\"Sobre os caminhos de Fátima: séculos XVII-XX\", in «Notícias de Fátima», 20 de fevereiro de 2015.

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Sociedade

Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2015

Sobre os caminhos de Fátima: Núcleo da Quercus de ourém séculos XVII-XX Alexandrina Pipa é a nova Vasco Jorge Rosa da Silva

Estrada Coelho Prazeres, em Casal do Farto

U

ma observação atenta de toda a freguesia de Fátima permite verificar que o espaço territorial se encontra repleto de inúmeros caminhos antigos, à excepção do povoado de Cova da Iria. Estes percursos, que, em muitos casos, ainda servem de passagem, podem ter centenas de anos, sendo utilizados, outrora, para permitir a ligação entre localidades (ou dentro das mesmas) e o acesso aos campos agrícolas. Em alguma documentação histórica coeva, diversos caminhos são mencionados, em Fátima e em outras freguesias, como estradas, o que é, hodiernamente, incorrecto, pois tais percursos não se enquadram, de modo algum, no conceito que actualmente temos daquilo que é uma estrada. Assim, quando tal vocábulo surge referido em senectos diplomas é preciso ter em consideração que as estradas de períodos mais remotos não eram mais que estreitos e sinuosos caminhos. Na generalidade dos casos, tais vias apenas tinham uma largura máxima para permitir a circulação de um veículo de tracção animal, por exemplo de um carro de bois. O cruzamento de dois veículos similares tinha de ser feito, inúmeras vezes, pelo avanço de um e o recuo de outro, até a um espaço aberto onde se pudesse realizar a manobra. Além disso, os percursos eram, como se referiu, sinuosos, apresentando não só acentuadas irregularidades, que obedeciam à morfologia do terreno, mas também deficiente transitabilidade, devida, imensas vezes, aos muitos fragmentos de rocha calcária existentes ao longo dos caminhos, aos detritos diversos e ao mato que era estendido nas vias para que o constante trânsito de pessoas, animais e carroças transformasse o material em fertilizante natural. No inverno, os percursos tornavam-se ainda mais dif íceis de calcorrear, devido à argila e aos charcos de água. Os caminhos estavam distribuídos de acordo com o relevo, mas também segundo as necessidades dos habitantes de Fátima. Além disto, é imperioso acrescentar que, no interior das aldeias, as vias curvavam pelos sítios onde se encontravam (e ainda se encontram) habitações. Por sua vez, a situação das estruturas habitacionais, que eram erigidas nas imediações dos percursos existentes, permite compreender a razão pela qual os velhos caminhos se achavam (e ainda se acham) repletos de curvas e contracurvas, dificultando, assim, a deslocação do trânsito de veículos motorizados e explicitando, eficazmente, a edificação de inúmeros trajectos em períodos mais recentes, pois, ao contrário dos lentos veículos puxados por animais, os transportes com motor, por se deslocarem velozmente, obrigaram à construção de vias largas e com menos curvas e contracurvas.

presidente da direcção

Alexandrina Pipa é a nova presidente do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus, sucedendo a Domingos Patacho, que passou a ocupar o cargo de tesoureiro. Paulo Fonseca é o novo secretário. Beatriz Martins, Cláudia Marques, Gabriel Lagarto, Jaime Nunes, José Gaspar, Manuel Santos, Paulo Lucas e Ricardo Marques são os vogais da nova direcção. Num comunicado enviado às redacções, o Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus explica que a direcção agora eleita conta com muitos elementos vindos da direcção anterior e pretende dar “continuidade ao trabalho que tem vindo

a ser desenvolvido na luta pelo ambiente e pela conservação da natureza”, apostando “fortemente na educação ambiental junto dos mais novos e na sensibilização e formação da população em geral sobre os problemas ambientais globais que nos afectam a todos e como podemos intervir a nível local para resolver alguns desses problemas”. Esta direcção considera que “a participação esclarecida dos cidadãos é fundamental para a mudança de paradigma, quer ao nível de comportamentos e atitudes individuais quer da sensibilização e responsabilização dos decisores políticos em matéria de ambiente”.

COOPERATIVA DE OLIVICULTORES DE FÁTIMA, C.R.L

CONVOCATÓRIA Nos termos do Art.º. 23º dos estatutos da Cooperativa de Olivicultores de Fátima, C.R.L., convoco a Assembleia Geral em sessão ordinária a realizar no dia 15 de Março de 2015 “Domingo” pelas 14.00 horas na sede social. Se à hora marcada não se verificar a presença de mais de metade dos sócios, a Assembleia Geral reunirá uma hora depois (15.00h), com o número de associados presentes (Art.º. 26), com a seguinte ordem de trabalhos: 1º- Leitura e aprovação da acta anterior 2º- Apreciação e votação do relatório da Direcção, do balanço e contas do exercício de 2014 e o respectivo parecer do conselho fiscal 3º- Outros assuntos de interesse para a Cooperativa e sócios O Presidente da Assembleia, Armindo João Trindade Pereira

Notícias de Fátima

Ourém com sapadores florestais

Foi assinado esta semana o protocolo que formaliza a integração de cinco sapadores nos serviços do Município de Ourém. O documento foi assinado por Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém e João Salgueiro, presidente da ADSAICA – Associação para o Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros – entidade que até ao final do ano passado tinha a gestão desta equipa. Cabe agora ao Município de Ourém efectuar o acompanhamento diário desta equipa, que ficará sob orientação do Serviço Municipal de Protecção Civil, através do Comandante Operacional Municipal. Terá à sua disposição uma viatura todo-oterreno equipada com kit de primeira intervenção de combate a incêndios florestais e equipamento colectivo para silvicultura preventiva (limpeza de vegetação herbácea e arbustiva). A ADSAICA ficará responsável pelos vencimentos dos traba-

lhadores, cumprimento dos encargos sociais obrigatórios e respectivos prémios de seguros. Esta equipa terá um custo anual de 70 mil euros, comparticipado de forma igual pelo Município de Ourém e pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, ICNF, IP. O programa de sapadores florestais foi criado em 1999 como instrumento de política florestal, de forma a contribuir para a minimização do risco de incêndio e para a valorização do património florestal. Este programa consistiu na criação de equipas especializadas, que vieram reforçar as estruturas de prevenção já existentes.

Esta equipa terá um custo anual de 70 mil euros, comparticipado de forma igual pelo Município de Ourém e pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, ICNF, IP.

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