Sociedade em Rede e Ciberativismo: Uma análise sobre a influência das redes sociais nas manifestações políticas e na construção de opinião pública

June 1, 2017 | Autor: Thiago Nakano | Categoria: Political Sociology, Society, Redes Sociais, Sociedade em Rede, Redes sociais e política
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Sociedade em Rede e Ciberativismo: Uma análise sobre a influência das redes sociais nas  manifestações políticas e na construção de opinião pública1    Thiago Nakano Alves  Universidade de São Paulo     Introdução     O  presente  artigo  propõe  uma  reflexão  acerca  da   influência  das  redes sociais ­ e da internet  com  um  todo  ­  nos  movimentos  políticos,  em  especial  as  manifestações  e  ciberativismo.  A  idéia  é  discutir  sobre  os  conceitos  de  espaço  público  e  privando,  dentro  do  ciberespaço,  e  analisar  a  potencialidade  desse  cenário  nos  ativismo  online  ­  entendendo  os  limites,  promessas,  e  características  desse  ciberespaço  e  as  relações  de  poder  e  técnica  que  se  fazem  presente  nesse  cenário complexo e em constante transformação.     Ciberespaço: público ou privado? Um olhar para o Brasil.    

A  internet  e  o  ciberespaço  trouxeram  novas  discussões  acerca   do   conceito  de  espaço  público  e  privado.  Na  minha  visão,  o  espaço  público  se  caracteriza  pelo  acesso  a  todos  os  cidadãos,  independente  de  qualquer  variável  demográfica  ­  como  idade,  sexo,  orientação  sexual,  raça  ­  e  que  permite  os  mesmos  a  expressarem  suas  opiniões,  sem  censura,  em  um  modelo  onde  a  estrutura  de  poder   é  descentralizada  e  pulverizada.  A  partir  dessa  visão,  é  dificil  chegar   a  uma  definição  se  a internet ­ e o ciberespaço ­ seria uma esfera pública ou privada. Na minha visão,  o   ciberespaço   tem   características  controversas  de  público  e  privado,  sendo  as  mais  latentes,  as  características  ​ privadas​ .  Na  verdade,  ao  analisa  esse  conceito,  me  recordei  dos  episódios  dos  Rolezinhos:  em  meados  de  dezembro  de  2013  e  início  de  janeiro  de  2014,  os  chamados   "rolezinhos"  ganharam  grande  repercussão  na  mídia.  Em  resumo,  os  rolezinhos  eram  (são?)  encontros  de  jovens,  majoritariamente  da  periferia  de  São  Paulo,  em  lugares  ­  tecnicamente  ­  públicos  para  se  divertirem/se  encontrarem.  Esses  eventos  foram  orquestrados  via  redes  sociais,  em  especial  o  Facebook.  A  grande questãos dos rolezinhos é que traziam  a tona uma dicussão de 

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  Trabalho para avaliação do curso "Sociedade em Rede", parte da grade de conteúdo do curso de  pós­graduação DIGICORP/ECA­USP, ministrado pelo professor e pesquisador Mauro Wilton de Sousa .    

público  e  privado,  especialmente  quando  vários  shoppings,  como  JK  Iguatemi,  conseguiram  liminares  para  impedir  esse  tipo  de  encontro  que,  segundo  Maurício Pessoa, professor de direito   da  PUC­SP,  eram  possíveis  já  que  a  justiça   considera  os  centros  comerciais  como  espaços  privados.  A  seleção  desse  público  para  acesso  aos  shoppings,  então,  seria  uma representação do  preconceito  e  estaria  estigmatizando  o  jovem  pobre.  Os  mesmo  rolezinhos  também  incomodavam  a  grande  parte  de  pessoas  que  frequentavam  parques  como  Ibirapuera  e  Vila  Lobos.  Usando  esse  fenômeno   dos  rolezinhos  como  referência,  a  internet  cada  vez  mais  se  caracteriza  como  esfera  privada  ao entendermos os principais indicadores de acesso a internet no  Brasil.  Segundo estudo divulgado do Centro de Estudos sobre as Tecnologias  da Informação e da  Comunicação  (CETIC),  divulgado  no  site  O  Globo,  em  2013,  85.9  milhões  de  pessoas  já  possuíam  acesso  a  internet  no  Brasil,  representando  cerca  de  51%  da  população.  Esse  aumento  foi  estimulado  pela alta penetração de smartphones acessiveis principalmente para a classe social  C.  Entretanto,  ao  analisar  a  penetração  de  internet   por  classe  social,  os  números  dizem  muito:  Nas  classes  sociais  A  e   B  a  penetração  de  internet  é  98%  e  80%  respectivamente.  Na  classe  C,  esse  nímero  cai  para  39%  e  nas  classes  D  e  E  a  penetracão  de  internet  é  de  apenas  8%.  A  desproporção,  segundo   o   estudo,  também  é  espacial:  nas  áreas  urbanas  48%  dos  lares  (​ 25,9  milhões  de  lares)  ​ tem  acesso  a  internet  enquanto  nas  áreas  rurais  esse  número  chega  a  apenas  15%  (​ 1,3  milhões  de  lares)​ .  Ao   analisar  as  regiões  de  maior  penetração,  obviamente  temos  a  sudeste  com  mais  de  50%  dos  lares  conectados  enquanto  na  região norte apenas 26% e nordeste  aproximadamente 30%.   Apenas  com  esses  números   já  podemos  perceber  que,  mesmo  com  o  avanço  da  tecnologia  e  acesso,  a  internet  é  ainda  exclui  grande  parte  da  população  ­  exatos  49%  das  pessoas  do  Brasil.  Como um espaço que não abrande quase metade do potencial total pode ser considerado público?  Como  podemos  pressupor  que  essas  pessoas  excluidas  digitalmente  teriam  o  mesmo  acesso  a  informação  que  as  pessoas  conectadas  ­  sendo  elas  ainda  adeptas   dos  meios  de  comunicação  tradicionais  como  TV   e  mídia  impressa.  Em  resumo,  o  que  quero  dizer,  é  que  nem   todos  tem  acesso  as  mesmas informações considerando o tempo (hoje) e espaço (geográfico: Brasil, Virtual  = internet). 

Um  passo  além,  quando  analisamos  os  51%  da   população  que  possui  acesso  a  internet,  Plataformas  como  Google  possuem  penetração  de  98%  nos  usuários,  Facebook  chega  a  76%,  segundo  dados  do  Meio  e  Mensagem. Google e Facebook são empresas privadas, com interesses  comerciais  e  que   possuem   contratos  (que  nenhum  de  nós  lê)  que  deixam  explicito   que  todo  conteúdo gerado nas plataformas de ambos são de propriedade das respectivas empresas.   Indo  ainda  mais  além,  me  recordo  da  polêmica  dos  documentos  vazados   por  Edward  Snowden,  onde  são  comprovadas  ações  de  espionagem  por  parte  do  governo  americano  que  reforçaram as  discussões sobre a questão da privacidade online nesse, até então espaço público.    Nesse  sentido,  baseado  no  conceito  de  esfera pública do ​ filósofo alemão  ​ Jürgen Habermas, onde  opinião pública é formada  a partir da população, sendo feita a interface com o governo através da  esfera  pública,  onde  se  faz  necessária  a  liberdade de expressão, de reunião e de associação, além  do acesso a esses direitos que devem  ser garantidos a todos os cidadãos, reafirmo a ideia de que a  internet  tem  cada  vez  menos  características  de  espaço  público,  sendo  assim,  as  dimenções  de  ciberativismo  e  potencial  de  revolução  ganham  novos  contornos  quando  analisamos  os  reais  papeis da internet e das redes sociais nesse cenário: o de informar e organizar.     Mídias Sociais, Internet e Ativismo online    

Em  seu  livro  "Social  Media:  A  critical  Introduction",  Christian  Fuchs  dedica  um módulo inteiro  para  discussão  do  ciberativismo,  comparando  perspectivas  de  outros  estudiosos  como  Clay  Shirky  e  analisando  grandes  acontecimentos  políticos  que  tiveram  a  Internet/redes  sociais  como  parte importante ­ como a ​ Arab Spring​ .   Compartilho  da visão de Fuchs ao entender que o Twitter não é uma esfera pública  (Fuchs, 2013,  pag  207),  conforme  apresentado  no  tópico  anterior,  e  que  as  redes  sociais,  e a internet como um  todo, não causam revoluções ou protestos, conforme o autor:      Social  media  do  not  cause  revolutions  or  protests.  They  are  embedded  into  contradictions   and  the  power  structures  of  contemporary  society.  This  also   means  that  in  society,  in  which  these  media  are  prevalent,   they   are  not  completely  unimportant  in  situations  of  uproar  and  revolution.  Social  media  have  contradictory  characteristics  in  contradictory  societies:  they  do  not  necessarily  and  automatically  support/amplify  or  dampen/limit  rebellions,  but  rather  pose  contradictory  potentials  that  stand  in  contradiction  with  influences  by the state, ideology, capitalism and other media (Fuchs, 2013, página 207)  

 

Analisando  o  cenário  brasileiro  e  as  atuais  manifestões  de  ciberactivismo,  podemos  enxergar  muitas  dessas  contradições  citadas  por  Fuchs.  Enquanto  escrevo  o  presente  artigo, por  exemplo,  estão  acontecendo  protestos  em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília­DF a favor do impeachment  da  atual  presidente  Dilma Rousseff, porém me pergunto quanto desses manifestantes  entendem o  real  significado  do  impeachment.  Manifestações  como  essa  reforçam  que  as  mídias  sociais  podem  ter  um  papel   fundamental  na  organização  desses  atos,  na  disseminação  de  parte  das  informações,  mas  não  são  de  fato  capazes  de  mover  a  revolução.  Vejo,  então,  o  facebook como  ferramenta/tecnologia que facilita esses movimentos, mas não que os fundamenta.   Segundo  Fuchs  (2013),  os  ativistas  online  não  demonstram  ameaça  latente  aos  governos.  Essa  pode ser uma opinião radical porém dar "​ going​ " em um evento ou assinar uma petição online não  garantem  o  sucesso  de   um  protesto.   Nesse  sentido,  o  ciberativismo se mostra como "opção mais  segura"  em  termos  de  exposição  e  risco  ­  afinal,  é   muito  mais  seguro dar "retweet" na sua conta  do Twitter do que, por exemplo ir para as ruas e eventualmente enfrentar a força da polícia.  Por  outro  lado,  essas  ferramentas  podem  amplificar  a  presença  física  desses  manifestantes  no  ambiente  "offline".  A  ação  de  hackes,  como  Wikileaks,  podem  representar  mais  perigo  latente  aos  governos,  usando  como  exemplo  novamente  Edward  Snowden  ou  até  mesmo  os  recentes  ciberataques  que  derrubaram  milhares  de  contas  vinculada  ao  estado  islamico,  após  os  recentes  atentados em Paris.   Ao analisar o poder efetivo da rede, entendo que existe um potencial imenso de disseminação das  informações, do conhecimento, embora limitado, conforme próximo tópico.     Poder e técnica: Afinal, quem tem o poder da informação no ciberespaço?    

Se as redes sociais não causam revoluções ou protestos, elas possuem um papel muito importante  na  disseminação  das  informações  no  ambiente  online  e  no  proprio  engajamento  dos   usuários.  Quando  mais  informados  os  cidadãos,  maior  poder  para  entender  e  enfrentar  o  governo  ­  e  não  apenas  o  governo,  mas  todos  os  aspectos  sociológicos  que  vem  adoecendo  nossa  sociedade   (como discussões acerca do aborto, sexualidade e generos, criminalização da maconha, etc).   Dando  um  passo  atrás,  quando  olhamos  para  os  anos  90,  diversos  estudiosos  tinham  a  ideia  de  que  a  internet  iria  trazer  um  processo  de  desintermediação  do processo comunicacional, que nós 

poderíamos  ler  uma  notícia  da  "fonte"  ao  invés  da mesma pelo  olhos de um jornalista (como um  comunicado  oficial  do  governo,  por  exemplo)  e  que  isso  nos  traria  maior  clareza  acerca  de  qualquer  assunto.  André  Lemos   e  Pierre Levy tratam uma questão mais técnica  (visual) de como  a  informação  de  daria  dentro  do  ciberespaço,  em  seu  livro   "O  futuro  da  Internet:  em  diareção  a  uma Ciberdemocracia Planetária":     Na  perspectiva  histórica,  a  eclosão  do  ciberespaço  persegue  um  movimento  plurissecular  de  aumento  da visibilidade  e da  transparência.   No  domínio  científico,  as  técnicas  de  visualização  ganham  uma  importância  crescente:  esquemas,  mapas,  fotos,  filmes,  simulações  interativas  pertencem  cada  vez  mais  ao  quotidiano  da  atividade  do  pesquisador. As imagens traduzem  e simplificam a  percepção  dos dados  e   são   cada  vez  mais  modeladas  e   performativas  em  computadores.  A  manipulação  de  modelos  visuais  de  fenômenos  complexos   (uma  interação  entre  moléculas,  por  exemplo)  toma  o  lugar  das  teorias   abstrata. (Lemos e Levy, 2010, página 61)  

  Porém,  esse  processo  se  mostrou  cada  vez  mais  utópico  a  partir  do  momento  em  que  esses  intermediadores  apenas  mudaram,  se  tornando  cada  vez  mais  invisíveis  ­  assunto  abordado pelo  autor  Eli  Pariser  no  livro  "O  Filtro  Invisível  ­  o  Que  a  Internet  Está  Escondendo  de   Você".  Os  novos  intermediadores  são algorítimos  que determinam quais conteúdos são mais relevantes para  cada  indivíduo  a  partir  inúmeras  variáveis  que  irão  nos  colocar  em  clusters.  Esses  clusters  nos  fazem  ver   apenas  conteúdos  que  nos  interesa.  A  exemplo,  temos  o  facebook  que  usa  o  EdgeRank,  um  robo  que,  a  partir  de  milhares  de  criterios,  define  qual   post  de  qual  amigo  veremos  na  nossa  ​ timeline​ .  O  Google,  que  entende  variaveis  como  localizacão,  ​ browser​ ,  dia  e  hora,  se  você  está  logado  ou  não  para  nos  mostrar  resultados  de  busca  diferentes  para  o  mesmo  termo.  Ao  fazer  um  simples  experimento,  notei  de  forma  latente  a  influência  do  algoritmo  na  informação  que  eu  consumo:  quando  busquei  por  "Geraldo  Alckmin"  no Google Search, logado  na  minha  conta  Google,  via  computador  do  trabalho,  o  Google ​ não me mostrou resultado algum  sobre  as  ocupações  nas  escolas  ­  um  dos  principais  assuntos  políticos  da  atualidade  em  São  Paulo.  Quando  busquei  pelo  mesmo  termo  ­  "Geraldo Alckmin" ­ no Google Search, não logado  (presupondo  que  aqui  o  Google  tem  menos   informações  sobre mim) me foram apresentados, em  destaque nos primeiros resultados, matérias jornalisticas a respeito das ocupações das escolas.  

  Imagem 1​  ­ PrintScreen do resultado de busca do Google. Fonte:  https://www.google.com.br/search?q=Geraldo+Alckmin&oq=Geraldo+Alckmin&aqs=chrome..69i57j0l5. 265j0j7&sourceid=chrome&es_sm=119&ie=UTF­8     

  A  grande  questão  é  que  esse  filtros  invisíveis  (algoritmos)  nos  põe  em  bolhas,  nos  ocultam  milhares  de  informações  e  conteúdos  que  nos  poderiam  ser  úteis para formação de opinião, para  construção  do  pensamento  crítico  acerca  de  temas  pouco  falados  e que talvez não conhecemos e  se  o  algoritmo  vai  nos  dar  conteúdos  que  gostamos,  dentro  da  nossa  zona  de  conforto,  aqueles  que temos maior probabilidade de interagir, estaremos cada vez mais dentro dessa bolha.   Considerando  a  ideia  de  técnica  que  Martin  Heidegger,  onde  ela   se  dá  pelo  processo  de  desolcutação,  estariam  as  principais  empresas  tecnologicas  na  direção  extremamente  oposta?  Então,  se  essas  empresas  influenciam  muito  na  informação  que  consumimos,  talvez  o  poder da 

informação  na  rede  esteja  nas  mãos  desses  players  ­  que  não  possuem  lados  políticos   e  que  por  sua natureza possuem objetivos mercadológicos muito claros.   Essa  nova  (ou  não  tão  nova   assim)  forma  de  consumir  conteúdo  muda  a  forma  que  vemos   o   mundo, as nossas opiniões e as lutas que iremos ou não lutar ­ e como.     Conclusão     Quando  se  trata  dos  assuntos  acerca  dos  fenômenos  causados  pela  internet,  pode   parecer  um  pouco  arrogate   chegar  a  conclusões  ­  uma  vez  que  estamos  falando  de  um  ambiente  extremamente  mutável  e  em  transformação,  entretanto,  o  entendimento  do  papel  das  redes  sociais  e o nosso papel na rede é  fundamental para pensarmos em como  os próximos capitulos da  história irão se desenrolar e como e qual será nossa atuação nese processo.   Considerando  outro  tempo  e  espaço,  onde  a  internet  chegará  a  100%   dos  lares  no  Brasil.  O  que  mudará?  Teremos  todos  acesso  as  informacões  mais  cruciais  para  construírmos  nossas  opiniões  sobre  os  mais  variados  temas?  Ou  estaremos  cada  vez  mais  dentro  das  bolhas  da  internet,  organizadas por robôs das grandes empresas do Vale do Silício?  A  grande  questão  é  que  todos  os  cidadãos  (incluindo  eu)  precisam  desenvolver  cada  vez mais o  senso  crítico,  buscar  cada  vez  mais  informações  ­  independente  do meio ­  e entender, mais uma  vez  ­  o  nosso  papel  na  história  da  democracia  ­  além  do  ​ like  no  Facebook.  Informação  é  poder,  comunicação é poder.     Referências bibliográficas    

FUCHS, Christian. Social Media. A Critical Introduction. London: SAGE, 2013.  LEMOS,  Andre  e  LÉVY,  Pierre.  O  Futuro  da   Internet:  Em  direção  a  uma  Ciberdemocracia  planetária. São Paulo: Paulus, 2010.     PRADO,  José  Erivaldo.  “A  QUESTÃO  DA  TÉCNICA  EM  MARTIN  HEIDEGGER".  PRADO,  José  Erivaldo​ ,  2011.  Disponível  em:  http://www.uvanet.br/rhet/artigos_setembro_2011/questao_tecnica_heidegger.pdf      G1.  “Conheça  a  história  dos  'rolezinhos'   em  São  Paulo”.  ​ G1​ ,  13/12/2015.  Disponível  em:  http://g1.globo.com/sao­paulo/noticia/2014/01/conheca­historia­dos­rolezinhos­em­sao­paulo.html   

  O Globo. “Número  de  internautas  no  Brasil  alcança  percentual inédito,  mas acesso ainda é concentrado”.  O  Globo​ ,  13/12/2015.  Disponível  em:  http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/numero­de­internautas­no­brasil­alcanca­percentual­inedito ­mas­acesso­ainda­concentrado­13027120     Meio  e  Mensagem.  “Brasil  é  o  País  mais  ativo  no  Faceboook”.  ​ Meio  e   Mensagem​ ,  13/12/2015.  Disponível em:   http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2012/05/17/Brasil­e­o­Pais­mais­ativo­no­Face book.html     UOL.  “Jürgen  Habermas  ­  a  teoria   sociológica:  O  surgimento  da  esfera  pública”.  ​ UOL​ ,  13/12/2015.  Disponível em:   http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/jurgen­habermas­­­a­teoria­sociologica­o­surgimento­da ­esfera­publica.htm          

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