oscilador com excitação vertical no suporte e com um
amortecimento c .
O diagrama de forças para a obtenção da energia cinética em relação a coordenada
é mostrado na Figura - 2. 7.
Figura - 2. 7. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada energia cinética.
Para a posição tem-se a seguinte expressão
para a obtenção da
x1 L sen( )
(2. 29)
Derivando (2. 29) obtemos a expressão da velocidade
x1 L cos( )
(2. 30)
Substituindo (2. 30) na expressão da energia cinética temos T1
1 m( L cos( )) 2 2
(2. 31)
O diagrama de forças para a obtenção da energia cinética em relação a coordenada u é mostrado na Figura - 2. 8.
Figura - 2. 8. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada u para a obtenção da energia cinética.
Analisando a Figura - 2. 8 conseguimos obter a expressão para a posição
x 2 u L cos( )
(2. 32)
Derivando (2. 32) obtemos a expressão da velocidade
x 2 u L sen( )
(2. 33)
A energia cinética para a coordenada u é dada por T2
1 m(u L sen( )) 2 2
(2. 34)
Supõe-se mais tarde uma expressão harmônica para a coordenada u para o movimento vertical ser oscilatório. Somando T1 e T2 obtemos a energia cinética total do sistema
T T1 T2
(2. 35)
e T
1 1 m( L cos( )) 2 m(u L sen( )) 2 2 2
(2. 36)
O diagrama de forças para a obtenção da energia potencial em relação a coordenada
é
mostrado na Figura - 2. 9.
Figura - 2. 9. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada energia potencial.
para a obtenção da
A energia potencial do esquema da Figura - 2. 9 é dada por
V1 mgh , h L(1 cos( ))
(2. 37)
Substituindo o valor de h em (2. 37) temos
V1 mg[ L(1 cos( ))]
(2. 38)
O diagrama de forças para a obtenção da energia potencial em relação a coordenada u é mostrado na Figura - 2. 10.
Figura - 2. 10. Representação das forças do pêndulo em relação a coordenada u para a obtenção da energia potencial.
A energia potencial do esquema da Figura - 2. 10 é obtida como segue
V 2 mgu
(2. 39)
sendo u que determina a altura da polia. A energia potencial total do sistema é dada por
V V1 V2
(2. 40)
V mg[ L(1 cos( ) u )]
(2. 41)
e
Aplicando a função Lagrangeana L T V para a coordenada , temos
1 L m(L2 2 2uL sen u 2 ) (mg[L(1 cos( ) u]) 2
(2. 42)
A equação do movimento para a coordenada é
d L L c dt
(2. 43)
mL2 mL u sen( ) mgL sen( ) c
(2. 44)
e
A equação do movimento para coordenada u é obtida como segue d L L F dt u u
A componente F existe, pois F depende da coordenada u.
(2. 45)
A equação do movimento para a coordenada u é
mLsen( ) mL 2 cos( ) mu mg F
(2. 46)
Para u Asin ( t ) , sendo A amplitude de excitação e a freqüência, temos
u A cos(y )
(2. 47)
u A sen(t ) 2
Substituindo u apenas em (2. 44), pois quando introduzimos a excitação u Asin(t ) no sistema (2. 46) se torna simplesmente a força necessária para produzir o movimento harmônico no suporte. Considerando (2. 44) na forma espaço de estado e definindo as variáveis de estado como x1 e x 2 temos x1 x 2 x 2
mLA 2 sen(t ) sen( x1 ) mgL sen( x1 ) cx2 mL2
(2. 48)
Escolhemos as constantes do sistema (2. 48) como d
c g 0 . 31623 a 0 .1 ; L mL 2
e
b
A L
2
,
(2. 49)
sendo b a amplitude de excitação, e nas simulações utilizou-se um período de T . O plano de fase para b=1.7, é mostrado na Figura - 2. 11.
Figura - 2. 11. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.
Neste caso, observa-se uma oscilação de amplitude muito pequena em torno do zero, o que pode caracterizar uma estabilidade [4]. Fazendo a mesma análise acima , só que para b=1.75, obtemos a Figura - 2. 12.
Figura - 2. 12. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.
Para b=1.75, observa-se que o histórico no tempo aparentemente converge para zero, mas quando observa-se o plano de fase nota-se a formação de um ciclo limite próximo de zero, pode-se observar também no mapa de Poincaré que não existe mais um ponto, mas sim duas regiões muito próximas, caracterizando perda de estabilidade no sistema. Segundo [4], para este valor do parâmetro b obtém-se um multiplicador de Floquet igual a +1, e o tipo de bifurcação que se forma é a bifurcação por quebra de simetria. Fazendo b=1.8, obtemos a Fig.19.
Figura - 2. 13. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.
Para um parâmetro b=1.8, observa-se na Fig.19 que o ciclo limite do plano de fase e as duas regiões de atração do mapa de Poincaré não estão mais em torno do zero, houve um afastamento devido a um aumento maior da amplitude de excitação b. Fazendo b=2.448, obtemos a Figura - 2. 14.
Figura - 2. 14. (a) Histórico no tempo. (b) Plano de fase. (c) Mapa de Poincaré.
Na Figura - 2. 14 observa-se duas regiões com grande concentração de pontos, podendo caracterizar um atrator aperiódico, ou seja, depois de uma seqüência de duplicações de período o sistema tornou-se caótico. A seguir, apresenta-se o diagrama de bifurcação do sistema (2. 48).
Figura - 2. 15. Diagrama de bifurcação para diferentes intervalos de b. (a) b=1.7 até b=2.2. (b) b=2.2 até b=3.
No diagrama da Figura - 2. 15(a) observamos que a partir de b 1.7 há um braço de soluções estáveis tornando-se instável após a bifurcação, e originando dois novos braços de soluções estáveis a partir de b 1.75 , o que caracteriza o comportamento da bifurcação por quebra de simetria [4], [5]. Já no diagrama da Figura - 2. 15(b), observa-se uma nuvem de pontos, caracterizando um comportamento caótico.
2. 8 – Conclusão Neste trabalho são apresentados os conceitos de formulação Lagrangeana, princípio de Hamilton, mapas e seções de Poincaré, bifurcações e duas aplicações em dois tipos diferentes de pêndulos. A partir da modelagem física, utilizando o Lagrangeano para a obtenção das equações de movimento, até a parte de simulação, onde são feitas análises da estabilidade e instabilidade nos sistemas, pode-se observar em qual ponto o sistema deixa sua órbita estável e inicia um comportamento instável ou caótico. Observa-se a importância de se realizar muitas variações nos parâmetros do sistema com a intenção de analisar o seu comportamento, já que o sistema é sensível às condições iniciais impostas.
2. 9 – Referências Bibliográficas [1] Leech, J.W., Mecânica Analítica, Livro Técnico S.A.e Editora da Universidade de São Paulo, 1971. [2] Ferrara, N.F., Prado, C.P.C., Caos uma Introdução, Edgard Blucher, 1995. [3] Argyris, J., Faust, G., Haase, M., An Exploration of Chaos, North- Holland, 1994. [4] Nayefh, A.H., Balachandran, B., Applied Nonlinear Dinamics, Wiley, 1995. [5] Dávid, A., Sinha, S.C., Control of Chaos in Nonlinear Systems with Time-Periodic Coefficients, Proceedings of the American Control Conference Chicago, Illinois, June 2000. [6] Gonçalves, P.B., Del Prado, Z.G.N., Instabilidades de Sistemas Dinâmicos, 1a Escola de Aplicações em Dinâmica e Controle, São Carlos, Agosto 2001.
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