TCC VASCONCELOS E RUTIELHO

June 2, 2017 | Autor: José Vasconcelos | Categoria: Ensino E Aprendizagem De Língua Inglesa
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* Ver apêndice B na página 49


13) O seu professor demonstra interesse com o seu aprendizado?


1 INTRODUÇÃO


A presente monografia intitulada Ensino de Língua Inglesa: da metodologia tradicional ao uso de novas tecnologias surgiu mediante a necessidade de conhecer as metodologias utilizadas por professores do ensino fundamental e médio no ensino de língua inglesa, como são inseridas as novas tecnologias no meio educacional e ainda como essas novas tecnologias influenciam e contribuem para o processo de aquisição de uma segunda língua.
É fato que, apesar de aparentemente tão distantes e diferentes, a língua inglesa e as novas tecnologias estão intrinsecamente ligadas, como também é fato que o mundo das novas tecnologias vive em constante transformação e evolução. À medida que a eterna evolução da era digital se desenvolve a necessidade de formar falantes de outras línguas aumenta velozmente principalmente falantes da língua inglesa, que é tida por muitos como linguagem universal no mundo contemporâneo, assim seria ideal que os responsáveis pela produção desses cidadãos bilíngue ou multilíngüe estivessem aptos a fornecer o ensino de língua inglesa com o subsidio de ferramentas provenientes das novas tecnologias.
O presente trabalho é uma síntese da língua inglesa como língua do mundo, mostrando os impactos sofridos pela inserção do idioma em outras línguas, mas também as boas influências trazidas por ele, como desenvolvimento social, educacional e até mesmo o desenvolvimento da própria cultura, além da certa inserção no mundo globalizado. No campo lingüístico é imprescindível não enfocar a influência direta causada pelo inglês em outras línguas, nesse sentido pesquisadores e educadores dos mais diversos países onde a língua inglesa se inseriu temiam além das influências culturais a substituição da língua materna. Apesar da imensa preocupação e dos diversos movimentos contra a inserção do novo idioma, a inserção foi inevitável, coube ao mundo então se render aos encantos de um idioma recheado de argumentos, dentre os quais podemos destacar as novas tecnologias. O mundo logo se viu refém do idioma e em pouco tempo de potencias onde o inglês era língua materna (Estados Unidos e Inglaterra) diante disso tornou- se então imprescindível o ensino de língua inglesa não só no Brasil como em diversas partes do mundo.
Outro aspecto enfocado neste trabalho monográfico são as metodologias utilizadas para o ensino de língua inglesa no Brasil, especificamente no município de Lagoa Grande do Maranhão com o intuito de conhecer quais e como são empregadas essas metodologias no cotidiano escolar de modo que garanta a aquisição da língua em estudo. É importante frisar que aprendizagem ou aquisição da LEM/Inglês depende além do interesse do público alvo, também da maneira utilizada para transmissão atribuindo ao professor a importante função de escolher a metodologia que melhor se adéque as condições de seu alunado.
É conhecimento de todos no meio educacional que o processo de escolha de uma metodologia não é um processo simples, requer acima de tudo uma reflexão acerca dos alunos que fazem parte de determinada turma, para subsidiar professores de língua inglesa surgem frequentemente novas tecnologias. Também é de conhecimentos de todos que as novas tecnologias não se resumem unicamente a informática e seus periféricos. Entretanto ao trazer a tona essa discussão será feito um enfoque nas tecnologias provenientes do computador, por compreender que o "computador" de acordo com suas características individuais pode englobar todas as outras e assim fornecer suporte necessário para que professores escolham uma metodologia capaz de motivar seus alunos durante o processo de aprendizagem e aquisição da língua inglesa.
Além das novas tecnologias o governo brasileiro criou em 1998 os PCNs, desde então o ensino de línguas no Brasil se divide em antes e depois dos PCNs, após a implantação dos PCNs foi dada maior importância ao ensino de línguas estrangeiras, tornando-a uma disciplina interdisciplinar e relevante ao processo de formação educacional do aluno. No entanto ainda se discute a eficácia dos PCNs na educação, ao enfocá-los neste trabalho pretende-se averiguar as reais contribuições e possíveis problemas tragos pelos PCNs ao ensino de línguas no Brasil.
As novas tecnologias e os PCNs querendo ou não revolucionaram a maneira de ensinar no Brasil. Com isso o papel do professor também mudou radicalmente, ele deixou de ser detentor do saber, deixou de ser o modelo a ser seguido e passou a ser um elo entre o aluno e o conhecimento. Essa mudança trouxe avanços significativos, no entanto como tudo aconteceu de forma acelerada uma parcela significativa dos professores não se adequaram a nova realidade educacional, o que gerou conflitos entre alunos adequados a essa realidade e alguns professores que, de certa forma, eram considerados alienados pelos alunos atuais.
O referido trabalho monográfico tem como objetivo averiguar as condições de ensino oferecidas aos professores de língua inglesa no município de Lagoa Grande do Maranhão e ainda a perspectiva de professores e alunos frente às novas tecnologias de ensino provenientes da informática. Não se pretende, porém trazer receitas prontas para o ensino de línguas, mas sim subsidiar professores na escolha da melhor metodologia para transmissão de conhecimentos capazes de possibilitarem a aprendizagem de uma segunda língua neste caso a inglesa.
Dessa forma pretende-se chamar atenção de professores para a necessidade de conscientização e adequação a nova realidade pela qual passa o mundo e o ensino no século XXI, o mundo clama por tecnologia, a necessidade de interagir com mais rapidez e inteligência e em no mínimo dois idiomas trouxe ao ensino de línguas uma nova e fundamental importância no mundo globalizado, a de interligar nações e povos, e ai entra o inglês como único idioma capaz de fazê-lo. No entanto para que a língua inglesa exerça sua função de interligador no mundo e no processo educacional de forma satisfatória é imprescindível o uso de metodologias inovadoras que sejam capazes de propiciar a aquisição completa do idioma.
Independentemente da metodologia escolhida o uso de novas tecnologias de informação e comunicação será primordial para o processo de ensino de uma segunda língua, pois essas tecnologias oferecem a educandos e professores a oportunidade de aperfeiçoar e adequar o método escolhido a realidade do aluno, possibilitando um ensino capaz de trazer o alunado para dentro do processo e torná-lo peça fundamental para transmissão da língua inglesa.
Ao trazer os referidos temas para o centro da discussão do ensino de línguas espera-se incitar professores de língua inglesa a fazer uma reflexão acerca das metodologias utilizadas e ainda acerca da importância das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, sem trazer proposta pronta, mas estimulá-los na busca e descoberta de novas técnicas capazes de produzir falantes com a rapidez que o século XXI exige.








2 A LÍNGUA INGLESA NO BRASIL E NO MUNDO


2.1 A Língua Inglesa como Língua do mundo


Segundo Paiva (2005) a língua inglesa nativa de países como Austrália, Bahamas, Barbados, Canadá, Estados Unidos, Granada, Guiana, Inglaterra, Irlanda, Jamaica, Nova Zelândia e Trinidad e Tobago atualmente não se restringe mais a esses países, hoje o inglês é uma língua universal. Muitos outros países adotaram o inglês como língua oficial ou segunda língua; alguns por já terem sido colônias de potencias como Estados Unidos e Inglaterra, outros por vislumbrarem no inglês a inserção em um mundo moderno e em constante evolução.
A Língua Inglesa está presente em todas as partes do globo desde a maior metrópole à cidade mais interiorana do mundo, do mais simples manual de um aparelho de DVD ao mais complexo painel de controle de uma usina hidrelétrica. Diante disso estudar a língua inglesa deixou de ser apenas uma questão de status mas sim uma necessidade de todas as pessoas; independente de qual seja o motivo o inglês é imprescindível, pois está presente nas mais diversas áreas; seja na comunicação ou nos negócios, no pessoal ou social, no econômico ou no tecnológico o inglês é sempre sinônimo de sucesso. Sendo assim estudar esse idioma é uma obrigação para aqueles que desejam ingressar no mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo, pois propicia o acompanhamento das inúmeras e constantes mudanças que vem ocorrendo no ultimo século com a consolidação tecnológica.
Com a globalização e internacionalização do mundo dos negócios aprender inglês tornou-se sinônimo de desenvolvimento profissional e até mesmo de independência financeira, pois o "simples fato de dominar o inglês" garante maiores salários e ainda a abertura de oportunidades em diversas áreas. Por essa razão falar inglês deixou de ser luxo ou exibicionismo passando a integrar o perfil do profissional do futuro, ou você domina o inglês ou suas chances de sobrevier no "businnes of the world" são remotas.
A disseminação da Língua Inglesa no mundo aconteceu de forma tão acelerada a ponto de hoje o número de falantes não nativos superarem o número de falantes nativos segundo Schutz (2006). Em grande parte essa expansão geográfica da língua se deve ao poderio econômico, militar, social e cultural de países como Estados Unidos e Inglaterra que difundem a língua através da promoção de intercâmbios acadêmicos que visam alem de divulgar o idioma a abertura de novos mercados; principalmente em países de terceiro mundo onde o desenvolvimento vem ampliando os horizontes e propiciando oportunidades para o aperfeiçoamento profissional.
Segundo afirma Paiva (2005, p.13):
O status da língua inglesa pode ser comprovado pelo grande número de jornais que são publicados em língua inglesa de forma exclusiva ou bilíngue. Além dos países onde a língua inglesa é oficial, podemos encontrar inúmeras outras em todos os continentes. O Panamá, por exemplo, tem duas publicações diárias, The Panama American e o Star & Herald, e a Venezuela tem o Daily Journal para ficarmos apenas nas Américas.

A língua inglesa atualmente falada por cerca de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas é a terceira língua mais falada no mundo, perdendo em quantidade apenas para o chinês e o mandarim, porém é tida como a língua mais importante e influente no mundo inteiro; e apesar de intervir na cultura de outros países, traz diretrizes que permite a esses países avançar nas questões sociais e educacionais. Nesse sentido estudar, falar ou ensinar inglês não é somente para fazer uso, mas para contribuir na diminuição das diferenças sociais e culturais entre nações pobres e ricas.


2.2 A Língua Inglesa no Brasil


No Brasil os efeitos causados com entrada da língua inglesa são semelhantes aos tidos em outras partes do mundo; a introdução da língua inglesa em nosso idioma, também de forma desordenada, expandiu rapidamente muito em função da rápida evolução tecnológica que exigiu da sociedade em geral a aquisição da língua inglesa para ingressar no mundo moderno. Com isso o Brasil que já era tido por muitos como país multilíngüe passou a ser um país com um idioma repleto de estrangeirismos provenientes da língua inglesa, tornando seu idioma complexo e inacessível à parte de sua população.
Após alguns movimentos contrários a enorme influencia causada pelo inglês em nosso idioma; o nosso antigo português ficou assim:





"João da Silva teve um dia estressante. Enfrentou um rush danado e chegou atrasado ao meeting com o sales manager da empresa onde trabalha. Antes do workshop com o expert em top marketing, foi servido um brunch, mas a comida era muito light para sua fome. À tarde, plugou-se na rede e conseguiu dar um download em alguns softwares que precisava para preparar seu paper do dia seguinte. Deletou uns tantos arquivos, pegou sua pick-up e seguiu para o point onde estava marcada uma happy hour. Mais tarde, no flat, ligou para o delivery e traçou um milkshake e um hamburguer, enquanto assistia ao Non Stop na MTV. À noite, pôs sua camisa mais fashion, comprada num sale do shopping, e foi assistir a Shine no cinema. Voltou para o aparthotel a tempo de ver um pedaço do seu talk-show preferido na TV...

Diante disso se tornou imprescindível a oferta do ensino de língua inglesa nas escolas brasileiras; apesar da grande influencia sobre nosso idioma só acontecer em meados do século XX a preocupação com ensino de uma segunda língua no Brasil parte já do inicio do século XIX quando em algumas partes do país já eram implantadas as primeiras cadeiras de língua estrangeiras.
Segundo afirma Naves e Del Vigna (2008, p. 34/35)
As primeiras cadeiras de língua estrangeira no Brasil foram criadas em 22 de junho de 1809, com a assinatura, pelo Príncipe Regente, do decreto que criava uma cadeira de língua francesa e outra de língua inglesa, com o fim de aumentar e fazer prosperar a instrução pública. A criação das cadeiras de ensino dessas duas línguas nasce com uma forte preocupação pragmática, uma vez que os conteúdos, apesar de ainda literários e humanistas, eram formulados para atender a fins práticos – sobretudo depois da abertura dos portos para o comércio estrangeiro, em 28 de janeiro de 1808. A ênfase no ensino das línguas recaía sobre o aprendizado das regras gramaticais e do léxico das línguas inglesa e francesa, em suas modalidades oral e escrita, e sobre o conhecimento dos padrões culturais circundantes a essas línguas.

Diante dessa afirmação é possível perceber que os esforços em oferecer uma segunda língua são antigos e que a escolha das línguas a ser ensinadas sempre esteve ligada a posição econômica ocupada pelo país "detentor" da língua e tinha como objetivo principal e final a abertura para o comércio com países estrangeiros. Apesar dos objetivos não terem fins educacionais a evolução econômica e tecnológica no mundo trouxe ao Brasil uma nova realidade que obrigou o poder público brasileiro a enxergar no ensino de línguas estrangeiras especialmente a língua inglesa a oportunidade de reformular a educação no Brasil.
Segundo afirma Naves e Del Vigna (2008, p. 35/36)








[...] Já no final do século XX, mais precisamente em novembro de 1996, a Associação de Lingüística Aplicada do Brasil (ALAB) promove o primeiro Encontro Nacional de Política de Ensino de Línguas (I ENPLE), que propõe um plano emergencial para o ensino de línguas no país, pois, segundo a Associação, todo brasileiro tem direito à cidadania plena que, no mundo atual, inclui a aprendizagem de línguas estrangeiras. A ALAB enfatiza que o ensino de línguas estrangeiras não deve visar apenas a objetivos instrumentais, mas à formação integral do aluno. Um mês depois do I ENPLE, é promulgada a nova LDB, a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que torna obrigatório o ensino de língua estrangeira a partir da quinta série do Ensino Fundamental e estabelece que, no Ensino Médio será incluída uma língua estrangeira moderna, numa disciplina obrigatória, a ser escolhida pela comunidade escolar e também uma segunda língua estrangeira optativa, dentro das possibilidades da instituição. Em 1998, são publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais pelo MEC. Atualmente, o ensino de línguas no Brasil é oferecido em contextos distintos de escolas regulares, públicas particulares e, ainda, em escolas livres de línguas.

Desta forma esperava-se que depois das inúmeras dificuldades enfrentadas para inserção e aceitação da língua estrangeira moderna no currículo educacional brasileiro fosse possível oferecer o ensino de LEM/inglês de maneira que atendesse a necessidade e os anseios da sociedade moderna. No entanto o ensino da língua estrangeira moderna no Brasil, mesmo com todas essas iniciativas ainda está engatinhando; e como toda a educação brasileira ainda esbarra em problemas estruturais como falta de professores qualificados, má formação dos professores, salas de aulas superlotadas e falta de material didático.
Somente em 2011 pela primeira vez ao longo dos anos, o governo disponibilizou livros gratuitos para todos os alunos da rede pública propiciando a docentes e discentes a oportunidade de um ensino da língua de forma integral e não apenas o ensino enfocando apenas a gramática. Apesar de melhorar a qualidade do ensino da LEM a simples distribuição de livros não resolve o problema, já que o aluno chega a 5ª série do ensino fundamental sem nenhum conhecimento ou vocabulário da língua inglesa, o que dificulta o uso do material na integra.
Diante disso acredita-se que a inserção da língua inglesa já no ensino fundamental menor seria um grande passo no processo de transmissão da língua, pois propiciaria ao aluno a aquisição do vocabulário básico e essencial para a evolução e consequentemente "aquisição" da língua. É evidente que isso não pode acontecer de forma isolada, mas sim como parte de um processo de reorganização da educação e do currículo de modo que estes estejam voltados para atender unicamente os interesses educacionais, ou seja, a formação do cidadão crítico e capaz de interagir no meio social.



3 O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: metodologias


"Ao longo da história do ensino de línguas, muitas abordagens e métodos vêm sendo desenvolvidos e utilizados, alguns conseguindo maior destaque que outros (BASSETTI, 2006 p. 28). A necessidade de aprender uma segunda língua não significa somente uma questão de status, mas também um diferencial na questão intelectual que influência diretamente na vida profissional. Por este motivo o ideal seria que os educadores de LEM/Inglês adotassem metodologias que lhes proporcionasse trabalhar enfocando as perspectivas individuais do seu alunado.
Os métodos de ensino/aprendizagem podem ser vistos como orientações para que o professor comece a refletir sobre os processos envolvidos, possibilitando construir sua própria visão informada pela prática diária. O professor é de certa forma, influenciado pela sua experiência anterior como professor ou aluno de língua estrangeira. É necessário que se acrescente, também, o papel da visão de mundo que o professor detenha, o que o leva a identificar-se mais com um método do que com outro. É possível, então, que ele demonstre um discurso mais tradicional ou, por outro lado, mais aberto a mudanças e interações. O importante é estar disposto a refletir sobre a complexidade da sala de aula, no caso em questão, de língua estrangeira.
Segundo Bassetti (2006, p. 28) "A preocupação com as metodologias utilizadas surge ao longo da história do ensino de línguas, na qual se procurava o melhor método ou uma abordagem que fosse adequada". Nesse sentido uma abordagem adequada sempre esteve ligada ao momento histórico na qual se dava. Ou seja, as metodologias utilizadas para o ensino de línguas foram e continuam sendo reflexo do momento e das necessidades impostas por uma sociedade cada vez mais exigente.
No entanto o que se percebe é uma metodologia extremamente voltada não para aquisição de uma língua, neste caso a inglesa, mas sim para estudos que exige do alunado apenas o conhecimento da gramática dessa língua, bloqueando com isto, a evolução da oralidade que é primordial para aquisição e comunicação na língua inglesa.
A preocupação com as metodologias utilizadas em sala de aula surge mediante a necessidade de oferecer um ensino de qualidade condizente com as exigências que o mundo e o mercado de trabalho exigem. Para isso os docentes de língua inglesa precisam estar preparados e capacitados para se deparar com um alunado que já nasceu convivendo com tecnologias como DVD, computador e internet.
Esses novos recursos têm causado inúmeras transformações no mundo, principalmente na educação e especificamente no ensino de LEM/inglês, onde a informática tem revolucionado o ensino. Essa revolução desenfreada é falha, pois ao mesmo tempo em que propicia ao educador programar novas metodologias faz que ele se depare com a triste realidade da educação no Brasil. O próprio educador que vislumbra com essa revolução métodos diferenciado para estimular o alunado na aquisição da língua inglesa se revela despreparado de frente ao computador e constrangido já que para "os alunos de hoje ele é um brinquedo comum".


3.1 Metodologias: do ensino tradicional as novas tecnologias


De acordo com Cestaro (2010, p. 01) "sejam quais forem as razões-econômicas, diplomáticas, sociais, comerciais ou militares, a necessidade de entrar em contato com falantes de outro idioma é muito antiga". Através dessa afirmação pode-se perceber que desde os tempos mais remotos a aquisição de uma segunda língua é essencial para que o indivíduo possa estar apto para interagir com o mundo a sua volta. Diante da antiguidade da necessidade de adquirir uma segunda língua pode-se também afirmar que inúmeros tipos de metodologias foram utilizados no processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira moderna, neste caso a inglesa, sendo a metodologia de ensino voltada especificamente para gramática a mais antiga e ainda hoje utilizada por grande parte dos professores de ensino fundamental e médio.
A metodologia tradicional, historicamente a primeira e mais antiga metodologia servia para ensinar as línguas clássicas como grego e latim. Os objetivos desta metodologia que vigorou até o início do século XX, era o de transmitir um conhecimento sobre a língua, permitindo o acesso a textos literários e um domínio da gramática normativa. Propunha-se a tradução e a versão como base de compreensão da língua em estudo. O dicionário e o livro de gramática eram, portanto, instrumentos indispensáveis para o desenvolvimento dos trabalhos e/ou atividades.
Até meados do século XVII usou-se unicamente essa metodologia que partia de frases isoladas da língua materna. Somente a partir do século XVIII foi que se admitiu o uso de textos em língua inglesa no ensino, consagrando assim a também chamada metodologia gramática-tradução. Diante disso Cestaro (2010, p. 03), diz que:
A aprendizagem da língua estrangeira era vista como uma atividade intelectual em que o aprendiz deveria aprender e memorizar as regras e os exemplos, com o propósito de dominar a morfologia e a sintaxe. Os alunos recebiam e elaboravam listas exaustivas de vocabulário. As atividades propostas tratavam de exercícios de aplicação das regras de gramática, ditados, tradução e versão. A relação professor/aluno era vertical, ou seja, ele representava autoridade no grupo/classe, pois detinha o saber. Pouca iniciativa era atribuída ao aluno; a interação professor/aluno era praticamente inexistente. O controle da aprendizagem era, geralmente, rígido e não era permitido errar.

Até aproximadamente a década de 40, o principal objetivo da LEM/inglês era o ensino do vocabulário. Assim, indo contra esse método tradicional e atendendo as necessidades de uma sociedade em constante evolução, surgiu a metodologia direta, a qual tinha como base a aprendizagem de uma criança da língua materna. O Método Direto era regido pelos seguintes princípios: ensinar na língua alvo, ensinar vocabulário e frases do dia a dia, ensinar habilidades de fala e compreensão oral, turmas pequena e gramática ensinada indutivamente. Este método era, na maioria das vezes, ligado ao ensino particular; O método direto tem esse nome devido à forma de abordar a língua alvo diretamente sem tradução para a língua nativa. As aulas são totalmente ministradas na língua alvo desde o início, através de situações baseadas na vida real e se fundamentava na aprendizagem em contato direto com a língua em estudo, excluindo da sala de aula a língua materna.
Nesse tipo de metodologia a transmissão dos significados dava-se através de gestos, gravuras, fotos e simulação, mas sem jamais recorrer à tradução. Apesar da evolução obtida através dessa metodologia ela apresenta um grande problema: a necessidade de professores fluentes - nativos ou com excelente proficiência e ainda mantinha o professor como detentor do saber e figura central no processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Cestaro (2010, p. 04):
As atividades propostas aos alunos eram variadas: compreensão do texto e dos exercícios de gramática, transformação a partir de textos de base, substituições, reemprego de formas gramaticais, correção fonética e conversação. Vale ressaltar que os exercícios ditos de conversação eram baseados em perguntas/respostas, perguntas essas fechadas, em que se fazia uma preparação oral dos exercícios que deveriam seguir um modelo, anteriormente proposto. O professor continuava no centro do processo ensino – aprendizagem. Ele era o guia, o ator principal e o diretor da cena. Não se dava ao aluno nenhuma autonomia, nem se procurava trabalhar em pequenos grupos. Era o professor que servia de modelo linguístico ao aprendiz. Não havia praticamente nenhuma interação entre os aprendizes; no entanto, eles até podiam conversar entre si, através de jogos de pergunta e resposta.

Com a entrada dos americanos na guerra o mundo se viu diante da necessidade de produzir com mais rapidez falantes de diversas línguas, principalmente a inglesa, foi então que em 1943 foi lançado um programa que atualmente é conhecido como metodologia áudio-oral. Para defensores dessa metodologia a língua é fala e não escrita e era vista como um conjunto de hábitos condicionados que se adquiria através de um processo mecânico de estímulos e respostas, nos quais as respostas dadas pelos alunos, independente de estarem certas ou erradas eram reforçadas pelo professor que dessa forma demonstrava ainda ser o detentor do saber, supremo e inquestionável. Segundo Paiva, (2005 p. 71):
Um grande feito dessa abordagem ou metodologia foi estender o ensino da LE para um número maior de aprendizes porque seus exercícios não exigem muito raciocínio abstrato. A crítica a essa abordagem é de que excesso de exercícios de fixação é enfadonho, e diálogos didaticamente preparados e memorizados não se aplicam à conversação real. Outro problema é a desconsideração que esta abordagem tem para com os diferentes estilos de aprendizagem da cada pessoa.

Os anos 60 marcaram a chegada da metodologia audiovisual que é um prolongamento da metodologia direta, entretanto com inovações para solucionar dificuldades enfrentadas pela abordagem direta. A abordagem audiovisual é dividida em três fases: a primeira nos anos 60, a segunda nos anos 70 e a terceira nos anos 80. Nas duas primeiras fases o aluno desempenha um papel receptivo e submisso diante do professor enquanto na terceira a ralação professor-aluno é interativa, o professor evita corrigir o aluno de forma grotesca evitando assim a inibição do alunado.
A metodologia comunicativa seguindo um processo de evolução iniciado pela abordagem audiovisual trata-se de ensinar o aluno a se comunicar na língua inglesa centralizando o processo ensino-aprendizagem na produção dos alunos, tornando o professor um mediador na transmissão do conhecimento e na aquisição de uma segunda língua e não detentor do saber.
O principal objetivo desta metodologia é tornar os alunos comunicativamente competentes. Nesse sentido, a aprendizagem lingüística é vista como um processo de comunicação no qual o simples conhecimento das formas gramaticais da língua alvo, seu significado e funções, são insuficientes. É necessário ser capaz de usar a língua apropriadamente dentro de um contexto social.
Segundo Cestaro (2010, p. 08) "Saber comunicar significa ser capaz de produzir enunciados linguísticos de acordo com a intenção de comunicação. O essencial de uma competência de comunicação reside, portanto, nas relações entre diversos planos ou diversos componentes". Nesse contexto comunicar-se numa segunda língua quer dizer adequar-se a condições individuais, sociais e econômicas que o mundo globalizado exige. Juliano (2006, p.61/62) atribui as seguintes características a essa metodologia.
A abordagem comunicativa inicia-se, sem fechar o último ciclo da história do ensino de línguas. Foi desenvolvida nos anos 70 e 80. Essa abordagem não tem ordem de preferência na apresentação das quatro habilidades (ouvir, falar, escrever e ler); elas são apresentadas de modo integrado, mas dependendo dos objetivos, pode haver concentração em uma só; porém, sempre centralizando o ensino na comunicação. Dá muita importância à produção dos alunos. Portanto, a aprendizagem é centrada neles. Utiliza várias estratégias, que permitem o desenvolvimento do aluno como, o trabalho em grupo, em pares, dramatizações que permitem expressões mais livres, leitura de textos com assuntos variados e autênticos em oposição aos pedagogicamente preparados. O professor não é mais o centro das atenções e assume o papel de orientador, facilitador e organizador das atividades em classe e propiciador de uma atmosfera de interação e afetividade durante o processo. O uso da língua materna é permitido, principalmente, no início do curso, e também toda vez que se deseja criar um contexto para o uso e aprendizagem da segunda língua.

Nessa direção é importante afirmar que do ponto de vista aprendizagem visando a interação e socialização do educando essa seria a principio a mais indicada metodologia a ser utilizada, pois transmite ao aluno a segurança necessária para participar, sugerir e em fim fazer parte do processo de ensino garantindo a si mesmo uma aprendizagem capaz de lhe propiciar, se não aquisição da língua mas a possibilidade de interagir em sociedade.
Durante muito tempo as metodologias utilizadas sempre estiveram voltadas unicamente para aquisição da gramática. Nesse período o ensino da gramática passou por diversas feições, sempre refletindo as concepções de linguagem vigentes em cada época. Diante disso Nicholls (2001, p. 85) diz que:
Podemos discernir três momentos históricos no ensino da gramática, caracterizados por modelos que podem chegar a ser radicalmente opostos. Os procedimentos e as técnicas, bem como os objetivos subjacentes de cada modelo, denotam perspectivas diferentes ou contrastantes, próprias de cada abordagem do ensino de língua estrangeira.

O ensino de língua estrangeira moderna/inglês voltada apenas para a gramática torna o processo de aprendizagem da língua incompleto, pois se adquire apenas regras que não contribuem para o verdadeiro objetivo do ensino, a comunicação. De acordo com os PCNs de língua estrangeira, no que se refere à perspectiva educacional:
A aprendizagem de Língua Estrangeira contribui para o processo educacional como um todo, indo além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão da linguagem funcional e desenvolve mais a consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas contribui para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão da (s) cultura (s) estrangeira (s). (BRASIL, p. 37, 1998)

Nesse contexto o ensino de língua estrangeira deve contribuir para a formação individual e coletiva dos discentes, desenvolvendo a intelectualidade e despertando-os para o aprendizado de uma nova língua, para que se tornem cidadãos críticos que saibam respeitar as diversidades existentes no mundo do qual eles fazem parte, indo muito além da apropriação e repetição de palavras. Assim, para que o ensino de língua estrangeira tenha uma função formativa o sistema educacional deve encontrar maneiras para garantir que essa aprendizagem deixe de ser uma experiência decepcionante que leve à conclusão de que língua estrangeira não pode ser aprendida na escola.
No entanto, para que haja um real desenvolvimento na aprendizagem da língua estrangeira é necessário trabalhar para buscar soluções para problemas existentes na educação brasileira, como por exemplo, o despreparo dos professores, a falta de apoio dos órgãos públicos, falta de interesse dos alunos, etc. Diante disso Cestaro (2010, p. 10) afirma que:
Diversos elementos se conjugam a fim de dar conta da aprendizagem de uma língua estrangeira, mas considera-se o "estar motivado para aprender", constitua a melhor forma de aprendizado, independente da metodologia a ser utilizada. Acredita-se que para manter a motivação pela língua estrangeira em estudo, o aluno precisa se engajar no processo tem de "aprender a aprender" e ser capaz de assumir uma parte da responsabilidade por sua aprendizagem.

Nesse contexto a aluno deixa de ser um ator coadjuvante e passa a ser o ator principal de um processo no qual a sua participação é imprescindível para o desenvolvimento da aprendizagem. Entretanto é importante salientar que a motivação ou não do aluno por determinada pratica é consequência das metodologias utilizadas pelos docentes, portanto, é importante que os docentes utilizem metodologias inovadoras que se adequem a realidade e a necessidade do alunado.
A língua inglesa é ensinada na maioria das vezes com muita gramática e tradução, fato que não garante a aquisição da língua. Desta forma a função da comunicação da língua é deixada de lado e o aluno conclui o ensino médio sem conseguir se quer articular algumas ideias em língua inglesa. Durante uma trajetória de anos o período mais fértil para aquisição de uma segunda língua foi desperdiçado em excessivos exercícios que visam apenas o ato de decorar. Para mudar essa realidade constante nas escolas de ensino fundamental e médio o educador pode encontrar no uso de novas tecnologias como a informática, por exemplo, um leque de opções para aperfeiçoar e criar metodologias. Segundo Levy (1993), "a informática é um campo de novas tecnologias intelectuais, aberto, conflituoso e parcialmente indeterminado." Nesse contexto a utilização dessas tecnologias na educação ocupa uma posição central.
Dentre as novas tecnologias, o computador se destaca oferecendo tanto ao educador quanto ao educando o acesso a uma grande quantidade de informações, proporcionando assim a escolha de temas de acordo com suas necessidades imediatas. Porém antes que um laboratório ou sala de informática seja colocado a disposição do educando é necessário que seja feito um planejamento prévio, no qual se estabeleça condições para que o computador se torne uma ferramenta valiosa no processo de ensino, especialmente no processo de transmissão e aquisição de uma segunda língua.
Embora polêmico, o computador na educação é uma realidade que se transforma e se divide em diversas formas de aplicação, as vezes como máquina de ensinar, as vezes como máquina de aprender, tornando-se assim uma ferramenta primordial para o professor de língua inglesa, auxiliando na melhoria das habilidades linguísticas da língua em estudo, e ainda servindo como motivação no processo ensino-aprendizagem. Os softwares disponíveis no mercado para auxiliar na aquisição da língua inglesa permitem ao educador escolher o que se adeque melhor as suas metodologias e necessidades. Dentre os softwares destacam-se os que
possuem reconhecimento da fala, pois permite ao aluno gravar e comparar sua fala.
O ensino de língua inglesa tendo como subsidio a informática quando feito com coerência e segundo um programa pré-estabelecido permite ao educador e ao educando respostas quase que imediatos aos objetivos propostos. Quando isso acontece o aluno está apto a comunicar-se ao menos na modalidade escrita. Nesta etapa da aprendizagem as atividades de comunicação devem se desenvolver via internet, onde o aluno irá colocar em prática todo aprendizado adquirido na língua inglesa. Nesse período o professor mediador deverá estar disposto a encarar o erro com naturalidade valorizando mais a comunicação e não a gramática, deixando o aluno à vontade e só corrigir quando não se fizer entender em sua comunicação.


3.2 O uso de novas tecnologias no ensino de Língua Inglesa


O desenvolvimento do mundo atual está intrinsecamente ligado ao uso das novas tecnologias; a tão famosa era digital influencia diretamente no modo de vida da população mundial dando rapidez e flexibilidade nas mais diversas áreas. Com a rápida evolução tecnológica o mundo atual é extremamente dominado por máquinas, se por um lado a expansão tecnológica traz rapidez na execução das atividades por outro lado traz desemprego, já que uma simples máquina operada por apenas uma pessoa é capaz de substituir centenas de homens, no entanto como o mercado de trabalho evolui com a mesma rapidez não se pode abrir mão de ferramentas fundamentais para atender a enorme demanda, também proveniente da era digital. Assim se torna imprescindível se ingressar nesse mundo a fim de acompanhar o rápido e constante processo de evolução pelo qual o mundo vem passando nesse século.
No meio educacional com a rápida evolução tecnológica o que antes era inovador passou em pouco tempo a ser tido como retrogrado, a inovação tecnológica trouxe novas diretrizes a educação causando êxtase para muitos e preocupação para uma minoria que pensa na educação como meio de inserção natural do educando no meio social com potencial para desempenhar uma função integradora. Diante da necessidade de acompanhar a evolução as novas tecnologias vêm sendo introduzidas na educação de forma aleatória sem passar por discussões e estudos que definam como será utilizada e qual seu papel em determinada área, dessa forma as novas tecnologias não contribuem para a formação completa do cidadão, pois não agrega aspectos de integração, mas sim de exclusão de parte do seu publico alvo, os educandos.
É essencial, portanto antes de introduzir novas tecnologias na educação que seja feito um processo de estudo e preparação com todos os profissionais que englobam a educação, só através de um cronograma organizado com objetivos voltados para a aprendizagem se poderão alcançar os reais objetivos das novas tecnologias em sua perspectiva educacional, a formação de cidadãos críticos e aptos a ingressar no mercado de trabalho e desenvolver com eficácia suas atividades independentemente da área de atuação.
Uma das áreas da educação que vem sofrendo maior influencia das novas tecnologias é o ensino da Língua Estrangeira Moderna, no caso em estudo a língua inglesa, com amplo destaque para as tecnologias provenientes da informática. É importante lembrar que diversas tecnologias antecederam e contribuíram para o momento tecnológico atual, dentre os quais podemos citar a tecnologia da escrita, invenção da imprensa em 1442, as tecnologias de áudio e vídeo como rádio e televisão, etc. De acordo com Paiva (2008) a televisão foi inventada em 1926 por John Baird, mas só chegou ao Brasil em 1950. A princípio era um artigo de luxo cujo acesso ficava limitado aos ricos, mas aos poucos foi se infiltrando em todas as classes e hoje está em quase todos os lares; quanto a influencia da televisão no ensino de línguas Paiva segue com a seguinte contribuição:
Na sala de aula da escola regular, a televisão toma nova dimensão quando é usada para a visualização de vídeos gravados que passaram a fazer parte dos materiais didáticos das grandes editoras, mas que estão, pouco a pouco, migrando para CD-Roms e DVDs.
A cada nova tecnologia, a escola, especialmente no ensino de línguas, busca inserir essa nova ferramenta nas práticas pedagógicas em uma tentativa de melhorar a mediação entre o aprendiz e a língua estrangeira. (PAIVA 2008, p. 7)
Nesse contexto é importante colocar que o computador como ferramenta primordial no desenvolvimento do processo de ensino, é na verdade um resultado "final" de um longo processo de aperfeiçoamento das tecnologias. Diversas tecnologias influenciaram e contribuíram para aquisição da língua inglesa, no entanto, nenhuma trouxe resultados de forma tão rápida e significativa como os alcançados pela informática e seus periféricos. Para conhecer e entender melhor as contribuições trazidas à educação e principalmente ao ensino de línguas é imprescindível que se faça um estudo acerca da importância do computador nesse processo desde o seu surgimento até os dias atuais.
Segunda Paiva (2008 p. 7/8):
O computador surgiu para atender aos interesses do governo americano. Preocupado com a guerra fria, o governo criou, através do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, uma rede eletrônica, a ARPANET. Essa rede transferia, de forma rápida, grande quantidade de dados de um computador para outro, descentralizando as informações e protegendo os dados para impedir que os mesmos pudessem ser destruídos caso ficassem armazenados em um único computador. Assim como o livro, o computador foi encolhendo e deixou de ocupar salas inteiras para a habitar as pastas e mochilas das classes média e alta.

Nesse contexto percebe-se que o computador no seu advento não tinha fins educacionais e sim uma preocupação voltada para atender a necessidade do governo americano de ocultar e proteger dados sigilosos. Segundo Levy (1997) apud Paiva, 2008, p.8 o ensino de línguas mediado por computador teve inicio com o projeto PLATO (Programmed Logic for Automatic Teaching Operations), em 1960, na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. De acordo com Paiva (2008) esse projeto permitia o desenvolvimento de atividades envolvendo a gramática e o vocabulário da língua em estudo.
Apesar disso o processo de evolução do computador e consequentemente das tecnologias provenientes da informática foi um processo que se arrastou ao longo dos anos até chegar ao Brasil. Segundo afirma Paiva (2008) os primeiros computadores pessoais (PCs) só surgiram no Brasil na década de 80, enquanto na Inglaterra já se utilizava programas de reconstrução de texto, que se tornaram conhecidos no Brasil somente na década de 90.
Apesar de que para muitos a década de concretização das tecnologias provenientes da informática ser a dos anos 2000, no Brasil foi na década de 90 que aconteceram as maiores revoluções no meio tecnológico segundo afirma Paiva (2008, p. 9):




O acesso à rede mundial de computadores, no Brasil, aconteceu em 1991 com a criação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A rede interligou várias universidades e os professores universitários começaram a "falar" com seus pares no exterior, ainda de forma precária, pois o sistema Usenet, que viabilizava a interação via BBS (Bulletin Board System), ainda funcionava de forma muito semelhante às máquinas de escrever. O acesso público só teve início em 1994, com as provedoras particulares, e, em 1997, chega a WWW nos moldes que conhecemos hoje. Surgiram novas formas de comunicação e os aprendizes de línguas estrangeiras puderam, pela primeira vez, ter acesso a páginas da Internet e interagir com falantes das línguas por meio de email, listas de discussão e fóruns. Pela primeira vez, temos uma tecnologia que permite experiências lingüísticas não artificiais e a língua pode ser entendida como comunicação.

Nesse contexto todo processo que vem acontecendo no século XXI foi apenas uma continuidade dos avanços alcançados na década de 90; a consolidação da internet como ferramenta primordial no processo de ensino e conseqüentemente na aquisição da língua inglesa facilitando a interação e promovendo novas formas de aprendizagem, propiciando mesmo a distancia o contato direto com a língua inglesa, proporcionando ao aprendiz a aquisição da língua na integra. Vale à pena enfatizar que o advento e consolidação da internet trouxeram novas perspectivas para o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa.
Pennington (1996) apud Paiva 2008, p. 10/11 define a rápida evolução e socialização do computador em 7 fases:
Ela entende que a socialização dos computadores e seu uso na educação podem ser descritos em 7 fases. Na fase um, os computadores foram usados para cálculos matemáticos por um grupo de cientistas de elite. Na dois, o acesso foi dado a professores e alunos de instituições de prestígio.A fase três dá início ao acesso a toda a esfera educacional, incluindo as escolas públicas. A fase quatro transforma o computador em objeto de massa, atingindo a classe média e tornando o acesso aos computadores universal. Na cinco, os educadores se apoderam do computador e as máquinas se tornam cada vez mais parte das práticas pedagógicas; na seis, as crianças se tornam digitalmente letradas e se estabelecem as condições para a fase sete em que haverá acesso universal não apenas às informações, mas também às pessoas.

De acordo com as fases descritas por Pennington o processo de informatização das escolas se deu de forma gradativa partindo do maior para o menor, dependendo sempre do poder aquisitivo do individuo. No entanto a partir da fase 2 quando professores e algumas instituições de ensino passaram a ter acesso, o computador rapidamente atingiu as escolas publicas e ganhou status de objeto de massa se tornando acessível a todos e transformando-se na ferramenta imprescindível que é atualmente no meio educacional e na sociedade em geral. No Brasil, apesar de que algumas áreas já tenham se adequado à nova realidade mundial, no caso da área educacional a inserção e aceitação tecnológica ainda passa por alguns estágios segundo Paiva (2008).
No caso do ensino de Língua Inglesa Paiva (2008, p. 12) relata que:
Como atividade curricular em cursos de graduação, cito minha experiência na UFMG, que se iniciou em 1997, com a oferta de disciplinas sobre leitura e escrita na Internet para os alunos da licenciatura em inglês. Nos últimos anos, outros colegas aderiram à modalidade de ensino online e diversas disciplinas voltadas para a formação de professores de línguas estão sendo mediadas por computador.

Apesar dos quatorze anos passados poucos profissionais que atuam no ensino de língua inglesa compartilham do privilégio da professora Paiva; a realidade do ensino de línguas ainda não mudou de forma significativa, com exceção de instituições de ensino superior particulares e federais poucas instituições disponibilizam de um laboratório de informática, e as instituições públicas que dispõem dessa ferramenta esbarram em problemas que inviabilizam seu uso como a burocracia para liberação do material, a pouca quantidade de computadores, demora na instalação, má qualidade dos computadores e quando tudo isso é solvido ainda existe o problema da pequena carga horária designada ao ensino de língua estrangeira moderna. Sanado todos os problemas que giram em torno da informatização das instituições de ensino cabe ao professor diante da enormidade de opções encontradas na internet propiciar a seus alunos a melhor maneira para aquisição da língua inglesa.
Para tanto é necessário estimular o processo de comunicação virtual junto ao processo presencial, assim se permitirá aos alunos através do e-mail interagir entre si e ainda aperfeiçoar a escrita da língua inglesa, nesse sentido Moran (2008) afirma que:
Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. (MORAN 2008, p.7)

Dentre as muitas maneiras de como e para que utilizar a internet se destaca a pesquisa como ferramenta primordial ao desenvolvimento das atividades docentes e discentes não só de língua inglesa, mas de todas as demais disciplinas. Assim a pesquisa na internet oferece a professores de língua inglesa inúmeras possibilidades de se atualizarem e se adequarem a nova realidade do sistema educacional na era das novas tecnologias e ainda oferece subsidio para escolher e até mesmo criar a metodologia adequada a uma determinada turma independente de ter acesso ou não as novas tecnologias.
É importante, porém lembrar que ao centralizar os estudos em torno das metodologias provenientes da informática não significa que somente recursos provenientes da informática são recursos tecnológicos, no entanto é necessário compreender que esses recursos englobam diversos sistemas de comunicação em uma única ferramenta, o computador.


3.3 O ensino de Língua Inglesa segundo os PCNs


Ao longo dos anos o ensino de Língua Estrangeira Moderna/Inglês vem sendo tema de constantes discussões nos meios acadêmicos e educacionais com o intuito de ampliar a oferta do ensino de línguas e melhorar a qualidade do ensino, proporcionando ao alunado tanto de Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio a aquisição da língua de modo que esta traga um conhecimento que o torne capaz de interagir na sociedade como cidadão crítico capaz de enfrentar os novos desafios de um mundo onde grande parte da população é bilíngue.
Durante muitos anos autoridades e estudiosos buscaram alternativas para manter o oferecimento do ensino da LEM nas escolas públicas brasileiras e, acreditaram ter encontrado a solução para manter e aperfeiçoar a oferta em um documento denominado PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Lançado em 1998, pelo então ministro da educação Paulo Renato Souza, os PCNs trazem uma compilação de estudos, informações e teorias que abrange todo o currículo escolar.
Os PCNs para o ensino fundamental no 3º e 4º ciclos enfocam o ensino da LEM nas escolas publicas e justifica assim a inclusão da língua estrangeira no currículo:
A inclusão de uma área no currículo deve ser determinada, entre outros fatores, pela função que desempenha na sociedade. Em relação a uma língua estrangeira, isso requer uma reflexão sobre o seu uso efetivo pela população. No Brasil, tomando-se como exceção o caso do espanhol, principalmente nos contextos das fronteiras nacionais, e o de algumas línguas nos espaços das comunidades de imigrantes (polonês, alemão, italiano etc.) e de grupos nativos, somente uma pequena parcela da população tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento de comunicação oral, dentro ou fora do país. Mesmo nos grandes centros, o número de pessoas que utilizam o conhecimento das habilidades orais de uma língua estrangeira em situação de trabalho é relativamente pequeno. (BRASIL, p. 20, 1998)

Diante dessa afirmação é possível compreender a constante indagação dos alunos (Porque estudar Inglês se eu não vou para os Estados unidos?), chega a ser constrangedor em documento que deveria servir de base para evolução da educação se deparar com uma afirmação preconceituosa, que não veja em um cidadão de seu próprio país a capacidade de evoluir a ponto interagir com o mundo globalizado. O fato de não se usar com frequência uma segunda língua não pode em hipótese alguma servir de justificativa para inclusão ou não de uma língua estrangeira em um currículo escolar. Nesse contexto ao invés de produzir um estimulo ao incluir a língua inglesa no currículo o que acontece é totalmente o contrário, pois provoca em docentes e discentes, usuários ou não do idioma um desinteresse que influi tanto na forma de transmitir como de receber não só a língua como também os conhecimentos provenientes dela.
A inclusão do ensino de uma segunda língua no currículo escolar trouxe imensas discussões, é verdade, e na intenção de melhorar a qualidade do ensino em todas as áreas os PCNs que é documento extremamente complexo e interpretativo trouxe a tona alguns pontos polêmicos, como o acima citado. No entanto como o real objetivo dos PCNs era dar rumo a educação no Brasil, veja o que diz outro ponto dos PCNs sobre o papel da LEM/Inglês quanto a perspectiva educacional:
Há ainda outro aspecto a ser considerado, do ponto de vista educacional. É a função interdisciplinar que a aprendizagem de Língua Estrangeira pode desempenhar no currículo. O benefício resultante é mútuo. O estudo das outras disciplinas, notadamente de História, Geografia, Ciências Naturais, Arte, passa a ter outro significado se em certos momentos forem proporcionadas atividades conjugadas com o ensino de Língua Estrangeira, levando-se em consideração, é claro, o projeto educacional da escola. Essa é uma maneira de viabilizar na prática de sala de aula a relação entre língua estrangeira e o mundo social, isto é, como fazer uso da linguagem para agir no mundo social. (BRASIL, p. 37/38, 1998).

Nesse contexto a inclusão ou o ensino da língua estrangeira moderna/inglês ocupa espaço fundamental na educação, funcionando como elo na inserção do alunado no mundo moderno, propiciando a ele à medida que conhece e adquire com fluência tanto a comunicação escrita quanto a oral de uma segunda língua a compreensão da própria língua e cultura através da aquisição da língua estrangeira, e ainda pode de acordo com a proposta pedagógica da instituição onde for ofertado criar laços com outras disciplinas proporcionando dessa forma um ensino completo e capaz de preparar seu educando para fazer uso integral da língua estrangeira no âmbito social.
Assim derruba-se o mito de que a disciplina língua inglesa é apenas o patinho feio do currículo, ou seja, uma disciplina isolada e sem importância que em nada contribui para o desenvolvimento educacional, intelectual e social do educando; tornando-a uma disciplina extremamente importante e fundamental no processo de ensino. Para tanto é necessário pensar num ensino expansivo que compreenda o mundo atual como flexível onde tudo e todos precisam estar qualificados e aptos a acompanhar as constantes mudanças provenientes da ascensão econômica e evolução tecnológica.
Nesse sentido os PCNs afirmam que:
No que se refere ao ensino de línguas, a questão torna-se da maior relevância. Para ser um participante atuante é preciso ser capaz de se comunicar. E ser capaz de se comunicar não apenas na língua materna, mas também em uma ou mais línguas estrangeiras. O desenvolvimento de habilidades comunicativas, em mais de uma língua, é fundamental para o acesso à sociedade da informação. Para que as pessoas tenham acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia etc., é indispensável que o ensino de Língua Estrangeira seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho. (BRASIL, p. 38, 1998).

Assim é imprescindível afirmar que a comunicação é essencial para o ingresso do individuo na sociedade mundial tornando o ensino de língua estrangeira moderna primordial nesse processo, pois amplia o acesso a informação, tecnologia, educação e oportunidades de trabalho a todas as camadas da sociedade. Nesse contexto os PCNs para o Ensino médio trazem uma contribuição fundamental:
Ao figurarem inseridas numa grande área – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias -, as Línguas Estrangeiras Moderna assumem a sua função intrínseca que durante muito tempo, esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao individuo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo mais sólida. (BRASIL, p. 26, 2000).

No entanto o papel de formador atribuído nos PCNs (2000) ao Ensino Médio vem sendo retirado das escolas regulares brasileiras em função da forma distorcida na qual o ensino de línguas vem sendo oferecido, obrigando o interessado na aquisição de uma segunda língua a procurar instituições particulares que na maioria das vezes tem mais status do que a qualidade propriamente dita. Para evitar que aluno interessado no ensino de língua estrangeira moderna se afaste definitivamente da escola pública os PCNs para o ensino médio fazem o seguinte alerta:
Evidentemente é fundamental atentar para a realidade: o Ensino Médio possui, entre suas funções, um compromisso com educação para o trabalho. Daí não poder ser ignorado tal contexto, na medida em que, no Brasil atual, é de domínio público a grande importância que o inglês e o espanhol têm na vida profissional das pessoas. Torna-se, pois, imprescindível incorporar as necessidades da realidade ao currículo escolar de forma que os alunos tenham acesso, no Ensino Médio, àqueles conhecimentos que, de forma mais ou menos imediata, serão exigidos pelo mercado de trabalho. (BRASIL, p. 26, 2000).

Nesse contexto o Ensino Médio ocupa um papel de fundamental importância na aquisição da língua inglesa, pois a partir do momento em que ele incorpora o ensino de língua inglesa ao seu currículo é dada a continuidade em um processo que se inicia erroneamente na 5ª série do ensino fundamental e que deveria atingir o seu cume ao concluir o ensino médio estando apto a utilizar ainda que de forma não completa a língua inglesa, mas ao menos com o básico exigido para se sobressair no mercado de trabalho.






























4 O PAPEL DO PROFESSOR NA UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS


O ensino de língua inglesa através do uso das novas tecnologias pode trazer inúmeros aspectos positivos, desde que seja resultado de um planejamento no qual se considere aspectos como: ambiente adequado ao desenvolvimento das atividades, professores qualificados que atendam as necessidades dos alunos e carga horária suficiente.
Com a constante evolução tecnológica o educador passou de detentor do saber para mediador ocupando um espaço primordial, porém não central no processo de ensino de uma segunda língua.
O papel do professor de Língua Estrangeira é, portanto, reconhecer a importância da capacidade mental do aluno e ser capaz de ativá-la. Ao organizar o material a ser ensinado de tal forma que se torne significativo para o aluno, o professor está concorrendo para ativar os processos mentais disponíveis no aluno e para aquisição consciente de competência, um requisito necessário ao desempenho satisfatório. (NICHOLLS, 2001, p. 29)

Nesse contexto, o ensino de língua estrangeira moderna/inglês deve ser o mais eficaz possível, tornando o aprendiz capaz de se comunicar tanto na língua materna quanto na língua adquirida. No entanto quando o tema em questão são as novas tecnologias utilizadas para melhorar o ensino, especialmente o ensino de línguas, a realidade é outra.
O professor que deveria dominar as novas tecnologias na maioria das vezes nem se quer tem o conhecimento de como usá-las. No entanto antes de discutir e se aprofundar no real papel do professor frente às novas tecnologias vamos conhecer o conceito de tecnologia. Segundo Ferreira (2001, p. 664) tecnologia é "um conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade. Já para Cegalla (2005, p. 814) tecnologia é o conjunto de conhecimentos, particularmente científicos relativos à produção em geral; conjunto dos processos especiais relativos a uma arte ou indústria. É de consenso que ambos os autores atribuem à tecnologia papel fundamental para o melhor desenvolvimento das atividades independente da área de atuação.
Nesse contexto cabe afirmar que tecnologia é uma ferramenta abrangente que envolve conhecimentos técnicos e científicos tão importantes que nos auxilia na busca de solução dos problemas de forma pratica e segura. Diante disso seria obvio a afirmação de que as novas tecnologias vieram para solucionar todos os problemas da educação e consequentemente os problemas provenientes do ensino das LEM, entretanto as novas tecnologias enfrentam muitas dificuldades de aceitação em grande parte do setor educacional; dos muitos que não aceitam as novas tecnologias como fonte de enriquecimento profissional são professores despreparados que não tiveram boa formação ou não se preparam da forma adequada para atuar como docente.
Segundo Paiva (2008, p. 1):
[...] O sistema educacional sempre se viu pressionado pela tecnologia, do livro ao computador, e faz parte de sua história um movimento recorrente de rejeição, inserção e normalização.
Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é a de desconfiança e de rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas.

Assim percebe-se que os problemas não são as tecnologias, mas sim a forma na qual elas são inseridas no meio educacional, contudo é necessário que responsáveis pela inserção da tecnologia na educação a faça de maneira coerente estabelecendo regras e tempo determinado para que profissionais de cada área estejam aptos para utilizá-la de modo que ela possa trazer os resultados esperados. No caso do ensino de língua inglesa as novas tecnologias ocupam espaço central no processo de ensino, pois diminui a distancia entre o aluno e a língua alvo propiciando uma melhor absolvição do que é transmitido e ao mesmo tempo aumenta a interação do aluno no meio escolar e com a evolução das atividades no meio social.
No entanto para que isso aconteça o professor deve se conscientizar de que seu papel vai além do simples transmitir conteúdos, passando a responsável por possibilitar ao aluno oportunidade de ingressar em um mundo que lhe ofereça meios que ajudem no seu desenvolvimento e crescimento intelectual.
Dentre as novas tecnologias destacam-se as tecnologias provenientes da informática e seus periféricos, com imenso destaque para a internet que também faz parte de um pacote essencial para evolução e sobrevivência no século XXI, como a internet ainda não é acessível a todos fora do ambiente escolar e somente a uma pequena parcela das escolas o papel do professor que integra a internet à sala de aula tradicional é o de moderador e não o de transmissor de conhecimentos.
Segundo Paiva (2001, p. 3)






No ensino tradicional, o professor é responsável por fazer ou induzir as conexões entre as informações, pois o material didático é todo previamente selecionado. Isso não significa que alguns alunos não partam em busca de outras fontes ou de outras conexões, mas essa autonomia é bem menos provável do que quando se trabalha com material da Web. Quando usamos o material eletrônico, é impossível prever todas as conexões que o aluno fará através das inúmeras possibilidades que o hipertexto possibilita. As pessoas e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Novos caminhos podem ser gerados a qualquer momento quando uma pessoa faz uma conexão justapondo conceitos que nunca haviam sido antes associados. Esse ambiente, além de ser mais propício a um tipo de educação menos conservadora, representa um estímulo a abordagens de ensino mais centradas no aluno.

Nesse contexto torna-se evidente a participação do professor como responsável por selecionar um material capaz de incitar o alunado na busca de fontes que não desvie o foco da aprendizagem proposta. É importante, porém que o professor não delimite um espaço para o aluno permitindo que ele usufrua de todas as possibilidades em torno do tema proposto. Assim o professor despertará no aluno a vontade de mergulhar num mundo de informação e conhecimento infinito que lhe proporcionará um desenvolvimento amplo e prazeroso.
Ainda nesse sentido Moran (2008, p. 8) traz a seguinte contribuição:
O professor não impõe; acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende junto com o aluno. Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional. O professor não é o "informador", o que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala de aula. Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria, mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos, com a totalidade da habilitação escolhida.

No entanto para que o desempenho do aluno frente às novas tecnologias atinja os objetivos propostos por determinada atividade é necessário um acompanhamento constante do professor mediador auxiliando na busca de informação, entretanto, sem interferir nos caminhos escolhidos pelo aluno antes que ele apresente um resultado proveniente de suas fontes e pesquisas. Dessa forma o professor torna o aluno o centro do processo de ensino e o mantém motivado a aprender. Para dar mais legitimidade a esta afirmação Paiva (2001, p. 4) dá a seguinte contribuição:
Uma das tarefas do professor é não só a de buscar informações, mas também a de divulgar conhecimento em parceria com seus alunos. A situação ideal seria que o professor fosse auxiliado por especialistas em informática para geração e manutenção das homepages, mas a parceria com um Web Designer e outros especialistas, na prática, é quase impossível. É necessário, portanto, que os educadores se alfabetizem tecnologicamente para melhor proveito tirarem da tecnologia.

No caso da aprendizagem da língua inglesa os irmãos Hadfield (2009, p. 8) fazem a seguinte afirmação sobre a motivação:
As pessoas podem aprender inglês devido a razões externas, ou com uma motivação extrínseca: para a carreira ou para os seus estudos e, nesse caso, elas podem ter interesse em passar em um determinado exame. Outros podem estar aprendendo inglês por prazer, para se socializarem e para conversarem ou, simplesmente, por interesse em algum país em que o idioma é falado e sua cultura. Esses alunos, cujas motivações vêm de dentro, apresentam o que chamamos de motivação intrínseca. Alguns alunos podem não estar motivados, mas estão aprendendo inglês porque precisam. Os alunos terão diferentes necessidades e desejos, dependendo de suas razões para aprender inglês. Alguns podem querer uma ênfase maior em estruturas gramaticais e preparação para exames, enquanto outros estão mais interessados em expansão de vocabulário e pratica de conversação do que em habilidades para um exame.

Nesse contexto independentes do motivo pelo qual o aluno queira aprender a língua inglesa é papel do professor subsidiá-lo através das novas tecnologias propiciando uma aquisição da língua com eficácia capaz de proporcionar a ele o desempenho desejado quando optou pela aprendizagem da língua inglesa. É importante salientar que apesar de as novas tecnologias por si só já serem um ferramenta que traga motivação é imprescindível a presença do professor frente ao processo de ensino-aprendizagem, pois é o professor que dá as diretrizes para o desenvolvimento das atividades de forma que estas tragam os resultados esperados.
Desta forma pode-se afirmar que diante do imenso processo de evolução tecnológica por qual passa a educação no século XXI é fundamental que o professor se conscientize que para desenvolver seu papel como docente é primordial sua adequação ao mundo das novas tecnologias, pois só assim poderá desenvolver com eficácia o papel de professor, que nesse século deixou de ser o de detentor do saber e passou a ser o de mediador no processo ensino-aprendizagem.


4.1 Professores de ontem versus alunos de hoje


É comum nos dias atuais se deparar com situações de conflito entre alunos e professores tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio; na maioria das vezes esses conflitos acontecem muito em função do confronto de idéias sobre as novas tecnologias, pois na maioria das instituições de ensino grande parte do corpo docente por não ter acesso, por desinteresse ou até mesmo por medo de dominá-las não aceitam a inserção das tecnologias na sala de aula.
O professor de ontem acostumado a ser o centro do sistema de ensino e a ver o aluno como ser estático e submisso não aceita o fato de que o aluno atual é parte atuante e fundamental no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Essa concepção retrograda se deve a uma formação errônea que ainda se repete nos dias atuais, onde a formação do professor ainda é baseada na idéia de que o aluno tem a mente vazia que precisa ser preenchida por conhecimentos muitas vezes com importância determinada pelo professor, mas que não tem nenhuma relevância a sua formação. No caso do ensino de línguas é necessário reciclar todo o quadro atual de docentes, já que a maioria deles tem sua formação fincada nesses paradigmas, isso propiciará a esses professores enxergar o ensino de línguas de maneira abrangente que deva atender as expectativas individuais e coletivas do aluno que está intrinsecamente ligada aos seus novos anseios proveniente das diversas possibilidades recorrentes das novas tecnologias.
Nesse contexto cabe ao professor se adequar ao novo paradigma educacional onde os alunos já trazem seus próprios conhecimentos e sua bagagem cultural, diante disso é compreensível que os professores levem isso em consideração assumindo uma postura aberta e flexível para assim atender as diversas expectativas individuais e coletivas de um grupo de alunos acabando assim com o mito de que o professor é o sabe tudo capaz preencher mentes ociosas de conhecimento. No entanto aqui se esbarra na má formação dos professores de língua inglesa que é um dos principais motivos pelos conflitos entre alunos e professores já que os institutos de ensino superior na sua maioria não oferecem uma formação adequada para que o acadêmico possa exercer na integra o papel de professor no século XXI. Sobre a formação de professores Paiva (2003, p. 17) faz a seguinte afirmação:
O MEC, preocupado com a qualidade das licenciaturas, instituiu uma comissão para discutir a formação do professor. Após várias audiências públicas e calorosos debates entre as várias comissões de especialistas da SESu-MEC, o Conselho Nacional de Educação aprovou, em 18 de fevereiro de 2002, a resolução N º 1, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena e, no dia seguinte, 19 de fevereiro de 2002, é aprovada a Resolução Nº 2, que institui a duração e a carga horária desses cursos.
A carga horária das licenciaturas passa a ser de 2800 horas, sendo 400 horas de prática; 400 de estágio curricular supervisionado; 1800 horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural; e 200 horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais.

Dessa forma o MEC acredita que ao mesmo tempo em que melhora a qualidade do ensino superior prepara também o acadêmico para ingressar no ensino de línguas apto e em condições de oferecer um ensino capaz de atender as exigências do alunado extremamente atuante e antenado com tudo que acontece ao seu redor.
Nesse contexto uma boa formação trará também a acessibilidade às novas tecnologias diminuindo a imensa diferença entre professor e aluno proporcionando ao professor encarar sem medo os alunos do século XXI que dominam a informática e seus periféricos com extrema facilidade. Somente com uma boa formação o professor será primordial no processo de ensino e capaz de propiciar ao educando um ensino diversificado e
que produza resultados condizentes com sua expectativa.
É de consenso então afirmar que a única maneira de evitar problemas entre alunos e professores é conscientizar toda a classe docente de que não basta apenas a formação superior para ser um bom professor, é preciso estar se reciclando constantemente afim de buscar recursos diversificados, evitando assim o acomodo e a monotonia em suas atividades.













5 PESQUISA DE CAMPO

Durante dois dias foram feitas observações nas turmas de ensino fundamental e médio do CEF Deputado Eliezer Moreira Filho, situada no município de Lagoa Grande do Maranhão onde também funciona Anexo I do colégio Cristovão Colombo, culminando com realização de entrevistas com professores e alunos a fim de compreender como alunos e professores assimilam as dificuldades enfrentadas pelo ensino de inglês e como as novas tecnologias podem influenciar no processo de aquisição da língua inglesa.

5.1 Local da pesquisa

CEF Deputado Eliezer Moreira Filho ANEXO – I do Colégio Estadual Cristovão Colombo, localizada , no município de Lagoa Grande do Maranhão.

5.2 Sujeitos da pesquisa

Docentes e discentes do ensino fundamental e médio do município de Lagoa Grande do Maranhão.

5.3 Resultados da pesquisa

A presente monografia teve como objetivo averiguar as condições do ensino de línguas e ainda conhecer a perspectiva de docentes e discentes em relação ao uso das novas tecnologias no processo de ensino. Para atingir esses objetivos foram feitas observações e ainda foram realizadas entrevistas com docentes e discentes dos níveis fundamental e médio. Durante as observação das aulas buscou-se ainda verificar o nível de aprendizagem dos alunos e conhecer as metodologias utilizadas pelos docentes de língua inglesa.
A entrevista com os professores foi realizada no dia 23 de Novembro de 2011. Todos os professores responderam a um questionário pré-elaborado contendo 11 questões que objetivavam dar suporte para a reflexão acerca do tema proposto nessa monografia.
Durante a entrevista a professora de língua inglesa no ensino fundamental Francisca Sydiléya Feitosa da Silva informou ter muita afinidade com a língua mais está a apenas um ano trabalhando na área. Segundo ela a motivação dos alunos em relação ao ensino de língua inglesa é regular e a formação dos professores dessa área de ensino é péssima. Ao responder sobre a metodologia que utiliza na sala de aula se mostrou um pouco confusa, porém sobre a inserção do ensino de língua inglesa já no ensino fundamental menor ela vai mais além e afirma que deveria ser inserido ainda na educação infantil. Sobre as metodologias utilizadas para avaliação dos alunos ela afirmou utilizar muito atividades orais e provas escritas. Ao ser indagada sobre a aprendizagem dos alunos ela retornou a questão da motivação ao informar que há uma grande desmotivação em relação a essa aprendizagem e afirma que essa desmotivação é fruto da inserção tardia da língua alvo. Sobre as quatro habilidades (ler, escrever, falar, ouvir) a professora afirmou não considerar as quatro e que se afirmasse isso estaria sendo demagoga, pois nas condições em que trabalha seria impossível. Ao responder sobre os recursos disponíveis na instituição onde trabalha afirmou dispor apenas de livros, DVD e TV e ainda que se as novas tecnologias fossem adequadas à realidade dos alunos o professor poderia trabalhar a metodologia áudio-visual de forma satisfatória beneficiando e facilitando a aprendizagem dos alunos.
As informações dadas pela professora Francisca Sydiléya Feitosa da Silva puderam ser confirmadas durante observações realizadas nos dias 23 e 24 de novembro de 2011. Nesses dois dias foi possível observar que salas de aulas superlotadas, a falta de material didático aliado a desmotivação dos alunos em relação ao ensino de inglês contribuem para a má qualidade do ensino de línguas nesta instituição e ainda que a professora procura mesclar metodologias a fim de conseguir proporcionar a todos os discentes a melhor aprendizagem possível, no entanto o nível de aprendizagem é muito pequeno, pois a instituição não oferece condições de trabalho adequadas.
Durante a entrevista o professor de língua inglesa no ensino médio João Pereira França Filho informou adorar inglês, mas confessou ter ingressado na área por falta de oportunidade no mercado de trabalho e que já está atuando há dez anos. Segundo ele a motivação dos alunos de ensino médio e mediana e considera que a maioria dos professores de língua inglesa da região tem formação especifica. Quando interrogado sobre a metodologia por ele utilizada informou que na maioria das vezes utiliza a metodologia comunicativa; quanto a inserção do ensino de língua inglesa no ensino fundamental menor ele afirma que quanto antes melhor, pois só assim os docentes poderiam trabalhar os conteúdos pertinentes a série e a faixa etária dos alunos. Sobre a maneira de avaliação afirmou utilizar prova dissertativa, socialização, trabalhos em equipe e exercícios de fixação, porem se mostra frustrado ao revelar-se insatisfeito com a aprendizagem dos alunos; ainda sobre avaliação informou considerar as quatro habilidades importantes e que usa uma em detrimento da outra e que o material por ele adotado no ensino médio traz em seu conteúdo essas habilidades. Ao ser indagado sobre os recursos disponíveis na instituição onde trabalha informou ter a sua disposição retro-projetor, datashow, xerox e ainda um laboratório de informática e ainda que esses materiais quando utilizados com coerência podem propiciar resultados extremamente satisfatórios.
Para averiguar e confirmar as informações dadas pelo professor João Filho foram realizadas observações nos dias 23 e 24 de novembro de 2011. Durante as observações foram constatados alguns avanços em relação ao ensino fundamental, porém nada que seja suficiente para se comemorar, apesar da pouca evolução aqui percebida os mesmos problemas encontrados no ensino fundamental se repetem também no ensino médio. O mais grave é que o laboratório de informática disponibilizado para o ensino médio além de inadequado é restrito apenas há alguns membros da instituição.
A entrevista com os alunos foi realizada entre os dias 23 e 24 de Novembro de 2011. A entrevista foi realizada com 20 alunos sendo 10 alunos do ensino fundamental e 10 alunos do ensino médio; todos os alunos responderam a um questionário pré-elaborado contendo 15 questões que objetivavam dar suporte para a reflexão acerca do tema proposto nessa monografia.











Durante as observações realizadas foi possível verificar que enquanto em outras partes do Brasil o ensino de línguas está engatinhando na Lagoa Grande do Maranhão está estagnado no verbo to be e que somente através de um processo de reorganização e estruturação das instituições com materiais didáticos provenientes das novas tecnologias será possível oferecer um ensino de língua inglesa condizente com as necessidades de professores e estudantes deste município.













6 CONCLUSÃO


Durante os estudos realizados em torno do tema proposto (Ensino de Língua Inglesa: da metodologia tradicional ao uso de novas tecnologias) pôde-se através da bibliografia utilizada conhecer e expor o processo de evolução pelo qual passou o ensino de línguas estrangeiras no Brasil. A questão das metodologias utilizadas por professores de língua inglesa, a importância das novas tecnologias para o aprimoramento do ensino de inglês, o papel do professor frente a essas tecnologias, a relação professores de ontem versus alunos de hoje e ainda a contribuição dos PCNs para a consolidação e expansão do ensino de línguas no Brasil foram amplamente debatidos.
O presente trabalho monográfico que teve como foco principal as metodologias e as novas tecnologias no ensino de língua inglesa tinha como finalidade conhecer as reais condições de ensino oferecidas nas instituições públicas de ensino fundamental e médio do município de Lagoa Grande do Maranhão. Nesse sentido foram realizadas observações e entrevistas com professores e alunos dos níveis fundamental e médio.
Durante as observações e entrevistas fica ainda mais evidente a importância da escolha da metodologia adequada para o melhor desenvolvimento do ensino de línguas e o quanto as novas tecnologias podem influenciar de modo positivo na aquisição da língua inglesa. Ainda durante as observações pôde-se perceber a relutância de professores em adotar metodologias provenientes das novas tecnologias, demonstrando assim o despreparo e a estagnação pelo qual passa o ensino de inglês nessa região.
Diante das inúmeras transformações e avanços pelo qual o mundo vem passando é necessário que o individuo de modo geral procure interagir com o mundo ao seu redor e se conscientize da importância do aprendizado de uma segunda língua e também da importância que as novas tecnologias especialmente as provenientes da informática tem frente ao processo de ensino de línguas.
Diante de todo o exposto conclui-se através dos dados coletados durante as observações e entrevistas e ao longo dos estudos em torno do tema em estudo que aprender inglês é fundamental para se sobressair em mundo que passa constantemente por transformações; no entanto para que se possa aprender inglês é necessário uma reformulação no sistema de ensino e no conceito de ensinar inglês, é preciso ver e aceitar o inglês como língua universal e esse processo está diretamente ligado a inserção de novas metodologias e tecnologias na sala de aula de língua inglesa. Conclui-se ainda que um dos grandes problemas do ensino de línguas no Brasil continua sendo a falta de profissionais qualificados para exercer a função docente; apesar desse problema acredita-se que com a inserção da língua inglesa nas series iniciais e com a inserção das novas tecnologias nas salas de aula de inglesa esse quadro possa ser alterado em pouco tempo, pois desta forma é possível ter tempo hábil para uma evolução gradativa e continua e ainda contar com um elemento fundamental para aquisição da língua inglesa, a motivação.




























REFERÊNCIAS


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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, 1910 – 1989. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. Revisada e ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001


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