Slides sobre a relação cultura-política na Era Vargas

May 31, 2017 | Autor: Douglas Angeli | Categoria: Material didático, Getúlio Vargas, Cultura Brasileira
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Instituto Estadual de Educação Dr. Carlos Chagas Professor Douglas Angeli

Era Vargas:

cultura e política

“Eram caminhões bondes autobondes Anúncios luminosos relógios Faróis rádios motocicletas telefones Gorjetas postes chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina” (Mário de Andrade). “Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda Sem dúvida bem zangada Ou está interessada Em fingir que não me vê” (Noel Rosa)

A gare – Tarsila do Amaral

A primeira experiência de transmissão radiofônica no Brasil foi durante as comemorações do Centenário da Independência, em 1922. Em 1923, Roquette Pinto funda, no Rio de Janeiro, a Rádio Sociedade, primeira emissora de rádio do Brasil.

A Era Vargas foi a Era do

Rádio. Músicas, mensagens políticas, comerciais, shows de auditório, novelas e

noticiários passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, sendo o rádio o

primeiro grande meio de comunicação de massa do Brasil.

Francisco Alves

Carmen Miranda

A Era do Rádio

Mário Reis

Aracy de Almeida

Dalva de Oliveira

Orlando Silva

Emilinha Borba

Na década de 1930 surge a Cinédia, produtora cinematográfica dirigida por Adhemar Gonzaga. O primeiro filme, ainda mudo, foi Lábios Sem Beijos, em 1931. Na fase sonora, houve o ciclo dos musicais carnavalescos, tendo como atrações os ídolos musicais da época.

No seu início, o cinema brasileiro vai se servir do rádio, do samba e seus cantores, numa fórmula iniciada em filmes como Alô Alô Carnaval de Adhemar Gonzaga, 1936 e

Favela dos Meus Amores de Humberto

Mauro, 1935. Na Atlântida e na Vera Cruz, os musicais continuaram sendo as grandes atrações dos filmes até o final da década de 1950.

“Não me falem mal do samba Pois a verdade eu revelo: O samba não é preto O samba não é branco

O samba é brasileiro É verde e amarelo!” Verde a Amarelo – 1932 (Composição: Orestes Barbosa e J. Thomás / Intérprete: Aracy Cortes)

Aracy Cortes (1904 – 1985)

O governo Vargas, com o objetivo de reforçar o sentimento de nacionalidade, valorizou a cultura popular. A capoeira, antes criminalizada, passou a ser aceita e considerada arte marcial nacional. O carnaval foi oficializado pelo governo e as escolas de samba, surgidas no final da década de 1920, passaram a tratar de temas nacionais em seus desfiles.

“Brasil, terra da liberdade Brasil, nunca usou de falsidade Hoje estamos em guerra Em defesa da nossa terra Se a pátria me chamar eu vou Serei mais um vencedor Irei para a linha de frente Travar um duelo Em defesa do meu pendão Verde e amarelo” (Carnaval de Guerra – Samba da Portela 1943).

“Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar De noite embalamos teu sono, de manhã nós vamos te acordar Nós somos as cantoras do rádio, nossas canções cruzando o espaço azul Vão reunindo num grande abraço corações de Norte a Sul” (Cantoras do Rádio – 1936. Composição: Braguinha / Intérpretes: Aurora Miranda e Carmen Miranda).

O governo de Getúlio buscou apoio nos sambistas para conquistar a simpatia das massas. O DIP promovia regularmente concursos musicais, sempre incentivando temas que exaltassem as virtudes e belezas do Brasil, tais músicas ficaram conhecidas como “sambaexaltação” ou samba “apologético-nacionalista”, que aliavam-se adequadamente à ideologia do Estado Novo.

Estado Novo (1937 – 1945)

Trecho de diálogo da peça Rumo ao Catete (1937): “Política: Quer dizer que você agora é efetivo da linha do Catete. Motorneiro (rindo-se): Efetivo... E

vitalício! Em 30 entrei motorneiro do bonde da Presidência.

Passei a ser excelência pra todo Brasil inteiro. Guarde bem o meu lembrete. Daqui sairei para a cova! Por que perder o meu bonde lá da linha do Catete... Uma ova!”

Quem trabalha É quem tem razão Eu digo E não tenho medo De errar O Bonde São Januário Leva mais um operário Sou eu Que vou trabalhar

“O Bonde São Januário” (1940)

Composição: Wilson Batista - Ataulfo Alves Intérprete: Ciro Monteiro

Educação na Era Vargas

Gustavo Capanema (1900 – 1985) •Modernização e nacionalização da educação básica e superior; •Ensino Profissionalizante; •Educação Moral e Cívica; •Criação do IPHAN; •Universidade do Brasil (atual UFRJ); •Escola Nacional de Educação Física; • Unidade Nacional.

Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, antiga sede do MEC

O Brasil na II Guerra Mundial

Aproximação entre Brasil e Estados Unidos

Carmen Miranda (1909 – 1955)

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